Publicado em 6 de maio de 2021 por Tribuna da Internet
Rosana Hessel
Correio Braziliense
O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, elevou a taxa básica da economia (Selic) de 2,75% para 3,50% ao ano. A decisão foi unânime. A alta de 0,75 ponto percentual na taxa básica era esperada pelo mercado e dá continuidade ao novo ciclo de alta dos juros básicos iniciado na última reunião do colegiado, em 17 de março.
Pelas projeções do mercado, a Selic deve encerrar 2021 em 5,50% ao ano, conforme dados do boletim Focus, do BC. Há quatro semanas, as previsões estavam em 5%.
Para a próxima reunião, o Comitê informou que “antevê a continuação do processo de normalização parcial do estímulo monetário com outro ajuste da mesma magnitude”.
VIÉS DE ALTA – “O Copom ressalta que essa visão continuará dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação”, informou a nota.
No comunicado, o Comitê reiterou a necessidade de o governo persistir na agenda de reformas e ajustes necessários na economia brasileira. Segundo a nota, isso é essencial para permitir a recuperação sustentável da economia.
“O Comitê ressalta, ainda, que questionamentos sobre a continuidade das reformas e alterações de caráter permanente no processo de ajuste das contas públicas podem elevar a taxa de juros estrutural da economia”, acrescentou.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O Banco Central faz o que pode, mas a crise é grave e a inflação está correndo solta, especialmente no setor da construção civil. Um vergalhão comprado a R$ 30 há um ano, agora custa mais de R$ 50. Cimento a R$ 25? Só buscando na loja. Motivo: o minério de ferro está em alta no exterior. Mas será que subindo os juros a inflação cai? Aqui no Brasil não há essa prática, pois a inflação só cai nos alimentos, dependendo da safra. Nos manufaturados, quando o preço de venda sobe, não desce mais. (C.N.)