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segunda-feira, maio 24, 2021

Pfizer alertou: vacinas do Brasil iriam para outros países se não houvesse resposta do governo

Publicado em 24 de maio de 2021 por Tribuna da Internet

Foto de uma profissional da saúde paramentada com touca, luva, máscara, óculos e avental segurando uma bandeja com ampolas de vacina

Pfizer insistiu muito até o governo aceitar a vacina

Valdo Cruz
G1 Brasília

As mensagens enviadas pela Pfizer ao governo brasileiro, entregues à CPI da Covid, mostram que a farmacêutica fez alerta de que as doses reservadas ao Brasil seriam distribuídas a outros países se não houvesse resposta às propostas.

O último alerta, conforme o roteiro das mensagens obtido pelo blog, foi no dia 24 de novembro de 2020, quando a Pfizer enviou e-mail com os termos atualizados do acordo, lembrando que o prazo de validade era até 7 de dezembro. E que, após essa data, as doses reservadas ao Brasil poderiam ser distribuídas a outros países.

SEM RESPOSTA – O roteiro traz ainda a informação de que, quando a Pfizer enviou a carta ao presidente Jair Bolsonaro, em 12 de setembro de 2020, o mesmo documento foi encaminhado a diversos secretários do Ministério da Saúde. Na carta, o laboratório cobrava uma posição às propostas enviadas ao longo do mês de agosto, mas que até então não havia recebido uma resposta.

O material enviado à CPI revela ainda que o primeiro contato da Pfizer com o governo brasileiro foi no dia 17 de março do ano passado, quando foi enviado e-mail ao presidente Jair Bolsonaro informando que a empresa estava buscando soluções médicas para combate à Covid-19.

SÓ EM NOVEMBRO – Na avaliação de integrantes da CPI da Covid, fica comprovado que o governo passou a dar respostas às propostas do laboratório apenas depois da entrada nas negociações do ex-secretário de Comunicação Social Fábio Wajngarten, em novembro do ano passado. Até então, a empresa havia também encaminhado mensagens para o presidente da República, sem obter resposta.

Ou seja, somente depois de uma pressão interna é que as propostas começaram a ser tratadas com mais celeridade.

LOBBY POSITIVO – “Houve um lobby dentro do próprio governo para as coisas andarem. O que se passou nisso, precisamos investigar”, disse ao blog um integrante da CPI da Covid.

E não faltam documentos à CPI. A comissão está de posse da completa cronologia das mensagens trocadas pela Pfizer com o governo brasileiro.

As provas mostram que houve 46 mensagens entre o governo e o laboratório americano até ser fechada a primeira remessa de vacinas Pfizer. 

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