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quinta-feira, junho 07, 2007

O roto e o esfarrapado

Por Pedro Oliveira - Jornalista e presidente do Instituto Cidadão
Dois artigos na imprensa nacional me chamaram a atenção esta semana principalmente pela ousadia de seus autores que seriam as últimas pessoas com autoridade para abordar os temas em questão. Muitos consideraram um acinte, alguns um despropósito fico eu com aqueles que estarrecidos os reconhecem como verdadeiros “caras de paus”.O primeiro tem o titulo “Corrupção, voto e orçamento” e tem como autor, pasmem: Fernando Henrique Cardoso que aborda os recentes episódios envolvendo o presidente do Senado Renan Calheiros e a safra de corrupção que assola o Brasil. No artigo ele comenta: “O sentimento de impunidade é tanto que a repressão, mesmo arbitrária, traz a esperança de que afinal se coíbam os abusos. Assim como as fotos das pontes inacabadas são metáfora do desperdício e da corrupção, as algemas colocadas indiscriminadamente passam a simbolizar a moralidade”. É como se o passado recente tivesse sido apagado e o seu governo fosse exemplo de moralidade. Esquece o “articulista” coisas que o Brasil viu e condena em seu governo. A corrupção desenfreada em muitos setores da administração, a negociação espúria para aprovação da emenda da reeleição, onde alguns parlamentares chegaram a ganhar R$ 200 mil para votar a favor do projeto, o desvio de R$ 1,4 bilhão em projetos da Sudene, o levantamento do Tribunal de Contas da União onde foi indicada a existência de 121 obras federais com indícios de irregularidades e nada foi apurado ou alguém punido. E vai além FHC em seu faroleiro texto: “É preciso agir. A responsabilidade maior é do Executivo que deveria comandar uma ação enérgica de reforma política. Na falta desse comando, as lideranças políticas e as da sociedade, em vez de se amesquinharem no dia-a-dia de compromissos de tapar o sol com a peneira, poderiam pressionar em duas direções, ambas coibidoras dos abusos e da corrupção”. E ele o que fez em seu governo senão jogar o lixo da podre política para debaixo do tapete e manter sob o manto protetor da impunidade os casos mais escabrosos de corrupção?
A dose se completa com um segundo artigo com frases dignas de um autêntico paladino da moralidade e da ordem pública. Começa assim: “Indignação, ceticismo, acusações. Tudo isto é muito pouco – e tem resultado nulo – diante do desvio de dinheiro público, corrupção e manipulação indevida do Orçamento. É hora de trocar os discursos inflamados por uma agenda positiva de combate à relação promíscua entre o poder público e empresas privadas (sic), que vem abrindo um rombo de bilhões de reais, a cada ano nos cofres nacionais” (sic, sic, sic). Em qual das alternativas você indicaria o autor desta frase: Pedro Simon, Eduardo Suplicy, Arthur Virgilio? Errou amigo leitor. O autor do artigo em questão é simplesmente Renan Calheiros. Ele mesmo, atingido por gravíssimas acusações de relação promiscua entre o público e o privado e que não convenceu a nação de sua inocência na participação em manipulações marginais do erário. Transformou o plenário do senado em “teatro bufão” de quinta categoria confessando um dramalhão familiar, sem convencer a ninguém (a exceção dos seus iguais) a sua submissão ao dinheiro sujo de empreiteiras corruptas.Ainda no artigo Renan nos dá lições de moralidade: “Para fechar os ralos por onde escoa o dinheiro do contribuinte, uma das medidas urgentes é a atualização da Lei de Licitações e Contratos. O resultado será maior transparência e mais economia nos gastos públicos. Apertar o cerco a quem infringe a lei é, obviamente fundamental. Mas também não basta a independência do Ministério Público, e a agilidade da Policia Federal. O que o brasileiro cobra, e com absoluta razão, é o fim da impunidade”.Renan e FHC se assemelham até no quesito traição conjugal. Ambos têm filhos fora do casamento com jornalistas. Tudo igual.O que precisa mesmo senhores Renan Calheiros e Fernando Henrique é mudar a cara do Brasil, botar políticos corruptos na cadeia, fazer uma assepsia no Congresso Nacional mesmo que com isto grande número de cadeiras fiquem vazias. Expurgar ministros, desembargadores, deputados, prefeitos e vereadores corruptos da vida pública brasileira. Vasculhar e confiscar o patrimônio de quem enriqueceu ilicitamente. É necessário e urgente que a sociedade e as instituições, os estudantes e o povo ganhem as ruas, invadam o Congresso e os palácios, tirando se preciso à força, a escória que saqueia os cofres públicos, e torna o Brasil um modelo internacional de corrupção.
Fonte: prosa & politica

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