por Ailma Teixeira
Foto: Reprodução / Avaaz
Após a própria médica Raissa Soares negar que tenha sido demitida do Hospital Luís Eduardo Magalhães, em Porto Seguro, por determinação do governador Rui Costa (PT), o pastor Silas Malafaia pediu desculpas ao chefe do Executivo baiano por ter divulgado a informação. O pastor publicou um vídeo no Youtube, nessa quinta-feira (2), ressaltando que cometeu um erro.
"Eu recebi uma informação de um grande amigo meu, que é amigo e fala com a Dra. Raissa Soares, lá de Porto Seguro, que me disse que ela tinha sido demitida pelo governador Rui Costa", explica Malafaia.
No entanto, depois disso, Raissa negou essa versão da história e a unidade de saúde divulgou uma nota, esclarecendo que foi decisão dela não renovar o contrato porque isso previa aumento de carga horária - a médica é também diretora em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). "A diretoria do HRDLEM lamenta essa deturpação dos fatos", diz um trecho da nota do hospital (veja aqui).
Foi ao tomar conhecimento disso que Malafaia resolveu se desculpar. No vídeo, ele ressalta que é um homem sério o suficiente para admitir seu erro e aproveitou para criticar o inquérito das fake news do Supremo Tribunal Federal (STF).
"Eu quero aqui pedir desculpas ao governador da Bahia, retirar minha palavra, porque eu sou homem pra reconhecer quando erro e é obrigação de quando alguém erra pedir desculpa. Quando você transmite alguma coisa errada negativa, mentirosa, caluniosa, de difamação em rede social ou você retira e conserta ou você pode ser processado. Não precisa de inquérito de fake news", argumenta.
A falsa demissão da médica foi disseminada depois que ela fez um apelo ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para que ele enviasse hidroxicloroquina para o hospital. Embora não seja reconhecido como eficaz no tratamento contra a Covid-19 e a Sociedade Brasileira de Infectologia não recomende o uso nesses casos, o medicamento é defendido pelo presidente. Além disso, a orientação para o uso do remédio já esteve no centro das demissões dos ex-ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich.
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