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sexta-feira, julho 17, 2020

PSL perderá terceiro parlamentar com saída de Major Olímpio e ficará com apenas um no Senado


Olimpio afirma ter recebido oferta milionária de “toma lá dá cá”
Paulo Cappelli
O Globo
O PSL, que elegeu quatro senadores no pleito de 2018, acaba de perder o terceiro parlamentar de sua bancada e ficará com apenas um político filiado à legenda no Senado. Por conta da reaproximação do partido com o presidente Jair Bolsonaro, revelada pelo O Globo, Major Olimpio (SP) afirma que, mesmo sem saber para qual partido migrará, vai se desfiliar do PSL. Outros dois senadores (Flávio Bolsonaro e Selma Arruda) já deixaram a sigla por diferentes motivos.
“Fiquei sabendo pela imprensa da reaproximação e, quando mandei mensagem no grupo do WhatsApp, o Luciano Bivar (presidente do partido) me respondeu de forma tosca: “Quem quer, sai. Não ameaça”. Então, eu vou sair. Ainda não sei para qual partido vou, pois estou que nem cachorro que caiu da mudança. É possível que eu fique sem partido por um tempo”, disse Major Olimpio, que afirma ter recebido uma oferta de “toma lá dá cá” para retornar para a base do governo.
OFERTA – “Me ofereceram R$ 30 milhões em emendas parlamentares referentes a ações para o Covid-19. Eu perguntei: “Isso está sendo oferecido a todos os parlamentares?” Me responderam: `Claro que não.´ Então eu recusei, porque era só para mim. Não vou ficar com rabo preso, aceitando toma lá dá cá com a Saúde para, quando criticar o governo, dizerem que eu critico mas aceito benesses. Não são R$ 30 milhões que vão me calar para não criticar a falta de política pública para a Saúde, um presidente que desconhece a pandemia e é garoto propaganda da cloroquina. Ninguém vai me fazer bater palmas para isso”, disse. Dirigentes do PSL, contudo, afirmam que cargos no governo federal não foram aceitos por políticos do partido.
Em novembro do ano passado, o senador Flávio Bolsonaro (RJ), hoje no Republicanos, desfiliou-se do PSL após a ruptura do partido com o presidente. Dois meses antes, foi a ex-juíza Selma Arruda que trocou a sigla pelo Podemos, afirmando que houve “divergências políticas internas”, entre elas “pressão partidária pela derrubada da CPI da Lava Toga” no Congresso.
Com a saída do trio, a única remanescente no PSL é a senadora Soraya Thronicke, do Mato Grosso do Sul. Olimpio diz que está prevista uma reunião da executiva nacional do partido nos próximos dias e que aproveitará a ocasião para anunciar sua desfiliação.
SERVIÇOS NÃO PRESTADOS – “Não tenho raiva do partido nem do Bivar, que, por ter um coração de ouro, está sendo enganado por alguns espertalhões. No ano passado, o presidente foi insuflado pelos filhos e advogados a dizer que o PSL tinha irregularidades na prestação de contas. O que tem, na verdade, é o (deputado federal) Eduardo Bolsonaro contratando a (advogada) Karina Kufa para prestar serviços os quais ela não prestou. O Flávio Bolsonaro fez isso no Rio também”, disse.
O Globo perguntou ao Planalto e ao senador Flávio Bolsonaro se há interesse em se manifestar sobre as declarações de Olimpio. A reportagem ainda não conseguiu contato com Eduardo Bolsonaro ou com alguém de sua equipe.

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