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sexta-feira, junho 25, 2010

Manchetes dos jornais: Governo tenta evitar reajuste do Senado

O GLOBO

Governo tenta evitar reajuste do Senado
O novo plano de cargos e salários dos servidores do Senado, aprovado anteontem pelos senadores e que deveria entrar em vigor em 1º de julho, não deve ser votado na Câmara semana que vem, disse ontem o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PTSP).
O governo receia que a votação do projeto, que aumenta em mais de R$ 460 milhões os gastos do Senado com pessoal, possa motivar a aprovação de outro plano de carreira, o do Judiciário, na pauta da Câmara e com impacto bem maior, de R$ 6,4 bilhões ao ano.
O governo está determinado a evitar aprovação do reajuste dos servidores do Judiciário, tido como inviável. Vaccarezza disse ser favorável ao plano dos servidores do Senado, mas desde que haja “ajustes” no índice de reajuste, que é de 25% em média.

Inflação em alta faz renda ter primeira queda no ano
A renda do trabalhador nas seis principais regiões metropolitanas do país recuou 0,9% em maio, pela primeira vez no ano. O número, divulgado ontem pelo IBGE, mostra que a inflação em alta já começa a corroer o poder de compra do brasileiro. A boa noticia é que o desemprego ficou em 7,5%, a menor taxa em oito anos para um mês de maio. No ano passado, ficara em 8,8%. Em abril, recuara para 7,3%, Segundo o próprio IBGE e especialistas, foi justamente a recuperação da economia que fez com que mais brasileiros saíssem em busca de trabalho, pressionando ligeiramente a taxa na virada de abril para maio. "O mercado de trabalho está com uma taxa de desocupação muito baixa para padrões históricos", resumiu o economista e professor da PUC José Márcio Camargo.

Lula visita Alagoas e Pernambuco
Uma semana depois das chuvas que deixaram 50 mortos em Pernambuco e Alagoas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou ontem as áreas atingidas e anunciou a liberação de R$ 550 milhões para os dois estados. O presidente pediu às autoridades locais que não deixem a burocracia atrasar o socorro às vítimas, que já chegam a 152 mil. Em Aracaju, a candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff, ministra de Minas e Energia e depois chefe da Casa Civil nos sete anos dos dois mandatos do governo Lula, culpou os governos dos últimos 20 anos pela catástrofe.

Roseana Sarney se lança em evento decorado com fotos de Dilma e Lula
Com fotos do presidente Lula e da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, decorando o local do evento, o PMDB do Maranhão oficializou ontem a candidatura da governadora Roseana Sarney à reeleição em cerimônia que contou com a presença de metade do PT e ausência do DEM. O vice de Roseana será o petista Washington Oliveira, suplente de deputado federal e um dos maiores entusiastas da aliança. A outra parte do PT, que não foi ao evento, apoia a candidatura do deputado Flávio Dino (PCdoB).
Ligado à corrente Construindo um novo Brasil, a mesma do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e do presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, Oliveira elogiou Roseana e defendeu a continuidade das ações implantadas pela pemedebista.

Ibope: Serra caiu e Dilma subiu no Sudeste
Em um período de pouco mais de 20 dias, entre o fim de maio e o último dia 21, duas pesquisas realizadas pelo Ibope apontaram mudança significativa na percepção do eleitor em relação à disputa presidencial, com oscilações das intenções de votos em todas as faixas de renda, escolaridade, classe social, gênero e também por região. Uma análise da pesquisa Ibope/CNI, divulgada anteontem — a petista Dilma Rousseff aparece com 40%, contra 35% do tucano José Serra — mostra queda no desempenho de Serra no Sudeste: de 41% para 36%, em relação à pesquisa de junho (Ibope/TV Globo). Já a petista subiu 4 pontos e passou de 33% para 37%. O tucano, ainda assim, está tecnicamente empatado com Dilma na região.
Serra está a frente de Dilma apenas na Região Sul, onde tem 42% das intenções de votos contra 34% da adversária — nessa região ele caiu quatro pontos, e ela subiu oito.

