Senhoras e senhores,
O vídeo que estamos assistindo revela uma realidade lamentável e inaceitável: um ônibus destinado ao transporte dos estudantes do Povoado Brancos para a Escola Agrícola de Jeremoabo em condições precárias. Bancos rasgados, ausência de cinto de segurança, falta de ar condicionado e um estado geral de deterioração. Este é um cenário que, longe de ser apenas uma questão de desconforto, representa um verdadeiro descaso com a dignidade e a segurança de nossos jovens.
Estamos falando de um serviço essencial, que deveria garantir não apenas o transporte, mas a proteção e o bem-estar daqueles que dependem dele diariamente para acessar a educação. No entanto, o que vemos é um transporte que mais parece um exemplo de negligência e falta de respeito para com nossos estudantes e suas famílias.
A situação se torna ainda mais grave quando consideramos o contexto político. Em períodos eleitorais, o prefeito e outros gestores muitas vezes abandonam suas responsabilidades para buscar votos, enquanto o que deveria ser uma prioridade – o bem-estar e a segurança da população – é deixado de lado. A promessa de melhorias se dissolve na realidade de um sistema deteriorado e negligenciado.
Mas a maior ironia e injustiça está em observar como as autoridades de trânsito, que deveriam fiscalizar e garantir a ordem, são colocadas em uma posição insustentável. Como podem exigir respeito às leis e aplicar penalidades com autoridade e dignidade, quando o próprio prefeito, o primeiro responsável pelo cumprimento das normas e pelo zelo pelo serviço público, é o maior infrator?
Este é um chamado à reflexão e à ação. A verdade é que a responsabilidade não deve ser delegada apenas às palavras ou promessas vazias, mas precisa se refletir em ações concretas e respeitosas. Cada um de nós, desde os líderes políticos até os cidadãos comuns, tem o dever de exigir e lutar por uma gestão que realmente valorize e cuide das nossas necessidades e dos nossos recursos.
É imperativo que a responsabilidade pela segurança e pelo bem-estar dos nossos jovens seja tratada com a seriedade que merece. Devemos nos unir para exigir melhorias reais e sustentáveis e para garantir que todos, especialmente os que têm o poder de decisão, cumpram suas funções com integridade e compromisso.
A moral da história é clara: não podemos permitir que a negligência e o abandono se tornem a norma. O respeito à vida e à dignidade humana deve ser a base de qualquer gestão. Só assim conseguiremos construir um futuro mais justo e seguro para todos.
