José Carlos Werneck
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, admitiu que poderá permanecer no cargo se isso for um desejo do presidente da República, Jair Bolsonaro. Ela já anunciou que não vai ser candidata à reeleição, mas disse, neste sábado, que se fosse indicada por Bolsonaro, teria uma posição “bastante tranquila”.
“Continuo a serviço da minha instituição e do meu país”, declarou, depois de participar em Londres do Forum UK, Congresso de estudantes brasileiros da London School of Economics (LSE) e da Universidade de Oxford. O momento atual, de acordo com a Procuradora Geral, é a de respeitar a decisão a ser tomada e que seja boa para o País.
CANDIDATOS – A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) encerrou na quarta-feira passada o prazo para que os integrantes do Ministério Público se inscreverem como candidatos ao cargo de procurador-geral da República e Raquel Dodge não se habilitou. Seu mandato termina em setembro.
Ela foi indicada para o cargo em 2017 pelo presidente Michel Temer e poderá ser reconduzida para um novo mandato de dois anos caso seja indicada por Jair Bolsonaro, já que o presidente não é obrigado a escolher um dos nomes dos três candidatos mais votados, como tem acontecido já há alguns anos.
CENTRÃO APOIA – Os deputados que integram o grupo denominado Centrão defendem que Raquel Dodge permaneça no cargo, por temerem que o presidente Jair Bolsonaro indique um possível nome considerado “linha-dura” e ligado ao grupo que conduz a Operação Lava Jato.
A nova eleição acontece em 18 de junho.