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segunda-feira, novembro 01, 2021

Boas intenções, porém más ideias nas políticas sociais contra a miséria nos Estados Unidos


Por que economista do MIT diz que os EUA estão cada vez mais parecidos com  a Argentina - BBC News Brasil

Em grandes cidades dos EUA as cracolândias estão crescendo

Eurípedes Alcântara
O Globo

Michael Shellenberger, como escreveu Walt Whitman, “contém multidões”. Foi sandinista na Nicarágua, militante do MST no Brasil, ambientalista radical. Aos 50 anos, renega o passado de ativista e se dedica a pensar. Para alguns de seus amigos, virou um chato. Mas daqueles que não adianta ignorar.

No ano passado, publicou “Apocalypse Never: Why Environmental Alarmism Hurts Us All” (“Apocalipse nunca: por que o alarmismo ambiental faz mal a todos nós”), um livro que vai contra a corrente, muito bem pesquisado, mas prejudicado pela maneira arrogante com que seu autor lhe deu publicidade.

CAOS EM SÃO FRANCISCO – Shellenberger atacou novamente. Agora com “San Fransicko — Why Progressives Ruin Cities”. Fransicko mistura o nome da cidade da Costa Oeste dos Estados Unidos com a palavra doente em inglês, sick. É uma grande reportagem sobre como, na visão dele, os progressistas “destruíram” San Francisco por uma sequência histórica de ações de caridade levadas a cabo por políticos imprudentes, eleitos por “baby boomers nostálgicos da era hippie”.

Atire a primeira pedra quem tem mais de 50 anos e não se emociona quando ouve “If you’re going to San Francisco / Make sure to wear some flowers in your hair”, o hino geracional de Scott McKenzie.

Não há mais hippies com girassóis nos cabelos em San Francisco. Imensas áreas urbanas tornaram-se concentradoras de miseráveis vindos de todas as partes dos Estados Unidos, situação que precede a pandemia de Covid-19, mas foi agravada por ela.

PROPOSTAS POSITIVAS – “San Fransicko” não é um livro de coração duro. É um livro contra a leniência oportunista de políticos de cabeça mole. “O objetivo não é apenas criticar. Trago propostas positivas e testadas, que são capazes de restaurar não apenas a lei e a ordem da cidade, mas a dignidade humana de seus moradores mais pobres”, escreveu Shellenberger.

O ponto central é a constatação da falência das atuais políticas sociais, que só fizeram multiplicar o número de desabrigados nas ruas da cidade.

“Apenas um quinto dos moradores de rua de San Francisco é daqui. A imensa maioria é formada por pessoas de outras regiões que acham mais confortável ser ‘homeless’ aqui do que viver em suas casas, mesmo precárias, em suas cidades de origem”, escreveu o autor.

CRÍTICO DO SISTEMA – Ele foi guiado em parte das pesquisas para o livro por Tom Wolf, um ex-morador de rua de San Francisco que se transformou num crítico feroz do sistema. Diz Tom Wolf:

“Políticos, líderes comunitários e ricos esnobes inocentes uniram-se a traficantes de drogas para lucrar com o vício e a miséria da multidão crescente de miseráveis nas ruas de San Francisco. Não é do interesse de nenhum desses ‘caridosos’ interromper o ciclo de multiplicação dos sem-teto”.

A combatente advogada de direitos humanos Jennifer Hernandez já apontara a existência de uma “indústria da miséria” nas convulsionadas cidades da Califórnia. Ela elogiou “San Fransicko” por “ter desmontado as atuais políticas com dados revisados por pesquisadores independentes”. Hernandez diz que a maioria dos desabrigados da Califórnia é dependente de álcool, drogas injetáveis pesadas, sofre de doenças mentais complexas e “não pode ser ajudada apenas por uma barraca de plástico, esmolas em dinheiro ou algumas noites em abrigos da prefeitura”.

CRACOLÂNDIAS – Por propor soluções viáveis, Shellenberger saiu-se melhor que outros autores de obras críticas de políticas de ajuda ineficazes como Graham Hancock (“Os lordes da pobreza”, de 1989) e Michael Matheson Miller (diretor de “Poverty, Inc.”, documentário de 2014).

