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quinta-feira, julho 16, 2020

Os suspeitos de sempre ressuscitam o Caso Banestado para desmoralizar Sérgio Moro

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Ninguém me quer", diz doleiro Alberto Youssef
Alberto Youssef, da Lava Jato, era um dos doleiros do caso Banestado
Carlos Newton
No clássico “Casablanca”, de Michael Curtiz, um dos melhores filmes de todos os tempos, rodado em plena Segunda Guerra Mundial, os ocupantes alemães exigem que a Polícia francesa persiga os insurretos que tentam expulsá-los do Marrocos. O chefe de polícia, vivido pelo ator francês Claude Rains, então dá uma ordem que ficou na História do Cinema: “Prendam os suspeitos de sempre”.
Agora, repete-se a cena com outros atores e objetivos, que irrigam a internet e as redes sociais com a enésima reprise do Caso Banestado, uma superprodução que em 2003 marcou a estreia do então juiz federal Sérgio Moro na mídia nacional, ao desmontar uma superquadrilha internacional de lavagem de dinheiro.
EVASÃO DE DIVISAS – A quadrilha operou na lavagem de dinheiro e evasão de divisas de 1996 a 2002, período em que foram retirados do país cerca de 30 bilhões de dólares, através das chamadas contas CC5 do Banco do Estado do Paraná (Banestado), segundo estimativas reveladas pela operação Macuco, da Polícia Federal.
Um dos presos foi Dario Messer, até hoje chamado de “doleiro dos doleiros” e que voltaria à cena no passado recente da Lava Jato. Naquela época, ele foi acusado de desviar 228,3 mil dólares de uma conta da agência do Banestado de Nova York. Espertamente, Messer fez acordo com a Procuradoria, quando ainda nem existia a delação premiada prevista em lei.
Em sua defesa por escrito, não apenas admitiu o desvio, como revelou detalhes do esquema de captação e remessa ilegais de dinheiro para o exterior, relacionando 107 contas naquela agência do Banestado em Nova York.
YOSSEF NA JOGADA – Havia outros doleiros envolvidos, entre ele o indefectível Alberto Youssef, que também fez delação e entregou à força-tarefa da CC-5 (formada pela Polícia Federal e procuradores de Curitiba) diversos concorrentes do mercado de venda ilegal de dólares, entre os quais o doleiro Paulo Roberto Krug.
Foi com o caso Banestado que os delegados federais, os procuradores, os auditores da Receita e o juiz Moro enfrentaram os maiores e melhores advogados do país, ganhando a experiência necessária para depois conseguir levar a bom termo a Lava Jato,  Sem o Banestado, não haveria Lava Jato e o ex-presidente Lula da Silva certamente estaria de novo no poder, pensem nisso.
Agora, 17 anos depois, os suspeitos de sempre buscam ressuscitar o caso Banestado, em mais uma tentativa de desmoralizar um homem como Sérgio Moro, que merece receber desse país todas as homenagens possíveis e imagináveis.
PASSADO EM JULGADO – Na ilusão de atingir Moro, as redes sociais ligadas a Bolsonaro se alvoroçam com a reciclagem e lavagem do lixo do Banestado. Usam como arma um recurso em habeas corpus contra Moro, impetrado pelo doleiro Paulo Roberto Krug, que alegou cerceamento de defesa. E ressuscitam também o advogado espanhol Tacla Durán, foragido do aís e já apanhado em flagrante fraudando provas contra Moro numa CPI do Congresso.
Aqui na Tribuna, os robôs humanos infiltrados não somente pelo “gabinete do ódio” ligado a Bolsonaro, mas também aos chamados “assassinos de reputações”, ligados a Lula, denunciam o editor-chefe da TI por se recusar a exibir essa velha reprise do Banestado.
O que posso dizer é que se trata de um processo com trânsito em julgado, com Moro tendo sido inocentado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, pelo Superior Tribunal de Justiça e pelo Supremo Tribunal Federal. O caso foi arquivado em 2019, só restou o desespero contra Moro.
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P.S.
 – Sabemos que a força-tarefa da Lava Jato e o ex-juiz Moro costumam ler a TI. Então, vamos usar esse espaço para pedir a esses bravos operadores do Direito mil desculpas pelas injustiças, injúrias e indignidades com que tentam atingi-los. Ser decente e correto nesse país ainda é um risco que se corre, mas iniciativas como a Lava Jato estão mudando essa realidade degradante (C.N.)

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