Dilma: tática tucana não funcionou
Um dia depois da divulgação do resultado da pesquisa CNI/Ibope em que aparece pela primeira vez à frente do adversário José Serra (PSDB), a candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff, disse ontem, em entrevista à Rádio Itatiaia, de Minas Gerais, que não funcionou a estratégia do PSDB de tentar associar a criação de um suposto dossiê contra os tucanos à sua candidatura.
— Fazia parte de uma estratégia eleitoral de meu adversário, que parece não estar dando muito certo — disse Dilma, se referindo às cobranças de José Serra para que ela assuma responsabilidade e peça desculpas sobre a criação do suposto dossiê.

PTB exibe Serra em seu programa na TV
SÃO PAULO. Assim como ocorreu no caso dos programas partidários do DEM e do PPS, José Serra (PSDB) utilizou o tempo de rádio e televisão do aliado PTB, que foi ao ar ontem à noite, para promover sua candidatura a presidente da República.
O tucano priorizou quatro assuntos — trabalhadores, saúde, segurança e educação — e listou uma série de promessas: da criação de bolsas de estudos para alunos em escolas técnicas particulares à distribuição gratuita de remédios.

PT quer duplicar palanques com Dilma e Lula
SÃO PAULO e BRASÍLIA. A coordenação da campanha da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, pretende intensificar a participação do presidente Lula na campanha, após a Copa do Mundo. Além de acompanhar a petista, o presidente deve apostar numa “agenda paralela”, quando estiver fora do expediente. A ideia é duplicar os palanques, obrigando o adversário tucano, José Serra, a concorrer, na prática, contra Lula e Dilma.
A “agenda paralela” de campanha de Lula atende a duas demandas, além de duplicar os esforços em prol de Dilma. Já que o presidente só deverá participar no seu período de descanso, havia a preocupação de que sua presença na campanha ficasse “engessada”. A estratégia permitirá que Lula e Dilma priorizem diferentes regiões e segmentos do eleitorado.

Avião da TAM evita colisão com manobra brusca antes de pouso
Um avião da TAM que seguia de Brasília para São Paulo teve de fazer uma manobra perto do Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul da capital paulista, na noite de ontem, para evitar uma colisão com outra aeronave. A assessoria de imprensa da companhia divulgou uma nota informando que o procedimento foi realizado após os equipamentos de bordo “terem detectado a presença de outra aeronave na mesma rota”.
O avião pousou normalmente no aeroporto, depois da manobra.

FOLHA DE S. PAULO

Faltam radares e equipes de prevenção no Nordeste
Alagoas e Pernambuco, os dois Estados devastados pelas fortes chuvas das últimas semanas, têm sistemas falhos de prevenção enchentes. O número de mortos chegou a 51 pessoas.
Radar meteorológico detectou risco de chuva forte na Zona da Mata em Alagoas, mas as cidades da região não têm organizações municipais de Defesa Civil.
Sem elas, não havia quem iniciasse a retirada de pessoas das áreas de risco.
Em Pernambuco, há Defesa Civil, mas o Estado não tem radar. O alerta da tempestade chegou tarde.
O presidente Lula esteve nas cidades destruídas. Abraçou moradores, chorou, andou na lama e prometeu ajuda "sem limite".
Lula anunciou a liberação de R$ 550 milhões visitou Alagoas acompanhado do ex-presidente Fernando Collor (PTB).

Receita vai investigar como sigilo de tucano vazou
A Receita Federal anunciou ontem a abertura de uma investigação interna para apurar o vazamento do sigilo fiscal do vice-presidente executivo do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira.
No último sábado, a Folha revelou que saíram diretamente dos sistemas do fisco as declarações de bens e renda de Eduardo Jorge que fazem parte do dossiê montado pelo "grupo de inteligência" que fez parte da pré-campanha de Dilma Rousseff (PT) à Presidência.
O anúncio da investigação interna, feito por meio de uma nota, acontece um dia após o secretário do fisco, Otacílio Cartaxo, ter sido convidado a depor em uma comissão do Senado, e dois dias depois de a Polícia Federal também ter anunciado que investigará o caso.