O ponto comum das propostas que o livro de Shellenberger traz é evitar a concentração de pessoas carentes em áreas impenetráveis, como as cracolândias das cidades brasileiras, caso mais notório de São Paulo. A cracolândia de San Francisco responde pelo nome de Tenderloin, região boêmia histórica hoje inteiramente degradada.

Piada do Ano! Bolsonaro corteja a OCDE, que repudia a impunidade reinante no Brasil

Publicado em 1 de novembro de 2021 por Tribuna da Internet

França comanda resistência na OCDE a negociar com Bolsonaro sobre adesão |  Brasil | Valor Econômico

Bolsonaro procurou Cormann, que abomina seu governo

Carlos Newton

Na viagem de Bolsonaro a Roma, a Piada do Ano foi o encontro do presidente Jair Bolsonaro com o secretário-geral da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), Mathias Cormann, no sábado, quando indagou como vai o processo na entidade internacional para de aceitar o Brasil como um de seus países-membros.

Antes da reunião disse Bolsonaro: “Nós queremos a ascensão à OCDE. Ele [o secretário-geral] é simpático sobre a nossa posição. É difícil, mas ao que tudo indica, em vez de um país, devem entrar seis países simultaneamente. Três da Europa e três das Américas”.

QUERER E PODER – Bolsonaro desconhece o velho ditado “querer não é poder”. O encontro foi rápido e, como era de se esperar, o secretário-geral Thomas Cormann deu uma bela embromada em Bolsonaro.

O Brasil é candidato e faz lobby para tentar entrar na OCDE, considerado o clube dos países ricos, mas as perspectivas são sinistras, devido ao retrocesso que vem ocorrendo desde 2019, com o afrouxamento do combate à corrupção.

Quando o Supremo Tribunal Federal mudou a “interpretação” das leis e passou a impedir prisão após segunda instância, a OCDE enviou uma missão ao Brasil, que retornou levando um relatório altamente negativo.

Além do fim da Lava Jato e da proibição da prisão em segunda instância, a chamada Lei de Abuso de Autoridade também foi citada pelo grupo da OCDE entre as medidas que impedem o combate à corrupção e à lavagem de dinheiro.

VIÉS DE IMPUNIDADE– Da mesma forma, a comitiva da OCDE demonstrou preocupação com o Tribunal de Contas da União sobre acordos de leniência com empresas corruptas, assim como também estranhou decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, que suspendeu procedimentos da Receita contra autoridades federais e seus parentes.

Por fim, causou estranheza a decisão do Supremo que anulou sentença em processo da Lava Jato, para que o réu alvo de delação premiada pudesse se manifestar depois do réu colaborador, como se não pudesse ter se pronunciado a respeito nas alegações finais.

CLARO RETROCESSO – Isso ocorreu em novembro de 2019. De lá para cá, tudo piorou. Diante do evidente recuo no combate à impunidade no Brasil, com adoção de outras medidas impeditivas do combate à corrupção, em março deste ano a OCDE tomou uma decisão inédita: criou um grupo permanente de monitoramento sobre o Brasil.

A medida, jamais adotada contra nenhum país, representa uma escalada — com tons de advertência — nas posições da OCDE, que desde 2019 tem divulgado alertas públicos ao governo, sem qualquer retorno.

A partir daí, especialistas de três países-membros da OCDE estão monitorando – de maneira contínua e independente – a desmobilização do combate à corrupção no país, mantendo informada a cúpula da organização internacional.

ENCONTRO INUSITADO – Em meio a essa situação constrangedora, o presidente Jair Bolsonaro comparece a uma reunião do G-20 e pede uma reunião com o secretário-geral da OCDE, o belga Mathias Cormann, para cobrar uma resposta ao pedido de inclusão do Brasil entre os membros efetivos da entidade, integrada por apenas 31 países, a maioria de menor importância do que o Brasil no cenário internacional, como Austrália, Chile, Coréia, Eslovênia, Estônia, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Letônia, Luxemburgo, México, Peru, Polônia e Portugal.

