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quinta-feira, fevereiro 26, 2009

PMDB deve manter Temer como presidente do partido

Agencia Estado

A cúpula do PMDB da Câmara já decidiu: quem estará no comando do partido na sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o deputado Michel Temer (SP). A notícia agrada aos tucanos que querem a candidatura presidencial do governador de São Paulo, José Serra. Eles veem em Temer não só um interlocutor confiável, como um aliado que pode ter papel estratégico em 2010, ajudando a ampliar o número de serristas no PMDB. Afinal, é em São Paulo que a aliança dos sonhos do tucanato, unindo PSDB, PMDB, DEM e PPS, está feita.

?Não há a menor possibilidade de o PMDB interromper o mandato de Michel Temer à frente do partido. Ele fica na cadeira de presidente até março de 2010?, disse o líder peemedebista na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). Depois desse prazo, seria ?reconduzido? a mais um mandato. ?Não só fica, como é candidato natural à reeleição?, disse Alves. Temer está licenciado do comando da legenda desde que assumiu a presidência da Câmara e vinha negando a intenção de acumular os dois cargos. Mas agora seus aliados argumentam que abrir uma nova disputa interna só serviria para aprofundar as mágoas e o racha provocado pela eleição para o comando das duas Casas no Congresso.

A candidatura vitoriosa de José Sarney (AP) à presidência do Senado foi vista como prejudicial à de Temer - havia resistências a uma dupla vitória peemedebista no Congresso -, mas mesmo assim ele acabou eleito. O PMDB da Câmara, unido, possui força suficiente para impor o nome de Temer, mesmo contra a vontade de senadores do partido. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: A Tarde

TRF condena universidade a indenizar aluna cadastrada em site de encontros

A 3ª Turma do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) manteve decisão que condenou a UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) a indenizar em R$ 5.000 uma aluna do curso de direito que teve seu nome cadastrado sem autorização em um site de encontros amorosos por meio de um computador da universidade.

Conforme a autora, um monitor do laboratório de informática jurídica teria feito seu cadastro em um site de encontros e lançado informações na ficha eletrônica que sugeriam que ela estaria disponível para manter relações sexuais com homens e mulheres. Ela só teria tomado conhecimento do fato ao receber por e-mail 34 mensagens de cunho sexual.

A relatora do processo, desembargadora federal Maria Lúcia Luz Leiria, entendeu que a responsabilidade é da universidade, que ao possibilitar a seus alunos a utilização de computadores conectados à Internet em suas instalações, obriga-se a velar pelo bom uso dos equipamentos, respondendo objetivamente por eventual falha na vigilância e consequente perpetração de ato ilícito.

A estudante também ajuizou ação contra o monitor cuja senha teria sido logada para fazer o cadastramento, mas este foi absolvido por falta de provas, pois vários alunos utilizavam sua senha, sem qualquer fiscalização.

A universitária recorreu ao TRF-4 porque ficou inconformada com o valor da indenização. Ela considerou R$ 5.000 irrisórios e pediu R$ 50 mil. A desembargadora, entretanto, manteve o valor, explicando em sua decisão que a indenização por danos morais tem um caráter pedagógico e punitivo e não pode se constituir em uma forma de enriquecimento ilícito.

Fonte: Última Instância

quarta-feira, fevereiro 25, 2009

Inadimplência sobe e bancos retomam 100 mil veículos

Os bancos brasileiros têm pelo menos 100 mil veículos recuperados de clientes inadimplentes, volume que equivale à metade das vendas mensais de carros novos no país. Esse estoque pressiona o mercado de usados, que vive queda nos preços sem precedentes e cuja falta de liquidez trava a retomada na venda de automóveis.
Fonte: Folha de São Paulo

A CRISE É DELES – O TRABALHADOR PAGA – “QUERO UM DECORADOR PROFISSIONAL”

Laerte Braga


A previsão do rombo provocado pelos bancos norte-americanos na “crise” do dinheiro fácil e do lucro astronômico vai ser paga pelo contribuinte dos eua. São cerca de quatro trilhões de dólares. A esse cenário se juntam as montadoras de veículos automotivos, dentre elas as ditas maiores. general motors, ford e chrysler.

O presidente barak obama estuda a possibilidade de comprar 40% das ações de bancos como o city – um dos sócios do banco central do país – para ajudá-los a sair do buraco. obama disse a jornalistas que os estados unidos “sairão fortalecidos da crise”.

Milhões de africanos morrem de fome. Os níveis de AIDS na África atingem a patamares absurdos e insuportáveis. As condições de trabalho na África e na Ásia são de escravidão e os grandes beneficiários são empresas norte-americanas e européias. Vários países africanos e asiáticos vivem mergulhados em crise políticas permanentes por conta dos interesses dessas empresas que sustentam governos e ditaduras corruptas.

O presidente dos eua anunciou o envio de mais 17 mil homens para o Afeganistão, onde segundo declarações de um general quatro estrelas, “a guerra está empatada”. obama cogita de retirar as tropas do Iraque mais rapidamente do que se convencionou com o governo fantoche daquele país e transferi-las para o Afeganistão.

A Human Rights, considerada a maior organização internacional de direitos humanos quer que os eua não vendam armas a israel e pedem a ONU que uma resolução proibindo operações dessa natureza seja votada com urgência. O genocídio contra palestinos assustou a governantes europeus ao perceberem que os povos de seus países compreenderam todo o drama palestino a despeito da mídia pró israel.

Tenistas israelenses disputarão a Taça Davis em quadras sem público para evitar que os protestos ganhem força. Há um consenso no repúdio às ações terroristas do governo de tel aviv.

Na itália do primeiro-ministro fascista silvio berlusconi trabalhadores entram em greve, promovem manifestações por todo o país e empresas como a ferrari – que quer ajuda do governo para enfrentar a “crise” – anunciam resultados melhores que os dos anos anteriores, divulgam novos projetos e se preparam para demitir trabalhadores. O setor de construção naval, particularmente o estaleiro modelart di itri está enfrentando a crise de maneira “simples”. Bate recordes de construção de iates de luxo, com um menor número de trabalhadores e diz que para que isso se torne possível constrói modelos menores.

O instituto nacional de estatística- istat – afirma que a vida dos italianos começa a virar um inferno. Pelo menos 5,3% da população tem dificuldades em comprar alimentação. Perto de 11% não tem capacidade para fazer frente às despesas em caso de doenças e 3,7% corre o risco de perder suas moradias por inadimplência diante do quadro. O ano que terminou marcou a maior recessão nos últimos vinte anos no país e a produção industrial caiu 2,5% em dezembro.

O gasto dos norte-americanos com o escudo antimíssil para protegê-los de ataques externos ultrapassa a dois trilhões de dólares e o esquema foi montado após o fim da União Soviética, logo, quando os riscos são mínimos. Sem falar que a Al Qaeda provou que a vulnerabilidade no país é interna.

O líder fascista sílvio berlusconi quer reformar a constituição. Afirma que o documento de 1947, elaborado após a queda de mussolini foi feito sob influência de forças soviéticas. Suas empresas vão bem obrigado e a crise passa ao largo do conjunto de seus “negócios”.

A situação não é diferente em outros países da comunidade européia

Todo esse processo que chamam de crise será pago pelo cidadão/trabalhador, pela classe média que come arroz e feijão e arrota maionese e é conseqüência do modelo criado pela chamada nova ordem política e econômica mundial, o neoliberalismo, a globalização.

São novas formas de escravidão. No Brasil, por exemplo, o senador jarbas vasconcelos, paladino da moral e dos bons costumes – desde que não sejam a sua imoralidade e seus maus costumes – que modificar a legislação sobre trabalho escravo. Permitir maior flexibilidade aos latifundiários, banqueiros, empresários na exploração do trabalho e do trabalhador.

deputados e senadores, magistrados de alto coturno dos tribunais superiores aproveitaram o carnaval para alguns reajustes em seus parcos e ínfimos vencimentos. gilmar mendes, do stf dantas incorporation ltd, abriu as portas e comportas dos fundos e a turma vai deitar e rolar.

O que importa é que numa crise de vedetismo a atriz susana vieira subiu ao palco onde Zeca Pagodinho cantava – sem ser chamada – e para espanto geral fez coro com o cantor. O fato ganhou destaque na mídia padrão folha de são paulo – que acha que a ditadura foi “ditabranda” – e alguns até tiveram coragem de chamar a atriz de “incômoda”.

A grande preocupação continua a ser o final do bbb-9 e o grande herói de pedro bial. E para setembro já se está aprontando a candidatura de william bonner à academia brasileira de letras. Vai lançar um livro sobre como “vencer na vida mentindo – a história do jornal nacional” e habilitar-se ao panteão dos imortais.

Como há dificuldades na globo, alguns patrocinadores não estão pagando certinho, surge o risco de demissões e com certeza novos achaques sobre o governo federal tal e qual aconteceu quando fhc era presidente. A esperança é que josé serra chefe do governo fiesp/daslu de São Paulo aumente mais que aumentou as verbas publicitárias e exiba em rede nacional obras invisíveis e feitos inexistentes no afã de ser “presidente nem que tenha que vender mamãe”.

Tem como conselheiro orestes quércia, especialista em “primeiro o meu”. Como consultor oculto newton cardoso.

A conta disso tudo, o Brasil é mera reprodução do resto do mundo globalizado segundo a ótica de washington, vai para o trabalhador.

Ou como disse um desses fiscais que zelam pela bem estar do cidadão comum ao dar voz de prisão a um vendedor de cachorro quente no Rio que não tinha pago nem os alvarás e nem as propinas e, lógico, por estar diante das câmeras e microfones das redes de tevê, mostrando a tal “seriedade” – “algema nele” –

Ao que eu saiba o fiscal/secretário continua fiscal/secretário. serra continua governador, apesar de exasperado com as prévias inventadas por aécio e antônio ermírio de moraes e o cara da vale – doada pelo governo fhc – continuam fazendo das suas com o meu, o seu, o nosso dinheiro e sendo contumazes geradores de progresso e bem estar.

O deles.

Em pânico o ministro hélio costa. Não concorda com a descriminalização das rádios “piratas”. Menino de ouro da globo, vocação de bial em cargo inexplicável no ministério de Lula, teme a concorrência e que os negócios sejam afetados.

Rádio comunitária significa perspectiva de boca no trombone e isso não agrada a essa gente que prefere música de câmera, bem silenciosa e longe de ouvidos e vozes plebéias.

Costumam tocar, ouvir e seguir a risca a marcha “me dá um dinheiro aí”.

O resto se dane. É o estilo Pastinha consagrado no lema “hei de ser vereador”. Ou “quero um decorador profissional”.

Pena que o carnaval tenha acabado. Daria um carro alegórico. obama de creme colgate branqueador, berlusconi de benito mussolini, o resto dos sicários balançando a cabeça em concordância plena e absoluta, serra, fhc, aécio, jarbas vasconcelos, michel temer, essa turma, empurrando o carro para não deixar nenhum buraco no meio do caminho e assim não prejudicar a harmonia. A segurança ficaria a cargo dos terroristas do estado nazi/sionista de israel e os trabalhadores dançando na ala “os escravos de jô”. A classe média nas arquibancadas, com o calor, estaria se abanando com exemplares de veja, cobertura total da globo e a folha de são paulo destacando a grande marcha para o progresso.

Uma grande “frias”. Um talão de multas para quaisquer emergências estaria em mãos de Pastinha, mas não há necessidade de preocupação. Qualquer quinhentinho para o natal familiar resolve o contratempo. É fevereiro ainda mas o moço é previdente.

Bispo que negou Holocausto deixa a Argentina

Marcia Carmo

De Buenos Aires para a BBC Brasil



Imagem de canal argentino mostra Richard Williamson no aeroporto
O bispo inglês Richard Williamson, que no ano passado colocou em dúvida a existência do Holocausto durante uma entrevista, deixou a Argentina nesta terça-feira após ter recebido um prazo de dez dias do governo para deixar o país.

Na última quinta-feira o governo da presidente Cristina Kirchner divulgou comunicado dizendo que se o religioso não saísse do país no prazo máximo de dez dias "sem adiamento" seria expulso por decreto.

Segundo o canal de televisão TN (Todo Notícias), Williamson teria "agredido" um jornalista da emissora que tentava entrevistá-lo no aeroporto nesta terça-feira antes de seu embarque para Londres.

De boné e jaqueta preta e óculos escuros, Williamson mostrou a mão fechada para a câmera e não respondeu às perguntas do repórter.

O bispo gerou polêmica depois de uma entrevista a uma TV sueca em 2008 em que colocou em dúvida a existência do Holocausto, que deixou milhões de judeus mortos durante a Segunda Guerra Mundial.

Este ano, ele voltou a questionar o Holocausto em uma entrevista à revista alemã Der Spiegel, logo após pedido do Papa Bento 16 para que se retratasse das primeiras declarações.

Williamson, nesta segunda entrevista, disse que se retrataria depois que encontrasse "provas" do Holocausto.

