Francamente, desta vez passou da conta. Por mais que se tente compreender, com a máxima boa vontade, o engajamento total do presidente Lula na campanha em marcha batida, na contramão da Constituição, da candidata da sua exclusiva escolha, a ministra Dilma Rousseff, empurrada de goela abaixo do PT como uma colherada de purgante, desta vez o maior líder popular de todos os tempos, pisou na grama e tropeçou na bola, ao se expor ao ridículo de desafiar a ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira a mostrar a sua agenda para provar que se encontrou com a Chefe do Gabinete Civil da Presidência para ouvir o pedido em tom de ordem de agilizar a investigação sobre as empresas da família do presidente do Senado, senador José Sarney (PMDB-AP).Microfones fazem cócegas na garganta do presidente. Cercado pelos repórteres durante o encontro com o presidente do México, Felipe Calderón, Lula não esperou que os entrevistadores terminassem a pergunta. Laçou o assunto no ar e despejou a defesa da ministra-candidata Dilma, com quem defende uma tese: “Acho que o país tem assuntos mais sérios a tratar e discutir o eventual encontro entre a ministra e a ex-secretária empobrece a política.” Condoído da pindaíba do chinfrim, expôs a sua tese com ênfase: “Seria tão mais simples e tão mais fácil se a secretaria mandasse a agenda em que estaria registrado que se encontrou com a Dilma. Não precisaria nem gastar dinheiro, pagar passagem, nem ir ao Congresso. Era só pegar as duas agendas e ver o que aconteceu”.Lula não disse e nem lhe foi perguntado se não seria ainda mais simples o próprio Gabinete da Chefe da Casa Civil, a ministra Dilma, abrisse a sua agenda nos dias em que teria se encontrado ou não com a ex-secretária Lina Vieira.Hoje à tarde, a ex-secretaria da Receita Federal, Lina Vieira deve prestar depoimento na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e a menos que exiba a sua agenda com os registros dos dias e horas em que se encontrou com a ministra Dilma Rousseff passará por um desses momentos que marcam uma vida.A acareação com a ministra Dilma Rousseff deverá ser proposta e defendida pelo governo e oposição.Lula afinal caiu em si. E foi de uma clareza que atenuou os deslizes iniciais: “O país tem coisas mais sérias para discutir, Eu acho de uma pobreza muito grande um assunto como este estar na pauta da política brasileira.”Vamos aceitar o conselho do presidente e esperar pelo bate-boca desta tarde. Se não for adiado.
Fonte: Villas Bôas-Corrêa
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