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quarta-feira, fevereiro 13, 2019

Documentos comprovam que a Vale sabia dos riscos da barragem desde 2017


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Nas ruas de Brumadinho, a impunidade da empresa é denunciada
Deu em Globo
Documentos internos da Vale mostram que a empresa já tinha conhecimento sobre o risco de rompimento da barragem 1 da mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), desde novembro de 2017. A informação foi publicada pela agência de notícias Reuters e confirmada ao Globo por investigadores do caso.
Esse relatório interno da mineradora aponta que a barragem — que se rompeu em 25 de janeiro, causando a morte de ao menos 165 pessoas — tinha chance de colapso duas vezes maior que o “nível máximo de risco individual” tolerável pela empresa.
Outro documento da companhia, elaborado em data posterior, foi anexado recentemente às investigações e mostra mais um alerta sobre o risco do rompimento da barragem. Datado de outubro de 2018, este relatório interno diz que a estrutura tinha duas vezes mais chances de se romper do que o nível máximo tolerado pela política de segurança da Vale.
AÇÃO PÚBLICA – Na segunda-feira, o blog do colunista Lauro Jardim revelou que, segundo o Ministério Público do Estado de Minas Gerais, a mineradora sabia do risco de rompimento da barragem em Brumadinho e ao menos de mais oito barragens desde outubro de 2018. As informações constam numa ação civil pública movida pelo MP contra a Vale, em tramitação no Tribunal de Justiça de Minas.
Na decisão a qual o Globo teve acesso, o juiz do caso, Sergio Fernandes, refere-se ao documento interno da empresa de 2018 abordado pelos promotores: “Com efeito, os documentos colacionados pelo Ministério Público (cita os documentos) aventam que em outubro de 2018 já havia sido constatado pela ré o grau de risco de rompimento das barragens indicadas”, diz a decisão.
No mesmo despacho, o MP diz que requisitou à Vale informações do setor de risco da companhia “sendo apresentados documentos que demonstram que, em outubro de 2018 a requerida (Vale) tinha ciência de que 10 barragens dentre as 57 avaliadas, estavam em zona de atenção (Alarp Zone)”, entre elas a barragem 1 da mina córrego do Feijão, que causou a tragédia em Brumadinho. 
A VALE NEGA… – Em nota, a Vale afirma que não consta em nenhum relatório, laudo ou estudo conhecido qualquer menção a risco de colapso iminente da barragem 1 da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho.
 Afirma ainda que a estrutura tinha todos os certificados de estabilidade e seguranças nacionais e internacionais e que ela estava “dentro do limite de risco”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Afinal, o que falta para prender o presidente e os diretores da Vale que foram responsáveis por tantas mortes? Os engenheiros, que eram menos culpados, foram presos de imediato. Porque essa impunidade? (C.N.)

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