Suas afirmações geraram fortes críticas da comunidade judaica no mundo inteiro. Na ocasião, a chanceler alemã, Angela Merkel, também pediu "esclarecimentos" ao papa, já que o Vaticano pretendia incorporá-lo à Igreja Católica.




Sem autorização


Williamson teria mostrado o punho para jornalista argentino
Williamson é bispo da Fraternidade Sacerdotal Pio 10 - fundada em 1969 pelo bispo francês dissidente Marcel Lefebvre -, e até este mês dirigia um seminário e realizava missas na localidade de La Reja, na província de Buenos Aires, onde trabalhava desde 2003.

Em 1988, ele e outros bispos desta congregação foram promovidos a bispos sem a autorização da igreja e, agora, o Papa Bento 16 pretendia incorporá-los de volta à estrutura do Vaticano.

Para justificar a decisão de pedir que o bispo deixasse o país, o governo argentino argumentou que o bispo mentiu sobre o verdadeiro motivo de sua permanência no país ao ter declarado, quando entrou na Argentina, ser um empregado administrativo de uma Associação Civil e não um sacerdote e diretor de seminário.

"Cabe destacar que o bispo Williamson ganhou notoriedade pública por suas declarações antisemitas", disse o comunicado oficial sobre a questão.

"Por essas considerações, somadas à energética condenação do governo argentino a manifestações como estas, que agridem profundamente a sociedade argentina, ao povo judeu e toda a humanidade, o governo nacional decide fazer uso dos poderes de que dispõe por lei e exigir que o bispo lefebvrista abandone o país ou se submeta à expulsão."

Fonte: BBC Brasil

A reforma partidária que jamais farão

Por: Helio Fernandes

A cidadão-contribuinte-eleitor continuará votando na cúpula
É impossível comparar a competência, a eficiência, a influência e como conseqüência a popularidade dos diversos Congressos em 118 anos de República. O sistema político implantado com a derrubada do Império foi bastante deficiente. E a representatividade teve falhas gritantes.

A República foi uma traição ao imperador e ao povo, e portanto não podia ser o que tanto se esperava. Saldanha Marinho, uma das grandes figuras da época, durante 29 anos diretor do jornal diário "A República", ao ser preso, em 3 de novembro de 1891, deixou a frase que era um lamento: "Esta, realmente, não é a República dos nossos sonhos". Naquele dia 3, Deodoro fechava o Congresso, prendia centenas de pessoas, não tinha o menor compromisso com a República.

Aristides Lobo, grande jornalista, ministro da Justiça e republicano desde os grandes momentos de luta, afirmou para o "Jornal do Commercio" (então o maior jornal brasileiro), logo no dia 16: "O povo não soube de nada, a República chegou ao Poder sem povo e sem voto".

Como ditador, Deodoro só durou 20 dias. No dia 23 de novembro ainda de 1891, foi derrubado por Floriano. Este reabriu o Congresso, mas violou e violentou a Constituição. Teria que convocar eleições em 30 dias, ficou os 4 anos, i-n-c-o-n-s-t-i-t-u-c-i-o-n-a-l-m-e-n-t-e. E como Rui Barbosa anunciasse que iria pedir ao Supremo que tirasse Floriano do Poder, este mandou prendê-lo. Rui se exilou, Floriano governou com o Congresso aberto, mas foi um ditador.

Consolidada a República pela intuição e clarividência de Prudente de Moraes, vieram as eleições, mas inteiramente falsificadas. Todos, com exceção do presidente da República, precisavam ser RATIFICADOS por uma comissão designada pelo Executivo. Em diversos estados existiam 2 governadores, um que ganhara a eleição, outro RATIFICADO pelos que dominavam o Poder.

Em 1896 aconteceu o máximo em matéria de indignidade eleitoral. Eleito senador, Rui Barbosa não foi RATIFICADO por causa da influência de J.J. Seabra e de Manuel Vitorino (vice de Prudente), que tinham medo de Rui. Este só tomou posse por causa da bravura e do espírito público do governador Luiz Viana (o pai, o pai). Este gritou que não podiam cassar o maior brasileiro vivo, acabou vencendo.

O Congresso funcionou, mas não representava ninguém nem coisa alguma, desculpem o lugar-comum, era "uma colcha de retalhos". Os eleitos não tomavam posse, os que legislavam eram os RATIFICADOS e subservientes.

Não quero contar a verdadeira História do Brasil (devia) e sim mostrar como o Congresso pode e deve se reabilitar. Para isso tem que ficar aberto, mas sendo verdadeiramente a representatividade popular. Para isso precisam se aproximar do povo com uma eleição autêntica que surja da vontade popular. Têm que fazer, NÃO FARÃO a reforma política que o Brasil espera. Com alguns itens indispensáveis.

1 - Voto distrital.

2 - Número menor de deputados. Somos 513 numa população de 180 milhões. No outro grande presidencialismo, nos EUA, são 425 para 280 milhões de habitantes.

3 - Mandato menor, de 2 anos, o que aproxima o eleito do eleitor.

4 - Implantado o voto distrital, acaba esse indecente quociente eleitoral que elege candidatos com 20 mil votos e derrota outros com 100 mil ou mais.

5 - No Senado, mandatos de 6 anos, como estava na Constituição de 1946.

6 - Apenas 2 por estado, idem, idem na mesma Constituição.

7 - Fim do suplente, que só existe no Brasil. O modelo dos EUA é o que mais se aproxima da democracia.

8 - Introdução das convenções verdadeiras, e não reuniões tipo "convescote", nas quais se decide sem urna, sem voto, sem povo.

9 - Os Quércias, os Temer, os Jereissatis, os Azeredos e muitos outros decidem discricionariamente.

10 - Jogar para bem longe essa imoralidade maior que é a chamada "LISTA FECHADA".

11 - A cúpula sem representatividade faz a lista, coloca os nomes preferidos, e o povo nem sabe em quem está votando.

12 - É a nova versão para os "biônicos", criados por Vargas em 1933/1934 e repetida pelo também ditador Ernesto Geisel, em 1977, para a eleição de 1978.

13 - É uma violentação contra o cidadão-contribuinte-eleitor, que escolheria sem saber quem estaria escolhendo.

É evidente que o que apelidam de REFORMA POLÍTICA-ELEITORAL é um farsa, uma fraude, total mistificação. O povo será iludido mais uma vez, a representatividade, cada vez mais FALSA e mais FALSIFICADA.

Estes pontos são capazes de moralizar e autenticar as eleições. Mas não mudarão nada. Quem está disposto a abrir mão de seus benefícios? Se os partidos não existem, como aumentar o PODER de todos eles? E desprezar totalmente o eleitor, que votará no nada?

PS - Como voltaram a falar em REFORMA PARTIDÁRIA, também volto ao assunto. Querem "empurrar" no eleitor a famigerada votação em "lista fechada". Assim é melhor acabar com a eleição. Eleição?

PS 2 - Têm que reduzir o mandato dos senadores, 8 anos, o eleitor esquece em quem votou. E regularizar as eleições de prefeitos de pequenos municípios. Suplente de senador? Nunca mais
Fonte: Tribuna da Imprensa

Mais uma tragédia a relembrar

Por: Carlos Chagas

BRASÍLIA - Muito se escreveu, ano passado, sobre a crise do Ato Institucional número 5, completando quarenta anos. Seria hora de os departamentos de pesquisa da mídia começarem a preparar material, talvez mais denso ainda, sobre a crise de 1969.

Janeiro começou tenebroso, sob a sombra do mais violento instrumento de exceção de nossa História. Em dezembro o presidente Costa e Silva não resistiu ao ímpeto dos radicais incrustados em seu governo, assinou o AI-5 e imaginou poder dedicar-se à retomada do desenvolvimento, depois do retrocesso que foi o governo do antecessor nesse particular.

O marechal Castelo Branco havia inaugurado, com tanta antecedência, o neoliberalismo caboclo, que nem era rotulado assim. Através da batuta de Roberto Campos, ministro do Planejamento, direitos sociais foram suprimidos, a começar pela estabilidade no emprego para quem completasse dez anos na mesma empresa. Congelou-se o salário família e abriram-se as portas da economia brasileira ao saque das multinacionais. Foi uma estagnação geral. Quando Costa e Silva assumiu o governo, em março de 1967, prometeu dedicar-se à retomada do crescimento econômico e a devolver ao trabalhador parte de seus direitos.

A turbulência política nada permitiu e o segundo governo militar acabou enredado na ditadura total do AI-5. Mas havia a perspectiva de uma volta por cima na economia, através de Delfim Netto, Mário Andreazza e outros. Infelizmente, o projeto não andou, por conta da repressão e do acirramento dos ânimos. Tudo acontecia em matéria de truculência: censura, autocensura, prisões arbitrárias, dizem até que a tortura ensaiava seus primeiros passos. O problema era que não apenas os generais e coronéis em comando julgavam-se partícipes do poder discricionário. Até os cabos-corneteiros mandavam.

Costa e Silva foi percebendo que passaria à História apenas como ditador, sem ter realizado uma parte sequer de seus propósitos. Concluiu que o fator político-institucional obturava tudo o mais e dispôs-se a dar o dito pelo não dito. Ou o assinado pelo não assinado, já que toda a culpa pela repressão caía sobre seus ombros. Estimulado pelo vice-presidente Pedro Aleixo, a única voz que se levantara contra o AI-5, nos limites do governo, o velho marechal preparou o fim da exceção.

A partir de maio fez anunciar a convocação de uma comissão de juristas para elaborarem emenda constitucional adaptada à realidade moderna, onde se incluiria a extinção do AI-5. Não mais cassações de mandatos, nem recesso do Congresso e das Assembléias, muito menos intervenção nas universidades ou suspensão do habeas-corpus. Com a reforma da Constituição voltaria a prevalecer o Estado de Direito. Senão democratizado, porque as eleições presidenciais continuariam indiretas, pelo menos constitucionalizado voltaria o País a ser. Presidiu todas as demoradas reuniões dos juristas.

A pressão dos radicais não se fez esperar, liderada pelos três ministros militares, general Lyra Tavares, almirante Augusto Rademaker e brigadeiro Márcio Melo. E mais o chefe do Gabinete Militar, general Jaime Portella, e o ministro da Justiça, professor Gama e Silva. Do outro lado, apenas Pedro Aleixo e o chefe do Gabinete Civil, Rondon Pacheco. Mas com uma diferença: eles tinham o presidente Costa e Silva a seu lado, comandante de que ninguém ousaria discordar.

Os generais protestavam mas eram repelidos pelo chefe. Afinal, os juristas terminaram sua tarefa e a estratégia foi acertada: a 7 de setembro o presidente da República reabriria o Congresso e enviaria a emenda constitucional sem o AI-5 à consideração de deputados e senadores.

O problema é que, com 69 anos, Costa e Silva enfrentava profundo conflito. Era presidente por força de um movimento militar, devia o cargo ao que chamava de seu pano de fundo. Mas mostrava-se decidido a ficar contra os camaradas, enfrentá-los, como vinha enfrentando, e vencê-los, como venceria, em nome da volta ao Estado de Direito e o fim do AI-5. Assim ele raciocinava na parte consciente do cérebro, mas, no inconsciente, sofria por ver seus companheiros contra ele. A explicação foi do maior neurologista que o Brasil já teve, o dr. Abraão Ackermann, que o atendeu depois.

Tudo decidido, as providências tomadas e faltando uma semana para a reabertura do Congresso e a extinção do AI-5, Costa e Silva tem os primeiros sinais do que hoje se chama AVC e, naqueles idos, rotulava-se como trombose cerebral. Esse mal é solerte, pois não se instala de uma vez. Vem em insultos, primeiro pequenos, de cinco ou dez segundos em que o doente perde a fala, os movimentos e até a consciência, recuperando-os em seguida.

Chamado seu médico particular, o capitão Hélcio Simões Gomes, jovem e competente, logo a trombose foi detectada. Ele aconselhou o presidente a permanecer em repouso absoluto, a mandar chamar a Brasília uma equipe de neurologistas e aguardar o desenrolar do processo. Mas estava marcada para o dia seguinte a viagem ao Rio, onde uma semana depois se daria a solenidade de fim do AI-5. E o velho não aceitou.

Viajaria de qualquer forma, não daria aos adversários motivos para o adiamento da volta ao regime constitucional. Ninguém ousou contrariá-lo, apesar de os insultos se repetirem cada vez mais intensamente. No dia 30 de agosto, embarcou na base aérea da capital já com o rosto envolto num cachecol. Fazia frio, chovia e a desculpa era de que estava resfriado. Errado. Ele já não podia falar. O braço esquerdo começava a ficar paralisado.

Viajou deitado no BAC-Oneelevem presidencial, na cabine a ele reservada. No Galeão, as instruções eram para que um carro encostasse-se à escada da aeronave e ele embarcasse, evitando cumprimentos, guarda de honra e outras atividades protocolares. Fez questão de descer sozinho as escadas. No meio, um corneteiro desavisado dá o toque de presidente da República, o presidente para, infla o peito e assiste à banda de música engalanar-se também.

