Mulher do advogado Marcelo Junqueira Ayres e filha do secretário de Planejamento da Bahia e ex-senador Walter Pinheiro, Juliana Ramos Pinheiro foi remanejada de função no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).
A mudança aconteceu dias depois de seu marido ser alvo de mandados de busca e apreensão na Operação Faroeste, que investiga um suposto esquema de vendas de sentenças na Corte.
Marcelo Junqueira Ayres é apontado pelo Ministério Público Federal como “operador” da célula criminosa que seria comandada pela desembargadora Ilona Marcia Reis, que está presa na Papuda, em Brasília.
Antes da última fase da operação ter sido deflagrada, Juliana Ramos Pinheiro exercia o cargo de Assessoramento Jurídico, com salário de R$ 16 mil, no gabinete da desembargadora Maria de Lourdes Pinho Medauar.
Desde o dia 18, ela foi designada para exercício de função na Diretoria de Primeiro Grau, com salário fixado em R$ 13 mil. A filha do ex-senador é servidora efetiva do TJ-BA.
A nomeação foi autorizada pelo presidente da Corte Baiana, desembargador Lourival Almeida Trindade. Ontem, este Política Livre mostrou como Marcelo Junqueira Ayres e outros advogados tentaram chegar ao ponto mais alto do Judiciário baiano através do quinto constitucional.
O Política Livre pediu explicações ao TJ-BA, que confirmou recebimento da demanda, mas não respondeu até a publicação desta matéria.
Quem não teve a mesma sorte de Juliana foi o filho da desembargadora Lígia Ramos, também presa pela Faroeste, o advogado Arthur Gabriel Ramos Barata Lima, que foi exonerado do cargo que ocupava na administração Estadual. Ele também foi alvo de busca e apreensão e de um pedido de prisão, que foi, no entanto, negado pela Justiça.
Alexandre Galvão, especial para o Política Livrehttps://politicalivre.com.br/