Ascensão de Dilma afasta aliados de Serra
A liderança de Dilma Rousseff (PT) na última pesquisa CNI/Ibope enfraqueceu ainda mais a já fragilizada costura de alianças de José Serra (PSDB) nos Estados. Santa Catarina é um exemplo: sob pressão do comando nacional, o PMDB local (até então fechado com PSDB e DEM) definirá seu futuro amanhã em uma convenção.
No Estado, parte do PMDB cogita lançar candidato próprio, desmontando o palanque de Serra. Na quarta-feira, o ex-governador e candidato ao Senado Luiz Henrique Silveira avisou Serra que levaria a disputa à convenção. "Esse Sul está um horror", disse o presidente do PSDB-SC, Beto Martins. Ele se referia também ao Paraná. Após flertar abertamente com o PSDB, Osmar Dias (PDT) não descarta concorrer ao governo do Estado aliado ao PT.
Prometeu anunciar sua decisão ontem, mas adiou para hoje. Segundo o senador Alvaro Dias (PSDB), a resposta de seu irmão depende da escolha do vice de Serra: Alvaro diz que Osmar condiciona o apoio a Serra à sua escolha para vice na chapa. "Osmar vai esperar até amanhã [hoje]. Já está tudo montado para ele concorrer ao governo", diz o tucano.

Acusação faz parte de "estratégia eleitoral", diz Dilma
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, disse que o fato de o seu principal oponente, José Serra (PSDB), querer desculpas dela por causa do dossiê contra a candidatura do tucano é estratégia eleitoral que não dá certo.
"Eu acho que fazia parte de uma estratégia eleitoral do meu adversário que parece que não está dando muito certo", afirmou Dilma.

Dilma vai a almoço entre mulheres na casa de Abilio Diniz
O empresário Abilio Diniz, dono do Pão de Açúcar, organizou um almoço em SP para ajudar Dilma Rousseff a "melhorar" sua imagem entre as mulheres.
De acordo com o último Datafolha, ela tem 33% dos votos entre o eleitorado feminino, contra 38% de José Serra (PSDB-SP). Abilio se declara "fã de carteirinha" de Lula e já afirmou que Dilma tem "todas as condições" de levar adiante o "legado" do presidente.

Tucano só lidera no Sul e entre os mais ricos, diz Ibope
O tucano José Serra mantém vantagem sobre a petista Dilma Rousseff só na região Sul e na faixa da população com renda per capita de mais de dez salários mínimos, mostra detalhamento divulgado ontem da pesquisa Ibope encomendada pela CNI.
O levantamento, cujos dados gerais foram divulgados anteontem, mostrou pela primeira vez a candidata do PT à frente de Serra -40% das intenções de voto contra 35%. Marina Silva (PV) obteve 9%.
A estratificação por região aponta que no Sul, onde Dilma construiu sua carreira política, Serra tem 42%, contra 34% da petista. No Sudeste, onde Serra foi prefeito e governador e sustentava vantagem até então, a situação agora é de empate dentro da margem de erro, de dois pontos (37% a 36% para Dilma).

Serra monopoliza programa de TV do PTB
O programa do PTB na TV foi monopolizado pelo candidato do PSDB à Presidência, José Serra. Dos 10 minutos da peça exibida ontem, Serra ocupou, direta ou indiretamente, mais de 9 minutos.
"Serra tem experiência e o mais importante: sempre foi aprovado pelo povo e nunca teve medo de eleição. Já teve 80 milhões de votos", disse o locutor do programa, que exibiu a biografia do tucano.
"José Serra não chegou agora na política", disse o locutor, destacando sua "origem humilde" e sua "luta contra a ditadura".

Nova ordem de votação pode custar R$ 500 mil
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Ricardo Lewandowski, enviou ao Senado ofício em que afirma que a inversão da ordem dos candidatos nas urnas deve causar prejuízo de, no mínimo, R$ 500 mil.
O documento foi encaminhado ao presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, Demóstenes Torres (DEM-GO), e aos líderes da Casa.
Segundo ele, se prevalecer o texto que foi aprovado anteontem pela Câmara, a mudança poderá provocar "impacto e atraso significativos no cronograma de programação das 400 mil urnas".
A polêmica deve à resolução do TSE de março que estabeleceu que o primeiro nome e foto a aparecerem na tela serão os de deputado estadual ou distrital e, em seguida, os de deputado federal.

