Tribuna da Bahia Notícias-----------------------
Antes do início da campanha, imaginava-se que ACM Neto e Antonio Imbassahy ficariam em posição díspares em função de ambos terem a mesma origem política. Havia um raciocínio lógico: crias do carlismo, eles disputariam a mesma parcela do eleitorado. Em sendo assim, não haveria espaço para ambos chegarem ao segundo turno. Lógico que as surpresas ainda estão por vir. Mas atentemos para o fenômeno de agora. As pesquisas de intenção de voto mostraram Neto e Imbassahy desfilando na mesma passarela, com índices semelhantes de aplausos. Um pouco mais para um aqui, um pouco menos para o outro ali. João Henrique, que disputa a reeleição, continua, sim, no páreo. Menosprezá-lo, além de burrice, é desconhecer todo um leque de trabalho que ele tem a mostrar no horário eleitoral. E ele sabe fazer isso como ninguém. Dos candidatos que aí estão é o mais carismático. Além disso, o campo que a mídia o minou já está quase sem as minas que explodiam a todo o mundo. É, pois, fortíssimo concorrente não apenas o segundo turno, mas a manter o mandato. Basta lembrar que o então barulhento Raimundo Varela teve de enfrentar o vexame de ser retirado do ar por 90 dias pela própria Record, que reconheceu que seu apresentador estava passando dos limites ao privilegiar o seu candidato pessoal, ACM Neto. Varela esqueceu o ditado segundo o qual quem abre muito a boca acaba comendo mosca. Neto e Imbassahy, aparentemente, estão embolados. Neto leva uma pequena vantagem. O que, pois, sob o ponto de vista do eleitor, o colocam pau a pau? Não precisamos recorrer a cientistas políticos, sociólogos ou antropólogos para chegarmos a uma conclusão lógica. Neto, embora não o seja, representa o novo na cabeça do eleitor. Ele é novo no aspecto físico e na idade, mas cultiva, no seu íntimo, toda uma prática política tradicional que vem de berço. Óbvio que ele a aprimorou e a adaptou aos novos tempos. E sabe como se mostrar diferente ante aos demais prefeitu-ráveis. Já Imbassahy é tido como o já conhecido. Não é à toa que seu slogan, salvo engano, é algo como “testado e aprovado” (ou vice-versa). O eleitor entende e gosta dessa linguagem. Talvez a junção desses dois ingredientes - o novo que não é tão novo assim e o conhecido já testado - explique a preferência, por ora, que ambos desfrutam junto à sociedade de Salvador. E Walter Pinheiro? Pinheiro carrega consigo a marca do PT. É natural que ele acumule uns pontinhos a cada nova pesquisa. Mas dificilmente vai surpreender como Jaques Wagner surpreendeu ao eleger-se governador do Estado. O uso da imagem de Lula na campanha de Pinheiro tende a ajudá-lo. Mas uma reviravolta só seria exercida na prática caso o próprio Lula, em carne e osso, fincasse uma de suas pernas em Salvador para declarar o irrestrito apoio ao petista. O presidente não tem nenhum interesse em acudir o companheiro. Aliás, o própria direção nacional petista mapeou as capitais onde o partido deve chegar ao segundo turno. Por razões que a própria razão reconhece (no caso é reconhece mesmo) não incluiu Salvador. Hilton Coelho, do Psol, faz o seu papel. Faz bem por sinal. Cabe a ele desmontar o circo, embora ele saiba que também está sob a imensa lona onde são travados os debates que podem situá-lo melhor junto ao eleitorado. Hilton não tem para onde cair. Conta com 1% nas pesquisas e a tendência, lógico, é faturar uma porção mais expressiva do eleitor. Vai consegui-lo, já que não há como retroceder. Só para refrescar a cabeça do eleitor, vamos aos números da última pesquisa Vox Populi divulgada neste final de semana: ACM Neto tem 31% da preferência em Salvador, seguido de Imbassahy (25%), João Henrique (16%), Pinheiro (10%) e Coelho (1%).(Por Janio Lopo - Editor de Política)
Horário político na TV será o fiel da balança
