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segunda-feira, janeiro 08, 2007

Câmara: duelo de aliados desgasta Lula

Reeleição de Aldo Rebelo (PC do B) no comando da Casa será uma derrota do partido do presidente. E uma vitória de Arlindo Chinaglia (PT) vai acirrar conflito com a oposição


Qualquer que seja o resultado da disputa entre o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), e o líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sofrerá efeito colateral do desgaste político. A eleição que vai escolher o presidente da Casa será dia 1º de fevereiro.

Caso Aldo seja reeleito, o governo terá o benefício de iniciar segundo mandato com o Legislativo trabalhando com relação mais tranqüila entre a base e a oposição, mas vai amargar a derrota de ter o partido do presidente rejeitado na Câmara.

Uma vitória de Chinaglia, porém, abre temporada de confrontos com a oposição já no início de fevereiro e significará um ‘racha’ na base, piorando a relação do PT com o PC do B e o PSB, partidos fiéis a Lula.

O líder do PFL na Câmara, Rodrigo Maia (RJ), avalia que Lula será beneficiado com eleição de Aldo e crê que a derrota de Chinaglia não terá impacto negativo para o governo, porque o PT será contemplado com cargos no Executivo. “Vitória de Aldo será a vitória do próprio governo. O presidente Lula diz que quer diálogo. A oposição entende que o diálogo se dá no Congresso e apóia Aldo. Portanto, na Câmara, haverá mediador com boa interlocução não apenas com a maioria, mas também com a minoria”, diz.

Petistas aliados de Chinaglia negam desgaste para o governo e tentam, com a eleição, recuperar a imagem do PT, arranhada com escândalos envolvendo figurões do partido. Afirmam que a eleição de Chinaglia significa a vitória de Lula, que terá seu partido comandando a Câmara. “A presidência da Casa é importante porque o partido vai contribuir ainda mais para a agenda do País. O Arlindo é uma forma de o PT dizer que temos força e que podemos fazer muito para o Brasil”, diz o deputado Odair Cunha (PT-MG).

Com avanços nos apoios, Chinaglia adotou discurso incisivo sobre sua disposição de ir até o fim. A hipótese de Chinaglia assumir cargo no Executivo como consolação por eventual recuo não é aceita pelos petistas, que cercam a sua candidatura. Um dos coordenadores da campanha é o deputado eleito Cândido Vacarezza (PT-SP), ligado à ex-prefeita Marta Suplicy.

A entrada de Chinaglia na disputa desagradou a Lula. O presidente, em conversa com interlocutores, reclamou da posição do PT. Na avaliação feita por Lula, a candidatura de Chinaglia teve o pecado original de ter sido lançada pelo PT, o que representa a senha do isolamento na Câmara. É recorrente entre os aliados a idéia de que o PT tem projeto individual de poder e que não sabe dividir espaço com os demais partidos da base. Além disso, prevalece imagem na Casa de que o PT não consegue vencer eleição secreta. O último exemplo disso foi a derrota do deputado Paulo Delgado (PT-MG) na disputa pela vaga de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), mesmo depois de ter sido escolhido em prévia entre os aliados.
Fonte: A TARDE

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