Silvio J. B. Maia
A virtude está sempre no meio-termo, embora o rigorismo lógico possa opor haver exceções, com base no aforismo terráqueo de que tudo ser relativo seja a única coisa absoluta.
Parece-nos que o bom senso recomende, em relação à virtude, o meio-termo, inclusive quanto à admissibilidade de exceções – e dependendo do foco em julgamento, ainda assim é preciso muito cuidado.
ENSINAMENTO DOLOROSO – Certa vez li um diálogo entre um espírito orientador e um aprendiz, em que a resposta final do orientador foi “Salva-o”. A filosofia surfa aí, querendo ou não, entre dar água a quem tem sede, não jogar pérola a porcos etc.
Mas depois de todo o rolado politicamente, parece-nos deva nossa postura ser deixar que a professora dor faça seu trabalho, em relação aos que alegraram-se com nosso novo estado de coisas.
Como disse Pitágoras, cada lágrima ensina aos mortais uma verdade. E de fato é no sofrimento que melhor se aprende.
DESPREPARO -Falta habilidade política e disposição para convencer inteligentemente o eleitorado, para poder processar que a saída é a intervenção total, que possibilitaria uma busca natural de candidaturas novas, sem a boca torta do cachimbo corrupto, e já dando os primeiros passos dessa renovação sob as vistas de uma nova e severamente punitiva e bem fiscalizada legislação.
Como, pelo jeito, o problema é de falta de hombridade, resta aos prejudicados conscientes terem esperança de que a ordem natural das coisas, em cumprimento ao nada ficará oculto, desnude as reais intenções dos canalhas.