O horário eleitoral gratuito no rádio e TV será o fiel da balança para os prefeituráveis. Analistas políticos acreditam que será neste precioso espaço que a sorte de muitos dos prefeituráveis será selada. É o instrumento de maior abrangência e que pode levar o eleitor a melhor reflexão sobre em quem e por que votar. O horário é destinado aos candidatos a prefeito e vereador e será iniciado no próximo dia 19 e seguirá até o dia 2 de outubro em dois blocos diários de 30 minutos, sendo que para o pleito majoritário haverá ainda inserções de 30 segundos ao longo da programação. Com exceção dos domingos, o programa eleitoral na televisão irá do meio-dia às 12h30 e das 20 horas às 20h30, enquanto no rádio será das 7h30 às 8 horas e das 12h30 às 13 horas. De acordo com o sorteio realizado pelo Tribunal Regional Eleitoral, o primeiro candidato a prefeito de Salvador a apresentar-se será Walter Pinheiro, da coligação Salvador, Bahia, Brasil, que reúne PT, PCdoB, PSB e PV e terá o tempo total de 7 minutos e 18 segundos. Em seguida, entrará no ar ACM Neto, da coligação A Voz do Povo, formada pelo DEM, PR, PRB, PTN, PTC, PSDC, PRP e PTdoB, com tempo total de 5 minutos e 42 segundos. O terceiro candidato a aparecer será João Henrique, da coligação A Força do Brasil em Salvador, reunindo PMDB, PTB, PDT, PMN, PSL, PSC, PP, PHS e PRTB, que disporá de 9 minutos e 27 segundos. Antonio Imbassahy, da coligação Para Melhorar Salvador (PSDB e PPS), virá em quarto lugar, com 5 minutos e 26 segundos, e finalmente será a vez de Hilton Coelho, da Frente de Esquerda Socialista (PSOL, PCB e PSTU), com 2 minutos e 7 segundos. A ordem de apresentação das coligações obedecerá a um sistema de rodízio. Os candidatos a vereador, que divulgarão suas mensagens em dias alternados com os candidatos majoritários, estão distribuídos em nove coligações e seis partidos que disputarão o pleito isoladamente. No primeiro dia, será a seguinte a ordem de apresentação: PSC-PP, DEM-PR, PSB-PV, PPS, PDT, PHS-PSL, PSOL-PCB-PSTU, PCdoB-PT, PMDB-PRTB, PMN, PTN-PRB, PTC, PTB, PSDB e PSDC-PRP-PTB.(Por Luis Augusto Gomes)
Pinheiro vê aumento maior do que demonstra pesquisa
A confirmação do crescimento da sua candidatura, de 8% em julho para 10%, no início de agosto, apontado em nova pesquisa Vox Populi divulgada neste final de semana, ainda não reflete a realidade, segundo o candidato a prefeito Walter Pinheiro, da coligação “Salvador - Bahia - Brasil” (PT,PSB, PCdoB, PV). Ele continua cobrando a divulgação de um dado que considera decisivo: os 30% do eleitorado de Salvador que declaram a preferência pelo PT . “Vamos continuar com a estratégia de ir ao encontro do eleitor que vota no PT e ampliar a nossa candidatura entre o eleitorado de modo geral, porque a pesquisa que vale é a do voto na urna. A nossa campanha só começou há um mês e percebemos que a cada dia ela ganha mais força, pela recepti-vidade do público durante as nossas atividades e pelos apoios que vamos acumulando, de entidades dos movimentos sociais e dos diversos segmentos”, declarou Pinheiro. Pinheiro voltou a lembrar os equívocos cometidos pelos institutos de pesquisa de opinião pública em eleições anteriores: “As pesquisas diziam que Lídice a Mata, em 1996, tinha 2% e ela acabou tornando-se prefeita de Salvador; o companheiro Nelson Pellegrino em três campanhas aparecia com índices baixos até às vésperas e no entanto chegou a 35%. ” O tucano Antonio Imbas-sahy avaliou, de maneira geral, como favoráveis os números do Vox Populi. Imbassahy subiu um ponto. Tinha em julho 24% e hoje possui 25%. Ele acredita que a tendência agora é aumentar o seu percentual de aceitação junto ao grande público em reconhecimento, inclusive, a todo o trabalho já realizado quando comandou a cidade durante oito anos. Hilton Coelho, do Psol, tinha um por cento e permanece com o mesmo per-centual. Sua assessoria garante que o prefeiturável vai manter a tática de mostrar a verdadeira face dos seus oponentes e, com isso, sensibilizar o eleitor para votar em quem, efetivamente, tem propostas de mudanças profundas para a cidade, como o Psol. Já ACM Neto (Deomo-cratas) viu com naturalidade o seu crescimento de 26% para 31% (cinco pontos percen-tuais). Segundo ele, o resultado é fruto de trabalho de sua equipe que tem visitados os bairros e conversado com a população sobre as propostas do candidatos. Neto, aliás, tem evitado bater de frente com os adversários, usando a tática, inclusive, de reconhecer as propostas positivas de seus opositores, embora deixe claro que já conta com um programa de governo para Salvador, caso eleito.