O voo para o Rio já fora uma temeridade. O esforço para ouvir o Hino Nacional em posição de sentido, mais ainda. Chegou ao palácio Laranjeiras extenuado, mas não aceitou ajuda. Subiu sozinho os degraus do andar térreo, entrou no elevador e, em seus aposentos, já completamente sem voz e sem movimentos num dos lados do corpo, por gestos pede ao ajudante de ordem, comandante Peixoto, papel e uma caneta. Tenta duas, três, quatro vezes assinar o nome.

Não consegue, o comando do cérebro já não chega sequer à mão boa. A caneta cai no chão e o presidente entra em choro convulsivo. Pouco depois caracteriza-se o estado de coma, que vai durar alguns dias. Costa e Silva sai da História, os ministros militares usurpam o poder, prendem o vice-presidente Pedro Aleixo e vão manter o AI-5. O que se segue é objeto para um segundo texto, mais carregado ainda de horror.

Apenas um último detalhe: mesmo sem falar, arrastando-se com dificuldade nos poucos minutos que lhe permitiam deixar o leito, Costa e Silva raciocinava bem. O aparelho receptor de seu cérebro funcionava, só o transmissor estava em curto-circuito. Exprimia-se por gestos. Semanas depois o ajudante de ordens pergunta: "Presidente, lembra do dia em que senhor adoeceu? Para que queria assinar o nome? Algum pagamento a fazer?"
Ele nega, balançando a cabeça.

"Queria assinar a emenda constitucional e acabar com o AI-5?"

A emoção volta a envolvê-lo, confirma que sim e, outra vez, começa a chorar...
Fonte: Tribuna da Imprensa

"Vivemos tempos difíceis, mas vamos nos reconstruir", diz Obama

WASHINGTON - Em sua primeira aparição diante do Congresso desde que assumiu o cargo, em 20 de janeiro, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, procurou passar uma mensagem de otimismo e esperança aos cidadãos americanos. "Nossa economia está debilitada e nossa confiança, abalada", afirmou em um trecho do discurso a deputados e senadores.

"Vivemos tempos difíceis e inseguros, mas, nesta noite, quero que todos os americanos saibam o seguinte: vamos nos reconstruir, vamos nos restabelecer. Os Estados Unidos sairão mais fortalecidos."

O primeiro discurso sobre o Estado da União proferido por Obama tratou basicamente de economia, como era esperado. Além de traçar um retrato do país, o tradicional pronunciamento é usado para que o chefe do Executivo apresente aos congressistas suas principais propostas para o ano que se inicia.

Os EUA vivem a mais grave crise econômica desde o pós-guerra. A administração Obama anunciou três planos para tentar tirar o país dessa situação. O primeiro, de quase US$ 800 bilhões, será voltado para a economia "real" e prevê forte investimento público.

O segundo, que pode chegar a US$ 2 trilhões, tem como objetivo resgatar o sistema financeiro. O terceiro, com orçamento de US$ 75 bilhões, será destinado a mutuários com dificuldades em honrar suas hipotecas.

O plano para o setor financeiro ainda não convenceu analistas e investidores. Muitos especialistas, como o prêmio Nobel Paul Krugman, acreditam que o governo americano não terá outra saída senão estatizar temporariamente as instituições com problemas, entre elas o Bank of America (BofA) e o Citigroup, os dois maiores do país.

Até agora, porém, Obama e outras autoridades têm negado veementemente essa hipótese, o que, para alguns, só atrasará a recuperação da economia.

Também ontem, presidente do Fed (o banco central dos EUA), Ben Bernanke, reconheceu que o país só começará a se recuperar quando o setor bancário deixar de ser um problema. Em audiência no Congresso, ele tentou ser realista e esperançoso em relação ao progresso das condições econômicas.

Bernanke disse que o Fed estava fazendo todo o possível para reabrir os mercados de crédito e aliviar a crise financeira. Mas disse, uma recuperação completa vai levar meses, ou mesmo anos, para acontecer.

"Se as medidas tomadas pelo governo, pelo congresso e pelo Fed tiverem sucesso na restauração de alguma forma de estabilidade financeira - e na minha opinião, somente nesse caso - temos uma perspectiva razoável de ver a recessão se encerrar em 2009, o que faria de 2010 um ano de recuperação."

As principais incertezas incluíam as ramificações de uma crise financeira de alcance cada vez mais global, além de um ciclo vicioso negativo dentro do qual uma menor confiança alimenta condições cada vez piores nos mercados e vice-versa.

Os investidores interpretam os comentários de Bernanke como esperançosos. Em particular, os preços das ações aumentaram quando afastou temores de que o governo pudesse estatizar bancos

"Não precisamos ter propriedade sobre os bancos para trabalhar com eles", disse, argumentando que as agências federais têm poder de supervisão para devolver os bancos a um bom estado de saúde.

Na Bolsa de Valores de Nova York, os principais índices de ações americanos subiram em reação aos comentários de Bernanke. O índice industrial Dow Jones avançou 236,16 pontos, ou 3,32%, fechando em 7.350,94. O S&P 500 teve alta de 4,01%, encerrando a sessão em 773,14 pontos. Já o Nasdaq avançou 3,9%, encerrando os negócios em 1.441,83 pontos.
Fonte: Tribuna da Imprensa

Na Sapucaí, Lula e Cabral costuram 2010

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prepara com grande expectativa o lançamento de um programa habitacional que prevê a construção de 1 milhão de moradias populares no País. É o que contou o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), que aproveitou a passagem de Lula e dona Marisa Letícia pela Marquês de Sapucaí na noite de domingo para afinar a estratégia política para 2010.

Enquanto fazia as honras de anfitrião do presidente, Cabral ouviu de Lula incentivos para concorrer à reeleição e trocou ideias sobre a tabelinha que ele poderá fazer com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, provável candidata do PT à Presidência.

"Sou candidatíssimo à reeleição em 2010 e o presidente acha que estou fazendo um trabalho de fôlego, que não se esgota em quatro anos", disse Cabral, indicando que Lula vê em sua candidatura um importante palanque para a estratégia eleitoral da ministra. A principal vitrine do governo de Cabral são as obras do PAC no Estado. "Com Dilma, faremos uma grande parceria".

Segundo Cabral, Lula adorou o espetáculo na Sapucaí, mas também falou sobre política. Ele se mostrou entusiasmado com o anúncio em breve do programa habitacional que reunirá R$ 22 bilhões em recursos da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e bancos regionais de desenvolvimento como os bancos do Nordeste, da Amazônia e BMG.

O governador disse também que Lula prepara o anúncio de recursos para o que chama de PAC da mobilidade urbana para regiões metropolitanas. Lula quer apenas aguardar a definição das cidades que serão sede das Olimpíadas de 2014 para listar as obras. Lula deve se reunir com cada governador para definir prioridades, disse Cabral.

O governador diz já ter garantias do presidente de que o Rio receberá recursos para a construção de casas, a expansão do metrô e a construção de um corredor de ônibus na capital. "Pelo que o presidente disse, o programa habitacional será extraordinário, uma proposta ambiciosa", disse Cabral, confessando que se sentiu prestigiado com a visita de Lula ao sambódromo.

Ele definiu a popularidade alta do presidente como "um momento mágico" de sua trajetória para sugerir que Lula não precisaria temer as vaias que não aconteceram nem quando Neguinho da Beija-Flor gritou seu nome do carro de som. Tampouco houve manifestações de apoio das arquibancadas diante da limitada visibilidade do camarote.
Fonte: Tribuna da Imprensa

Carnaval em Palmeiras atrai turista de todo o Brasil

O Carnaval alternativo de Palmeira, na Chapada Diamantina atrai todos os anos vários turistas de toda parte do Brasil e do mundo. Conhecida como a Trilha do Paraíso, a cidade de Palmeiras vai realizar este ano a festa de momo a partir de hoje e só irá terminar na quarta-feira de cinzas. Irão desfilar durante a festa carnavalesca bandas de sopro, grupos folclóricos, carros alegóricos e a rainha do Carnaval, todos contado a história do município desde dos Bandeirantes, passando pela época da mineração dos Diamantes até os dias atuais como pólo turístico da Chapada.
A programação da festa também contará com apresentação de várias bandas em trios elétricos a exemplo das bandas Adão Negro, Balada Axé, Tribaleira, Badalaço, Canindé, Banderé, Energia, entre outras.
Vale do Capão é o único distrito da município de Palmeiras é conhecido no mundo todo pela sua beleza e sua gastronomia. E não poderia deixar de ser diferente. Durante a festa momesca os turistas poderão se deliciar com seus diversos pratos típicos, apreciar seu famoso artesanato e visitar as belas paisagens como o Morro do Pai de Inácio, Morrão, Morro do Camelo além das grutas e da Cachoeira da fumaça com seus 350 metros de queda livre.
O prefeito municipal, Marcos Teles, não mediu esforços para a realização da festa deste ano e conseguiu fechar parceria importantes. “Minha equipe está de parabéns pois trabalhamos incansavelmente para proporcionar ao meu povo e aos turistas uma festa linda com muita harmonia e paz. Várias parceiros a exemplo da Bahiatursa, Petrobras, Nova Skin e Bradesco estão nos apoiando, pois sabem do potencial que o meu município tem”. Relata o prefeito para logo em seguida desejar a todos uma festa cheia de alegria e que todos estarão de braços abertos para recer os turistas.
Conhecer a culinária local é uma das principais atividades de um bom turista que se preze. E no Capão a história não é diferente. Quem por lá já passou, espalha pelo famoso boca-a-boca os principais restaurantes da localidade e os mais variados pratos da terra. Mas nada de muito requinte e/ou sofisticação no espaço. O clima alternativo é o que comanda os restaurantes e o que chama atenção nos pratos típicos são as misturas de temperos com os ingredientes locais. Um exemplo dessa mistura excêntrica é o pastel frito ou assado de, pasmem, jaca com palmito. Mas sem cara feia para experimentar. O turista Renan Ivo Ferreira (19), estudante de mecatrônica garante que é saboroso.


Vale do Capão o diamante misterioso


A Vila do Caeté – Açu mais conhecido como Vale do Capão, único distrito do município de Palmeiras, 470km de Salvador é um dos principais redutos de turismo ecológico do Brasil com visitas de aventureiros de todo o mundo. O Vale, juntamente com os municípios de Lençóis, Andaraí e Mucugê faz parte do chamado ciclo de diamante da Chapada Diamantina. Situado no Parque Nacional da Chapada, os aventureiros que por lá passam precisam de predisposição para enfrentar 1.000 metros de altitude entre as Serras do Candombá, Larguinha e Morro Branco.
Mas predisposição é o que não falta para os turistas. Com diversas trilhas que cortam a mata Atlântica proeminente no parque, os passeios ecológicos reúnem grupos que depois de uma boa e longa caminhada são recompensados com banhos de cachoeira e vistas deslumbrantes. Para os exotéricos, um outro atrativo do local é a energia misteriosa responsável por segurar muitas pessoas que deixaram de ser turistas para se tornar morador local. Tiago Ferreira, técnico em equipamentos de laboratório largou o emprego em Salvador e resolveu ir morar no Capão. “Estou indo morar lá porque é o momento certo. Me bateu uma energia muito forte da natureza e eu to indo pra lá passar uma fase. Vou morar na comunidade de Campina que se auto sustenta. Não sei quando vou voltar”. Tiago estava arrumando as malas quando parou alguns minutos para dar esta entrevista. “eu estou indo hoje, daqui a pouco. Quero sentir a energia de lá como morador e não como turista”, garante o técnico.
Essa energia misteriosa que atrai tantos visitantes é a principal responsável pelo surgimento de diversas comunidades alternativas que apareceram no Capão e nas regiões próximas desde 1970. Atualmente essas comunidades vivem do auto-sustento, e das práticas como artesanato, agricultura orgânica, cultura de ervas medicinais e aromáticas.
Morros, picos de montanhas, queda d’água e riachos. Atrativos que levam diversos turistas a se aventurarem pelas trilhas da Chapada. No Capão, as trilhas mais realizadas são a Cachoeira da Fumaça com 350 metros de queda livre e uma vislumbrante paisagem e o Morro do Pai Inácio. Conta a lenda que no tempo dos escravos, o local era reservado para encontros amorosos proibidos, é nesse ponto que fica o poço encantado, que emociona pela beleza e mistério. Tem ainda o Morrão, os Gerais do Vieira, o Morro Branco e o Vale do Pati. O vale onde está cortado por um rio que lhe dá nome, Capão, oferece várias opções de mergulho.