Nem o FBI consegue decifrar arquivos de Daniel Dantas
Nem mesmo o FBI conseguiu quebrar o sofisticado sistema de criptografia dos discos rígidos apreendidos pela Polícia Federal no apartamento do banqueiro Daniel Dantas, no Rio, durante a Operação Satiagraha, deflagrada em julho de 2008.
Após um ano de tentativas frustradas, em abril a polícia federal americana devolveu os equipamentos ao Brasil.
Talvez nunca seja possível descobrir se os HDs continham algo parecido com os "segredos da República", como supunha o primeiro chefe da operação, delegado Protógenes Queiroz. Afastado pela PF, ele alegou perseguição.

De Sanctis aceita promoção e será desembargador
O juiz Fausto De Sanctis, da 6ª Vara Federal de São Paulo, aceitou ontem a promoção por antiguidade a desembargador do Tribunal Regional Federal, após ter recusado o cargo em novembro de 2008 para ficar à frente da Operação Satiagraha. Ele travou um embate com o então presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, após prender o banqueiro Daniel Dantas por duas vezes.

Procurador arquiva investigação sobre a morte de Jango
O Ministério Público Federal decidiu arquivar a investigação sobre a suspeita de assassinato do presidente João Goulart (1919-1976).
Em despacho interno a que a Folha teve acesso, o procurador Júlio Schwonke de Castro Júnior descarta a tese de uma conspiração internacional para matar Jango em seu exílio na Argentina.
"Mesmo após a prolongada instrução do presente, não há qualquer indício relevante do assassinato do presidente João Goulart, nem a implicação concreta de qualquer autoridade no caso."
Para o procurador, a suspeita de assassinato se baseava unicamente em "depoimentos confusos e contraditórios" de Mário Neira Barreiro, ex-agente da ditadura uruguaia preso por crimes comuns no Brasil.

Corte de verbas ameaça pesquisa na Antártida
Um corte de verbas do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) ameaça interromper a coleta de dados climáticos que o Brasil faz na Antártida há 25 anos.
As três estações meteorológicas mantidas pelo país poderão ser desativadas, depois que o projeto de meteorologia do Programa Antártico Brasileiro perdeu uma disputa por verbas e foi suspenso pelo órgão, em abril.
"Vou para lá no fim do ano desmontar tudo, paciência", queixa-se o chefe do projeto, Alberto Setzer, meteorologista do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).


O ESTADO DE S. PAULO

Brasil e EUA se unem contra corte de gastos da Europa
A Europa vai levar à cúpula do G-20, no Canadá, neste fim de semana, a mensagem de que a prioridade é a reorganização das finanças públicas, e não as medidas de estímulo à economia. Para o governo francês, o retorno ao equilíbrio é um imperativo inegociável. A posição é uma resposta antecipada aos EUA, que nos últimos dias têm aumentado a pressão pela manutenção das medidas de estímulo à atividade econômica na Europa. As críticas de Washington se dirigem com mais ênfase à Alemanha e ao Reino Unido, cujos planos de austeridade representarão a redução dos gastos públicos em € 85 bilhões e € 104 bilhões, respectivamente. Na reunião, o presidente Lula deverá defender o ponto de vista americano.

Ajuda para NE sobe para R$ 550 mi
O presidente Lula levou oito ministros à região de Alagoas atingida por enchentes. Abraçou moradores e fez discurso, prometendo reconstrução. O governo destinará R$ 550 milhões para o socorro.

Pesquisa faz Serra acelerar escolha do vice
Um dia após a divulgação da pesquisa CNI/Ibope que o mostrou pela primeira vez atrás da rival do PT, Dilma Rousseff, o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, passou o dia ao telefone consultando os líderes mais influentes do partido tentando definir o vice de sua chapa. Serra discute, entre outros nomes, a escolha de Patrícia Filler Amorim para o posto.
Patrícia, de 41 anos, é ex-atleta e presidente do Clube de Regatas do Flamengo. Em telefonemas a vários interlocutores, entre os quais o ex-governador de Minas Aécio Neves e o senador Tasso Jereissati (CE), Serra diz que está recolhendo opiniões e ouvindo. Ao mesmo tempo, porém, não esconde seu entusiasmo pessoal com a possibilidade de escolha da nadadora que foi 28 vezes campeã brasileira e estabeleceu recordes nos Jogos Olímpicos de Seul, em 1988.