Petista percorre vários bairros
Satisfeito com o seu crescimento registrado na pesquisa Vox Populi divulgada no último sábado, o deputado Walter Pinheiro, candidato da coligação Salvador-Bahia-Brasil (PT, PSB, PCdo B, PV), manteve o mesmo ritmo da sua campanha neste final de semana. No sábado, ele caminhou pelas ruas dos bairros Alto das Pombas e Calabar e ouviu dos moradores locais a cobrança de um programa de ocupação da juventude e de geração de trabalho e renda. No dia anterior, Pinheiro havia percorrido as ruas de São Cristóvão. Sempre acompanhado da deputada federal Lídice da Mata, sua companheira de chapa, o petista tem aproveitado o contato com a população para apresentar as suas propostas para Salvador, por isso acredita cada vez mais que chegará ao segundo turno. “Vamos continuar com a estratégia de ir ao encontro do eleitor que vota no PT e ampliar a nossa candidatura entre o eleitorado de modo geral. A nossa campanha só começou há um mês e percebemos que a cada dia ela ganha mais força, pela receptividade do público durante as nossas atividades e pelos apoios que vamos acumulando.” Ontem, ACM Neto se encontrou com lideranças do candidato a vereador Erval, na 2º Travessa Rita Nunes, no Uruguai. Ao meio dia o candidato almoçou com o seu pai, o senador Antônio Carlos Júnior. Pela tarde, às 16 horas, participou de encontro organizado pelo candidato a vereador Luizinho Sobral, no Largo Vila Tiradentes, em São Caetano. Às 16h30, Neto teve encontro com lideranças do candidato Eduardo, na Escola Divina Soraia, em São Caetano. O fim da violência dos fiscais popularmente conhecidos como “rapa” foi destacado na manhã de ontem por feirantes do Nordeste de Amaralina. A categoria recebeu em clima descontraído a visita do candidato à reeleição pela coligação “Força do Brasil em Salvador”, João Henrique, que teve como diretriz de toda a sua administração o fim da truculência do rapa. “Com João, camelô e feirante não apanha do rapa. Nosso voto é dele, que respeita o nosso trabalho, porque sabe que daqui sai o nosso sustento”, comentou a feirante Nanci Marques dos Santos. “Temos que tratar a informalidade com respeito, sem haver confronto com a formalidade, permitindo que essas famílias trabalhem em paz. Rapas e apreensão de mercadoria são coisas do passado”, defendeu o prefeito. Ao lado de seu companheiro de chapa, Edvaldo Brito, lideranças comunitárias e candidatos à vereador, João Henrique iniciou a caminhada na Rua do Norte, passando pelo fim de linha, indo até a avenida Manoel Dias da Silva. Durante a passagem pela feira, o prefeito recebeu de presente tangerinas e foi fotografado por populares. (Por Evandro Matos)
Fonte: Tribuna da Bahia
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