Fonte: Tribuna da Bahia

PMDB vai se oferecer a quem pagar mais

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) disse que o partido olha para a sucessão presidencial de 2010 com visão de negócios. Para ele, a legenda vai optar por quem “pagar mais” em troca do apoio, seja Dilma Rousseff (PT) ou José Serra (PSDB), informa o blog do Josias. “O PMDB está se oferecendo para ver quem paga mais e quem ganha mais”, disse Simon.
“[O PMDB rendeu-se] à política de quem paga mais. Eles ficam esperando para ver quem paga mais.” O senador criticou o partido, afirmando que a forma de atuação do PMDB não nasceu sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. “O PMDB fez de tudo para agradar o Fernando Henrique e conseguiu ‘carguinhos’. Agora faz a mesma coisa com Lula.” As declarações de Simon chegam nas pegadas da entrevista em que Jarbas Vasconcelos (PE) disse à revista “Veja” que “boa parte do PMDB quer mesmo é corrupção”. Jarbas afirmou que o PMDB é um partido sem bandeiras, sem propostas, sem um norte. “É uma confederação de líderes regionais, cada um com seu interesse, sendo que mais de 90% deles praticam o clientelismo, de olho principalmente nos cargos.”
“Para que o PMDB quer cargos? Para fazer negócios, ganhar comissões. Alguns ainda buscam o prestígio político. Mas a maioria dos peemedebistas se especializou nessas coisas pelas quais os governos são denunciados: manipulação de licitações, contratações dirigidas, corrupção em geral.
A corrupção está impregnada em todos os partidos. Boa parte do PMDB quer mesmo é corrupção”, disse.


Presidente Lula distribui camisinhas na sua estréia no Carnaval da Sapucaí



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva estreou na Marquês de Sapucaí distribuindo camisinhas para o público, assistindo ao desfile de todas as escolas e apadrinhando informalmente a união do sambista Neguinho da Beija-Flor. De chapéu panamá, camisa azul clara florida e calças brancas (as cores da Beija-Flor), Lula chegou ao camarote do governo do Estado às 21h38 de domingo, acompanhado da primeira-dama, Marisa Letícia, e do governador Sérgio Cabral (PMDB) e sua mulher. Só deixou o local às 5h15. Tendo como anfitriões Cabral e o prefeito Eduardo Paes, o presidente se animou aos poucos. Acenou para o público e integrantes das escolas, especialmente para a Mocidade Independente e a Beija-Flor, sua escola de coração no Rio. Lula passava alguns minutos à janela do camarote e outros na parte interna, acompanhado de Marisa, Cabral e sua mulher, do vice-governador Luiz Fernando Pezão e do jornalista Sérgio Cabral, pai do governador. Os ministros Orlando Silva (Esporte) e José Gomes Temporão (Saúde) e a senadora Roseana Sarney (PMDB-MA) também o acompanharam.
Foi ao lado de Temporão que Lula lançou pacotes de camisinhas ao público, depois de pôr um deles no bolso. As camisinhas apareceram a pedido do ministro, depois de reclamação da primeira-dama, que vira remédios para dor de cabeça e ressaca oferecidos no banheiro, mas reclamou a ausência de camisinhas. “Disse a ela: “Tem toda a razão!” Pedi à secretaria municipal e logo tínhamos para distribuir”, contou Temporão. Apesar de uma tala no dedão da mão esquerda devido a uma inflamação, Lula batia palmas e ensaiava uma batucada. No fim da noite, mais animado, o presidente bagunçou o cabelo da primeira-dama do Estado, Adriana Ancelmo, que riu, sem jeito, e logo se arrumou. Ao final do desfile, Lula recebeu homenagem de Neguinho da Beija-Flor, que o convidara para ser padrinho de casamento, ontem na avenida. “Alô, meu presidente Lula! Obrigado!”, disse, com uma reverência. Por recomendações da segurança, Lula não foi até o carro de som onde ocorreu a cerimôna


Geddel é o PMDB que busca o poder



Uma hibridez a esta altura histórica marca o PMDB desde que o antigo partido da resistência ao regime militar (1964-1985) juntou-se ao rebotalho da ditadura decadente na aliança que terminou doando a José Sarney a Presidência da República. De um início mais aguerrido na fase da redemocratização, o PMDB desfigurou-se, tornou-se uma organização partidária de muitos e distintos acionistas, constituindo-se de dois blocos que nunca se misturam e orgulham-se de não disputar o poder, mas de viver como tutores à sua sombra.
Nome cada vez mais presente no vocabulário eleitoral do país, o ministro Geddel Vieira Lima é do PMDB, com a vantagem de representar, de certa forma, a síntese do partido, pois tendo sido líder do bloco parlamentar de apoio aos governos tucanos de Fernando Henrique e crítico duro da primeira gestão de Lula, hoje faz parte do ministério. Ninguém, entretanto, se iluda, porque não é como a maioria dos seus correligionários em nível nacional: faz política em direção vertiginosa ao poder, que busca exercer diretamente, não através de delegação.
Por esses motivos de ordem pessoal e partidária, é natural que Geddel seja apontado ora como o vice ideal da chapa de Dilma Rousseff (PT), a candidata do presidente Lula à sua sucessão, ora para vice de José Serra (PSDB), como ocorreu recentemente, pela voz de ninguém menos que o papa peemedebista Orestes Quércia, um dos articuladores da aliança que fez da ex-deputada Alda Marco Antonio (PMDB) vice-prefeita de Gilberto Kassab (DEM) na capital paulista, sob o beneplácito de Serra. Isso amplia o enigma em torno do seu futuro, que tem a vertente preferencial na política baiana: ou sai para o governo enfrentando Wagner ou vai para o Senado na chapa de Wagner. O caso é que, para quem diz que não quer briga, Geddel esgrime com muita facilidade contra o governador, como ao afirmar, em pleno Carnaval, que para ele, “todos os minutos, dias e anos são de trabalho”, não somente 2009.
Mas a questão, reduzida à sua expressão mais simples, é esta: se romper com o governo estadual, o ministro perde força no interior e no mínimo prejudica seu relacionamento com o PT no plano federal, o que reduziria seu cacife dentro do próprio partido para possíveis negociações. Se for ficando no governo, reúne todas as condições para crescer, mas se torna uma espécie de refém moral, pois sair na última hora seria repetir o comportamento que ele tanto condenou no PT de Salvador em relação ao prefeito João Henrique. O radar de Geddel, portanto, tem de estar muito aguçado neste ainda início de ano.
Na política há uma verdade consumada e irreversível, ainda que, de certo modo, lamentável: o futuro sempre será ditado pela conjuntura, independentemente de ideais, programas partidários ou nomes respeitáveis. O próprio governador Jaques Wagner já formulou esse conceito, ao dizer que se seu governo chegar a 2010 como um Boeing, todo mundo vai querer embarcar, da mesma maneira que muita gente pulará fora caso não passe de um teco-teco no fim do mandato.Como três forças disputam os espaços de poder na Bahia e é praticamente impossível que venham a competir isoladamente, o PMDB do ministro Geddel Vieira Lima permanece na posição privilegiada de quem pode escolher seu caminho. Seu concorrente DEM, capitaneado pelo ex-governador Paulo Souto e pelo deputado ACM Neto, parece inconciliável com o PT do governador Jaques Wagner. Rechaçado como um “inimigo íntimo” pelos arraiais petistas, Geddel não tem interesse nessa briga, e apesar de reiteradamente marcar sua postura autônoma, quer mesmo é seguir adiante com seus espaços no governo. Sabe que romper seria um salto no escuro e que, ademais, como já dito e visto, complicaria seu papel no quadro nacional, onde é frequente aparecer como vice na chapa da colega ministra Dilma Rousseff, embora seja cortejado pelo governador José Serra. Wagner também deseja preservar a aliança que o levou à vitória em 2006, só não pode fazê-lo incondicionalmente, sob pena de arranhar sua autoridade de maior líder político do Estado. Compartilhar o poder com o PMDB não custa mais que o preço atual, mantém tranquila a base parlamentar e afasta Geddel do “PFL” (Por Luís Augusto Gomes)


Justiça Eleitoral cancelará títulos nos municípios de Itabuna e Itapé



A Justiça Eleitoral cancelará título em Itabuna e Itapé se os eleitores que deixaram de votar em três eleições consecutivas não justificarem a ausência. O prazo para a justificativa começou na semana passada, vai até o dia 16 de abril e o cartório eleitoral, na praça Olynto Leone, funciona diariamente das 13 às 19 horas. Além de Itabuna e Itapé, há títulos pendentes em Jussari. De acordo com o chefe da unidade em Itabuna, Cláudio Luís Juiz, o cidadão que não regularizar a situação sofrerá uma série de punções, a começar por multas.
O cancelamento do título eleitoral impede que a pessoa participe de concurso, tome posse em cargos públicos, pratique qualquer ato que exija quitação do serviço militar ou do imposto de renda.
Além disso, explicou Cláudio ao jornal A Região, o eleitor pode ficar sem receber os salários do emprego público, da administração direta ou indireta.As pessoas que estão em situação irregular também não podem tomar empréstimo em autarquias, sociedades de economia mista, institutos e caixas de Previdência Social ou em estabelecimento de crédito mantido pelo governo.
As punições não param por aí. O cancelamento do título impede que a pessoa tire ou renove documentos como passaporte, carteira de identidade, matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo.
Com o título cancelado, a pessoa também fica impedida de participar de concorrência pública ou administrativa da União, dos estados, dos territórios, dos municípios, ou das respectivas autarquias.
Em Jussari estão com pendências apenas dois eleitores. Em Itapé são 57 eleitores que podem ser cancelados.
Caso o título seja cancelado após o prazo determinando pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a pessoa não perde o documento. Ela ainda pode requerer ao juiz eleitoral, que vai analisar o caso.
Se houver alguma dúvida por parte do magistrado com relação a documentos ou endereço, um oficial de justiça vai até a residência do eleitor conferir os dados apresentados e só depois o documento é liberado.

Fonte: Tribuna da Bahia

Igreja aborda o tema Fraternidade e Segurança

Tribuna da Bahia
Notícias
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Hoje, o cardeal arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Geraldo Majella Agnelo lança a Campanha da Fraternidade 2009. Este ano a Igreja vai aproveitar o período da quaresma, que se inicia na quarta de cinzas, para refletir o tema: Fraternidade e Segurança Pública e o lema: A Paz é fruto de justiça. A celebração de abertura da campanha será na Catedral Basílica, no Terreiro de Jesus, às 19 horas. A quaresma é um momento de conversão e por isso a Igreja propõe sempre neste período a Campanha da Fraternidade, para que uma nova realidade mais humana possa nascer no ceio da sociedade. “Com este tema de 2009, a campanha nos convida a refletir, não sobre o policiamento público, mas o combate da violência no conjunto de ações de políticas públicas e ações pessoais”, explica o Pe. José Carlos Santos, vice-presidente de Ação Social Arquidiocese. Já que o convite da campanha também passa pela conversão pessoal o padre José Carlos dá dicas de como as pessoas podem favorecer esta transformação: “Primeiro é preciso criar uma cultura de paz em si mesmo.
Depois buscar a oração, participar de encontros, seminários, reflexões, manifestações e cobrar ações junto aos poderes públicos que favoreçam a mudança,” conclui o sacerdote. Com o tema de 2009, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB – pretende debater a segurança pública e fomentar a criação de um cultura de paz na sociedade brasileira.
“A paz buscada é positiva, orientada por valores humanos como a solidariedade, a fraternidade, o respeito ao outro e a mediação pacífica dos conflitos, e não a paz negativa, orientada pelo uso da força das armas, a intolerância com os diferentes e tendo como foco os bens materiais”, explica o texto introdutório do livro-base da campanha.
Há 45 anos, a Igreja no Brasil realiza nacionalmente a Campanha da Fraternidade, sempre com o objetivo de despertar o espírito comunitário nas pessoas. Os temas destacados ao longo destes anos inicialmente destacaram a vida interna da Igreja, mas a consciência cada vez maior das injustiças e exclusões sociais e a crescente miséria no país levaram à escolha de temas ligados a realidade socioeconômica e política brasileira. Desde 1971, há uma participação mais ampla das comunidades, paróquias e dioceses, que enviam suas sugestões de temas aos regionais da CNBB e assim todo o país pode contribuir com idéias de tema para a CF.
O lançamento da campanha sempre acontece na quaresma época em que a Igreja se prepara para reviver a paixão e morte de Jesus Cristo. Este é um tempo de introspecção e mudança de vida e comportamento para os católicos. Assim, a Igreja quer que as pessoas conheçam uma realidade neste momento de reflexão e possam rever a forma de lidar com o assunto criando uma sociedade mais justa e humana.
A Missa de Cinzas abre a Quaresma, lembrando ao homem, que ele foi feito do pó da terra, e que em pó ele vai se tornar, quando morrer. Daí a oração do padre ao impor as cinzas na testa dos fiéis: “Lembra-te, homem, que és pó, e em pó te ás de volver”. As cinzas, símbolo de penitência, são feitas pela queima das palmas bentas do ano anterior. Esse espírito de reflexão da Quarta-feira de Cinzas se mantém durante toda a Quaresma, que é um tempo litúrgico de preparação para a Páscoa. São 40 dias em que a Igreja não canta músicas de glória e os tecidos usados nas missas são da cor roxa, que significa luto e penitência. Esse tempo se sustenta na oração, no jejum e na caridade. A duração da Quaresma está baseada no significado do número quarenta na bíblia. O quatro simboliza o universo material, seguido de zeros significa o tempo de nossa vida na terra, seguido de provações e dificuldades. Este número aparece em diferentes passagens bíblicas como os quarenta dias do dilúvio, os quarenta anos de peregrinação do povo judeu pelo deserto, os quarenta dias que Jesus passou no deserto antes de começar sua vida pública.