Cotado, Aleluia sugere a tucano 'agenda própria'
Em meio à tensão dos tucanos por conta da última pesquisa CNI/Ibope, o deputado federal José Carlos Aleluia (DEM-BA) ? hoje o nome mais forte do DEM para vice de José Serra ? desembarcou no início da tarde de ontem na capital paulista. Em conversas internas no PSDB e DEM, foi enfático ao defender a mudança de rumo na campanha. Ponderou, por exemplo, que Serra precisa ter uma agenda própria de campanha independentemente da agenda do governo federal.
Aleluia já tinha reunião agendada com Xico Graziano (PSDB), coordenador do programa de governo de Serra. O encontro seria na segunda-feira, mas foi antecipado por conta do jogo do Brasil na Copa do Mundo.

'Dilma avança nas camadas mais populares'
O cientista político Jairo Nicolau afirma que "o jogo está totalmente aberto", ao analisar a última pesquisa CNI/Ibope que mostra Dilma Rousseff e José Serra numa faixa "entre 30% e 40% dos votos", mas destaca crescimento da petista no extrato de menor instrução e renda, base do eleitorado lulista. "Dilma começou crescendo entre eleitores com maior escolaridade, depois passou a se destacar entre o eleitor médio e agora chegou às camadas mais populares. Se armar a transferência de voto de maneira enfática, acabou."

Dilma aposta em entrevistas e não muda campanha
Essa foi a estratégia da candidata petista Dilma Rousseff desde o fim de março, quando deixou o comando da Casa Civil, até esta semana, quando pesquisa da CNI/Ibope deu-lhe a dianteira na preferência de voto dos eleitores.
Assim, seguindo o tema preferido do presidente Lula, que é o futebol, o comando da campanha de Dilma decidiu não fazer nenhuma mudança na campanha. Vai é tentar atender o máximo de pedidos de entrevistas até o dia 5, último dia em que elas poderão ser feitas livremente sem que outros candidatos tenham de ser ouvidos.

Marina acredita que será 'desvio' no segundo turno
Confiante, a candidata do PV, Marina Silva, disse ontem acreditar que vai ao segundo turno. "No primeiro, a gente vota no candidato do coração. No segundo, se desvia do pior. Vou ser o desvio para que as pessoas se livrem do pior", afirmou, reagindo aos 9% de intenções de voto da pesquisa CNI/Ibope. "As pessoas não querem ver que nós estamos progressivamente avançando."
Marina repetiu que sua candidatura já revogou a estratégia do presidente Lula de impor uma disputa plebiscitária entre PT e PSDB. "Já furamos o plebiscito."
Ela esteve ontem na convenção que oficializou a candidatura do deputado José Fernando Aparecido (PV) ao governo de Minas. Depois, acompanhada de cerca de 100 apoiadores, participou de uma caminhada pelo centro de Belo Horizonte.

Dilma tem mais eleitores onde renda cresceu mais
Ao mesmo tempo que o Ibope divulgava pesquisa dando vantagem a Dilma Rousseff (PT) na sucessão presidencial, o IBGE dava à luz uma das suas sondagens mais importantes: a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF). Os resultados dos levantamentos estão diretamente conectados.
Entre os biênios 2002/2003 e 2008/2009, a renda familiar per capita dos brasileiros subiu, em média, 22% ? como ressaltou o economista Marcelo Neri em artigo publicado ontem no Estado. Ou seja, a POF mostra que, durante o governo Lula, houve melhora significativa no poder de compra das famílias, seja porque sua renda cresceu (11%, em média), seja porque o tamanho das famílias diminuiu. Na prática, há mais pão para dividir por menos gente.

CORREIO BRAZILIENSE

Após a greve, vem aí o aumento de passagem
Reajuste aceito pelos rodoviários terá impacto de 4,5% no preço do bilhete. Mas empresários afirmam que o valor da tarifa está defasado e cobram uma elevação de 42,5%. Governo pede 30 dias para analisar as planilhas de custos das permissionárias. Usuários de transporte coletivo contabilizam os gastos extras nos dias sem ônibus e dizem não aguentar um serviço mais caro.

