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sexta-feira, dezembro 04, 2009
Arrudaduto: apenas mais um
(Por Diego Novaes)
O Brasil assiste (já nem tão estarrecido assim) a mais um escândalo de desvio de dinheiro público por parte de “ilustres” membros da classe política brasileira. Só se fala nesse episódio em que o governador do Distrito Federal José Roberto Arruda se atolou no seu próprio esqueminha de propinas e corrupção. O flagrante é absoluto e inconteste. Porém, o que a boçalidade esclarecida de muitos oportunistas e maquiadores políticos de plantão faz questão de encobrir, é que o tal propinoduto é apenas mais um dos outros tantos que jamais chegaremos a descobrir, pois não foram filmados e nunca chegarão ás vistas da opinião pública, talvez por falta de um comparsa insatisfeito o suficiente a ponto de cooperar com a Polícia Federal.
Agora, parece que o famigerado PFL/DEM concretizou seu grande sonho: ter seu próprio mensalão, que diga-se de passagem, no tocante ao grau de corrupção não perde em nada para o mensalão do PT de 2007 ou o do PSDB, aquele mineiro, lembram? Aliás, dizem as más línguas que o DEM já estava bem mal das pernas e que esse foi apenas o golpe de misericórdia, e que a sigla, já enfraquecida, terá então muitas dificuldades de manter sua existência a partir de agora. E lá vem o governo falando que sempre propôs a tal reforma política, que ela seria o remédio para todos os males desta tão carcomida e defeituosa "democracia" em que vivemos. Se esquecem, no entanto, de que uma reforma política está longe de ser um antibiótico para o que há de mais virulento e desprezível no comportamento da maioria dos nossos políticos: o mau-caratismo generalizado, evidência de que o Estado Brasileiro dá provas da falência geral de seus órgãos.
Aí é preciso lembrar que a ocasião faz o ladrão – literalmente. O PFL/DEM pediu oito dias para pensar na expulsão do falastrão desgovernador do partido. Vejam bem: oito dias apenas para efetuar uma simples expulsão. Inquérito, processo judicial, condenação e prisão, são como sempre uma realidade cada vez mais distante em casos como este. É só lembrar que muitos dos mensaleiros petistas já estão de volta ao cenário político, como se nada tivesse acontecido. E pra piorar a situação, o PFL/DEM, que está com seus principais quadros no governo do Distrito Federal (Paulo Octávio, o vice-governador, Leonardo Prudente, presidente da Câmara Legislativa) mergulhados nesse lamaçal até o pescoço, fará de tudo para não largar esse osso, já que o herdeiro do trono da linha sucessória seria o vice-presidente da Câmara Legislativa, Cabo Patrício, que é do PT. Para o PFL/DEM, entregar seu único governo conquistado ao PT é atestado de óbito político.
Não é de se admirar que isso tudo esteja acontecendo às vésperas de mais um ano eleitoreiro. A tática do governo de endeusar sua candidata já estava se enfraquecendo, graças ao desgaste político gerado por tanta exposição desta estrela sem luz própria que ela é. Então, convenientemente, vem à tona um escândalo envolvendo justamente o partido de oposição que se auto-proclamou o paladino da ética e da moralidade, humilhando-o perante a opinião pública e reduzindo toda sua retórica a pó.
Dessa vez não será diferente. O ano que se segue será mais uma oportunidade que teremos para cooperar com essas quadrilhas. Nossa amnésia política será mais uma vez fomentada pelo “debate tão necessário á democracia”, em que eles, os políticos de má fé, mau caráter e mau agouro, vão se acusar mutuamente até acreditarmos em seu teatrinho de fantoches, escolhendo uns ou outros dentre tantos desses patifes para serem nossos representantes.
Será que mais uma vez eles vão tentar nos fazer crer que as instituições são boas e as pessoas é que são ruins? E as instituições, são feitas de quê?
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