Mariana Muniz
O Globo
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou nesta segunda-feira dois inquéritos contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Um deles diz respeito às supostas interferências do presidente na Polícia Federal, e o outro investiga a existência de uma suposta milícia digital para atacar a democracia e o Estado democrático de direito.
A apuração sobre interferência na PF foi prorrogada pela quarta vez e foi aberta após denúncia do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro.
ALEGA MORAES – “Considerando a necessidade de prosseguimento das investigações e a existência de diligências em andamento, nos termos previstos no art. 10 do Código de Processo Penal, prorrogo por mais 90 (noventa) dias, a partir do encerramento do prazo final anterior (27 de outubro), o presente inquérito”, diz o despacho de Moraes publicado nesta segunda-feira.
O inquérito estava parado desde outubro de 2020, aguardando uma definição do Supremo sobre o formato do depoimento de Bolsonaro à PF, se pessoalmente ou por escrito. No último dia 6, quando a questão começou a ser julgada, o presidente mudou de ideia e encaminhou uma manifestação dizendo que iria depor pessoalmente.
PRAZO PARA BOLSONARO – No dia seguinte, Moraes — que assumiu a relatoria do caso após a aposentadoria do ministro Celso de Mello — determinou que a Polícia Federal tome o depoimento do presidente em um prazo de até 30 dias.
A PF já realizou as principais diligências da investigação. Dentre elas, investigadores obtiveram um vídeo de reunião ministerial na qual Bolsonaro manifestou preocupação com investigações que pudessem atingir sua família e amigos.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Como a antiga Poupança Bamerindus, o tempo passa, o tempo voa, e tudo continua numa boa... (C.N.)