Antonio Fallavena
Quando as leis são claras eles distorcem-nas. Ter imunidade parlamentar não é, em qualquer país democrático, autorização para dizer e fazer qualquer coisa. Isto só poderia acontecer em regime anárquico.
A imunidade pretendida pelo deputado Daniel Silveira é para não ser tolhido em ações do seu mandato e não para cometer crimes e abusos.
REPRESENTANTE DO POVO? – Quanto a ser julgado por seus eleitores, não vejo como justo ter de sustentar e aguentar alguém que, mesmo antes de assumir mandato, já muda de opinião.
Se são representantes, têm de representar e cumprir com o que assumem. Já pensou ficar esperando quatro anos e ele fazendo o que quer?
Ronaldo, temos de parar de aceitar sacanagem de empregados. Precisamos modificar o sistema e qualificar o voto do eleitor e a sua validade no processo. Paises de primeiro mundo têm leis muito mais duras e fiscalização. Aqui, pagamos e somos os palhaços! Somos mais de 210 milhões e ele são quantos? É o poste mijando no cachorro!
INSTITUIÇÕES CARCOMIDAS = É duro ter-se que lutar esperando apoio e atitudes de instituições que estão contaminadas, carcomidas e execradas, nas quais, ao longo do tempo, perdemos a confiança.
O deputado Daniel Silveira é um crápula, canalha, boçal, com muitos músculos e nenhum cérebro. Se não fosse punido pela “alta corte”, certamente seria acolhido nos braços da “boiada” que o elegeu e da maioria de seus pares na “casa mundana” (mal)dita do povo!
Se não for condenado por ministros do Supremo, que o Senado não tem coragem, vontade e caráter para julgar, sairia rindo, debochando e ameaçando a qualquer de nós! Por livre vontade, a Câmara não o condenaria e não pensaria em lhe retirar o mandato!
VOTOS COMO LIXO – Podres eleitores que, ganhando o direito de votar, usam seu voto como lixo fosse.
A democracia não pode sobreviver à falta de qualidade do voto, que elege representantes para administrar e legislar um país! É preciso fortalecê-la contra corruptos, vigaristas, ladrões, criminosos e até assassinos! Mas antes disso e para que o que vivemos na política não se renove, é preciso que o eleitor se responsabilize por aquilo que colocará na urna!
Nem em condomínio, o voto é tão ordinário como o que a maioria dos eleitores deposita na urna! De vereador a senador, de prefeito a presidente, sem conhecimento, sem entendimento, sem responsabilidade e sem responsabilização, a democracia perde toda sua essência, sua legitimidade, seu poder de dirigir, da busca de construções e soluções para um pais e uma povo!
APENAS NO PAPEL – Temos instituições, mas somente no papel e nos custos dos cofres públicos. Para tirar um eleito, temos de esperar que as instituições sejam inimigas; que o sujeito morra ou fique impossibilitado idade e sem saude; que seus pares sejam pressionados, fortemente pela sociedade.
Analise o quadro de hoje. A Suprema corte, com ministros que lá não deveriam estar, julga à “moda miguelão”, quando quer, do jeito que quer e mudando de opinião quando convém. O Senado continua sentado sobre pedidos de impeachment de ministros do STF. Não esqueçam: é o senado que sabatina e aprova e só ele pode tirar. Por fim, o executivo que, ao invés de chamar o povo para governar, precisa/aceita “negociar” a distribuição de cargos e verbas com o Congresso,
E nós pagando bilhões para assistir a isso! Sei há muito que, para não se estressar, só temos uma maneira: ser um idiota! Quem não conhece, não se aprofunda e sabe nada de nada, pode até ser feliz aqui no Brasil,