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domingo, abril 03, 2011

Vaccarezza diz que relatório da PF sobre mensalão não traz novidades

“O que houve foi um erro que já pagaram: foi o caixa dois de campanha eleitoral”, disse o líder do PT na Câmara

Eduardo Militão

O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), afirmou que não há nenhuma novidade no relatório final da Polícia Federal sobre o mensalão, que diz que houve uso de dinheiro público para abastecer um esquema fraudulento e que até a segurança do ex-presidente Lula foi paga com recursos do valerioduto. “O que houve foi um erro que já pagaram: foi o caixa dois de campanha eleitoral”, disse Vaccarezza ao Congresso em Foco, na tarde deste sábado (2), ao comentar reportagem da revista Época. "Não houve corrupção. Não digo que isso é correto, mas tem que ser julgado como caixa dois."

O líder petista disse que a CPI dos Correios, em 2005, já havia identificado que o segurança de Lula Freud Godoy havia recebido dinheiro do empresário Marcos Valério para pagar despesas da campanha eleitoral de 2002 e do governo de transição. “Isso são notícias velhas”, afirmou ele, por telefone.

Porém, Vaccarezza negou que houvesse uso de dinheiro público no esquema. Em dezembro do ano passado, quando ele estava prestes a deixar a Presidência, Lula disse que o mensalão era "uma farsa". "Ele quis dizer que não tinha dinheiro público, que não tinha corrupção, uma ação sistemática", afirmou Vaccarezza ao site.

Envolvimento direto

O líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), entendeu o relatório final como uma confirmação do envolvimento dos petistas com o mensalão. “Isso só ratifica a existência do mensalão e o envolvimento direto dos petistas”, atacou o tucano, em encontro de governadores em Belo Horizonte.

“O PT tem que apresentar suas declarações, suas explicações”, disse ele ao Congresso em Foco.

O presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP), anunciou neste sábado que o partido estuda fazer uma representação no Ministério Público para abrir uma nova ação penal com as novas informações do relatório da PF, citadas pela revista Época. Entre os "alimentadores" e beneficiários do valerioduto, aparecerem o banqueiro Daniel Dantas, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) e o ministro do Desenvolvimento Fernando Pimentel.

"O país tem o direito de saber tudo sobre esse escândalo e também quer ver punidos aqueles que estiveram envolvidos nele”, afirmou Freira, em comunicado à imprensa. Na semana que vem, orientado por seus advogados, o PPS decide se vai ou não ao Ministério Público, solicitar que uma nova denúncia seja oferecida ao Supremo Tribunal Federal.

Previdência

Em 2006, então procurador geral da República Antônio Fernando de Souza denunciou 40 pessoas, como o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, por envolvimento em uma “organização criminosa”. Ele sustentou perante o Supremo Tribunal Federal (STF) que deputados receberam dinheiro do valerioduto para votarem com o Palácio do Planalto na reforma da Previdência, em 2003. Parte dos valores, porém, serviu para bancar despesas particulares e fazer acertos de campanha eleitoral.

Valerioduto usou dinheiro público e pagou segurança de Lula em 2002

Propina ou caixa dois?

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Fonte: Congressoemfoco

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