A diferença é que essas nações – como a maior parte do mundo, aliás – estão dedicadas a combater a corrupção, enquanto o Brasil se dedica a cultivar a impunidade. 

Por essa e muitas outras razões, a reunião que Bolsonaro pediu ao secretário-geral da OCDE só pode ser encarada como mais uma Piada do Ano.

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P.S.
 – O mais estarrecedor é perceber que Bolsonaro, como presidente da República, não está informado de que o Brasil é o único país do mundo onde a corrupção é monitorada pela OCDE em caráter permanente. (C.N.)

Exército desmente Braga Netto e mostra que monitora políticos, jornalistas e redes sociais

Publicado em 1 de novembro de 2021 por Tribuna da Internet

Braga Netto nega ameaça por voto impresso e diz que cúpula militar não  desrespeitou Senado | Política | G1

Na Câmara, Braga Netto afirmou que não há monitoramento

Jorge Vasconcellos
Correio Braziliense

De 14 de agosto de 2019 a 20 de novembro do mesmo ano, o Exército brasileiro monitorou o comportamento, nas redes sociais, de cidadãos comuns, parlamentares, jornalistas e blogueiros. Os resultados dessa atividade estão nas 124 páginas dos relatórios de Acompanhamento e Análise do PL 1645 nas mídias sociais, que foram repassados oficialmente ao Correio Braziliense pela própria força terrestre.

Os documentos mostram também como a corporação traçou estratégias políticas para influenciar na tramitação do projeto de lei, que tratou da reestruturação das carreiras militares. A proposta, depois de aprovada no Congresso, foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro em dezembro de 2019.

SETE GRUPOS – Os relatórios foram elaborados pela Divisão de Produção e Divulgação do Centro de Comunicação Social do Exército (Ccomsex). Foram alvos do monitoramento: “1) Grupo Cidadão — perfis de pessoas com pouco poder de influência nas redes; 2) Grupo político — perfis de políticos das esferas Federal, Estadual e Municipal (tags por função — Ex: Político Senador, Político Dep Federal); 3) Grupo Mídia e Grupo Blog — perfis de órgãos de mídia subdivididos e mídia (perfil de abrangência nacional), mídia local (perfil de abrangência regional) e blog (perfil de blog pessoal de jornalistas).

E mais: 4) Forças Armadas — perfil de órgãos das Forças Armadas; 5) Forças Auxiliares — perfil de órgãos das Forças Auxiliares dos Estados; 6) Entidades Religiosas — perfil de órgão de entidade religiosa de abrangência”; 7) Grupo Associações de Militares — perfil de entidades agregadoras de militares da reserva.

MINISTRO DESMENTIDO – O conteúdo desmente declarações feitas na semana passada pelo ministro da Defesa, general Braga Netto, durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara. Irritado após ser questionado pelo deputado Glauber Braga (PSol-RJ) sobre o assunto, o militar negou que o Exército faça monitoramento de políticos.

Na ocasião, o congressista disse ter informações de que ele foi um dos monitorados. “Não existe, nem vi o nome do senhor em nada, nem passa perto. Não existe monitoramento de parlamentares, não existe”, disse o ministro, ao lado dos comandantes das três Forças Armadas.

O fato é que a tramitação do PL 1645 no Congresso foi marcada por muitas tensões e protestos de associações de praças da reserva das Forças Armadas.

HOUVE PRIVILÉGIOS – Representantes dessas associações consideram que o projeto concedeu os maiores benefícios aos oficiais de altas patentes, em detrimento dos soldados, cabos, sargentos e suboficiais. Durante os debates sobre a proposta, foram parlamentares da oposição, e não governistas, que prestaram apoio às demandas dos praças.

A apuração do Correio começou depois que a revista Sociedade Militar publicou uma série de relatórios que teriam sido produzidos pelo Exército e que trazem os nomes de vários parlamentares supostamente monitorados. Os textos publicados pela revista, também intitulados “Acompanhamento e análise do PL 1645 nas mídias sociais”, apontam como um dos congressistas mais influentes o deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ), que, à época da tramitação do PL 1645, era filiado ao PSol.