Fantasmas espreitam o ninho dos tucanos
A ressaca da pesquisa CNI/Ibope que apontou a candidata Dilma Rousseff (PT) à frente de José Serra (PSDB) pela primeira vez na corrida presidencial mostrou que o comando de campanha dos tucanos ainda tenta assimilar o golpe do levantamento. Os principais colaboradores de Serra estiveram reunidos com o candidato ontem para tentar uma guinada na estratégia utilizada pelo candidato. A questão de ordem foi encaminhar pelo menos dois pontos urgentes. Às vésperas da inscrição das chapas para a corrida presidencial, os tucanos seguem sem um vice definido. Pior, não conseguiram formatar um palanque no terceiro maior colégio eleitoral do país, o Rio de Janeiro, o que ameaça Serra no Sudeste.
A avaliação da cúpula tucana é de que as indefinições proporcionaram mais combustível à campanha de Dilma, turbinada pelos resultados recentes da economia e pela popularidade do presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. A cúpula da campanha tucana, composta por Serra, o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), o deputado federal Jutahy Júnior (PSDB-BA) e o coordenador do programa de governo, Xico Graziano, se debruçou sobre várias questões postas pelos aliados. No centro da mesa, desde a falta de agressividade de Serra contra Lula até a excessiva centralização das decisões.

O lento passo de Marina
A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, continua estável. No último ano, oscila entre 9% e 12% das intenções de voto dos principais institutos de pesquisa do país. Mas “estagnação” ou “estabilidade”, num contexto em que o PT e o PSDB polarizam a disputa nacional, são termos que os verdes querem evitar. Principalmente num cenário em que petistas e tucanos reúnem 93% do tempo do horário eleitoral gratuito da propaganda política que irá ao ar a partir de 15 de agosto. Sem coligação, o PV, que em 2006 elegeu 13 parlamentares, terá aproximadamente 50 segundos dentro dos 20 minutos dos blocos do horário eleitoral que vão ao ar três vezes por semana.
Nem por isso Marina Silva se abate. A retórica de campanha é coerente com um partido que, neste momento, se propõe a alavancar uma bancada federal forte na Câmara e, por isso, optou por lançar candidatura própria aos governos de quase todos os estados. Quando instada a avaliar o seu desempenho eleitoral, ela dispara: “A avaliação é positiva. As pessoas não querem ver que estamos progressivamente avançando, em que pese ser uma candidatura que não tem as estruturas de quem está no governo federal, ou, como é o caso do Serra, que é candidato desde que perdeu as últimas eleições”.

Gastos com pessoal em alta
Apesar da redução de 0,4% no número de servidores públicos federais de 2008 para 2009, o total das despesas com pessoal e encargos sociais cresceu 15,6% — o que corresponde a R$ 22,5 bilhões. O aumento foi maior no Poder Judiciário, atingindo 18,4%. Em termos percentuais, os maiores acréscimos de despesas ocorreram nos ministérios de Minas e Energia (34,1%), Agricultura (31,8%) e Ciência e Tecnologia (30,4%). A elevação dos gastos com pessoal nessas pastas é uma consequência da reincorporação de anistiados, ajustes nos vencimentos e gratificações, pagamento de passivos, contratação de servidores, restruturação de carreiras e dissídios coletivos.
Em números absolutos, os maiores aumentos ficaram com os vencimentos dos servidores civis (R$ 9,2 bilhões), aposentadorias e reformas (R$ 4,8 bilhões), pensões (R$ 3,9 bilhões) e sentenças judiciais (R$ 2,2 bilhões). Essa último item foi o que apresentou o maior percentual de crescimento em relação a 2008 (41,5%). De acordo com dados do Ministério do Planejamento, os quantitativos de servidores ativos e aposentados cresceram, respectivamente, 3,5% e 1,2%, mas houve uma redução de 11% no número de pensionistas no ano passado. Todos os dados fazem parte da prestação de contas do governo federal, aprovada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) há duas semanas.

Ajuda e exploração
Lula anuncia R$ 550 milhões para socorrer Alagoas e Pernambuco. Nas cidades atingidas pelas enchentes, a escassez generalizada provoca a inflação da miséria: um litro de leite custa R$ 17

Consumidor: Freio nas taxas dos cartões
O Banco Central prevê uma redução drástica no número de tarifas dos cartões de crédito com nova regulamentação, ainda sem data para entrar em vigor. Governo crê no fim das cobranças abusivas.

Fonte: Congressoemfoco

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