Posted on by Tribuna da Internet
Pedro do Coutto
Leitoras e leitores, no meu artigo de ontem, talvez tenham se surpreendido com o fato de eu não ter eu colocado os nomes de Adhemar de Barros e Moises Lupion entre os que são acusados de terem praticado atos de corrupção. Explico. Ontem fiz o contraste entre a honestidade aparente e a corrupção oculta. Por isso, exclui os ex-governadores de São Paulo e do Paraná. Feita esta observação, vou escrever tópicos sobre fatos políticos que ocorreram de ontem para hoje. Dentro do princípio que adoto de que tão importante quanto ver os fatos, ver nos fatos, seus reflexos e consequências.
NOVO MINISTRO – O professor Milton Ribeiro foi nomeado ministro da Educação pelo presidente Jair Bolsonaro. É o quarto ministro em 18 meses. Vamos aguardar sua atuação. Penso eu que, da mesma forma que todos os professores, podem se tornar um autor do amanhã, um arquiteto do futuro.
De acordo com meu pensamento, o ministro da Educação e todos os professores devem escolher entre serem doadores ou cobradores. A informação deve ser transmitida dentro de uma atmosfera fraterna, cordial e não amedrontadora. É o melhor caminho para análise dos fatos e dos desempenhos humanos no futuro. A reportagem de O Globo é de Cleide Carvalho, Naira Trindade, Renata Mariz e Raquel Kapa.
FUTURO EX-MINISTRO – Ricardo Salles deve sair do Ministério do Meio Ambiente. Isso porque, na sexta-feira, o vice-presidente Hamilton Mourão reuniu-se com investidores e empresários estrangeiros que condicionaram suas aplicações de capital no Brasil ao fim do desmatamento na Amazônia. Reportagem em O Globo, de Johanns Eller, Gabriel Shinohara, Washington Luiz e Henrique Gomes Batista, destacou o encontro.
O ministro Salles sequer foi convidado. Hamilton Mourão reconheceu ação tardia do governo Bolsonaro para conter a devastação. E o jornalista André Trigueirom da TV Globo, já manifestou fortes críticas ao interesse financeiro dos que desmatam e incendeiam.
MINISTRO EQUIVOCADO – Ao contrário do que se pensa, o ministro João Otávio de Noronha, presidente do Superior Tribunal de Justiça, está longe do Supremo. Os repórteres Mateus Teixeira e Marcelo Rocha focalizaram extensamente na edição de hoje da Folha de São Paulo as contradições do presidente do STJ, João Otávio de Noronha, ao conceder prisão domiciliar a Fabrício Queiroz.
Contrariou diversas decisões em casos semelhantes antes de modificar seu pensamento em relação a Queiróz. Mas foi além. Fixou prisão domiciliar a Márcia Aguiar, mulher de Queiróz. Disse que ela assim poderá cuidar do marido. Esqueceu que no longo tempo em que Queiróz esteve oculto em Atibaia ela não se aproximou para apoiar o personagem nebuloso.
Aliás, Merval Pereira no seu artigo de hoje de O Globo, desmancha qualquer possibilidade de Otávio de Noronha vir a ser nomeado pelo presidente Bolsonaro para o STF.