Antonio Rocha
No último 21 de março foi comemorado o Dia Internacional da Poesia e eu lembrei que há algum tempo recebi um e-mail de Macau, China, lá do outro lado do planeta, um pequeno pedaço de terra em que se fala português naquela região. Aqui na TI, heroicamente, nosso bom amigo Paulo Peres mantém diariamente a sua importante coluna poética.
Respeito os que não gostam de Poesia, mas é deselegante, a meu ver, quando criticam os versos postados, seja na área musical ou mesmo sobre estrofes publicadas.
DISCORDÂNCIAS – Infelizmente, já vi/li críticas ao colunista Peres por citar esse ou aquele cantor/compositor por motivos ideológicos ou discordarem do teor da mensagem poética. Contudo, respeito-os, novamente digo.
Fiquei feliz quando recebi a cartinha virtual, lá de Macau, em função dos textos que escrevo, ponto para a TI e seu editor, o democrata CN, que aceita e publica artigos de natureza diversa.
A mensagem internacional era do professor de Literatura Rui Rocha, da Universidade Cidade de Macau, que depois me enviou o seu livro de poesias “A Oriente do Silêncio”. Esta é uma das belezas da internet, fiquei conhecendo este quase parente via nuvens da web.
ESPAÇO DO SILÊNCIO – O professor Rui aborda um tema caro ao estudos poéticos e literários como um todo. É que existe um espaço entre uma palavra e outra, e isto também é chamado de silêncio. Foi esta uma das grandes percepções do Zen Budismo que se manifestou fortemente na poesia haikay ou haiku, lembrando que em japonês, a última síliba “ku” significa Vazio. Podemos aproximar e tentar ver/explicar que o Vazio dos budistas é o Caos dos antigos filósofos gregos.
Muitos confundem pensando que “Caos” é bagunça, desorganização, mas é a partir do Caos que tudo renasce, o eterno Vir a Ser da humanidade, em todas as suas fases. Uma das possíveis traduções/explicações pare este Vazio é Deus, o Criador, que tem muitos nomes e formas.
OS NOMES DE DEUS – Outro dia aprendi: existem mais de 6 mil nomes e formas de Deus, por que muitos acham que só um nome, só uma forma é a certa?
Vemos o Livro de Gênesis, da Bíblia acontecendo hoje, aqui e agora. Não foi só há milênios que surgiram aqueles relatos poéticos em forma de prosa. Ocorre também agora: mundos e vidas estão sendo gerados em qualquer parte do universo, do Cosmos e agradeço ao livro de Rui Rocha, que veio lá do Extremo Oriente me ensinar estas belas coisas de que gosto tanto.
Quanto aos que não gostam, por favor, tenham paciência e pulem a matéria, não leiam. O silêncio é revelador.