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terça-feira, agosto 13, 2024

Acidente aéreo em Vinhedo e a necessária idenficação das causas


Equipes trabalham após queda de avião da Voepass em Vinhedo

Pedro do Coutto

A queda de um avião turboélice ATR-72 operado pela companhia aérea regional Voepass na última semana em uma área residencial em Vinhedo, interior de São Paulo, matando todos os 62 passageiros a bordo, reacende uma disputa que se arrasta por anos ainda sem solução.

Investigadores recuperaram a caixa-preta do avião, que contém gravações de voz e dados de voo, e um relatório preliminar deve ser apresentado em 30 dias, conforme informou o chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) neste domingo.

CÉU LIMPO – A aeronave estava voando normalmente, quando parou de responder às chamadas do Controle de Aproximação de São Paulo, e o contato com o radar foi perdido.Vídeos do acidente mostram que o céu estava aparentemente limpo quando o avião começou a girar em um movimento circular incomum.

Anthony Brickhouse, especialista em segurança aérea dos Estados Unidos, disse que os investigadores irão analisar aspectos como o clima e verificar até que ponto os motores e controles estavam funcionando corretamente, para ajudar a identificar o que causou a perda de controle.

Vídeos do acidente analisados por especialistas em aviação levaram alguns a especular que havia gelo acumulado no avião. Na sexta-feira, a Voepass disse que o gelo era previsto nas altitudes em que o avião estava voando, mas que deveria estar dentro de um nível aceitável.

GELO – Conforme publicado pela CNN, o engenheiro aeronáutico brasileiro e investigador de acidentes Celso Faria de Souza disse que, a julgar pelo vídeo, tem quase certeza de que o gelo causou o acidente. Os aviões ATR-72 já tiveram problemas com formação de gelo, com um acidente em 1994 no Estado norte-americano de Indiana matando 68 pessoas após o avião não conseguir se inclinar devido ao acúmulo de gelo.

Após esse incidente, a fabricante ATR aprimorou seu sistema de degelo.Em 2016, na Noruega, um ATR-72 enfrentou problemas devido ao acúmulo de gelo no avião, mas o piloto conseguiu retomar o controle.

SEGURANÇA – Há os que não veem culpa na empresa e os que pregam a responsabilidade. Não é questão de excesso de passageiros, mas de segurança de voos. Não é a primeira vez que isso acontece. A possibilidade de acumulação de gelo sobre as asas dos aparelhos é uma realidade dos tempos não tão remotos assim nas empresas de aviação.

É uma situação extremamente crítica que leva à necessidade de uma limpeza permanente e aí entra a responsabilidade. É preciso medir de quanto em quanto tempo as manutenções são feitas.  Os responsáveis da companhia tinham que ter isso em mente, afinal estavam transportando passageiros para uma ida sem volta. As investigações têm que encontrar responsáveis diretos ou indiretos  do acidente fatal.


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