“Cabe ressaltar que o Dep. Marcelo Freixo é um forte influenciador de massas radicais no Twitter e possui expressão com seus mais de 1 milhão de seguidores”, diz um trecho publicado por Sociedade Militar.

MAIOR DETRATOR – O conteúdo afirma também que “o PSol, ainda com as manobras regimentais e destaques, apresenta-se como o maior detrator da Comissão” onde tramitava o projeto de lei. “Fato relevante a ser ressaltado neste campo de poder foi a articulação do Psol, ator que assumiu o protagonismo da oposição do governo dentro da Comissão Especial”, diz o texto.

O material divulgado pela Sociedade Militar mostra que o deputado Glauber Braga realmente atraiu as atenções do Exército. O texto cita uma entrevista concedida pelo parlamentar à mesma revista.

“A notícia apresenta o alinhamento dos integrantes das Associações de praças e inativos com deputados do Psol”, diz o conteúdo. Além disso, está escrito que o parlamentar “mostrou-se contra a posição do relator e avocou para si e seu partido a responsabilidade pelos direitos de igualdade das praças das Forças Armadas”.

OUTROS 19 DEPUTADOS – Há ainda citações a outros 19 deputados federais, entre eles Vinícius Carvalho (Republicanos-SP), relator do PL. “Ele explicou com muita propriedade as gratificações de Altos Estudos propostas no PL”, diz o texto publicado pela Sociedade Militar.

O Correio, depois de apurar junto à revista que o material divulgado foi recebido de uma fonte militar, fez contato com o Centro de Comunicação Social do Exército (Ccomsex) e questionou se o conteúdo era autêntico. Como resposta, a assessoria negou a autenticidade. Além disso, encaminhou algumas explicações sobre o assunto, mas nada é informado sobre o monitoramento de políticos e de outros alvos.

A assessoria também enviou uma série de relatórios apresentados como oficiais. Os textos são semelhantes aos divulgados pela revista, mas têm várias partes omitidas por tarjas pretas, principalmente nomes de parlamentares e outras autoridades, partidos políticos, veículos da mídia, jornalistas e blogueiros.

RECOMENDAÇÕES – Apesar das trajas pretas, os trechos que não foram omitidos dizem muito sobre a natureza desse trabalho. O texto de um dos relatórios, elaborado a partir de monitoramento feito entre os dias 1 e 4 de novembro de 2019, mostra como o Exército agiu para favorecer a aprovação do PL 1645.

No documento, os militares afirmam que “a tentativa de ganhar a narrativa em busca de uma proposição positiva nas Redes Sociais pode se tornar desgastante e ineficiente, quando se usa apenas os próprios meios”. Eles orientam que “é preciso que influenciadores atuem nas redes social (sic), pois são estes que detém (sic) maior capacidade de reverberar a linha narrativa que se deseja propagar. Perfis pessoais possuem uma capacidade representativa na rede muito superior a perfis institucionais”.

Em outro trecho, o documento afirma que, “no cenário político, é preciso esvaziar o discurso do (tarja) e dar visibilidade ou chamar a participação, os atores políticos favoráveis ao PL 1645”.

INFLUENCIADORES – Um outro relatório, elaborado a partir de monitoramento realizado no período de 13 a 20 de novembro de 2019, reflete uma preocupação especial com os partidos de oposição.

“Nesse momento, dado o cenário político polarizado somado o acirramento da pressão da opinião pública sobre o Congresso influenciando em decisões das Casas legislativas, é preciso que influenciadores com uma narrativa favorável ao PL atuem nas redes sociais com o intuito de que não ocorra ações semelhantes às propostas pela bancada do (tarja) durante a tramitação do projeto na Câmara dos Deputados, quando parlamentares de oposição se aproveitaram da pauta criada pelas associações de praças para atacar o projeto de lei”.

