Chefe regional disse que áreas residenciais de Kharkiv foram atingidas
Por Natalia Zinets
Lviv - Ucrânia - Pelo menos 11 pessoas morreram nesta segunda-feira em ataques com foguetes de forças russas em bairros residenciais da cidade ucraniana de Kharkiv, disse o chefe da administração regional, Oleg Synegubov.
A cidade do nordeste do país, a segunda maior da Ucrânia, tornou-se um dos principais campos de batalha desde que a Rússia invadiu a Ucrânia na semana passada, no maior ataque a um estado europeu desde a Segunda Guerra Mundial.
Synegubov afirmou que as forças russas estavam disparando artilharia em áreas residenciais de Kharkiv, onde não há posições do exército ucraniano ou infraestrutura estratégica.
"Isso está acontecendo durante o dia, quando as pessoas vão à farmácia, para fazer compras ou beber água. É um crime", disse ele. Onze pessoas foram mortas na segunda-feira e dezenas ficaram feridas, disse ele.
Não foi imediatamente possível verificar de forma independente os números de vítimas. Anteriormente, o conselheiro do Ministério do Interior, Anton Herashchenko, disse que ataques com foguetes russos em Kharkiv na segunda-feira mataram dezenas de pessoas.
A Rússia chama suas ações na Ucrânia de “operação especial” que, segundo ela, não foi projetada para ocupar território, mas para destruir as capacidades militares de seu vizinho do sul e capturar o que considera nacionalistas perigosos.
No domingo, o Ministério da Saúde da Ucrânia disse que 352 civis, incluindo 14 crianças, foram mortos desde o início da invasão.
Agência Brasil
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No Rio, grupo faz manifestação pela paz entre Rússia e Ucrânia
Ato ocorre neste momento em frente ao Consulado da Rússia, no Leblon
Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro
Um grupo de cerca de 80 pessoas, formado por ucranianos, russos e brasileiros, portando cartazes, participam hoje (28) de uma manifestação pacífica em frente ao Consulado da Rússia, no Leblon. O empresário e chef Romano Tseplik, conhecido como Romano Russo e morador há muitos anos no Brasil, onde tem restaurante de comida típica russa e ucraniana, disse à Agência Brasil que “é uma manifestação pacífica, sem nenhuma provocação”.
Os manifestantes defendem sua posição contrária à guerra entre os dois países e querem a paz. Romano Tseplik ainda não sabe se a manifestação terá desdobramentos. “Hoje é o primeiro dia. Vamos ver no que dá”. Ele tem parentes tanto na Ucrânia, como na Rússia. Tseplik nasceu no Cazaquistão, território que integrava a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), extinta em 1991, e está preocupado com o que pode acontecer a seus familiares.
No Consulado da Rússia, disseram à Agência Brasil que não podiam fornecer informação nenhuma nem comentar sobre a manifestação.
Agência Brasil