Vicente Limongi Netto
Era uma vez um menino raquítico, que sonhava ser político famoso. Tinha planos de correr o Brasil e o mundo, levando esperanças aos brasileiros. O menino sonhador cresceu marrento. Gênio difícil. Via inimigos em todo canto. Antigos aliados em debandada. Levado pelo surrealismo, nosso intrépido patriota decidiu tornar-se partido político. Achava que, assim, seria mais respeitado.
O tempo passou e o futuro partido não saiu do lugar. Uma brigalhada infernal. Até que a Justiça Eleitoral cansou de esperar por resultados. Teve o desprazer de comunicar ao chefe da nação que o partido não saiu do papel.
O tal partido Aliança morreu de inanição. Foi enterrado discretamente, sem honras nacionais, trombetas ou velas. No túmulo dos políticos açodados que acabam ficando sem o mel e a cabaça. Qualquer semelhança com o presidente do Brasil é forte coincidência.
GRATO, JESUS – Foi ótimo, Jorge Jesus. Teu belo e vitorioso trabalho engrandeceu o Flamengo e o futebol brasileiro. O legado profissional do treinador português ficará para sempre na memória e na saudade dos torcedores. Trabalhou um ano no Mengo e conquistou cinco títulos. A proposta do Benfica é irrecusável. Muitos zeros parceiros de euros. Seja feliz. Você merece os louvores dos deuses do futebol.
Creio que Wanderley Luxemburgo é o mais qualificado treinador para o lugar de Jesus. Embora começando excelente trabalho no Palmeiras, onde também dispõe de bom elenco, duvido que Luxa não estudará uma proposta com carinho caso venha a ser sondado pelos dirigentes do Flamengo. O cofre do novo campeão carioca está cheio.
HÁ UM ANO… – Agora, vamos relembrar um texto que escrevi há um ano, prevendo uma situação que se concretizou:
O general Luiz Eduardo Ramos encontrará dificuldades para desempenhar, com sucesso, a função de interlocutor do governo junto ao Congresso Nacional. O cargo é espinhoso. Sem tréguas. Para profissionais de alto coturno. Equivale a moer o corpo e a mente. Diariamente. Dormir com o celular ligado. Sonhando com deputados e senadores. E cara alegre.
O fato do general Ramos ter sido assessor parlamentar do Exército pouco significa. Ou quase nada. O general tem que se prevenir. Cuidar da mente e do corpo. Respirar fundo. Ajustar as solas dos sapatos. Tomar café reforçado. Guaraná em pó com mel e limão. Garapa de rapadura com açaí e banana. Beijar os netos antes de sair e orar para merecer a força de Deus.