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domingo, novembro 28, 2021

As vítimas do hediondo estelionato eleitoral já praticado no município de Jeremoabo que modificou o resultados das eleições de 2020

 




Não seja vítima do hediondo estelionato eleitoral

É quase sempre a mesma coisa, chega o período de campanha eleitoral e somos assediados por candidatos que, nessa época, estão mais para “vice querubins” do que para “políticos”… Na mídia, aparecem tantos absurdos, mentiras e sujeiras que a vontade é de aderir ao time dos que votam em branco e nulo, mas logo vem à memória o desabafo de Martin Luther King:

O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética… O que me preocupa é o silêncio dos bons”.

A omissão é uma péssima maneira de protestar, mesmo porque não adianta simplesmente transferir para outras pessoas a responsabilidade pela escolha dos próximos governantes, se não é possível, igualmente, transferir as consequências. Em outras palavras, estamos todos “no mesmo barco” e sentiremos juntos os bons e os maus resultados decorrentes das boas ou más escolhas. Enfim, o jeito é votar. (Henrique Lima é advogado) 

Henrique Lima é advogado

Não cumprir promessas e lesar o patrimônio

Por WILSON CAMPOS | PRESIDENTE DA COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS INTERESSES COLETIVOS DA SOCIEDADE (OAB-MG)
15/10/20 - 03h00

Enquanto projetos de lei contra o estelionato eleitoral dormitam nas gavetas do Congresso, continua em evidência a repulsiva prática dos candidatos a cargo legislativo ou executivo, mediante pleito popular, de fazerem promessas durante campanha eleitoral e, quando eleitos, deixarem de cumprir o que prometeram.

Em pleno século XXI, não há mais como suportar situações inconcebíveis e absurdas de desproporção entre o delito e a resposta. Se o ordenamento jurídico pátrio tipifica como crime o furto de um pote de manteiga e condena à prisão a infratora, fato verídico, também tem o dever legal e moral de tipificar como crime o estelionato eleitoral e condenar e mandar prender os culpados.

No sentir da sociedade, mais grave do que praticar o furto de um pote de manteiga é cometer estelionato eleitoral, que se trata de má-fé dos candidatos na obtenção dos votos. Ou seja, o estelionato eleitoral é propaganda enganosa, fraude, falácia e ludibriação de certos candidatos que, eleitos com uma determinada plataforma ideológica, depois da eleição, adotam um programa de cunho absolutamente contrário.

O estelionato eleitoral também se configura como aquele ato praticado pelos candidatos que, além de não cumprirem suas promessas, cometem crimes contra o patrimônio público, devendo responder civil e criminalmente e restando sujeitos a perderem a vaga para o próximo candidato com maior número de votos. Daí a necessidade da criminalização do estelionato eleitoral, por força de lei, como forma de combater a mentira e a desonestidade de políticos quando em campanha eleitoral. A rigor, quem promete tem a obrigação de cumprir.

Em que pese não existir ainda a conduta criminosa tipificada, é razoável afirmar que o estelionato eleitoral representa, concreta e efetivamente, ato de improbidade administrativa, com grave ofensa ao artigo 11 da Lei 8.429/1992, ficando o responsável sujeito ao ressarcimento integral do dano, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, entre outras penalidades.

O eleitor brasileiro não pode mais ser vítima da nociva política do estelionato eleitoral e não deve aceitar calado, sob hipótese alguma, promessas que nunca são cumpridas. Bastam de sinecuras, estelionatos e improbidades. As eleições estão se aproximando e com elas a responsabilidade de cada um, de votar com consciência e de protestar contra as mentiras, tornando seu o desabafo de Martin Luther King: “O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética… O que me preocupa é o silêncio dos bons”.

