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segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Raúl é confirmado novo presidente de Cuba

HAVANA - Sem surpresas, Raúl Castro foi escolhido ontem para suceder a seu irmão, Fidel, na presidência do Conselho de Estado de Cuba. As especulações de que a velha guarda do Partido Comunista poderia, num sinal de disposição para a abertura, ceder espaço para os dirigentes da nova geração - nascidos depois da revolução de 1959 - acabaram não se confirmando.
Ao contrário, a sessão que instalou a nova Assembléia Nacional elegeu como vice-presidente para os próximos cinco anos um veterano de Sierra Maestra, Juan Ramón Machado, de 77 anos. O cargo era ocupado até ontem por Carlos Lage, um dos mais conhecidos líderes cubanos da geração pós-revolução e apontado como um dos prováveis sucessores de Fidel - que na terça-feira, após 49 anos no comando supremo do país, anunciou que não aceitaria uma nova indicação para a chefia do Estado.
Para a presidência da Assembléia, foi reeleito outro veterano da revolução, Ricardo Alarcón. Em seu discurso de posse, logo após os 614 deputados eleitos em janeiro - incluindo Fidel, que enviou seu voto por meio de um portador - referendarem a lista única dos 31 integrantes do Conselho de Estado, elaborada previamente e por consenso pela direção do Partido Comunista de Cuba, Raúl fez questão de deixar claro que as linhas gerais da política e da economia cubana se manterão.
"Os inimigos e detratores da nossa revolução viram no discurso que fiz em 26 de julho de 2007, em Camagüey, como um sinal de que cederíamos, sem perceberem que ele era o produto de debates e reflexões anteriores", declarou, referindo-se ao pronunciamento no qual admitiu a necessidade de ajustes estruturais que permitissem principalmente a melhora na produtividade agrícola do país.
"Em dezembro, quando eu disse que deveríamos revisar algumas proibições e regulamentações, fazia referência ao aperfeiçoamento que deve ser uma busca constante não só de nossa revolução, como de todos os processos humanos. E a partir das próximas semanas começaremos a eliminar essas proibições e regulamentações mais simples, como as que limitam a concessão de benefícios a alguns cidadãos. Outras, serão mais debatidas, por serem mais sensíveis e estarem relacionadas com a constante agressão norte-americana."
Raúl, no entanto, não especificou quais proibições seriam revistas. Durante o discurso de posse, o novo presidente de Cuba - que deixou de lado o uniforme militar e usou terno durante a reunião da Assembléia - citou várias vezes as "reflexões" que Fidel tem feito publicar no jornal oficial Granma desde que se afastou do poder em 31 de julho de 2006, para tratar-se de um grave problema intestinal.
"Cuba é um país de símbolos, e de símbolos muito bem manejados", disse um diplomata latino-americano que serve em Havana, sob a óbvia condição de não ter seu nome publicado. "Depois que Fidel tornou pública sua decisão de afastar-se definitivamente da presidência, algumas análises no exterior quase sugeriam que amanhã os cubanos estariam comendo big macs em alguma das esquinas do Malecón (a maior avenida de Havana). As coisas aqui não funcionam assim."
"Ainda é possível que o governo esteja estudando algumas medidas, principalmente sobre o câmbio duplo (do peso cubano, usado pelos cidadãos de Cuba, e do peso conversível, utilizado pelos turistas), que produz uma economia invisível e incontrolável pelos dirigentes", prossegue o diplomata. "Mas a unção de líderes da velha guarda é uma mensagem clara, de que a ortodoxia revolucionária persiste, apesar da saída de Fidel"
Fonte: Tribuna da Imprensa

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