Em outro trecho, os militares afirmam que, “com o objetivo de informar o público interno é preciso coordenar entre as três forças e o (tarja) a divulgação de palestras que, se for o caso, sejam ministradas para todos os públicos, ativa e reserva, e que os sites institucionais e perfis nas plataformas digitais contenham conteúdos informativos sobre o tema”.

ROTINA DE POSTAGENS – O documento diz ainda que “cabe avaliar a possibilidade de ser mantida uma rotina de postagens informativas sobre a tramitação do PL durante os dias de atividade parlamentar no Senado elencando os principais fatos da semana, tudo com a finalidade de evitar a construção de narrativas falsas”.

Em um outro relatório, produzido com base em monitoramento realizado entre 4 e 6 de novembro de 2019, os militares alertam que “os perfis de esquerda, principalmente no Twitter, já atuam de forma coordenada para desclassificar a pauta econômica do (tarja) podendo ser claramente verificado entre os políticos (tarja) e seus partidos satélites (tarja), perfis de jornalistas e blogs de esquerda, bem como personalidades alinhadas com a causa lulista a referida postura digital”.

PARTIDOS DE OPOSIÇÃO –  O texto diz ainda que “durante a tramitação na Câmara os partidos de oposição se aproveitaram da instabilidade causada pelas associações de praças e militares da reserva para tumultuar a caminhada do projeto na casa”. “Mais uma vez os partidos de oposição poderão se unir à causa das associações militares reforçando a narrativa de que o projeto é desigual em suas medidas entre oficiais e praças”, afirma o documento. Os analistas destacaram também que a “esquerda tentará qualificar a reforma como desmonte do serviço público e aprofundadora das desigualdades do país”.

Segundo as informações encaminhadas pelo Exército ao Correio, o Acompanhamento e Análise do PL 1645 nas mídias sociais foi feito com o uso das ferramentas V-tracker, a busca avançada do Twitter (gratuita e oferecida pela plataforma) e o Google Alerts (gratuita e disponibilizada pelo Google). Conforme a força terrestre, “todas são amplamente conhecidas e fazem o acompanhamento de fontes abertas, não havendo, portanto, qualquer grau de sigilo”.

DEFESA SILENCIA – O Correio teve acesso a um Requerimento de Informação que o deputado Marcelo Freixo enviou ao Ministério da Defesa, em 23 de agosto. No documento, o parlamentar pede uma série de esclarecimentos, sobre a organização do monitoramento, o valor pago pelo Exército e a modalidade da contratação dos serviços, entre outros.

“Os fatos são graves e podem representar a quebra da harmonia e independência entre os Poderes da República, além de uma afronta à inviolabilidade das opiniões, palavras de votos dos deputados Federais”, escreveu Freixo.

Porém, até o momento, o deputado não recebeu resposta do ministério.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Como diria o escritor Erick Maria Remarque, nada de novo no front ocidental. A inteligência do Exército sempre fez e continuará fazendo o monitoramento de tudo o que acontece de importante. É natural que procurassem acompanhar a tramitação do projeto, mas é decepcionante que tenham defendido privilegiar os postos mais elevados, em detrimentos dos praças, cabos e sargentos. Mas isso também não é novidade. O ser humano é assim mesmo, egoísta e cheio de outros defeitos, não importa se militar ou civil, se ateu ou religioso(C.N.)

Guedes precisa entender que, para os segmentos de renda menor, a inflação pesa em dobro


Drama econômico não encontra resposta do governo Bolsonaro

Pedro do Coutto

Ao longo dos últimos doze meses, de outubro de 2020 a outubro de 2021, enquanto a inflação do IBGE elevou-se em 10%, o peso do índice inflacionário sobre os grupos de menor renda representou uma perda de 20%. Isso porque o setor mais afetado, o da alimentação, é exatamente aquele que concentra as maiores despesas das classes pobres.

Além desse aspecto, há também a fração de 25% de atingidos pela miséria, que têm dificuldade em saber se vão conseguir se alimentar no dia seguinte. Mas temos que acrescentar ainda um grupo, na minha opinião, que reflete todo o drama brasileiro: é aquele que não tem o que comer e vive no desespero. Reportagem de Fernando Canzian, Folha de S. Paulo de domingo, focaliza nitidamente os reflexos da inflação, incluindo a análise  de André Braz, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Getúlio Vargas.