Assim, cabe a todos nós, eleitores e eleitoras, a voz e o gesto das mudanças e do fim do estelionato eleitoral, de forma que os candidatos sejam pessoas que sirvam aos propósitos da população, com gestões transparentes, eficientes e probas, e com resultados positivos de entrega do que foi prometido. ( O Tempo)

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Nota da redação deste Blog  -  Os habitantes de Jeremoabo foram vitimados pelo maior golpe, o maior engodo, o hediondo estelionato eleitoral, onde faltando poucos dias para a realização das eleições, " os artistas" conseguiram através da promessas de 4.000 empregos influir e modificar os resultados de uma eleição.
Espera-se que a justiça apenas faça justiça. mesmo tardia.
Aproveitaram-se da necessidade e da falta de emprego, para cinicamente sem senhor pudor, sem  escrúpulos aplicar esse covarde e desumano estelionato eleitoral, induzindo os cidadãos de boa fé a procurarem o vice prefeito daquela época para apresentarem o currículo, apelaram simplesmente para a desonestidade, roubaram a boa fé de cidadãos simples   e carente de empregos, já que em Jeremoabo praticamente não existem empregos.
Já outros engaram-se   contaminados pelo fanatismo, gostam de serem enganos, verdadeira  patologia.

Conheça o pastor luterano, pioneiro do ecumenismo, que enfrentou Hitler e o antissemitismo

Publicado em 28 de novembro de 2021 por Tribuna da Internet

Renato Vargens - Dietrich Bonhoeffer, teólogo, pastor, foi membro da  resistência alemã anti-nazista e membro fundador da Igreja Confessante, ala  da igreja evangélica contrária à política nazista. Bonhoeffer envolveu-se  na trama daCarlos Russo Jr.
Espaço Literário

Preso pela Gestapo em abril de 1943 por ajudar a fuga de famílias judaicas da Alemanha, o pastor luterano e teólogo Dietrich Bonhoeffer foi transferido da prisão de Berlim para o campo de concentração de Buchenwald e, por fim, para o de Flossenbürg, onde foi enforcado junto com outros conspiradores, acusado de por detrás das grades participar da conspiração antinazista de 1944.

Seu assassinato ocorreu em 9 de abril de 1945, um mês antes da libertação da Alemanha. “É o fim. Para mim, o início da vida”, disse ele, sereno, antes da execução.

PIONEIRO DA ECUMENIA  – Nascido em Wroclaw em 1906, em uma família da alta burguesia alemã, seu pai era um importante professor de psiquiatria e neurologia; a mãe, uma das poucas mulheres com formação profissional da sua geração.

Bonhoeffer estudou teologia em Berlim, e tornou-se pastor. Professor universitário com doutorado em teologia, foi um pioneiro do movimento religioso ecumênico, escritor prolífico,  poeta e uma figura central na luta contra o nazismo dentro da própria Alemanha Nazista!

Pacifista e ecumênico em uma época em que o nacionalismo dominava o mundo alemão, foi durante uma viagem a Nova York, em 1930, que descobriu o mundo dos negros e imergiu fascinado na vida do Harlem. Tornara-se fã da musicalidade negra jazzística.

RACISMO NAS IGREJAS – Lá também descobriu uma das variantes do racismo: aquele das Igrejas dos brancos americanos! Conheceu os seres humanos na sua realidade intrínseca, a maldade, a estupidez e seus dramas. Descobriu também que a política nunca poderia ser irrelevante para um verdadeiro cristão!

Sua ética aliada à teologia caminharia desde então, junto com o compromisso pessoal na vida cotidiana, de acordo com os ditames do “Sermão da Montanha”: “Justiça social, fraternidade sem fronteiras, compaixão pelo sofrimento”.

Não podemos, dizia ele, usar Deus como tapa-buracos. “Ele nos deixa a plena responsabilidade do mundo”; e isto Bonhoeffer afirmava em uma das mais destruidoras e implacáveis épocas da humanidade, tempos em que até mesmo os bem-intencionados fugiam ou disfarçavam suas opiniões para não se comprometerem.

VOLTA A BERLIM – Retornando, em 1931 Bonhoeffer começou a lecionar na Faculdade de Teologia de Berlim e foi ordenado pastor. Começou, então, sua pioneira atividade no nascente movimento ecumênico, estabelecendo contatos internacionais que, depois, teriam grande importância para seu empenho na resistência.

Em 1931, ele foi eleito secretário juvenil da União Mundial para a Colaboração entre as Igrejas e, em 1933, passou a fazer parte do Conselho Cristão Universal “Life and Work” (do qual nasceria, depois, o Conselho Ecumênico de Igrejas).

Com a ascensão de Hitler ao poder em 1933, a Igreja Evangélica Alemã, a qual Bonhoeffer pertencia, entrou em uma fase difícil e delicada. A maioria dos protestantes alemães foram favoráveis e alinharam-se ao nazismo. Em particular, o grupo dos chamados “cristãos-alemães” tornou-se porta-voz da ideologia nazista dentro da Igreja.

