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terça-feira, novembro 22, 2022

Virou bagunça! Oficiais da ativa atacam o STF, Lula e Alckmin nas redes sociais

Publicado em 22 de novembro de 2022 por Tribuna da Internet

Nani Humor: MILITARES NO GOVERNO BOLSONARO

Charge do Nani (nanihumor.com)

Deu no Correio Braziliense
Agência Estado

Não só os comandantes das Forças Armadas se manifestaram sobre os protestos contra a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), as urnas eletrônicas e as decisões judiciais que excluíram das redes sociais perfis de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que questionaram o resultado da eleição. Outros militares da ativa fizeram ou compartilharam publicações de caráter político-partidário em redes sociais.

Um dos mais ativos é o coronel Alberto Ono Horita, que comandou o 20.º Batalhão de Logística Paraquedista do Exército, foi adido militar nos Emirados Árabes e hoje dirige o Colégio Militar de Curitiba.

FORA DA PORTARIA – Em 2019, o general Edson Leal Pujol, comandante do Exército, fez publicar portaria na qual disciplinava o uso das redes sociais. Desde então, a conta do coronel no Twitter registrava pouquíssimas publicações. Isso mudou em 17 de setembro.

Na conta, agora sob o nome de Patriota_PQD (abreviação de paraquedista), apareceu naquele dia mensagem compartilhada sobre uma bolsonarista infiltrada em uma manifestação do “nine”. Nine é uma alusão a Lula, que teve um dedo amputado em uma prensa quando era torneiro mecânico.

Seguem-se 13 publicações de caráter político-partidário até 30 de outubro, quando a conta do coronel registra o desabafo: “Vergonha! A mentira prevalece! O crime compensa! Esse é o Brasil!”.

DEPOIS DA ELEIÇÃO – No dia seguinte à derrota de Bolsonaro, o coronel retuitou publicação com foto do presidente: “Jair Bolsonaro é um líder espetacular, independente do que aconteça, devemos respeitá-lo por resgatar nosso patriotismo e nos dar a chance de lutar. Obrigado, capitão”.

Nos dias seguintes, há mais 39 publicações partidárias. Em uma delas, o presidente eleito e futuro comandante em chefe das Forças Armadas é chamado de “ladrão”. Há ainda acusações sem provas de fraude nas urnas e ofensas a ministros do Supremo Tribunal Federal.

Contra Alexandre de Moraes, a conta do coronel diz ao compartilhar um vídeo sobre as urnas: “Que beleza, Xandão! Fez tudo para colocar seu amigo Chuchu!!!!” Xandão é uma referência a Moraes e Chuchu, ao vice-presidente eleito Geraldo Alckmin.

OUTROS OFICIAIS – O perfil do coronel não foi o único no Exército que fez publicações críticas a Moraes. O comandante de uma Divisão de Exército retuitou um artigo para explicitar a “censura sob a qual o Brasil vive”. Era 24 de outubro.

O mesmo fez outro general de divisão, subchefe de uma estrutura militar em Brasília, ao compartilhar publicação sobre a “censura” à rádio Jovem Pan. Era 20 de outubro.

São casos menos intensos do que o do coronel. O TSE havia derrubado contas de políticos bolsonaristas porque divulgariam fake news contra as urnas e agira contra a Jovem Pan, impondo multa a comentaristas.

MAIS UM GENERAL – Um perfil de um terceiro general de divisão, um engenheiro militar, compartilhou publicações em solidariedade à rádio Jovem Pan. Em uma delas, faz menção ao PT: “Um bom teste para todos os comentaristas compartilharem essa imagem. Quem se recusar veste mais a camisa do PT do que a da JP”. A publicação é de 19 de outubro.

O Estadão procurou o coronel, mas não conseguiu localizá-lo até a publicação deste texto. A reportagem também procurou o Exército, mas o comando não se manifestou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Assim não dá. O país virou uma bagunça. No Supremo e no TSE, ministros interpretam as leis de acordo com conveniências políticas. Da mesma forma, oficiais superiores rasgam o Regulamento da Forças Armadas e participam da política como se não houvesse impedimento legal. Caminhonheiros atiram em agentes federais e tocam fogo em carretas que furaram as manifestações. Desse jeito, aonde vamos parar? Como diz o cantor Silvio Brito, parem o mundo que eu quero descer… (C.N.)

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