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quarta-feira, março 13, 2019

Desembargador confirma que ABI tem de realizar eleições livres e democráticas


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Charge do Bier (Arquivo Google)
Carlos Newton
Para derrubar decisão tomada pela juíza da 49ª Vara Cível, Marianna Manfrenatti Braga, a Associação Brasileira de Imprensa/ABI e seu presidente Domingos Meirelles recorreram ao Tribunal de Justiça, tentando se livrar da obrigatoriedade de promover eleições livres e democráticas. O relator escolhido foi o desembargador Juarez Fernandes Folhes, que indeferiu o pedido de efeito suspensivo requerido pela ABI, e determinou que a instituição forneça imediatamente às chapas de oposição a relação dos associados, com endereços, e-mails e telefones, para que possa haver eleições abertas e democráticas.
O problema ocorreu na ABI porque, para continuar na presidência da instituição, o jornalista Domingos Meirelles se recusa a modernizar o sistema eleitoral e se limita a fornecer às chapas de oposição uma listagem com endereços de residência dos associados, e somente o faz quando falta menos de um mês para a eleição, de forma a dificultar que os filiados sejam contactados pelos outros concorrentes. O próprio vice-presidente Paulo Jerônimo de Sousa então resolveu processar a ABI, através do advogado João Amaury Belem.
IRREGULARIDADES – Ao examinar o recurso, o desembargador Juarez Fernandes Folhes destacou a existência de irregularidade cometida pela presidência da ABI, ao se negar a fornecer nome, endereço e contatos dos associados aptos a participar na condição de eleitores, tornando desigual a eleição.
“Ocorre que, restou incontroverso que desde a eleição de 2016 a ABI aceita votos pela internet, sem que tenha havido mudança no Regulamento Eleitoral. De fato, isso indica que a Presidência tem a lista dos e-mails, telefones e endereços dos associados, o que, por certo, acarreta desequilíbrio nas condições de propaganda eleitoral, na medida em que a chapa da situação, alinhada à atual administração, tem a possibilidade de conhecer a referida lista antes dos demais interessados da chapa de oposição, o que coloca a chapa da situação em situação mais favorável, desequilibrando a igualdade que deve haver na disputa”, destacou o relator.
POR E-MAIL – “Além disso, nos dias atuais, a correspondência eletrônica se afigura mais efetiva e, sobretudo, econômica do que aquela efetuada por meio de cartas físicas”, disse o desembargador Juarez Fernandes Folhes, destacando que restringir a somente uma das partes a propaganda eleitoral por meio eletrônico “afigura-se antidemocrático e contrário à regra disposta no caput do art. 55 do Código Civil”.
“Com isso, tem-se que o mencionado art. 26 do Regulamento das Eleições da ABI deve ser mitigado, a fim de que seja disponibilizada a lista de associados aptos a votar no próximo pleito, em homenagem a regra de igualdade entre associados que queiram se candidatar”, afirmou o relator ao indeferir o recurso apresentado pela ABI, cuja diretoria atual está manchando a memória da instituição.

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Teses lunáticas de Trump sobre Groenlândia lembram Putin sobre Ucrânia Publicado em 12 de janeiro de 2025 por Tribuna da Internet FacebookTwitterWhatsAppEmail Groenlândia: a reação da Europa às ameaças de Trump de anexar território - BBC News Brasil Desse jeito, Trump está para lá de Marrakesh, diria Caetano João Pereira Coutinho Folha Nosso tempo é marxista. Falo de Groucho Marx, não do tio Karl. “Esses são meus princípios, mas se você não gosta deles eu tenho outros”? Precisamente. Donald Trump é o grande inspirador dessa moda. Ainda não está na Casa Branca, mas o mundo ao redor já marcha ao som da música. Mark Zuckerberg é um caso: antes da eleição de Trump, a defesa da democracia implicava moderação de conteúdos “problemáticos” no Facebook. Agora, com a eleição de Trump, a democracia se defende com o fim da moderação —ou, melhor ainda, entregando essa moderação aos usuários, como acontece no X de Elon Musk. MALEABILIDADE – Se, por hipótese, os democratas retornarem em 2028, é provável que Zuckerberg imponha a censura mais uma vez, em nome do mesmo conceito elástico de democracia que ele tem na cabeça. Mas notável é a reação do auditório à ambição do Donald de comprar, ou até conquistar, o território autônomo da Groenlândia, atualmente parte da Dinamarca. É uma questão de segurança nacional, disse ele. Uma “necessidade absoluta”. Entendo. A importância geoestratégica, comercial e energética do território é imensa, sobretudo quando a China e a Rússia andam a rondar por aquelas bandas. Se, e quando, a Groenlândia se tornar independente da Dinamarca, Trump quer ser o primeiro da fila a espetar a sua bandeira, deixando a concorrência chinesa e russa a distância. FALTA COERÊNCIA – Mas como explicar as suas ameaças sobre o assunto? Os opositores da invasão russa da Ucrânia têm aqui um problema de coerência: os argumentos usados por Trump são semelhantes aos usados por Putin para justificar a sua “operação militar especial” na Ucrânia. Se Washington não quer a Rússia ou a China na vizinhança, por que motivo Moscou toleraria a Otan? Para os apoiantes da invasão russa da Ucrânia, outro problema de coerência: como tolerar Putin e criticar Trump quando ambos falam a mesma linguagem? Perante tanto marxismo de tendência Groucho, talvez o melhor seja não mudar de princípios. Defender a liberdade de expressão implica defender essa liberdade para opiniões contrárias, absurdas ou até tóxicas, não um convite à censura prévia de “moderadores” ideologicamente motivados. E OS CRIMES? – Naturalmente que há conteúdos inegavelmente criminosos, que cumpre às plataformas excluir (ameaças terroristas, pornografia infantil etc.). Como cumpre ao sistema judicial investigar e punir delitos cometidos online (calúnias, crimes contra a honra etc.). Mas o ponto de partida da discussão sobre a liberdade de expressão deve ser o mais neutro possível, precisamente para evitar o contorcionismo deprimente e cínico de figuras como Zuckerberg. O mesmo vale para ambições militares que desrespeitam a soberania e a integridade territorial de outros estados. O futuro da Groenlândia, tal como o futuro da Ucrânia, deve depender da vontade do seu povo, não de ocupações criminosas de outras potências. As palavras mais lunáticas de Trump sobre a Groenlândia são tão repugnantes como as de Putin sobre a Ucrânia. A defesa de um mundo livre se faz com amigos e aliados, não com inimigos e escravos. Publicado em Geral | Deixe um comentário |

Publicado em 12 de janeiro de 2025 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email Desse jeito, Trump está para lá de Marrakesh, dir...

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