PARÁGRAFO ARIANO – No verão de 1933 impuseram um “parágrafo ariano” para a Igreja, segundo o qual era impedido que os “não arianos” se tornassem ministros de culto ou professores de religião.

Em abril de 1933, em “A Igreja diante do problema dos judeus”, Bonhoeffer foi o primeiro a abordar o tema da relação entre a Igreja e a ditadura nazista, defendendo fortemente que a Igreja tinha o dever de se opor à injustiça política.

Em seu manifesto, Bonhoeffer se opôs firmemente ao racismo ariano: se aos “não arianos” fosse impedido o acesso ao ministério, então os pastores teriam que renunciar em sinal de solidariedade, também sob o custo de fundar uma nova Igreja, livre da influência do regime de Hitler.

MUDANÇA PARA LONDRES – Bonhoeffer recusou um posto importante em Berlim, por solidariedade com aqueles que eram excluídos do ministério por razões raciais, e decidiu se mudar para uma congregação de língua alemã, em Londres.

Em maio de 1934, nasceu a chamada Igreja Confessante por obra de uma minoria interna da Igreja Evangélica Alemã, que adotou a oposição ao nazismo. Bonhoeffer voltou, então, para a Alemanha para dirigir um seminário clandestino para a formação dos pastores da Igreja Confessante.

Em agosto de 1937, um decreto de Himmler declarou ilegal a atividade de formação de candidatos a pastores para a Igreja Confessante. O seminário de Finkenwalde foi fechado pela Gestapo.

NA CLANDESTINIDADE – Nos dois anos seguintes, Bonhoeffer continuou a atividade de professor teológico na clandestinidade; em janeiro de 1938, a Gestapo o baniu de Berlim e, em setembro de 1940, proibiu-o de falar em público.

Em 1939, Bonhoeffer se aproximou de um grupo de resistência e conspiração contra Hitler, constituído entre outros pelo advogado Hans von Dohnanyi (seu cunhado), pelo almirante Wilhelm Canaris e pelo general Hans Oster.

O teólogo constituiu um elo fundamental entre o movimento ecumênico internacional e a conspiração alemã contra o nazismo.

Em 1939, foi aos EUA para uma série de conferências. A guerra se aproximava. Voltar? Foi uma luta interior. Volta para a Alemanha sabendo o que iria encontrar?

ATÉ SER PRESO – Mas sua consciência o impediu de permanecer “protegido” enquanto seus irmãos eram trucidados pelo Nazismo. Retornou à Alemanha e organizou, clandestinamente, a fuga de judeus, até ser preso em 1943.

Nas cartas ao amigo Eberhard Bethge, durante os dois anos de prisão que precederam a sua morte, Bonhoeffer explorou o significado da fé cristã em um “mundo que se tornou adulto”, perguntando-se: “Quem é Cristo para nós hoje?”.

Durante a sua vida, Bonhoeffer publicou, em 1930, “Sanctorum communio”; em 1931, “Ato e ser”, em 1937, “Discipulado”; em 1938, “A vida comum”.  As cartas e as anotações escritas durante sua prisão e enviadas ao amigo Eberhard Bethge foram publicados por ele postumamente em 1951, sob o título de “Resistência e Submissão” ( Editora Sinodal).

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P.S.
 – “Devemos participar da amplitude do coração de Cristo na ação responsável, ele que, com toda a liberdade, aceita a hora e se submete ao perigo”, escreveu Bonhoeffer, um nome na História da Humanidade. (C.R.J.)

(Artigo enviado pelo jornalista Sergio Caldieri)


Aliados do governo dizem que discurso de Guedes ‘prescreveu’ e exigem mudanças para 2022


fora da curva : Últimas Notícias | GZH

Charge do Fraga (Gaúcha/Zero Hora)

Vera Rosa
Estadão

Deputados e senadores que conversaram com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, na noite de terça-feira, não pouparam críticas ao ministro da Economia, Paulo Guedes. Em jantar promovido pela Frente Parlamentar Mista do Empreendedorismo, Campos Neto ouviu queixas sobre a fragilidade das reformas e ponderações de que a retórica de Guedes “prescreveu”, além de cobranças para a retomada do crescimento no ano eleitoral de 2022.

