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terça-feira, fevereiro 09, 2021

Bolsonaro sabe que o vice Mourão faria (ou fará) um governo melhor do que o dele


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Jair Bolsonaro não entende que na vida tudo acaba mudando

Vicente Limongi Netto

Com a estupidez habitual fixada e estampada no semblante, Bolsonaro pergunta aos que querem vê-lo fora da Presidência da República: ” Se me tirarem, quem fica no meu lugar?”.  Evidente que é o vice-presidente, Hamilton Mourão. Seguramente mais valorizado e respeitado pelas Forças Armadas do que o mito de latão.

A propósito, leio na Folha de São Paulo, do dia 24 de janeiro, artigo de Augusto de Arruda Botelho, denominado “A hora do impeachment”. Botelho é advogado criminalista e cofundador do IDDD (Instituto de Defesa do Direito de Defesa). 

NENHUMA JUSTIFICATIVA? – O autor pergunta: “É crível imaginar que, dos 61 pedidos já feitos (a essa altura, devem estar perto dos 100), nenhum deles encontre o mínimo fundamento? É crível pensar que após dois anos de um governo com um sem números de conflitos e atos atentatórios à nossa ainda jovem democracia, não haja uma justificativa para se iniciar um processo de afastamento?”.

Em outro trecho, igualmente fundamentado e lúcido, Augusto de Arruda Botelho acentua: ” O componente jurídico para se iniciar um processo de afastamento está mais do que preenchido, está evidente, sob qualquer ótica. Falta ainda o tal componente politico, que infelizmente poderá florescer com o aumento cada vez maior no número de mortes causadas pela pandemia”.

JUSCELINO DE ARAQUE – Em bolorenta entrevista ao Correio Braziliense, o franciscano apoiador de Bolsonaro, o palaciano Rodrigo Pacheco, novo presidente do Senado com apoio da dupla desprezível, nada recomendável, Bolsonaro/Alcolumbre, tenta se fantasiar de Juscelino Kubitschek.

É o fim da picada.  Acintoso e patético. Enche a boca para falar de JK, para ver se ganha adeptos para o seu cansativo oba-oba demagogo e impresso. Também procura holofotes fáceis como pingente das vacinas. Agora é fácil e cômodo apregoar a importância da imunização. Demorou quase um ano para o dócil Pacheco descobrir que a população precisa ser vacinada o quanto antes. É muito cinismo.

Na Câmara, o “rachadinha” alagoano Arthur Lira assumiu demitindo centenas de servidores. Mesquinharia, covardia e ordinarice. Semelhante decisão imunda e torpe do roliço Davi Alcolumbre, quando assumiu a presidência do Senado, ao vencer eleição fraudulenta, com mais votos do que senadores. Os torpes e decaídos engravatados se merecem, o inferno espera por eles.

PRAZO DE VALIDADE – Na Folha de São Paulo, do dia 7, o general Santos Cruz, que conheceu e conviveu com a podridão palaciana bolsonarista, mas que em boa hora pediu o boné para não ser contaminado pelos maus costumes e baixarias, afirmou “que oacordo do presidente com o Centrão não é sólido e não sei até onde vai”. Valeu, general.  Afirmei, observei, antecipei e analisei o fato, dia 3, em artigo aqui na Tribuna da Internet: “Centrão tem goela profunda. Não tem veganos. São leais enquanto ganham tudo que exigem do governo. Com eles, a lua-de-mel tem prazo de validade”.

O DEM ficou de cócoras diante de Bolsonaro.  O partido de sabujos não merece Rodrigo Maia. ACM Neto é o mais novo e fervoroso discípulo de Bolsonaro, Lira e Alcolumbre. Trio melancólico e tenebroso. Amedronta crianças.

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