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quarta-feira, maio 26, 2021

Silêncio do Ministério da Defesa sobre caso do general Pazuello incomoda militares da ativa


Ministro da Casa Civil, general Walter Braga Netto25/03/2020
REUTERS/Ueslei Marcelino

Bolsonaro mandou Braga Neto ‘esquecer’ o assunto

Valdo Cruz
G1 Brasília

O silêncio do Ministério da Defesa e do Comando do Exército sobre a participação do general Eduardo Pazuello em ato político ao lado do presidente Jair Bolsonaro tem incomodado militares da ativa. A avaliação é de que Defesa e Exército já deveriam ter condenado a atitude do ex-ministro da Saúde.

Pazuello esteve ao lado de Bolsonaro em manifestação realizada no domingo (23), quando o presidente participou de um ato com motociclistas na cidade do Rio de Janeiro.

PROCESSO DISCIPLINAR – Por causa deste ato político, no qual o general até discursou, o Exército abriu um processo disciplinar contra ele, que terá direito a apresentar sua defesa e, depois, o comandante do Exército, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, decidirá se irá puni-lo ou não.

Entre os militares da ativa, há um consenso de que Pazuello precisa ser punido exemplarmente, para evitar que se crie um clima de desrespeito à hierarquia e às regras das Forças Armadas. O Estatuto dos Militares e o Regulamento Disciplinar do Exército proíbem que militares da ativa participem de manifestações políticas de caráter político.

Interlocutores do ministro da Defesa, Braga Netto, e do comandante Paulo Sérgio disseram ao blog que os dois, pessoalmente, sabem que Pazuello precisa ser punido diante da infração às regras do Exército, mas esbarram no fato de o ex-ministro da Saúde ter participado do ato junto com o presidente da República, Jair Bolsonaro.

NUMA SAIA JUSTA – Segundo um desses interlocutores, Bolsonaro colocou Braga Netto e Paulo Sérgio numa saia justa. O ideal seria o próprio presidente admitir publicamente que Pazuello não deveria ter ido à manifestação, ajudando as Forças Armadas a resolverem o caso internamente.

Dentro do governo, a tese é de que seja encaminhada uma “solução diplomática” para o caso. Pazuello pediria para ir para a reserva e sofreria pelo menos uma advertência por ter infringido as regras disciplinares do Exército.

O ex-ministro da Defesa Raul Jungmann avalia que, no caso Pazuello, o “comandante supremo, o presidente da República, tem a suprema responsabilidade de preservar a hierarquia e a disciplina nas Forças Armadas. Caso contrário, instala-se a anarquia no meio militar”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – O ex-ministro Raul Jungmann está buscando alguns 15 minutos de fama. Por uma questão de decoro e dignidade, deveria ficar em silêncio, sem dar pitaco no assunto dos outros, como dizia Chico Anysio. Quando era ministro da Defesa, em 2017, Jungmann ficou caladinho quando o general Hamilton Mourão vestiu a farda de gala e passou duas horas se pronunciando aos irmãos da Maçonaria sobre assuntos políticos, inclusive falando sobre a possibilidade de uma intervenção militar. Como se sabe, não houve qualquer punição. O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, apenas pediu que Mourão passasse para a reserva, conforme está acontecendo agora com o logístico general Pazuello, Ou seja nada de novo no front ocidental, diria o genial escritor alemão Erich Maria Remarque. (C.N.)

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