Amigo do ministro da Economia, o presidente do Banco Central respondeu às perguntas sem cair nas armadilhas políticas. Disse que o ritmo de alta na taxa básica de juros tem sido calibrado para colocar a inflação dentro da meta, mas lembrou a influência do cenário internacional nesse jogo. Para Campos Neto, existe um choque de demanda – e não de ofertas –, que justifica o aumento dos juros.

COM ELEGÂNCIA – Os parlamentares “apertaram” o presidente do Banco Central para ver se ele soltava ali uma dica sobre o futuro do Posto Ipiranga do presidente Jair Bolsonaro. Não conseguiram. 

“O Roberto foi apertado de todo jeito, mas se saiu com elegância invejável das intrigas e cascas de banana que lançaram sobre sua relação com Guedes”, disse o senador Esperidião Amin (PP-SC), um dos participantes do jantar, que reuniu 55 parlamentares. O PP de Amin é o principal partido do Centrão.

Um dos que mais “cutucaram” o presidente do Banco Central foi o deputado Sílvio Costa Filho (Republicanos-PE), da base aliada na Câmara. “Eu disse que as ações dele, com Bolsonaro ganhando ou perdendo a eleição, terão reflexo no futuro governo”, afirmou o deputado. “Ele é a única voz que passa credibilidade e segurança institucional, mas o importante não é o que se diz e, sim, o que as pessoas entendem.”

AUTONOMIA – A referência ao futuro governo ocorreu porque, após a aprovação da lei que confere autonomia ao BC, Campos Neto ficará na presidência da instituição após as eleições, até dezembro de 2024, e ainda pode ter o mandato renovado.

A conversa passou por emprego, educação, reformas, 5G, Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos precatórios, Auxílio Brasil, eleições e até inteligência artificial. Muitos ali manifestaram preocupação com os rumos da economia e destacaram que Guedes perdeu credibilidade.

Mas o que se disse sobre a viabilidade da terceira via para enfrentar Bolsonaro e o ex-presidente Lula? “A única insinuação da terceira via no jantar foi a passagem meteórica do Kassab, que veio lançar um novo produto no mercado e, como bom beduíno, já está planejando com qual seda vai embalá-lo”, brincou Amin, ao lembrar que o presidente do PSD, Gilberto Kassab, entrou e saiu da reunião muito rapidamente.

NÃO CONSEGUE ACERTAR – Embora o jantar tenha reunido muitos integrantes do Centrão e de partidos que se aliam ao governo mesmo sem compor o bloco, não faltaram estocadas na direção do Palácio do Planalto. A avaliação ali foi a de que promessas feitas por Guedes não têm mais eco e o ministro enfrenta intenso processo de desgaste.

“Ele sempre tem a convicção de que vai acertar na mosca, só que isso não acontece”, observou o deputado Alceu Moreira (MDB-RS), ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). “Não conseguimos ver o pensamento do grande Posto Ipiranga gerar resultados.”

Moreira disse que procurou encaixar no jantar considerações sobre o “mundo real”. “Se o Brasil quer crescimento econômico, não pode ter 80 milhões de pessoas de 18 a 65 anos excluídas do mercado de trabalho. Ficamos discutindo ‘Bolsa isso, auxílio aquilo’, mas o Estado não qualifica profissionalmente as pessoas”, argumentou ele. “De nada adiantam explicações econômicas brilhantes se faltam políticas públicas que geram riqueza.”

NÃO HÁ REFORMAS – A manifestação do deputado provocou surpresa. Motivo: Moreira é visto como um dos mais fiéis bolsonaristas na bancada do MDB. “Sou governista e por isso mesmo fiz ali um diagnóstico. Agora, vamos tratar a doença. O governo é liberal na economia e estatizante no Palácio”, protestou o ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, ao constatar que a sede do governo tem “muitos militares”: “Cadê o projeto de reforma tributária? Cadê o projeto de reforma administrativa?”

Guedes deve ter ficado com a orelha vermelha, mas foi defendido por Campos Neto, que não entrou no mérito de especulações de que seria um nome de confiança do Planalto, do Congresso e do mercado para substituir o Posto Ipiranga.

GUEDES SE DEFENDE – Na noite de quarta-feira foi a vez de Guedes ir a um jantar, também em Brasília, promovido pelo Movimento Brasil Competitivo. O encontro contou com a presença de empresários e parlamentares. Ali o discurso foi diferente. Cansado de ver que jogam sobre suas costas a responsabilidade do aumento do custo de vida, o ministro traçou um panorama no qual conclui que o Banco Central precisa correr para controlar a alta da inflação.