Política e irreverência invadem as ruas



Mais uma vez o tradicional bloco Mudança do Garcia fez a diferença na avenida. Mesmo com a polêmica proibição de não poder usar carro de som ou mini-trio, o bloco usou toda a sua criatividade para fazer critica política e irreverência. A crise econômica mundial, a transposição do Rio São Francisco, o PDDU, a defesa dos salários e os direitos às igualdades foram os temas mais estampados. No meio político, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o governador Jaques Wagner (PT), o prefeito João Henrique (PMDB) e o ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) foram os mais visados.
O bloco passou no Campo às 16 horas da última segunda-feira com uma verdadeira parafernália. Na avenida, além de pequenas charangas, carroças de burro com caixas de som, cavaleiros, baianas, bandeiras do Bahia, faixas e cartazes, havia também homens travestidos de mulher, políticos, sindicalistas e gente do povo.
O bloco representa, principalmente, a voz de grupos excluídos, que encontram na festa uma oportunidade para fazer protestos e sátira politica. “Eu sempre participei. É uma festa onde há uma explosão da representação politica e cultural, que se diferencia das outras”, avaliou o deputado José Neto (PT).
O prefeito João Henrique foi um dos mais visados, mas isso já era esperado devido às desavenças entre PMDB, o seu partido, e o PT, que tem forte influência dentro do bloco. As críticas sobre o IPTU, o PDDU e a Guarda Municipal foram as mais acentuadas. Um cartaz com os dizeres “Geddel + Carneiro é igual a Bode” mostrou que as críticas tinham por trás as digitais do PT, que ainda não digeriu a união que derrotou o partido nas eleições de Salvador.
Mas o governador Jaques Wagner também foi alvo do bloco, notadamente do Sindivigilantes, filiado ao Comlutas, com influência do PSTU. “Governo Wagner: traição em precarização” e “Governador Wagner: Trabalhar e não receber é trabalho escravo”. No plano federal, a Mudança do Garcia cobrou ações do governo Lula, como: “Nenhuma demissão” e “Estabilidade no emprego”. A crise econômica mundial também veio para as ruas de Salvador com faixas que chamaram a atenção. “Obama é negro, mas a casa continua branca” ou “Bolsa de pobre não cai, já vive no chão”. (Por Evandro Matos)


Polêmica antecedeu o desfile



A briga entre o PT e o PMDB, que se acirrou no segundo turno das eleições para a prefeitura de Salvador, também se refletiu no Carnaval. Os integrantes da Mudança do Garcia, bloco formado por sindicalistas e partidos políticos, principalmente o PT e PCdoB, além de integrantes de movimentos sociais, ficaram às turras com a administração do prefeito João Henrique (PMDB) porque foram proibidos de usar carros de som, mini-trios ou trios elétricos durante o seu desfile.A polêmica é fruto da extensão da disputa no segundo turno das eleições do ano passado que se deu entre João Henrique (PMDB) e Walter Pinheiro, o candidato do PT. A Mudança do Garcia se caracteriza principalmente pela sátira política e é acusada de invadir o circuito oficial do Carnaval no Campo Grande e atrasar o desfile dos blocos cadastrados pela prefeitura. Este ano isso se confirmou e foi preciso a policia pedir para o bloco apressar a desocupação da avenida. “Quando o PT estava na administração, isso ocorreu sem briga, com o maior bom humor e foi ótimo”, destacou o deputado federal Luiz Alberto (PT), que desde o final da década de 1960 desfila no bloco.
“O que estão fazendo é uma censura política”, completou o deputado. (Por Evandro Matos)


Acordo garantiria ida de Souto para o PSDB



Diferentemente da direção nacional do Democratas, a seção estadual do partido já avalia com tranquilidade e até um “sentimento de acordo” a possibilidade de ingresso do ex-governador Paulo Souto no PSDB, conforme revelou reservadamente um deputado da legenda ao site Política Livre e acordo com o parlamentar democrata, na Bahia a questão da eventual saída de Souto do partido é vista à luz de uma estratégia para a conquista do governo do Estado em 2010, da qual a direção nacional está naturalmente distante, o que justificaria sua eventual reação contrária. “No Democratas da Bahia, no entanto, podemos dizer que não há desacordo (em relação à filiação de Paulo Souto ao PSDB). Até seu filho (o deputado federal Fábio Souto) já disse que ficaria no DEM, se o ex-governador deixar a legenda”, argumenta o mesmo deputado. Ele lembra que, se o ex-governador quiser “sair forte em 2010", terá que agregar vários partidos e recorda, inclusive, que nos tempos do PFL era comum a legenda possuir quadros seus em agremiações na época aliadas como o PR e o PP.
A indicação de Fábio Souto para a presidência da Comissão de Agricultura não teria tido nada a ver com uma tática da direção nacional do DEM para tentar manter seu pai no partido, conforme noticiou a imprensa, mas com um projeto alimentado pelo parlamentar desde o ano passado, fortalecido com a eleição de ACM Neto para Corregedor da Câmara.

Fonte: Tribuna da Bahia

Claudia reinou na avenida

Ela ajudou a quebrar tabus. Grávida, fez show até um mês antes de parir, pulando pra lá e pra cá com o barrigão no trio e, três semanas após o nascimento de Davi, voltou ao palco energizada. Virou mito e símbolo de força para as mulheres ao aparecer em público com um corpinho mais que perfeito a pinotar por mais de 6 horas por dia em cima do trio. Extravasou o quanto pôde, jogou a violência para escanteio e botou o folião para beijar na boca na avenida, nos blocos que comandou, nos becos, na pipoca e nos camarotes.
Resgatou o orgulho da grande nação tricolor, que agora, além de time e estádio, tem sua musa a levar aos quatro cantos sua paixão pelo Bahêêêa sem jamais deixar de tratar com respeito o Vitória. E nos quatro dias – cinco porque ela amanheceu na avenida hoje, com o amigo Bell – em que reinou em cima do trio, Claudia Leitte mostrou porque é a estrela de maior ascendência da música baiana, para onde os olhos, flashes e câmaras da mídia mais se voltaram neste Carnaval.
- Só tenho a agradecer o carinho desse povo. Foi tudo muito lindo. Confesso que ainda senti um friozinho na barriga na largada, afinal a pressão era grande, mas depois foi só festa. Meu Davizinho ficou em casa com as vovós Ilna e Marcia, bem comportado, como um homenzinho. Tomou o leitinho na hora certa e quem sabe ano que vem já aparece na avenida? - brincou ela.
E Claudia tem mesmo que comemorar. Sua música está na boca do povo, foi a mais tocada, tem ritmo, letra e mensagem e simboliza um dos momentos mais marcantes na vida de duas pessoas que se amam: o beijo na boca. Com sua mensagem, apesar do agito do hit de maior sucesso do verão brasileiro, ela acabou mostrando que o Carnaval da Bahia é uma festa de todos, onde a violência cede espaço ao amor. E para simbolizar isso, fez questão de tascar não um, mas vários beijos na boca do maridão Marcio, em plena avenida, para delírio da multidão.
Motivos não faltaram, desde a paixão que os une e os faz símbolos de uma família ajustada e feliz, à busca pelo recorde de beijos na boca no domingo, quando mais de 10 mil pessoas se beijaram na avenida, no bloco Os Intternacionais, na pipoca e nos camarotes para celebrar o amor. Se o recorde veio ou não, se vai ser reconhecido pelo Guiness Book, isso é assunto para adiante. Importante mesmo é que sua mensagem tocou em milhares de corações e fez até os malhados e brigões de sempre, que costumam se soltar na beira da corda a cultuar a violência e a bestialidade, concluírem que ali só havia espaço para o amor.
- Estou feliz em ter contribuído para mandar essa violência para bem longe da gente. Carnaval é para brincar, extravasar, dar muito beijo na boca. Minha mensagem é da paz e a Bahia está dando um exemplo ao Brasil ao reunir 2 milhões de pessoas nas ruas a brincar e pular atrás do trio.
Nos quatro dias que puxou os blocos Eu Vou, Intternacionais e da Barra, este, segunda e ontem, Claudia desfilou com peças exclusivas, criadas pelo renomado estilista Waldemar Iódice. Todos os modelos adornados com milhares de cristais e confeccionados para ressaltar seu corpo e a vitalidade de uma garota de 28 anos, recém-mamãe, tendo como referência o mar e algumas das praias mais belas do mundo, como Copacabana, Ilhas Gregas, Ibiza e Porto Seguro, a escolhida ontem. Homenagem assumida também por seus músicos que ontem, por exemplo, estavam fantasiados de índios, numa alusão aos nativos aqui encontrados quando do descobrimento do Brasil.
Vips e famosos desfilaram no trio de Claudia e entraram na folia, com destaque para o casal Cássio e Daniela Winits, que lá esteve no domingo, ele se revelando um grande torcedor do Bahia, empunhando a todo instante a bandeira do clube e ela uma animada foliã. E destaque também para os Big Brothers Mirla e Ralf que trocaram o confinamento na casa mais vigiada do Brasil por algumas preciosas horinhas em cima do trio de Claudia, dividindo a alegria com os foliões baianos. Eles não puderam falar com a imprensa, mas seus rostos espelhavam toda a satisfação de poder curtir um pouco do carnaval baiano, ainda mais ao lado da musa Claudia Leitte.
Corpo de menina, vitalidade a toda prova e uma energia contagiante, Claudia fez questão de deixar uma mensagem para os fãs, os baianos e os turistas que nos visitam, ao final do seu desfile:
- Os que aqui vieram pela primeira vez, levem no coração um pedaço dessa terra maravilhosa e abençoada. Os que voltaram para curtir nosso Carnaval tenham a certeza de que estaremos sempre de braços abertos para esperá-los, com o carinho de sempre e que ano que vem vai ser melhor ainda. E para meu povo, baianos de todos os credos, raças e paixões, torcedores do Bahia, do Vitória, um beijo especial. Este Carnaval simbolizou muito para mim e retirei de vocês a força para chegar com toda essa energia ao palco. Sou baiana por opção e tenho um orgulho danado disso. Aqui cheguei com uma semana de nascida, aqui me criei e independente do que Deus me reserve como cantora, como artista, aqui será sempre a minha casa.
Aqui me casei, aqui nasceu meu filho, Davi, que está em casa, esperando pela mamãe. Aqui está meu coração. Beijo, que Deus abençoe a todos e vamos beijar na boca.



Timbalada arrasta a multidão no circuito da Barra a Ondina



Folião de braço pintado na rua e um sorriso estampado no rosto. É a Timbalada sob o comando do cantor Denny puxando o trio ao som do timbau. “É um vai e vem do meu lado, é um sobe desce danado, todo mundo dançando, todo mundo suado”. A música Chuva de Flores narrou bem como é a maior festa de rua do planeta e foi assim da Barra até Ondina. O público vibrou com a banda percussiva durante o trajeto inteiro.
Quem saiu no bloco que leva o mesmo nome da tribo de timbaleiros contou como foi viver essa felicidade. “Saí uma vez há quatro anos e não deixo mais. Todo ano me programo pra isso. Trabalhei antecipado para acumular folgas, mas, não abro mão de sair na Timbalada. Curto a energia, o som que sai do timbau, pintar o corpo. Gosto de vivenciar o ritual completo”, disse o folião José Carlos Santana.
O sucesso que irradiou o País inteiro através dos encontros dominicais no Guetho Square invadiu o mundo e hoje reflete no Carnaval. Com cinco mil foliões dentro da corda sem contar a rapidez com que é vendido os abadás na mão de cambistas faz da revenda uma espécie de cotação de moeda estrangeira. “Paguei quase o dobro do preço porque deixei pra comprar em cima da hora no ‘câmbio negro’. Os cambistas faturam com o abadá da Timbalada porque sabem que é venda certa”, contou Carla de Souza Pires.
Deixando de lado o sacrifício para ver a Timbalada, seja para quem paga por um abadá ou para quem se espreme no meio da multidão só para ver o bloco passar, a expressão era a mesma. “Estou desde cedo aqui só esperando Denny cantar. Adoro o cantor e amo o som que vem do timbau. Sinto uma alegria sem fim. Fico toda arrepiada com a passagem do bloco. A energia da música me faz sentir renovada. Pra mim vale a pena ficar no aperto, tomar empurrão”, falou a auxiliar de escritório Rosimeire da Silva Costa, que estava na pipoca em cima da árvore em Ondina.
Os principiantes na folia também logo entenderam o porquê de tanta procura pelo Carnaval de Salvador. “É a primeira vez que venho e antes do bloco sair, já gostei dos foliões se arrumando, pintando o corpo na concentração”, opinou o arquiteto que estava acompanhado da mulher Marlene Cerqueira. “Já estou pensando no ano que vem. Vamos tirar férias juntos novamente em fevereiro pra curtir o Carnaval e depois seguir viagem para descansar em outro lugar”.
Neste ano a alegria parecia ainda maior, pois a banda completou 18 anos de existência. Denny foi bastante homenageado em vários trechos do circuito por comandar a turma do Candeal com talento, carisma e profissionalismo. Como nos dias anteriores, muitas manifestações de carinho foram enviadas para a banda nos camarotes, pelos associados e pelo público que acompanhou todo o bloco fora da corda. “Timbaleiros, hoje estou sem camisa para mostrar que a minha alma e meu corpo pertencem a vocês”.
Ao final do percurso, em Ondina, suados, porém ávidos por mais um show. “Os dias vão passando e só me resta pensar agora no arrastão da Timbalada na Quarta-feira de Cinzas e na ressaca da Timbalada no Museu du Ritmo. Mesmo assim já estou com saudades dos shows. Sou timbaleiro de corpo e alma”, declarou o contabilista e um dos seguidores da banda como se intitulou, Afonso Almeida.
No meio do trecho uma chuva, que acabou servindo para refrescar o corpo do folião, segundo o fã Bruno Junqueira. “Não tem problema nenhum em ficar molhado. Pelo contrário, acho até legal porque aliviar a quentura do corpo e despertar mais ainda o povo. No máximo tira a tinta do corpo, mas o som do timbau bate dentro do meu coração”.(Por Odília Martins)



