Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

quinta-feira, janeiro 06, 2022

Silêncio do governo irrita servidores e líderes sindicais, que preparam uma greve geral

Publicado em 6 de janeiro de 2022 por Tribuna da Internet

Greve dos caminhoneiros e situa��o no Pa�s nas charges dos jornais de  sexta-feira - Greve dos caminhoneiros e situa��o no Pa�s nas charges dos  jornais de sexta-feira - Regi�o - Jornal VS

Charge do Tacho (Jornal NH)

Israel Medeiros
Correio Braziliense

O governo mantém silêncio sobre a iminência de uma paralisação generalizada dos servidores públicos, que pode impactar serviços e atividades essenciais. A reclamação é de sindicatos e organizações do funcionalismo federal. Segundo líderes sindicais, o Executivo foi procurado para marcar reuniões, a fim de chegar a uma solução capaz de garantir reajuste salarial.

Algumas categorias estão com salários congelados desde 2017. Porém não houve retorno quanto aos pedidos de reuniões. A falta de resposta pode resultar numa greve geral em fevereiro.

GREVES DE ADVERTÊNCIA – Para este mês, estão marcadas paralisações com atos nos dias 18, 25 e 26. No caso do dia 18, o plano é fazer uma paralisação em diversos órgãos. Os servidores de várias carreiras vão se encontrar na frente do Banco Central, às 10h, para protestar contra o congelamento de salários e pedir reajustes. Mais tarde, às 14h, a mobilização segue para o Ministério da Economia.

Segundo Rudinei Marques, presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), houve uma reunião, nesta terça-feira, para definir os locais de manifestações no dia 18.

“As entidades estão fazendo assembleias, mas, até agora, não tivemos qualquer retorno do governo, nem mesmo às tentativas de marcar reuniões”, ressaltou. “Escolhemos o Banco Central como um dos locais porque é um órgão simbólico. Talvez o ato passe, também, por outros órgãos que representam a luta dos servidores.”

SERVIDORES PREJUDICADOS – Marques afirmou que o congelamento de salários atinge 1,1 milhão de servidores e que há urgência para conseguir reajustes neste ano. Ele disse que o movimento tem crescido em adesões.

Outro que se mobiliza para promover atos é o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), que reúne representantes do Banco Central e da Receita Federal, entre outros.

O Fórum tem uma reunião marcada para o dia 14 e, segundo Rudinei Marques, haverá conversas nos próximos dias para tentar unificar os movimentos. “Se o governo continuar nos ignorando, não temos opções a não ser fazer greve geral”, ameaçou.

ENTREGA DE CARGOS – No caso do Banco Central, o clima de insatisfação se intensificou na última semana. Vários funcionários passaram a entregar cargos em comissões gerenciais. Estima-se que cerca de 1,2 mil já tenham aderido ao movimento.

Fábio Faiad, presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), destacou que um dos objetivos é pressionar o presidente do BC, Roberto Campos Neto. O Banco Central é um dos órgãos, por exemplo, que não está previsto concurso para este ano, algo que é uma demanda antiga da categoria.

“O ministro Paulo Guedes (da Economia) é terrível para poder conceder novos concursos. É uma visão equivocada”, reprovou. “O banco tem, por lei, direito a ter mais de seis mil servidores. Hoje, está com 3,5 mil. Isso é um absurdo”, diz Faiad. No ano passado, Roberto Campos Neto chegou a fazer uma nova solicitação e cobrar Guedes publicamente. O pedido previa 245 vagas para os cargos de analista, técnico e procurador.


Em destaque

Pacheco defende corte de gastos, mas diz que valorizar servidores públicos também é importante

  Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) 05 de novembro de 2024 | 13:54 Pacheco defende corte d...

Mais visitadas