Guedes ponderou que não vê problema em tirar nota baixa “no fiscal”. Alegou que, neste momento pós-pandemia de covid, é preciso ter uma licença para gastos sociais porque, diante de tantas dificuldades, parte da população está “comendo osso”.

Na prática, o dono da chave do cofre quer desviar os holofotes para o lado do Banco Central. Enquanto isso, ele tenta garantir a reeleição de Bolsonaro em 2022.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Bolsonaro só manterá o apoio parlamentar se demonstrar ter condições de ganhar as eleições. Se não avançar nas pesquisas, os ratos abandonarão o Titanic e o último a sair apaga a luz. (C.N.)  


De salto alto, o comissariado do PT tropeçou numa incompreensível defesa de regimes ditatoriais

 

TRIBUNA DA INTERNET | PT difunde narrativa manipulada para cooptar  militantes na defesa de Lula

Charge do Nani (nanihumor.com)

Elio Gaspari
Folha/O Globo

O PT subiu num salto alto à sua maneira. Num pé, calçou um modelo Sabrina; noutro, um Stiletto. Como eles têm alturas diferentes, incomodam pouco quem joga sentado, mas atrapalham, e muito, quem tiver que se mover numa campanha eleitoral.

Em menos de um mês, o comissariado se amarrou numa incompreensível, porém deliberada, defesa de regimes ditatoriais ditos de esquerda.

O CASO ORTEGA – Primeiro, um comissário saudou a vitória de Daniel Ortega numa eleição que lhe rendeu o quarto mandato à custa da prisão de postulantes. A presidente do PT disse que o festejo não havia passado pelo crivo da direção. Passaram-se semanas, e Lula foi confrontado pelo caso nicaraguense por duas entrevistadoras do jornal “El País”.

Numa resposta marota de palanque, bateu no cravo e acertou Ortega defendendo a alternância dos governantes no poder. Na ferradura, lembrou que Angela Merkel ficou 16 anos no poder. Adiante, repetiu o truque ao dizer que a democracia em Cuba depende do fim do bloqueio econômico dos Estados Unidos. Nenhuma das duas coisas tem a ver com a outra.

Nosso Guia foi prejudicado pela retórica de que se vale nos discursos. As repórteres Pepa Bueno e Lucía Abellán, contudo, eram entrevistadoras.

DILMA E A CHINA – Dois dias depois, a ex-presidente Dilma Rousseff participava de um debate sobre o livro “China, o socialismo do século XXI” e disse o seguinte: “A China representa uma luz nessa situação de absoluta decadência e escuridão que é atravessada pelas sociedades ocidentais.”

Internet censurada, partido comunista (o único) controlando empresas e roubalheiras sazonais iluminam pouca coisa, mas se a doutora gosta dessa penumbra, o problema é dela. Mais intrigante foi a contraposição que ela pôs na mesa: a “absoluta decadência e escuridão que é atravessada pelas sociedades ocidentais”.

Há sociedades ocidentais que passam por crises. Se algumas podem até estar em decadência, não são todas e, no conjunto, ela não é “absoluta”.

FALSA DECADÊNCIA – Desde que há Ocidente, há quem o veja como decadente. Essa ideia se popularizou a partir de 1918, quando o pensador alemão Oswald Spengler escreveu o seu “A decadência do Ocidente”. Simplificando, ele previa a ascensão ao poder de partidos cesaristas.

O doutor morreu em 1936, quando havia césares na Alemanha, na Itália e na União Soviética. Nove anos depois, viu-se no que deu. Nenhum dos partidos que produziram os césares de Spengler existe hoje.

Há no PT quem concorde com Dilma e Lula, e os dois podem dizer que governaram o Brasil por 13 anos sem agredir nem mesmo ameaçar as instituições democráticas. O declínio do PT foi influenciado pelos episódios em que se lambuzou.

ALA RADICAL –  Com poucas exceções, sua ala radical passou pessoalmente incólume pelas lambanças. Isso lhe proporcionou uma autoridade moral nas discussões internas, mas não resultou numa linha que permita ao PT entrar numa campanha eleitoral com um pé num salto Sabrina e outro num Stiletto. Até porque Sergio Moro largou com vontade. Levou o general da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz para o Podemos, está formando equipes e lançou pontes na direção de bolsonaristas arrependidos.

