Marcelo Copelli
No início de 2023, o atual presidente da República, Lula da Silva, chegava ao seu terceiro mandato com a promessa de cuidar das pessoas e dedicar-se à reconstrução do Brasil após uma gestão de devastação promovida pelo mandatário anterior derrotado nas urnas.
Em uma derradeira tentativa de impedir o caminhar democrático, bolsonaristas invadiram e depredaram Praça dos Três Poderes, o Supremo e o Congresso, ratificando que a polarização ainda haveria de perdurar ao longo dos próximos meses. Ao mesmo tempo, o que se observou foi o gradual apagamento da imagem e das articulações políticas do ex-presidente Jair Bolsonaro, até mesmo em virtude dos processos e das decisões judiciais que o tornaram inelegível por alguns anos, durante os quais, para o bem de muitos, estará impedido de concorrer ao Planalto ou a outros cargos políticos.
POLARIZAÇÃO – Ainda que novas ações tenham sido registradas no tabuleiro político, o bolsonarismo mostra que ainda sobrevive e se motiva por aspirações nas próximas jogadas. Em tradução simultânea, o extremismo e a polarização não foram riscados do plano atual, apenas se movimentam de outra forma.
Isso, entretanto, não se tornou obstáculo para que Lula obtivesse vitórias, a exemplo da recente reforma tributária, o “arcabouço fiscal” e a consequente subida do rating da dívida brasileira. Agora, em 2024, após um ano do início do seu novo mandato, Lula estará na mira de novos balanços e avaliações, diante de um cenário que ainda avalia conquistas e derrotas, promessas cumpridas e outras que ainda estão por se concretizar. Mas o país segue em frente, a cada dia deixando as más lembranças da gestão anterior e de seu representante maior no passado.