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quinta-feira, janeiro 06, 2022

Ômicron deve se tornar variante dominante na Alemanha




Ministério da Saúde afirma que avanço da variante é questão de dias. Titular da pasta pede mais restrição de contatos, mas ministro das Finanças afirma que governo não pretende impor novos lockdowns.

A variante ômicron do coronavírus provavelmente se tornará dominante em toda a Alemanha em questão de dias, declarou um porta-voz do Ministério da Saúde alemão nesta quarta-feira (05/01). A nova variante, mais infecciosa, já responde por um quarto de todos os novos casos de covid-19 na Alemanha.

A ômicron também já é a mais comum em alguns estados alemães, especialmente no norte do país: "A respeito disso, devemos realmente presumir que em pouco tempo, em questão de dias, ela [ômicron] também se tornará a variante dominante em todo o país", completou o porta-voz.

Diante desse quadro, o ministro da Saúde do país, Karl Lauterbach, vem defendendo que a Alemanha considere a imposição de mais restrições de contato social e eleve o número de vacinados com a dose de reforço.

"Infelizmente, será necessário apertar o botão para conter a onda pesada que está vindo em nossa direção", disse Lauterbach à agência de notícias RedaktionsNetzwerk Deutschland, sem dar mais detalhes.

Governo exclui confinamento

O chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, deve se reunir com líderes regionais na sexta-feira para discutir como reagir à disseminação da variante ômicron. Apesar do avanço da doença, no momento o governo alemão parece firme no objetivo de evitar a imposição de novos lockdowns.

"Queremos evitar fechamentos localizados ou generalizados no futuro", disse o ministro das Finanças, Christian Lindner. "Nosso objetivo continua sendo manter a vida social e evitar danos sociais, na medida do possível."

Em dezembro, as infecções diárias estavam diminuindo na Alemanha, depois que o país introduziu medidas como a exigência do comprovante de vacinação para diversas atividades em ambientes fechados, mas há uma semana recomeçaram a aumentar.

O Instituto Robert Koch, de prevenção de doenças, relatou 58.912 novos casos nesta quarta-feira, um aumento de 47% em relação à semana anterior. O país registrou mais 346 mortes, elevando o total para 112.925 desde o início da pandemia.

A Alemanha tem uma taxa de vacinação relativamente baixa em comparação com outros países da Europa Ocidental: 71,3% da população está totalmente vacinada e 39,3% receberam uma dose de reforço.

Deutsche Welle

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