Hoje, o ex-titular da Saúde Eduardo Pazuello, colega do atual ministro da Secretaria-Geral, aguarda HC para se calar na CPI da Covid-19
atualizado 13/05/2021 19:43
Hoje ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni (DEM), criticou, em 2015, o expediente de usar o direito de permanecer calado em Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Em tuíte da época, o agora integrante do governo de Jair Bolsonaro avaliou que quem usa esse dispositivo da Justiça é “bandido”.
Onyx fez a declaração, naquele ano, a Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras que viria a ser condenado pela Lava Jato.
Cervero ouviu de mim que em CPI quem se vale do direito “ficar calado “tem coisa a esconder , só bandido usa disso pic.twitter.com/FHOpKqsmtz
— Onyx Lorenzoni 🇧🇷 (@onyxlorenzoni) May 11, 2015
“Cervero (sic) ouviu de mim que em CPI quem se vale do direito ‘ficar calado’ tem coisa a esconder , só bandido usa disso”, escreveu o secretário-geral da Presidência.
A declaração vai na contramão da ferramenta usada nesta quinta-feira (13/5), pela Advocacia-geral da União (AGU), para tentar livrar o ex-ministro Eduardo Pazuello de perguntas incômodas na CPI da Covid.
O documento, enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), pede que o militar tenha assegurado o direito de permanecer calado quando questionado pelos senadores.
A medida, que tem intuito de blindar Pazuello na comissão, teve aval do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e aguarda decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do STF.