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sexta-feira, março 23, 2018

Artigo publicado na Tribuna da Bahia em 22/03/18
Centenário de Raul Chaves
Aos colegas de turma, em Direito, de 1963 e aos nossos professores, hoje representados por Edson O´Dwyer e Luís Viana Neto.
Em 02 de fevereiro de 1983, dia seguinte à morte do professor Raul Chaves, nosso paraninfo, abrimos o artigo que escrevemos sobre ele, nesta mesma Tribuna da Bahia, com as seguintes palavras:
“Se a morte é a vitória da espécie sobre o indivíduo, a vida de homens como Raul Affonso Nogueira Chaves representa a supremacia do indivíduo sobre a morte. Porque a vida de Raul Chaves, como a vida de todos os grandes homens, transcende os limites estreitos de sua existência física. Por isso, conceituar Raul Chaves, apenas, como um dos maiores penalistas do Brasil contemporâneo, como o mestre incomparavelmente devotado às exigências do magistério e como advogado exemplarmente combativo, seria o mesmo que definir o todo por algumas de suas unidades componentes”. Dissemos, ainda: “Porque Raul Chaves, como ninguém, soube defender com invencível ardor e paixão as verdades que elegeu como paradigmas de sua agitada e fecunda peregrinação pelo mundo dos vivos. E a serviço de suas sagradas paixões não faltaram, sequer, os excessos próprios das almas arrebatadas. E é exatamente nesta admirável, inflamada e intransigente constância na defesa dos seus valores que reside o traço de união da vida finita de Raul Chaves com a posteridade duradoura. Do vasto painel representativo da natureza das relações dos homens com o seu tempo, a posteridade costuma guardar, em especial escrínio, a memória daqueles que, arrostando perigos e sacrifícios, venceram as tentações dos privilégios graciosos e, dominados pela fé inquebrantável na superioridade de suas crenças, dedicaram suas vidas à tarefa magnífica e solidária de vergastar as mazelas do mundo. George Bernard Shaw dizia que, na acepção convencional, “moderado é o indivíduo que se adapta às regras do mundo; imoderado é o que não renuncia ao seu propósito de ajustar o mundo às suas crenças. Daí – conclui Bernard Shaw – todo o progresso humano depender dos imoderados”.
Transcorridos trinta e cinco anos de sua partida, aquelas palavras ganham gritante atualidade, tendo em vista, sobretudo, a vertiginosa degradação dos padrões morais em que mergulhou a sociedade brasileira, sob o guante do crime organizado que permeia a estrutura dos poderes de nossa infeliz República.
Evocando o que Mestre Raul costumava dizer em sala de aula que, em matéria de crime organizado - referia-se aos crimes do colarinho branco -, “o Brasil vive de gatinhas, comparado aos Estados Unidos”, concluímos que, em matéria de corrupção, éramos felizes e não sabíamos, quando constatamos o mar de lama em que o populismo irresponsável e ladrão lançou o País, visto, hoje, como o centro mundial da corrupção mais desenfreada.
Mestre Raul, respeitado por juízes e temido pelos oponentes, por sua coragem moral e notável saber, sucessor na Cátedra de Aloísio de Carvalho Filho, não via a advocacia penal como um modo sofisticado de mercenarismo, valhacouto bem remunerado dos mais baixos interesses. Ninguém, como ele, nestes tempos temerários que atravessamos, oferece exemplo mais edificante de desassombro diante das maneirices de certos juízes que comprometem a dignidade do nosso aparelho Judiciário! Essa inquebrantável resistência rendeu-lhe amigos e admiradores incondicionais, ao lado de desafetos ferozes.
Com muita razão, a família e os amigos do grande morto celebram em festividade cívica o transcurso, hoje, do seu centenário. À frente, os filhos Ivone e Antônio Luís, havidos com Maria Augusta, e Ângela, Reine, Raul Filho e Lana(Eliane), nascidos do casamento com D. Myrtes, matriarca que abriga a todos - inclusive genros, noras e netos-, sob o manto protetor de sua afetividade e exemplo: Felipe Jucá, Márcia Thelma, Luciano Espinheira Fonseca Júnior, Darryl Davies, Renata Maria Rabelo da Silva Lago, Paulo Fernando Chaves Jucá Rolin, Adriano Chaves Jucá Rolin, Maísa Maciel Chaves, Guilherme Maciel Chaves, Ludmila Chaves Fonseca, Rafael Chaves Fonseca, Daniel Chaves Davies e Ângela Chaves Davies.
Os talentos enfeixados por essa plêiade de notáveis herdeiros fazem justiça à magnífica vertente de onde promanam.
A celebração deste primeiro centenário é a prova de que Raul Affonso Nogueira Chaves ganhou uma posteridade cimentada nos valores da inteligência, do conhecimento e do trabalho honesto.
Joaci Góes


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