SEM RESPOSTA – Esta face da questão social constitui o verdadeiro drama que desafia uma solução e que não encontra resposta do governo Bolsonaro. Até porque o ministro Paulo Guedes não tem nenhum interesse na questão social. Nos últimos 18 meses, os preços dos alimentos subiram 40%, dos quais, como vimos, 20% nos últimos 12 meses.

O desemprego continua alto e a renda média mensal de dois terços da população do país, também no último ano, caiu de R$ 250 por mês para R$ 172. Explico: trata-se do resultado da divisão da renda familiar pelo número de pessoas de cada família. Um desastre. Aliás, já configurado conforme vimos ontem com a queda  da renda média dos brasileiros que desceu de R$ 2400 para algo em cerca de R$ 2000. Os juros bancários continuam elevados e a Selic subiu 1,5% no mês que terminou ontem.

A reportagem de Canzian apresenta também os preços dos principais produtos de consumo alimentar e com base no panorama permite a todos os leitores confrontarem a realidade com a sua capacidade de adquirir os alimentos essenciais à vida humana. Com o desemprego alto e com a economia em baixa não é possível o país recuperar-se e fazer com que o mercado de trabalho absorva uma ponderável parcela de mão-de-obra.

NÍVEL ALARMANTE – Os períodos mais críticos do desemprego são os do segundo governo Dilma Rousseff, o de Michel Temer e o do governo Bolsonaro. Dilma Rousseff iniciou o segundo mandato com o desemprego de 4,8%. Escala aceitável, mas nos meses seguintes o desastre se alastrou e cresceu aos saltos para o nível em que se encontra até hoje.

Importante frisar  que qualquer programa de distribuição de renda tem que encontrar a sua base no emprego e no salário. Programas assistencialistas, como o Auxilio Brasil e o Bolsa Família, são importantes como uma ação de emergência, mas que não podem ser permanentes, muito menos substituir o peso do salário na escala social de qualquer país.

O emprego e o salário são também o único caminho de redistribuição de renda, sobretudo porque parte do princípio de que o mercado de trabalho tem uma relação direta com a  produtividade, o que não é o caso nem do Bolsa Família e nem do Auxílio Brasil.

MOURÃO E O SENADO –  No seu espaço no O Globo de ontem, Lauro Jardim diz que o presidente Jair Bolsonaro numa conversa há poucos dias com o general Hamilton Mourão sugeriu que ele seja candidato em 2022 ao Senado Federal pelo Rio de Janeiro. A sugestão tem outro endereço, o de dizer a Mourão que Bolsonaro, se for candidato à reeleição, vai escolher um outro nome para seu companheiro de chapa. Por qual partido?

Bolsonaro não disse. No decorrer desta semana, Bolsonaro informou a Valdemar Costa Neto, do PL, que vai se inscrever nesta legenda. Mas, no dia seguinte, disse aos representantes do PP que vai disputar as eleições por esta agremiação. Temos a impressão de que o Bolsonaro não sabe qual o seu caminho. Para mim, ele ainda não desistiu totalmente de conseguir uma ruptura com base num golpe militar.

CAPITAL ESTRANGEIRO – Júlio Wiziack, na Folha de S. Paulo, focaliza o tema da participação de capitais estrangeiros nas emissoras brasileiras de televisão. Hoje, essa participação está limitada a 30%. Mas há uma emenda na Câmara do deputado Eli Corrêa Filho, do DEM de São Paulo, prevendo que o limite seja ampliado para 49%. Entretanto, há uma corrente que é a favor da maioria das ações sair da mão de brasileiros e, com isso, permitir que investidores estrangeiros assumam o comando de redes.

Wiziack informa que o bispo Edir Macedo, dono da Record, é totalmente contra e que por isso já focalizou o assunto com o presidente Jair Bolsonaro. Entretanto, ouvido pela reportagem, Edir Macedo negou ter conversado com o presidente da República sobre esse assunto.

