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sábado, dezembro 02, 2023

Deputados apresentam projeto para barrar decisão do STF que atinge a imprensa

 

O deputado Kim Kataguiri protocolou, ontem um projeto de lei contra a decisão do STF que responsabiliza por declarações de entrevistados 


Tribuna da Bahia, Salvador
02/12/2023 06:00
10 horas e 34 minutos
Foto: Reprodução / Agência O Globo

 Por Levy Teles 

O deputado Kim Kataguiri (União-SP) protocolou, ontem um projeto de lei contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que responsabiliza jornais, revistas e portais jornalísticos por declarações de seus entrevistados contra terceiros se houver “indícios concretos” de que a informação é falsa. 

O texto, que tem a coautoria do deputado Mendonça Filho (União-PE), diz que as empresas jornalísticas “não podem ser responsabilizadas civilmente por fala de entrevistado, mesmo se à época da publicação havia indícios concretos da falsidade de imputação e se o veículo deixou de observar o dever de cuidado na verificação da veracidade dos fatos”. 

“A decisão do STF é o pior retrocesso para a liberdade de expressão da história da Nova República. Ela fere de morte o jornalismo investigativo e cria uma blindagem ainda maior para a elite política corrupta do nosso País”, disse Kim. “Não podemos entrar para o rol de países que não respeitam a liberdade de imprensa.” 

Os parlamentares ainda pretendem coletar assinaturas para elaborar um projeto de emenda à Constituição (PEC) que também trate do tema. Para isso, eles precisarão coletar 171, ou seja, 1/3, das assinaturas da Câmara. 

“Com todo respeito aos ministros, acho que é um gravíssimo equívoco”, disse Mendonça Filho. “Não vai ser cerceando a liberdade de expressão e da imprensa que vai se combater o ódio da extrema esquerda e direita. É um remédio que vai virar veneno contra a democracia.” 

Como mostrou o Estadão, associações de imprensa temem que o entendimento comprometa entrevistas ao vivo e especialistas projetam que a tese fixada pelos ministros poderá estimular a autocensura nas redações 

O julgamento do tema foi concluído em agosto, no plenário virtual, mas a tese ainda não havia sido definida. Os ministros decidiram que os veículos da imprensa podem ser punidos na esfera cível, por danos morais e materiais, mas apenas se ficar provado que não checaram as informações divulgadas. 

A tese tem repercussão geral, ou seja, funcionará como diretriz para todos os juízes e tribunais do País. A proposição de Kim e Mendonça Filho faz parte de mais uma das empreitadas do Congresso Nacional contra decisões recentes do STF. Assim acontece em questões polêmicas como aborto, legalização de drogas e o marco temporal. 

Fonte: Agência Estado 

https://www.trbn.com.br/

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