Irreverência de Ivete leva folião ao delírio



Como uma rainha egípcia que não se afasta de seu trono e ou uma deusa que se convém vestindo o dourado da riqueza, a cantora Ivete Sangalo surgiu com muito brilho, acompanhada de seu Bloco Coruja, no Circuito Osmar, Campo Grande. Com sua voz grave, a artista entrou no percurso com os sucessos que marcaram a sua carreira, a exemplo de Levada Louca. O colorido dos abadás foi um dos destaques do bloco que estava lotado de súditos aos encantos da artista.
Quando a cantora entoou Cadê Dalila, tema de sua música de trabalho deste ano, o público do Campo Grande foi à loucura. Uma cadeira no palco da frente do trio servia de trono para ela promover os passos da “Dalila”, jogando as pernas para o alto.
No meio de um dos desfiles no Campo Grande, Ivete não agüentou as mangas do vestido e retirou o que ela chamou de “asas que estão me matando”. Sempre com muita irreverência, cantora brincou com o visual do prefeito João Henrique dizendo que ele só andava encapotado, provocando alguns risos, inclusive do ministro Geddel Vieira Lima.
Dentro do bloco a animação era geral com os associados seguindo os passos de quatro bailarinos que ficavam logo à frente. Bandeiras dos estados da Paraíba, de escolas de samba como a do Salgueiro e de times, a exemplo do Cruzeiro de Minas Gerais chamavam a atenção na multidão de “corujas”. A música Empurra-empurra embalou bastante os foliões. Um encontro também aconteceu com a cantora Margareth Menezes. As duas cantaram juntas o grande sucesso de Maga, Dandalunda.
Uma participação dos cantores Fred e Katê da banda Voa Dois também marcou a passagem do Coruja na Avenida. Bota pra ferver, do grupo Asa de Águia incendiou o Campo Grande de muita alegria.
“Adoramos Ivete, por isso não pensamos duas vezes ao passar o carnaval ao lado dela”, ressaltou o casal Marcelo e Diana Lima. “O bloco está muito cheio, mas com ela o carnaval é garantido”, destacava as foliãs Bárbara Peixoto, 27 anos e Shirlei Santiago, 34 anos.
O pernambucano Allan Robert, 30 anos não pestanejou em trocar o frevo pelo axé de Ivete neste Carnaval. “Tenho muitos amigos aqui e tinha também curiosidade em conhecer a festa. Está sendo ótimo”, elogiava.
As brincadeiras mais uma vez foi uma das marcas do desfile de Ivete Sangalo que cumprimentava as pessoas sempre de forma bem humorada. “Crianças, a mamãe chegou”. Essas foram uma das formas carinhosas pela qual chamou o público. Durante o trajeto, ela relembrava alguns hits, como Carro Velho, Berimbau metalizado e Pererê.
O entusiasmo era evidente no olhar das pessoas que aguardavam com expectativa a chegada do Bloco Corujas, puxado por La Sangalo no circuito Osmar.
Uma corrida para ver mais de perto a cantora dava o tom do momento, sempre que ela surgia no Campo Grande, local de concentração de alguns dos principais camarotes da folia e das emissoras de rádio e TV.
A execução das músicas Cadê Dalila por Ivete e Beijar na Boca por Claudia nos dias de desfile no circuito Osmar reforçou a grande disputa entre as duas canções, já que ambas foram bastante recepcionadas pelo público presente que não parava de cantar.
A enquete nos camarotes e arquibancadas do circuito era grande. Afinal qual era o interesse das pessoas? Ir buscar Dalila ou simplesmente beijar na boca? As duas ganharam pontos máximos entre os foliões. “Não sei quem é Dalila, mas pelo que nossa musa Ivete quis dizer ela é uma homenagem a mulher positiva e guerreira, por isso prefiro essa, que tem um embalo forte”, dizia a pedagoga , Juliana Santos, 28 anos, que curtia na pipoca do Campo Grande.
Já a estudante de publicidade Maria Eduarda “votava” pelo hit Beijar na Boca. “É mais verdadeira, tem a ver com o Carnaval que pede isso das pessoas. Além disso, é bem turbinada e não dá vontade de parar de pular”, destacava.
A advogada Queilla Juliana disse que "curti nos dois circuitos e tenho dúvidas entre as músicas de Ivete e Claudinha, pois ouvi as duas intensamente tanto na Barra quanto no Campo Grande".
Outras também eram citadas como Anjo Bom do grupo Adão Negro, Balança ê papa, do cantor Tomate e Oya por nós de Daniela e Magareth. (Por Lílian Machado)

Fonte: Tribuna da Bahia

Arrastão ainda leva muitos foliões às ruas nesta quarta-feira de Cinzas

Redação CORREIO
A quarta-feira de Cinzas (25) já chegou, mas o Carnaval ainda não acabou para muitos foliões que aguardam ansiosos pelo tradicional arrastão no circuito Dodô - Barra/Ondina nesta manhã.

A tradição começou desde 1994 com a Timbalada que continua fazendo a festa. Este ano o grupo, que completa 18 anos, vem acompanhado do Olodum e de Carlinhos Brown que comemoram 30 anos de carreira. Os três cantarão juntos. Cerca de 200 músicos formam o que se chama de 'Timbaolodumlada'

Outra atração desta quarta-feira de Cinzas é a cantora Ivete Sangalo que virá agitar os foliões que não se cansam de procurar por Dalila. A música composta por Carlinhos Brown conquistou o público que canta por todas as ruas: Cadê Dalila?'.

Confira a cobertura completa do Carnaval 2009

Fonte: Correio da Bahia

terça-feira, fevereiro 24, 2009

HEI DE SER UM globo, MESMO SENDO folha de são paulo – “ALGEMA NELE” – A CRISE DOS PASTINHAS

Laerte Braga




Cícero Acaiaba contava uma história interessante. A de uma dona de bordel que preocupada com o nível de oferta do concorrente e a capacidade operacional das meninas do dito cujo, mandou sua turma fazer um curso de especialização num dos mais antigos salões de Belo Horizonte, onde orquestra ao vivo tocava até as quatro da manhã. E com muito respeito.

Cada furo no cartão custava dez tostões. Hoje o negócio anda na casa dos milhões e freqüenta salões requintados como os da globo, sob a batuta e comando do rufião pedro bial, patrono dos heróis e heroínas do bbb-9.

O custo é simples. O de uma ligação local mais os impostos.

Um desses boçais, a maioria, travestido dessa praga chamada fiscal ou guarda municipal, exercendo sua autoridade contra um camelô no Rio de Janeiro, autuou o distinto por “resistência” e ao invés do clássico “teje preso”, proclamou solene – “algema nele” –.

E o prefeito eduardo paes? E daniel dantas? Será que o camelô consegue um hábeas corpus com gilmar mendes?

Vai depender da quantidade de cachorro quente a ser ofertada à mesa posta na porta dos fundos por onde entram os fundos do embaixador da itália, nos fundos de gilmar mendes.

O jornal (jornal?) folha de são paulo sofreu uma séria recaída explícita, vale dizer a implícita estava lá sempre esteve e chamou o regime militar de “ditabranda”, num editorial em 17 deste fevereiro, para em seguida agredir os professores Maria Vitória de Mesquita Benevides e Fábio Konder Comparato

Os ditos professores estranharam a posição do jornal (jornal?) e foram vítimas da fúria de um frias qualquer com ambição de “hei chegar a roberto marinho”. Não consegue chegar a “civita”.

Interessante é que boletim psdb/fiesp/daslu se contradiz. Quanto tentou transformar-se em jornal de circulação nacional começou engatinhando passos contra a ditadura militar.

Era a época do jornal (jornal?) “sem rabo preso”, ou de “rabo preso com o leitor”.

Desde que Orson Welles fez “Cidadão Kane” todos os donos de jornais, maiores ou menores, tentam chegar lá. Uma espécie de obsessão. O cara assim assentado num trono e determinando a opinião pública.

No caso em questão, a folha de são paulo tenta vender o peixe josé serra para presidente e fatos como esse de chamar a brutal ditadura militar que se seguiu ao golpe de 1964 de “ditabranda” faz parte do esquema para qualquer emergência diante de uma eventual crise maior – a derrota da quadrilha tucana em 2010 –.

Alia-se a essa crise a própria crise em si que atinge as organizações globo onde o zum zum de demissões e corte de custos já começa a ganhar força.
O boçal que no “cumprimento do dever” gritou “algema nele” para um camelô que defendia uns trocados para sustentar a família e não tinha pago os alvarás para sustentar “fiscais” e prefeitos corruptos saiu com toda a sua autoridade em alguns telejornais mostrando a preocupação do bandido em estágio na prefeitura do Rio e disse que a partir de agora vai ser sempre assim.

Período de mudança, entressafra de propinas. Os dez por cento se já não são vinte desde os tempos de césar maia. Devem estar querendo passar para vinte e cinco ou coisa assim.

A folha de são paulo não. Essa é impávida na mentira de cada dia e no monte de infográfico, negócio inventado para confundir, para ninguém entender nada, ou classe média que adora ver avião decolar e pousar ficar sabendo das curvas ascendentes e descendentes e cortar o custo do cafezinho.

O que sei ao certo é que a dona do bordel acima mencionado investiu uma baita grana no preparo das meninas, lançou algumas novidades para a época e, em pouco tempo, ficou amiga do antigo governador paulista ademar de barros – precursor de paulo maluf, serra, fhc e outros – deitando filiais por todo o País.

O negócio prosperou, um dos primeiros a aceitar o que à época era novidade cartão de crédito – havia só o dinners club – e transformou-se em base de folha de são paulo para todos os outros concorrentes.

No caso da folha isso ainda é pretensão. globo e veja são imbatíveis, pelo menos por enquanto.

Ele deve ter confundido esse negócio de ditadura militar com ditabranda. Ditabranda dele deve ter a ver com o antigo bordel.

E se alguém chegar perto de você para explicar infográfico saia correndo antes que desgraça maior aconteça.

Parece aqueles negócios de Pastinha tentando explicar o bordel dele. Um monte de montagens e mesas de sinuca. Engraçado é que o cara nunca assistiu àquele desenho do disney sobre as tabelas possíveis segundo a mais pura matemática. Só luzes feéricas e decorador profissional.

Justiça saudita permite que criança se case

Um tribunal saudita autorizou, na quarta-feira (18/2), o casamento de homem de mais de 50 anos com uma menina de nove anos na cidade de Anidh, na Arábia Saudita. A informação foi divulgada pelo jornal local Al Riyadh e repercutida pelas agências de notícias internacionais.

A mãe da menor entrou na Justiça para impedir o casamento. "Minha filha ainda não sabe que está casada", disse a mãe da criança. Segundo ela, a menina não soube que o casamento aconteceu em outra cidade enquanto ela se encontrava na casa de seus pais, em Anidh.

A mãe tinha pedido antes ao tribunal de Anidh o divórcio da filha, mas o juiz rejeitou a solicitação e afirmou que a menina poderia reivindicar a separação quando fosse adolescente.

Em julho do ano passado, ativistas sauditas pró-direitos humanos tentaram impedir o casamento de outro homem, de 60 anos, com uma menina de 10 anos na região de Hael.

