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segunda-feira, dezembro 04, 2023

Em Maceió, o solo afunda 17 cm por dia e a chuva pode acelerar a tragédia


Casas abandonadas após bairro do Pinheiro, em Maceió, ter solo afundado pelo trabalho de mineração da Braskem - Metrópoles

Afundamento poderá eliminar fauna e flora desta laguna

Deu no Metrópoles

Em novo boletim divulgado na manhã deste domingo (03/12), a Defesa Civil de Maceió informa que a velocidade de deslocamento da mina nº 18, que está sob risco iminente de colapso continua sendo de 0,7 cm por hora, ou quase 17 cm por dia.

A velocidade foi a mesma registrada no dia anterior, às 9h do sábado (02/12), evidenciando uma estabilidade na forma que o solo está afundando.

ESGOTAMENTO DO SOLO – Ainda assim, o órgão municipal reforça que permanece em alerta máximo para o risco de colapso da mina nº 18, no bairro do Mutange. O quadro de esgotamento do solo é atribuído à extração de sal-gema feita pela Braskem.

A cidade está em situação de emergência, decretado por 180 dias pelo prefeito de Maceió, JHC (PL-AL), no dia 29 de novembro.

O deslocamento vertical acumulado na manhã deste domingo (3) foi de 1,69 metros, apresentando um movimento de 10,8 cm nas últimas 24h, que agora aumentou para 17 cm/dia.

EVACUAÇÃO – “Por precaução, a recomendação é clara: a população não deve transitar na área desocupada até uma nova atualização da Defesa Civil, enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo”, reforça a Defesa Civil municipal.

Ao todo, são 35 minas de sal-gema que foram escavadas por 44 anos na área urbana de Maceió. No início, a empresa que começou a escavação foi a Salgema Indústria Químicas de Alagoas, que depois passou a ser chamada de Braskem.

A mineração nesses poços de sal-gema provocou o primeiro deslocamento do solo há anos, numa tragédia que vem obrigando dezenas de milhares de pessoas a deixarem suas casas desde 2018.

BAIRROS DESERTOS – Cinco bairros foram afetados diretamente pela escavação desenfreada da Braskem: Bebedouro, Mutange, Pinheiro, Farol e Bom Parto. Moradores das áreas de maior risco foram obrigados a abandonar suas residências.

Já moradores desses mesmos bairros que vivem em regiões de menor criticidade permanecem no local, vivendo numa espécie de isolamento urbano, a exemplo das comunidades dos Flexais.

Ao Metrópoles, a Defesa Civil relatou que as condições climáticas na cidade podem vir a ser um agravante para o colapso da mina 18 da Braskem, caso haja chuva em excesso. No entanto, neste domingo (03/12), a capital alagoana amanheceu com o tempo aberto e baixa previsão de chuva (5%).

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Onde se lê Braskem, por favor leia-se: Odebrecht e Petrobras, cujos dirigentes se encontrar em Dubai. confraternizando com outros defensores do meio ambiente. E assim segue o mundo. (C.N.)

 

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