Se nos próximos meses Moro encostar ou ultrapassar Bolsonaro nas pesquisas, provocará uma migração para seu ninho. Ela terá tudo para virar debandada.

Ministro pede que advogado sem gravata se retire de sessão do STJ

 

O advogado usava uma camisa social branca e um paletó e, segundo o ministro Luis Felipe Salomão, não estava vestido de "forma adequada"

Por FOLHAPRESS
25/11/21 - 12h39

Luis Felipe Salomão
Ministro Luis Felipe Salomão
Foto
Foto: Sandra Fado / STJ

O ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Luis Felipe Salomão, pediu que um advogado sem gravata se retirasse de uma sessão, que ocorreu na terça-feira (23). O advogado usava uma camisa social branca e um paletó e, segundo o ministro, não estava vestido de "forma adequada".

O STJ exige o uso de terno e gravata para homens durante sessões. A obrigatoriedade foi mantida mesmo durante a pandemia, quando os julgamentos passaram a ser virtuais. Na ocasião, antes que o recurso fosse julgado, o ministro Salomão interrompeu o relator, o ministro Raul Araújo, e se dirigiu ao advogado: "Vossa Excelência não pode participar da sessão dessa forma, não é possível".

O advogado pareceu confuso, mas questionou: "Como assim, excelência?". O ministro Salomão emendou: "Você tem que se trajar adequadamente". Do outro lado, não houve resposta e o advogado foi retirado da sessão virtual.

"Pode cancelar [a participação do advogado]", afirmou Salomão, que deu continuidade ao julgamento do recurso já sem a presença do advogado na sessão virtual.

O TEMPO

Tendência é de que Sergio Moro tire mais votos de Jair Bolsonaro do que de Lula

Publicado em 28 de novembro de 2021 por Tribuna da Internet

PT vê Bolsonaro mais fraco após entrada de Moro na disputa 

Pedro do Coutto

As primeiras análises sobre a presença do ex-juiz Sergio Moro entre os candidatos à Presidência da República acentuam que ele arrebata mais eleitores propensos a votar em Bolsonaro do que retira apoios a Lula. Reportagem de Thiago Resende, Folha de S. Paulo deste sábado, focaliza o panorama, é verdade que com base mais ampla e avaliações feitas por setores do PT. Os mesmos setores consideram também que Bolsonaro deve manter uma posição entre 20% a 25% dos votos, percentual que o fará manter à frente em relação ao ex-ministro da Justiça.

Mas, são apenas análises básicas. O estudo do PT não foi o único a respeito da redistribuição de votos com a entrada do ex-juiz. Na televisão, como acentuei outro dia, a jornalista Eliane Cantanhêde, GloboNews, revelou ter informação de que Moro havia ultrapassado Ciro Gomes. Esta versão foi praticamente confirmada em matéria do jornal Valor, edição de sexta-feira, que o colocava na terceira colocação.

PRESENÇA DE SANTOS CRUZ – São perspectivas básicas que não podem incluir, como é natural, a movimentação inevitável das candidaturas. Mas um fato provavelmente incomodou Jair Bolsonaro: a presença do general  Carlos Alberto dos Santos Cruz como vice na chapa de Moro em face do reflexo político que poderá atingir a área militar do governo, já dividida com o afastamento do general Hamilton Mourão, que não será o companheiro de chapa de Bolsonaro nas urnas de 2022. A indisposição entre ambos ficou flagrante e se tornou pública, demonstrando, na minha opinião, um corte na presença militar no Palácio do Planalto.

Essa presença militar no Planalto foi indiretamente criticada pelo general Santos Cruz numa entrevista à GloboNews quando disse que o militar nomeado para um cargo civil deve pedir imediatamente a sua transferência para a reserva. Ele se referiu, é claro, à posição do general Eduardo Pazuello que continua lotado no Palácio e na ativa do Exército.

Thiago Resende lembra de outro lado que a mais recente pesquisa do Datafolha sobre a sucessão presidencial apontou Lula contido numa faixa de 42% a 44% das intenções de votos, contra uma faixa de 25% a 26% de Bolsonaro. A pesquisa não incluiu, é claro, Sergio Moro, colocando Ciro Gomes em terceiro numa sequência de 9% a 12%. João Doria e Eduardo Leite apareceram com 4%. Mas o quadro mudou.