A população de várias zonas desérticas e montanhosas da Arábia Saudita é conservadora e é tradição entre as tribos os pais permitirem o casamento de seus filhos menores.
Fonte: Conjur

População confia mais em promotores que em juízes

Por Marina Ito



Pesquisa feita pela Fundação Getúlio Vargas, apresentada pelo conselheiro Joaquim
Falcão, do Conselho Nacional de Justiça, revela que a sociedade reconhece a importância do Judiciário, mas quer agilidade. A pesquisa foi apresentada para os presidentes dos Tribunais de todo o país, no 2º Encontro Nacional do Judiciário, em Belo Horizonte.




A pesquisa de opinião, feita com 1.200 entrevistados, mostra o Judiciário está em 9º lugar entre 17 instituições no índice de confiança. Em relação à confiança em profissionais, os juízes ficam em quinto lugar. A pesquisa revela que em primeiro estão os professores, em segundo, os policiais federais, em terceiro, promotores de Justiça, em quarto, o presidente da República.

Segundo o conselheiro, apesar de 80% achar que vale a pena procurar o Judiciário, o principal problema apontado é a falta de agilidade. Para Falcão, agilidade, acesso ao Judiciário, conciliação, criança e adolescentes devem ser as prioridades. Quando a sociedade pede leis que limitem recursos ou mais conciliação, acredita Falcão, é porque querer uma Justiça ágil.

“O Judiciário é pouco conhecido”, afirmou o conselheiro Joaquim Falcão. Segundo a pesquisa da FGV, 36% conhece o Judiciário de “ouvir falar” ou não conhece. Uma questão colocada por Falcão é como os Tribunais e a prestação jurisdicional podem ser mais conhecidos. Dos que conhecem o Judiciário, citaram a Justiça do Trabalho, Eleitoral e Juizados. Quanto ao CNJ, 76% não conhece. Dos que conhecem, a maioria considera ótimo.

Joaquim Falcão afirmou que, apesar de o país discutir as reformas políticas e previdenciárias, a única que começou a ser feita é do Judiciário. O resultado, diz, é que a maioria está satisfeita com o Judiciário. Segundo o conselheiro, a pesquisa revela que a Justiça está melhor e que vale a pena procurar o Judiciário. Ele lembra que quanto mais funciona, mais demanda apresenta. “Isso é crescimento, importância, poder. Poder legítimo é aceitação e efetividade”, afirma. Sem um Judiciário “forte, poderoso e efetivo”, entende Falcão, não há democracia. Para o conselheiro, a proposta é a aceitação do Judiciário pela sociedade. “Se Judiciário não for aceito, o caminho será mais longo”, afirma.
Fonte: Conjur

Paulo Henrique Amorim se retrata em ação de Toron

Por Priscyla Costa



O apresentador de televisão Paulo Henrique Amorim se retratou na queixa-crime apresentada contra ele pelo advogado criminalista Alberto Zacharias Toron. O advogado considerou falso e ofensivo um comentário publicado no blog de Amorim. E, por isso, pediu ao Juizado Especial Criminal de São Paulo a condenação dele pelo crime de difamação.

Em setembro, Amorim mais uma vez criticou o Supremo Tribunal Federal por ter concedido Habeas Corpus ao empresário russo Boris Berezowski, acusado de lavagem de dinheiro. O empresário é defendido por Toron. Amorim escreveu em seu blog: “O gangster russo Boris Berezovsky valeu-se aqui dos préstimos de notório advogado de Dantas, o Dr. Toron — aquele que organiza homenagens ao Supremo Presidente Gilmar Mendes e disse que bom era quando algema só se colocava em pobre, preto e p..”.

Na queixa-crime, ele voltou atrás. Preferiu se retratar. "Acredito que a minha interpretação da frase atribuída ao advogado Alberto Zacharias Toron ficou prejudicada ao tomar conhecimento de uma declaração posterior sua, na qual seu raciocínio se revelou mais completo. Retratando-me, nas mesmas modestas páginas de meu portal ‘Conversa Afiada’, declaro que cometi um equívoco ao atribuir ao referido advogado a afirmação segundo a qual ‘bom era quando algema só se colocava em pobre, preto e p...’. O mesmo ocorreu quando, em outra oportunidade, ao comentar um julgado do Supremo Tribunal Federal, afirmei em nota que ‘prevaleceu a Jurisprudência Toron: algema é para ‘preto, pobre e p…’ Ainda retratando-me, declaro que cometi outro equívoco ao afirmar que o advogado Alberto Zacharias Toron ‘organiza homenagens ao Supremo Presidente Gilmar Mendes’. Na verdade isto nunca ocorreu.”

Por conta da retratação, Toron pediu que a ação seja arquivada. As partes arcarão com os honorários dos advogados que contrataram. A audiência designada para esta quarta-feira (18/2) foi cancelada.

Fonte: Conjur


EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA CAPITAL



ALBERTO ZACHARIAS TORON e PAULO HENRIQUE DOS SANTOS AMORIM, por si e por seus respectivos advogados, na “Queixa-Crime” em curso perante esse d. Juízo (proc. nº 050.08.080877-8), vêm a V. Exa. expor e requerer o quanto segue.


1. O Querelado, com a expressa aquiescência do Querelante, se retrata nos seguintes termos, que serão, por iniciativa daquele, reproduzidos no portal ‘Conversa Afiada’:

"Acredito que a minha interpretação da frase atribuída ao advogado Alberto Zacharias Toron ficou prejudicada ao tomar conhecimento de uma declaração posterior sua, na qual seu raciocínio se revelou mais completo. Retratando-me, nas mesmas modestas páginas de meu portal ‘Conversa Afiada’, declaro que cometi um equívoco ao atribuir ao referido advogado a afirmação segundo a qual ‘bom era quando algema só se colocava em pobre, preto e p...’. O mesmo ocorreu quando, em outra oportunidade, ao comentar um julgado do Supremo Tribunal Federal, afirmei em nota que ‘prevaleceu a Jurisprudência Toron: algema é para ‘preto, pobre e p…’ ’

Ainda retratando-me, declaro que cometi outro equívoco ao afirmar que o advogado Alberto Zacharias Toron ‘organiza homenagens ao Supremo Presidente Gilmar Mendes’. Na verdade isto nunca ocorreu.”


2. Desse modo, resolvida a pendenga amigavelmente, em seus aspectos penal e civil, as partes postulam se digne V. Exa. de determinar o arquivamento do feito, bem ainda a baixa de todos os registros perante o Cartório Distribuidor.


3. As partes arcarão com os honorários dos advogados que contrataram, suportando cada qual as despesas judiciais a que deu causa.


Termos em que, da juntada e do cancelamento da audiência designada para 18/02 p.f., as 15:00 horas,

Pedem Deferimento.

São Paulo, 18 de fevereiro de 2009.



ALBERTO ZACHARIAS TORON



PAULO HENRIQUE DOS SANTOS AMORIM



FERNANDO DA NÓBREGA CUNHA JOSÉ RUBENS MACHADO DE CAMPOS
OAB/SP 183.378 OAB/SP 27.646



LUCIANA BERNARDELLI RODRIGUES
OAB/SP 209.762

Enquanto o mundo está informatizado, Judiciário dorme

Débito pendente até 2005 pode ser pago em parcelas

Por Mônica Cilene Anastácio


Contribuintes podem parcelar dívidas de pequeno valor até o dia 31 de março 2009. Esta é uma das novidades fiscais introduzidas pela edição da Medida Provisória 449, de 4 de dezembro de 2008. A MP veio tentar acalmar ânimos de empresários exaltados pela crise econômica que se vislumbrava no horizonte de 2009, trazendo algumas mudanças.

Verifica-se que, apesar das inúmeras disposições legais, a medida não traz novidades que podem, de fato, ajudar o empresário no início deste ano tão tumultuado, por crise financeira, demissões em massa e total incerteza quanto ao cenário político econômico mundial.

A certeza, entretanto, é de que as empresas brasileiras merecem uma atenção bem maior do que aquela dada pelo legislador na MP, uma vez que é certo que a tormenta vai passar, mas não se sabe quando, e os efeitos dela, só o tempo para mostrar. Ainda se espera a reforma tributária completa, com efetivas mudanças para destravar a economia do país.

A MP 449 criou, por exemplo, novas obrigações acessórias relativas às contribuições sociais, tais como a apresentação de declarações, à Secretaria da Receita Federal, com informações relativas ao INSS e ao FGTS.

Quanto aos débitos junto à Fazenda Nacional, inscritos ou não em Dívida Ativa, vencidos até 31 de dezembro de 2005 e que não excedam o valor de R$10 mil, de acordo com a MP, eles podem ser pagos à vista ou parcelados, com isenção dos encargos legais. O parcelamento pode ser em até seis prestações mensais, com isenção da multa de mora ou de ofício e redução de 30% dos juros; em até 30 prestações mensais, com redução de 60% da multa de mora e de ofício; ou em até 60 prestações mensais, com redução de 40% da multa de mora e de ofício. As prestações mínimas correspondem ao valor de R$ 50 para as pessoas físicas e de R$ 100 para as pessoas jurídicas.

Os débitos relativos às multas isoladas decorrentes de descumprimento de obrigações tributárias acessórias e de infrações à legislação penal e eleitoral, inscritas ou não em Dívida Ativa da União, não podem ser objeto deste parcelamento.

Segundo a MP, dívidas relacionadas ao aproveitamento de créditos de IPI, relativas a fatos geradores ocorridos até 31 de maio passado, inscritas ou não em Dívida Ativa da União, poderão ser pagas à vista ou parceladas, sem cobrança de encargos legais, em até seis meses, com isenção das multas de mora e de ofício, e com redução de 30% dos juros de mora. Há ainda a opção pelo parcelamento em até 24 meses, onde a redução das multas de mora e de ofício será de 80%, dos juros de mora de 30%.

A empresa poderá ainda optar pelo parcelamento sem qualquer redução de multas, de juros ou de encargos legais. Nesta hipótese, o parcelamento pode ser em até 60 meses ou em até 120 meses, desde que a primeira parcela corresponda a, no mínimo, 30% do total dos débitos consolidados e que o valor mínimo de cada prestação, em relação aos débitos consolidados, não poderá ser inferior a R$ 2 mil.

O saldo remanescente da dívida do Refis e Paes poderá ser pago nas mesmas condições do parcelamento dos créditos de IPI, desde que na data do novo parcelamento sejam restabelecidos os valores correspondentes ao crédito originalmente confessado com o cômputo das parcelas pagas. Vale mencionar que a opção implica desistência compulsória e definitiva dos programas (Refis/Paes).

O legislador ainda entendeu por bem perdoar os débitos dos contribuintes com a Fazenda Nacional, inclusive aqueles com exigibilidade suspensa que, em 31 de dezembro de2007 completaram cinco anos ou mais desde seu vencimento e cujo valor total consolidado, nessa mesma data, seja igual ou inferior a R$ 10 mil. Isso porque os custos administrativos das cobranças para débitos de pequeno valor são altos.

Outro ponto tratado na MP 449 foi a instituição do Regime Tributário de Transição (RTT), que trata dos ajustes tributários decorrentes dos novos métodos e critérios contábeis estabelecidos pela Lei 11.638/2007 e por artigos da medida provisória que alteram a Lei 6.404/76 (Lei das Sociedades Anônimas).

O RTT será aplicado provisoriamente de forma a buscar a neutralidade tributária até a entrada em vigor de lei que discipline os efeitos fiscais decorrentes dos novos métodos contábeis. Os contribuintes podem optar pelo RTT nos anos-calendário 2008 e 2009, mas será obrigatório a partir de 2010, inclusive para empresas optantes pelo lucro presumido, CSLL, PIS e Cofins.

A MP trouxe ainda tratamento às subvenções para investimento, inclusive mediante isenção ou redução de impostos, concedidas como estímulo à implantação ou expansão de empreendimentos econômicos e às doações. Assim, no caso das subvenções e doações, a partir do reconhecimento dos efeitos da Lei 11.638/2007, a pessoa jurídica deverá reconhecer o valor da doação ou subvenção em conta do resultado pelo regime de competência, inclusive com observância das determinações da CVM e ainda se submeter a um sistema de exclusões e adições ali detalhadas.

A MP 449 também vetou a compensação de débitos relativos ao pagamento mensal por estimativa do IRPJ e da CSLL com créditos acumulados, especialmente tratada na alteração do §3º do artigo 74 da Lei nº 9.430/96.
Fonte: Conjur

Justiça Federal não conseguiu reduzir estoque em 2007

Por Priscyla

CostaEm 2006, os juízes federais foram os únicos no país que conseguiram julgar mais processos do que receberam. A média, entretanto, não foi mantida em 2007. É o que indica o Justiça em Números, levantamento produzido pelo Conselho Nacional de Justiça com estatísticas do Poder Judiciário.

