Por Redação
O ex-presidente norte-americano Donald Trump foi condenado por um júri federal nesta sexta-feira (26) a pagar cerca de US$ 83,3 milhões (R$ 409 milhões) em indenização a E. Jean Carroll, que o acusou de destruir sua reputação como jornalista confiável ao negar que a estuprou, há quase três décadas.
O júri composto por sete homens e duas mulheres precisou de menos de três horas para chegar ao veredicto. O valor foi além do que Carroll pedia, que era em torno de US$ 10 milhões (R$ 49 milhões), de acordo com informações do g1.
O júri concedeu-lhe US$ 18,3 milhões (R$ 89,96 milhões) em danos compensatórios e aproximadamente US$ 65 milhões (R$ 320 milhões) em danos punitivos.
Carroll, de 80 anos, processou Trump em novembro de 2019 por ele ter negado, cinco meses antes, que a tivesse estuprado em meados da década de 1990 no camarim de uma loja de departamentos Bergdorf Goodman, em Manhattan.
Trump, de 77 anos, afirmou que nunca tinha ouvido falar de Carroll e que ela inventou sua história para aumentar as vendas de seu livro de memórias.
Em maio, em um primeiro julgamento sobre o caso, um júri concedeu a Carroll uma indenização de aproximadamente US$ 5 milhões (R$ 24,5 milhões) após concluir que Trump abusou sexualmente da escritora, e depois a difamou em 2022, alegando que ela inventou a história.
A escritora disse à época, durante o julgamento, que não tinha ido nem à polícia nem ao hospital após o caso. Ela afirmou também que publicou a história no livro inspirada no movimento Me Too, de denúncias contra abusos sexuais.