PESO DE MORO – Temos que aguardar a próxima pesquisa do Datafolha que talvez seja publicada ainda hoje ou então na próxima semana. É importante verificar o verdadeiro peso de Sergio Moro num quadro eleitoral. Pelo que os sintomas indicam será positiva.Ele deverá ultrapassar Ciro Gomes e retirar votos que iriam para Bolsonaro contra Lula. Afinal de contas foi ele que condenou o ex-presidente da República e o seu combate à corrupção motivou setores de renda mais alta da sociedade brasileira, uma vez que o problema da corrupção pesa menos para efeito de voto junto aos grupos sociais de renda menor.

Tem que se esperar também o desfecho das prévias do PSDB, sobretudo porque se o vencedor for João Doria estará criado um problema na base paulista para Bolsonaro que pretende lançar o ministro Tarcisio de Freitas para disputar o governo de São Paulo. Os fatos são muito dinâmicos e entrelaçados uns aos outros. Qualquer movimento político gera reflexos em qualquer sentido.

TAXA DE JUROS –  Reportagem da Folha de S. aulo, edição de sábado, revela que a taxa de juros aos empréstimos bancários pessoais elevou-se 2,2 pontos no final da semana, atingindo, no montante anual, uma escala de 32%. A informação é do próprio Banco Central. Essa realidade torna o crédito pessoal impossível, pois não tem cabimento alguém contrair um crédito numa proporção destas, enquanto os seus salários permanecem na estaca zero, perdendo para a inflação.

Os juros bancários são três vezes maiores do que a inflação, portanto o rendimento das operações para os bancos é bastante real. O mesmo não acontece com os funcionários públicos e empregados regidos pela CLT, incluindo os das empresas estatais. Não há qualquer possibilidade de quem obteve o crédito possa pagá-lo na prática. Terá que recorrer a sucessivos empréstimos. Os números sustentam essa realidade. Mas há uma parte quase inacreditável dos juros cobrados no mercado. A Folha de S. Paulo publica: 313% sobre o crédito rotativo dos cartões de crédito, 172% ao ano são os juros  dos parcelamentos através dos cartões de crédito.

Quanto a esse aspecto vale uma colocação; quando bancos fazem peças publicitárias falando sobre financiamento através de cartões, não se referem, em muitos casos, a essa taxa de 172 %. A respeito dos juros cobrados sobre os saques nos cheques especiais, eles atingem 128% ao ano. Enquanto isso, a taxa Selic que rege a correção da dívida interna do Brasil encontra-se fixada em 7,75% ao ano, mas deve subir 1,5% na reunião do COPOM no final deste mês. Como a dívida interna bruta brasileira é de R$ 6 trilhões, 1,5% representa um acréscimo de despesa da ordem de R$ 90 bilhões por ano. Por isso é fundamental, como dizia sempre o ministro Roberto Campos, avô do atual presidente do Banco Central, que os cálculos percentuais devem sempre incluir sobre quais números absolutos incidem.

ALERTA –  O Globo e a Folha de S. Paulo publicaram ontem várias páginas com base em estudos da Organização Mundial de Saúde sobre a gravidade do Omicron, variante sul-africana do coronavírus, como um fator de preocupação mundial. O presidente Jair Bolsonaro no primeiro momento não levou a sério essa ameaça e se negou a suspender a entrada no país de viajantes procedentes da África do Sul e de mais seis nações africanas.

Depois recuou e o ministro Ciro Nogueira publicou nas redes sociais a decisão bloqueando e exigindo quarentena dos passageiros dos países da África. Há, portanto, um sinal de alarme no mundo, desaconselhando a flexibilização de medidas restritivas.  O novo surto detectado pela OMS deve colocar em dúvida a realização do Carnaval de 2022 que pode agravar um processo que ameaça a vida humana e que deve ser bloqueado por todos os meios possíveis.

O Brasil já perdeu mais de 610 mil vidas humanas e no país já foram realizadas milhões de hospitalizações. Agravando ainda mais as pré-condições, o próprio IBGE divulgou na noite de sexta-feira (RJ2 da TV Globo) a queda da qualidade de vida no país e principalmente na cidade do Rio de Janeiro.

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