O mau diagnóstico começa a ser percebido nos Juizados Especiais. Em 2006, todos comemoravam a queda na taxa de congestionamento — de 52,51% em 2005 para 36,57% em 2006. Em 2007, a proeza não se repetiu e o que era um modelo de agilidade nos julgamentos registrou 42,2% de taxa de congestionamento. Isso significa que, para cada 10 processos, quatro ficaram sem solução.

O mesmo aconteceu nos Tribunais Regionais Federais. Em 2006, o número de decisões foi maior do que o número de novos processos — 438,7 mil julgados X 378,4 mil casos novos. Os TRFs, entretanto, não mantiveram a tendência. O Justiça em Números mostra que, em 2007, foram proferidas menos decisões do que o total de recursos que chegaram ao tribunal. Foram 442,1 mil contra 443,9 mil novos recursos. Cerca de 675 mil casos ficaram pendentes de julgamento. A taxa de congestionamento na segunda instância da Justiça Federal ficou em 60,5%. Em 2006, era um pouco menor — 60,39%.

O número de processos pendentes de julgamento na primeira instância aumentou. Em 2006, os fóruns tinham 1,6 milhão de casos pendentes. O número em 2007 subiu para 1,7 milhão.



Por conta do trabalho dos magistrados em 2006, ano em que conseguiram reduzir o estoque, a carga de trabalho diminuiu.Em 2006, cada juiz de primeira instância tinha 2.349 processos para julgar. Em 2007, cada um teve 2.264. No TRFs, aconteceu o contrário. A carga de trabalho aumentou de 8.026 por desembargador em 2006 para 8.108 em 2007. O mesmo aconteceu nos Juizados Especiais Federais. Em 2006, a carga de trabalho era de 9.021. Em 2007, o indice ficou em 9.433.

A mais congestionada
Outro número que merece destaque é a taxa de congestionamento na fase de execução. A primeira instância da Justiça Federal registrou, em 2007, média de 93,2% de congestionamento. É campeã no ranking a Justiça Federal da 2ª Região — 96,7% de congestionamento na fase de execução. Em segundo lugar está a 1ª Região, com 93,7%; em terceiro lugar, a 2ª Região, com 93,3%; em quarto lugar, a 5ª Região, com 92,6%; e em quinto lugar, a 4ª Região, com 82,9%.

Ficha técnica
O Justiça em Números é um levantamento feito pelo CNJ desde 2003. A pesquisa sobre os números de 2007 foi divulgada na quinta-feira (19/2). Clique aqui para ler a pesquisa completa.
Fonte: Conjur

Pelourinho, lamúrias e mudanças

Li o artigo de Ângela Chaves, bacharela de Direito, respeitada professora de inglês, intitulado “Pelourinho, mentiras de Momo”. Achei o texto melancólico. Tipo assim coisa de quem envelheceu com amargura. Devo ter freqüentado o Pelourinho em momentos diferentes da queixosa. A “crônica” dela não bate com o que vi e vivi, todos os dias. Claro que no Carnaval é muito fácil fotografar ruas em momentos de intervalo. Mesmo nos circuitos do Campo Grande e da Barra/Ondina as câmaras flagram tais momentos. Então, não me venham mostrar ruas vazias para “provar” o desânimo do Carnaval.

Fui ao Pelô durante as tardes e vi uma programação adequada para crianças. Quem chega às 19h vê as mães levando seus filhos para casa, através dos becos e vielas do Pelô. Em direção contrária, chegando, vem a turma da noite. Neste momento normalmente há uma troca de atores. Quase que uma paradinha. Pois ainda sim vi e vivenciei coisas incríveis. A Cia de Dança Patuá, com seus maravilhosos dançarinos e dançarinas arrastavam, não digo multidões, porque o Pelô não tem essa característica, mas muita gente vinha atrás. Também segui o “Bola Cheia” com animação total. Vi até performance de “pastorinhas”.

No Carnaval, como no futebol, a unanimidade é impossível. Na segunda-feira, durante a Mudança do Garcia, ouvi de um velho negro morador, sentado em sua cadeira postada na calçada: “É...a Mudança do Garcia está mudando...”. E como mudou a “Mudança do Garcia”. Aquela singela manifestação popular de 30 anos atrás não existe mais. O Garcia transformou-se num verdadeiro circuito alternativo. Estive no bar de D. Zuzu, no final-de-linha. Aquela turma que sai no “Povo Pediu” e no “Paroano sai milho” estava lá e ninguém se queixava de nada.

Não vou perder meu tempo com o suposto “sabido descaso” com que a “atual administração”, segundo Ângela Chaves, trata o Pelourinho. Aquela fórmula do “Cabeça Branca” de queimar dinheiro público com negócios de amigos e familiares, em nome do turismo, era insustentável (para os cofres da viúva). Com certeza um outro caminho teria que ser descoberto.

Continuo achando que Ângela Chaves visitou o Pelô em hora errada. Ela transmite um tom lamuriento. Como disse o velho lá no Garcia “a Mudança está mudando”. Tudo muda. O Pelô também. E não se trata de avaliar se para melhor ou pior. Os tempos mudam. Se antes Caetano e Morais nos embalavam, hoje, outros compositores nos animam. E a Praça Castro Alves não é mais a mesma. E daí? O Encontro dos Trios não acontece mais. Provavelmente, os empresários dos trios escolheram outro local.

Defintivamente, o Pelô que vi e vivi não é o Pelô de Ângela Chaves. Que decadência que nada. É verdade que as bandinhas eram musicalmente pobres. Mas, e daí? Musicalmente pobre é Bel Marques do Chiclete, com aquela chata repetição de jingle do...Chiclete, mas, arrastando multidões de jovens de classe média. Não é mesmo um concurso de música, é apenas Carnaval, muito barulho e diversão.

De fato, a Internet não fornece toda a programação e com a clareza necessária. Mas, não vi ninguém dizendo que não brincou o Carnaval por defeito na comunicação.

Acho que não se pode censurar ninguém. Trios elétricos existem porque uma boa parte da população gosta daquilo. O ritmo afro existe porque boa parte da população adora aquilo. No carnaval vi até grupos de evangélicos dançando e pregando. Não me incomodaram. Também ouvi grupos de rock.

Dou graças a Deus que o tempo do Cabeça Branca tenha passado. Aquela roubalheira descarada. Não posso sentir saudade daquela gente no poder. Nem da farsa que era manter as fachadas do Pelourinho, com nosso dinheiro, para sustentar negócios de amigos da famiglia.

Pela primeira vez, senti no Carnaval da Bahia um peso maior para a cultura afro. Atribuo o avanço ao secretário da Cultura Márcio Meirelles. Não há demagogia alguma. O que vejo é gente da antiga elite incomodada com a mudança.

O Carnaval da Bahia melhorou muito. Saí no Habeas Copus, na Barra e no Pelô, fui ouvir “O Povo Pediu” no bar de D. Zuzu e, como não encontrei informação do “Paroano sai milho”, vesti a camisa de 2008. No Pelô me diverti bastante. Na Barra, constatei mais uma vez a pobreza da axé music e testemunhei o ardor com que a juventude segue o trio. Eles querem é pular e beijar na boca. Bem que a Secretaria da Saúde cumpriu sua obrigação alertando a população. Mas, quem vai censurar quem?
Fonte: Bahia de Fato

Querem tudo sem dar nada

Por: Carlos Chagas

BRASÍLIA - Continuam as demissões em massa. Agora foi na Embraer, 4 mil trabalhadores postos na rua sob o eufemismo de extinção de postos de trabalho. Já foi na Vale, na CSN e numa série de empresas coincidentemente públicas, antes do governo do sociólogo, agora entregues à iniciativa privada. Quer dizer, foram adquiridas na maior parte com dinheiro público, do BNDES, lucraram horrores, capitalizaram-se ao máximo e agora recusam-se ao mínimo que deveriam, de sustentar empregos.

Quando do festival de privatizações, o poder público chegou às raias da inconsequência, como disse um ministro da época, eufórico pela utilização de patrimônio do povo brasileiro em maracutaias ostensivas. Fizeram a mesma coisa com o sistema de telecomunicações, que não demora começará a demitir também.

A gente se espanta com a desfaçatez dos neoliberais, que ainda sustentam o direito de deixar trabalhadores na rua da amargura enquanto exigem do governo bilhões de reais para ajudá-los a sair da crise, em grande parte causada pela própria incúria, a ambição e as especulações financeiras feitas à margem de suas atividades-fim.

Mais grave ainda é a pasmaceira que toma conta do palácio do Planalto e da equipe econômica, infensos a exigir o compromisso de interrupção das demissões para quantas empresas venham recebendo ajuda oficial. O presidente Lula foi aconselhado pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi, a só liberar recursos para os que se comprometerem a sustar as dispensas, mas hesita. Melhor dizendo, rejeita.

Por quê? Porque desde o início de seu primeiro governo, ou até antes, ainda candidato, entregou-se de corpo e alma à política que vinha negando durante toda sua vida sindical. Tornou-se um neoliberal, privilegiando o mercado e esquecendo o papel social do Estado, exceção para iniciativas assistencialistas como a do Bolsa-Família. Imaginava-se que restabelecesse ao menos parte dos direitos trabalhistas surrupiados ao longo das décadas anteriores, em especial durante o governo Fernando Henrique. Além de dar de ombros, avançou ainda mais na supressão das prerrogativas trabalhistas.

O resultado aí está. O governo dos trabalhadores volta as costas aos próprios, até mesmo os antes privilegiados metalúrgicos, que agora se organizam para recuperar o tempo perdido. As centrais sindicais e os sindicatos mais fortes custaram e ainda custam a estimular protestos, ainda que se torne impossível investir contra a natureza das coisas.

A gente se pergunta como ficarão as coisas no futuro, já que o embate entre o neoliberalismo e os direitos sociais promete estender-se por muito tempo, acima e além do restante do mandato do Lula. Em pleno Carnaval, as dúvidas não se resumem a saber se dona Dilma Rousseff assistiu aos desfiles de blocos em Recife e na Bahia. É preciso que a candidata se defina, que além de exaltar o PAC e ficar passando pitos em ministros, comece a pronunciar-se a respeito do grande impasse: se eleita, manterá integralmente a política econômica neoliberal dos antecessores ou apresenta à nação alguma alternativa? Sua lealdade ao presidente Lula deixa poucas dúvidas.

E quanto a José Serra? Muitos o acham capaz de surpreender, menos pelo seu passado esquerdista, de ex-presidente da União Nacional dos Estudantes, orador no célebre comício do dia 13 de março de 1964 e exilado no Chile. Mais porque, mesmo ministro do Planejamento de Fernando Henrique, sempre ponderou e bateu de frente com os excessos e exageros do neoliberalismo. O diabo é que sua candidatura vem envolta no papel celofane das elites paulistas. Mudou muito, mas terá mudado tanto?

Quanto a Aécio Neves, permanece em cima do muro, no que diz respeito às demissões. Elas já se sucedem em Minas sem que o governador tome algum partido. Fala no período pós-Lula como se tudo fossem flores, infenso a criticar o governo atual para apoiar-se na popularidade indiscutível do companheiro-mor.

Existem opções? Desafortunadamente, não. Desapareceram os líderes trabalhistas, o último deles Leonel Brizola.

Uma ameaça
O governo de Brasília até que apresenta saldos positivos com o governador José Roberto Arruda. Mas tem coisas que não dá para aceitar. No início de vida da nova capital, a vida se concentrava na Avenida W-3, onde se instalaram o comércio, os serviços, os bancos e os restaurantes. Depois veio a febre dos Centros Comerciais, aquela via caiu de importância, foi até invadida pela multiplicação dos templos evangélicos, ainda que guarde parte de sua significação. Antes, era uma floresta de asfalto, aos poucos pontilhada por vegetação exemplar. Milhares de árvores cresceram nas dezenas de quilômetros do canteiro central, não apenas fornecendo a sombra imprescindível, mas embelezando a paisagem.

Pois não é que o governo de Brasília planeja decapitar toda a vegetação para instalar um trem de superfície transitando pela W-3, estendendo-se até o aeroporto? Ampliar o transporte público torna-se imprescindível, para isso já funciona com perfeição o metrô, ampliado a cada ano. Desfigurar a W-3, porém, torna-se um crime contra o meio ambiente e a memória da capital. O novo trem bem que poderia ser planejado para circular por baixo.

Vídeoteipe?
Das Alagoas chegam informações de estar em marcha forte movimento pela candidatura do senador Fernando Collor a governador, em 2010. O ex-presidente deu a volta por cima, retificou conceitos e posturas, até pessoais, ganhou cabelos brancos e é, hoje, um político bem diferente do antigo caçador de marajás. Poderá muito bem obter sucesso, calcado nas mudanças geradas pelo tempo e em sua eleição para senador, daquelas para ninguém botar defeito.

A pergunta que se faz é se, eleito governador, tentará repetir a trajetória do final dos anos oitenta, disputando de novo a presidência da República. É cedo para palpites, ficado apenas a constatação de que, em política, tudo pode acontecer.
Fonte: Tribuna da Imprensa

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