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O governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho, comparou ontem a destruição causada pelas enchentes no Estado aos efeitos de uma bomba atômica e disse que, em relação aos danos materiais, essa é a maior tragédia já vista em Alagoas.
"Parece que jogaram uma bomba atômica em muitos municípios. Temos cidades, como Branquinha, que não têm mais nenhum prédio público em pé", afirmou.
O governador disse que o Estado não estava preparado para uma catástrofe desta proporção, já que a destruição foi originada pela cheia de rios em Pernambuco. "Nenhum Estado está pronto para isso. Foi água demais. Agora que caiu a ficha na cabeça de todos. A situação aqui é muito grave, muito séria", afirmou.
Vilela disse que ainda é cedo para dimensionar o prejuízo com as enchentes no Estado. "Foram escolas, postos de saúde, delegacias destruídas. Foram mais de 40 pontes que desabaram. Estamos fazendo o inventário com muito critério, para não haver incorreção. Com esse levantamento, vamos começar a construir casas e outros locais que foram destruídos."
Mortos
Pelo menos 41 pessoas morreram e 607 continuam desaparecidas em consequência das fortes chuvas que castigam o Nordeste desde a semana passada.
A situação mais grave ocorre em Alagoas, onde a Defesa Civil contabiliza até agora 29 vítimas e 607 desaparecidos pela cheia do rio Mundaú, causada pelo rompimento de uma barragem.
Em Pernambuco, foram contabilizadas até agora 12 mortes. Deste total, cinco vítimas eram da mesma família.
O número de desabrigados nos dois Estados chega a 116.180, e o de casas destruídas, 17 mil. As Forças Armadas, que ajudam desde o fim de semana nos trabalhos de resgate com vários helicópteros nos dois Estados, montaram três hospitais de campanha em locais mais afetados pelas chuvas.
Fonte: Agora