A matéria acentua que emissoras, como é o caso da Record, do SBT e da Band, principalmente as duas primeiras, depois da vitória de Bolsonaro, tornaram-se muito próximas do Palácio do Planalto. O SBT e a Band estão favoráveis à elasticidade do limite, sendo que a direção do SBT já está procurando compradores de sua rede, o que significa que Sílvio Santos, que já completou 90 anos, poderá se afastar do comando e até da própria empresa.

RESISTÊNCIAS – De modo geral, há resistências ao crescimento da participação de capitais externos e também queixas quanto à forma com que atuam a Netflix e a Amazon que competem com a rede tradicional. Na minha opinião, um dos aspectos da matéria inclui também a audiência dos canais cuja liderança incontestável pertence à Globo. E no universo dos canais jornalísticos a liderança da GloboNews e nos canais fechados a primeira posição é ocupada pela Netflix.

Por falar em audiência, circularam notícias de que o programa de Luciano Huck aos domingos tem registrado em torno de 13 pontos, enquanto a audiência do Faustão estava em 20 pontos. Faustão deve retornar à tela, agora na Band, no início de 2022. Levará consigo profissionais da Globo, caso do Tiago Leifert.


A super secretária de educação que gosta de se autoprover as custas do dinheiro do povo, que adota obras fantasmas, não respeita nem ordem judicial.

 

                                                       Foto Divulgação


Por: WhatsApp

Dia primeiro de novembro de 2021, que todos os Santos protejam o povo de Jeremoabo livrando dessa insensibilidade nefasta, desse ciclo tenebroso implantado nesse atual governo comandado por indivíduos que não tem almas, muito menos corações.

Atualmente Jeremoabo vive um ciclo escuro  para o povo, para o servidor público e para os menos iguais; um dos piores,  que já teve durante toda história de sua existência.

Não estamos mais sob o julgo do AI-5 ou outras leis de exceção, mas com um governo troglodita diante de perseguição oficial, de uma violência grosseira aos adversários políticos, ou daqueles cidadãos que votaram de acordo com a sua consciência.

As garantias constitucionais e os direitos individuais do cidadão são cada vez mais ignorados nessa ofensiva, nem ORDEM JUDICIAL estão cumprindo;  as regras são aplicadas de acordo com as atitudes políticas de cada um.

Ontem perseguiram Pebinha porque teve a coragem de exercer seu direito de cidadania ao denunciar suposto superfaturamento e ilicitudes na distribuição do peixe fornecido para o povo carente na Semana Santa; hoje recebo farta documentação a respeito de perseguição perversa, desumana e irresponsável contra uma professora, o que caracteriza Crime de Responsabilidade, Abuso de Autoridade e SUPOSTO DESCUMPRIMENTO DE DETERMINAÇÃO JUDICIAL.

Para melhor entendimento publicarei a seguir todo o material que foi enviado para publicação neste Blog:

A professora Rosania Campos, conhecida como Rosania de Edilson, vem sofrendo sérias perseguições por parte da Secretária de Educação. Desde 2018 a professora ensinava na Escola Senhor do Bonfim, no bairro Romão.  Quando no meio do ano sem nenhuma motivação,  visto que suas turmas sempre foram vagas reais, foi transferida para duas escolas na zona rural. A mesma entrou com mandato de segurança, conforme anexo e ganhou liminar. Mas mesmo assim a Secretária não obedeceu a ordem judicial e assim a professora entrou com novo mandado de segurança e novamente o juiz determinou que ela voltasse para escola onde estava lecionando. Apesar do encaminhamento para escola a secretária começou a criar mecanismo para dizer que não tinha vaga como juntar turmas e propor que professores adotassem aula a mais de sua carga horária. Na fala da Secretária,  transmitida pela direção,   a professora devia ir apenas bater ponto na escola, pois não tinha vaga para ela. Coincidentemente seu pai ficou doente e a mesma pegou um atestado de 14 dias para cuidar do seu pai. Mas ao receber seu salário do final do mês em total desrespeito a servidora teve sua regência cortada, retirada.


         

                            

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