Quando a sede aperta, cerveja gelada se torna artigo de luxo. Ainda mais na praia, quando os ambulantes custam a passar e a cerveja que rola nos isopores nem sempre está estupidamente fria. Uma solução é trazer a bebida de casa, devidamente acondicionada em recipientes especiais que prometem não só manter a temperatura baixa por horas, quanto refrigerar alimentos para o lanche rápido à beira do mar.
Isopor
É um dos isolantes térmicos mais populares e baratos do mercado. As embalagens são leves, fáceis de encontrar e estão disponíveis em formatos variados. As caixas maiores, por exemplo, podem ficar em casa, para os dias de festa e churrasco. As menores – principalmente as que têm alças – podem ir à praia. Caixas de isopor são capazes de manter a bebida gelada por até três horas, em média. Os preços variam entre R$ 1 (250ml) e R$ 80 (70 litros).
Opinião
Com a palavra, os consumidores de cerveja que já estão curtindo a temporada no Litoral
O microempresário maringaense Reinaldo Alves, 30 anos, e a esposa, a estudante Marlene Custódio, 30 (foto 1), são fãs declarados de cerveja. O casal, que passa a temporada em Matinhos, optou por uma bolsa térmica transportar a bebida até a praia. “Evita problemas e até já virou um hábito. Pena que a cerveja daqui não seja tão gostosa quanto a que bebo em Maringá (feita com outra água)”, opina Alves.O aposentado Roberto Luiz Perussi, 62 anos, também não dispensa uma cervejinha quando está no Litoral. Em Caiobá desde a última quinta-feira, ele enche o cooler sempre que vai à praia. Além das latinhas, o morador de Almirante Tamandaré leva água, refrigerantes e aperitivos para passar o dia. Para ele, a praticidade do aparato é o principal: “A gente faz gelo no freezer de casa e passa o dia tranquilamente. E o legal é que cabe desde a cerveja até salaminho”
Fernando Rudnick, especial para a Gazeta do Povo
Caixas térmicas
São fabricadas normalmente com os mesmos materiais dos coolers e tem igual resistência térmica. Mas há modelos especiais, como os usados na pesca esportiva, que contam com maior desenvolvimento tecnológico e mantêm o gelo por até cinco dias. O formato quadrado facilita o transporte no porta-malas do carro. Com alça para transporte. Preços entre R$ 60 e R$ 700.
Baldes e caixas de gelo
São recepientes simples, sem isolamento térmico. Por isso, precisam de uma grande quantidade de gelo para manter as bebidas frias. São mais difíceis de carregar. Preços entre R$ 25 e R$ 200.
Bolsas térmicas
A flexibilidade é a maior vantagem das bolsas térmicas. Depois de usar, é só limpar, dobrar e guardar. Dependendo da composição, elas podem manter a temperatura por até quatro horas. Em geral, são mais baratas que os coolers e caixas térmicas. Custam entre R$ 20 e R$ 200.
Coolers
São os campeões da cerveja gelada e com estilo. Fabricados com isopor ou poliuretano expandido e revestidos por lâminas de plástico, podem segurar a temperatura por até seis horas, segundo os fabricantes. Estão disponíveis em modelos com estampa, alças de tecido ou plástico e até rodinhas – nos coolers maiores. Preços entre R$ 30 (8 latas) e R$ 590 (80 latas).
Tudo limpo
Antes de beber direto da embalagem, certifique-se de que latas e garrafas estão limpas.
A parte externa das embalagens de cerveja está exposta à sujeira e às bactérias presentes no ambiente. Por isso, não devem ser abertas sem a devida higienização. “Latas contaminhadas podem causar infecções bacterianas, infecções intestinais e outras doenças”, explica o médico José Luiz Andrade Neto, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia e professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Para a limpeza, basta lavar bem a superfície com água e detergente.Preste atenção também à água com que é feito o gelo. “Ele tem de ser feito com água potável, pois estará em contato direto com as embalagens”, explica Andrade.
Se for dirigir
Para quem vai pegar a estrada ou mesmo passear de carro na praia, cuidado com as cervejas sem álcool.
As cervejas ditas sem álcool podem ser consumidas “quase” sem restrições. Antes de beber e correr para o volante dê uma olhada no que dizem os rótulos. Algumas marcas têm uma pequena concentração de álcool – cerca de 12 vezes menor do que a de uma cerveja normal – e se consumidas em grande volume podem ser detectadas pelo bafômetro.
A explicação para isso é de que a legislação brasileira considera que bebidas com concentração inferior a 0,5% isentas de álcool. No entanto, apenas duas marcas nacionais estão absolutamente livres de álcool: a Liber e a Nova Schin Zero.
Qual a temperatura certa?
Cerveja gelada é preferência nacional. E o mercado está lançando marcas para serem consumidas em temperaturas ainda mais baixas e que aumentam a sensação de refrescância.
Mas, afinal, qual a temperatura certa para beber a cerveja? Segundo o sommelier de cervejas Daniel Wolff, o que vale mesmo é o gosto pessoal. Se você prefere cerveja mais gelada, aprecie desta forma. “No entanto, há cervejas especiais que podem ser degustadas em temperaturas um pouco superiores (não tão frias ou em temperatura ambiente), para que se possa perceber toda a riqueza de aromas e paladares da bebida”, explica. As temperaturas muito baixas, de acordo com o sommelier, interferem na capacidade de sentir sabores e impedem a liberação dos aromas da bebida.
Fonte: Gazeta do Povo