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segunda-feira, abril 01, 2019

Rui volta a criticar Bolsonaro e diz que enxerga governo com ‘perplexidade

Bahia.ba
1 h
"O governo trouxe a beligerância da campanha para o ato de governar", destacou o petista #bahiaba

Na análise dos 100 dias, destaca-se a maneira de governar dúbia e heterodoxa


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Charge do Laerte (laerte.com)
Merval Pereira
Aproximando-se o ciclo dos cem primeiros dias do governo Bolsonaro, já é possível constatar uma maneira de governar no mínimo heterodoxa, estimulada por embates permanentes com o uso das novas mídias sociais e baseada fundamentalmente em questões morais. Os pontos centrais, na Economia as reformas e as privatizações, na Justiça, a lei anticrime, têm atitudes dúbias por parte do presidente, cujo passado interfere nas supostas ideias atuais.
Mais do que ser o presidente de todos, Bolsonaro parece pretender ser o representante de um nicho da direita radicalizada, o que já lhe valeu uma queda acentuada de popularidade, principalmente entre a classe média, que foi fundamental para sua eleição.
SEGUIDORES – O analista Fabio Lacombe, do Espaço Brasileiro de Estudos Psicanalíticos (Ebep), diz que a hipervalorização da animação ou reanimação dos “seguidores” estabelece limites muito estreitos para o exercício da convivência política, que requer muito mais do que um agrupamento em torno de determinadas ideias, pois prevê exatamente questioná-las. A desconvocação da cientista política Ilona Szabó de um conselho sobre segurança pública é exemplo disso.
Como Freud mostrou, diz Fabio Lacombe, as exigências morais, uma vez se impondo, se tornam cada vez mais rígidas, em vez de abrirem espaço para possibilidades que ainda não se revelaram. E a realidade política, diferente da postura moralista, está sempre promovendo essas aberturas.
“A questão do agendamento, se não estiver submetida ao propriamente político, é porque se presta mais, por suas dimensões exíguas, a colocar os cidadãos numa marcha onde o pensamento se recolhe às dimensões de reprodução das ordens agendadas”, analisa Lacombe, que lembra que Clausewitz, grande teórico da guerra, avaliou que ela se impõe quando os recursos políticos se esgotaram.
BASE ALIADA – “Apoio político deve ser a adesão a um conjunto de ideias que manifestam a expectativa de que sua aplicação vai promover um estado de coisas que visam ao bem comum”, afirma o analista do Ebep. Delas não emerge nada parecido com um conjunto de regras que devem ser obedecidas sem serem questionadas.
Se, diante da desilusão de certos setores de eleitores que votaram em Bolsonaro mais para se livrar do PT do que propriamente em favor de suas propostas, surge um desapontamento com algo que emergiu, só se pode valorizar esse “desapontamento”, pois gera uma possibilidade de reflexão.
Não basta se encolher numa aparente recompensa, analisa Lacombe. “Mesmo porque ficar livre de algo não garante que essa ‘liberdade’ conquistada deixe em seu lugar algo melhor”, adverte. Se a grande questão era a condução da política submetida a uma rígida postura ideológica, o que tem sido apontado por alguns é que só teria sido invertido o sentido da seta que indicava a direção da ideologia.
CIÊNCIA DAS IDEIAS – Ideologia, lembra Fabio Lacombe, segundo Destutt de Tracy, o criador do termo, trata-se de uma “ciência das ideias”, portanto, nada que possa ser entendido como um conjunto de postulados norteadores de uma conduta política. “A ideologia supõe a necessidade de uma permanente reflexão a respeito da própria conduta”.
O que estaria acontecendo no mundo ocidental que possa estar servindo de sustentáculo para a disseminação do conservadorismo, e não apenas no Brasil? Para Fabio Lacombe, o conservadorismo, no seu manifesto aprisionamento a uma tentativa de evitar as mudanças, encontra nas questões ligadas aos costumes seu alimento maior.
Mas, ao mesmo tempo, destaca que nunca foi tão manifesta a dimensão da ganância, evidenciada no crescente recurso à corrupção, por exemplo. Por que o acento nos costumes, nas regras morais? Qual o lugar da busca pelo dinheiro, nas avaliações do comportamento político?
ESTIMULAÇÃO – Na verdade, analisa Lacombe, estamos sendo envolvidos por uma “estimulação” informacional que assumiu proporções assustadoras. “Se pensarmos que os meios atuais colocaram o contato “a dois” numa escala de possibilidades inauditas, certamente criou-se a impressão de uma proximidade entre estamentos antes impossível”, ressalta.
“Se posso acessar um Twitter emitido por meu presidente, figura sempre tão distante em sua altitude, sinto-me numa proximidade que me distingue. Essa dimensão fantasiosa, certamente me preenche em minhas aspirações infantis de estar participando de um mundo ‘adulto’, antes inacessível”.
Fabio Lacombe admite que é “um pouco leviano” elaborar uma conceituação muito requintada do que estamos de fato vivenciando de transformação, “mas não pode passar desapercebido o fato de a relação presencial parecer menos importante da que o celular, por exemplo, propicia. E isso certamente tem uma dimensão política”, acentua Fabio Lacombe.0

Bolsonaro quer menos impostos para empresas e maior contribuição do servidor


Charge reproduzida do blog amebanegra.com
Pedro do Coutto
Reportagem de Mônica Scaramuzzo, Fernando Scheller e Renata Agostini, O Estado de São Paulo de ontem, revela que os empresários estão entrando firmes na campanha pela reforma da Previdência Social. Claro, faz sentido, porque o Presidente Jair Bolsonaro, em mensagem colocadas nas redes sociais, afirmou encontrar em estudo pela equipe econômica de Paulo Guedes a perspectiva de reduzir os impostos que pesam sobre as empresas no país. A redução tem base no IR de pessoa jurídica e também a menor alíquota que incide sobre a folha salarial. Portanto, é claro o apoio das classes empresariais ao projeto da equipe econômica. Sem dúvida alguma ao empresariado interessa diretamente pagar menos impostos. E isso não significa que vai contratar mais empregados ou elevar salários.
Enquanto isso, ao funcionalismo público evidentemente não interessa o desconto mensal de 11 para 14% de seus salários. Como se vê as setas da questão não se encontram no espaço dos dois projetos. Uma seta vai para o norte, outra para o sul.
MAIS EXIGÊNCIAS – Com a entrada dos principais empresários do país, é possível, penso eu, que o projeto de reforma obtenha maior pressão em favor da redução dos impostos, mas os trabalhadores públicos e privados como sempre sofrerão os reflexos de maior exigência para que conquistem a aposentadoria.
Por falar em aposentadoria, matéria de O Globo, também edição de ontem, assinada por Geralda Doca, Marcello Corrêa e Cássia Almeida, destaca que, com as possíveis novas regras para aposentadoria dos funcionários, os governos estaduais vão obter uma economia de 277,4 bilhões de reais ao longo de dez anos. Acredito que na reportagem de O Globo fique clara uma confusão da equipe econômica do Planalto. Isso porque, no que se refere ao serviço público, a despesa será a mesma englobando o total das folhas dos servidores ativos de um lado e as folhas de aposentadorias de outro.
CONTRADIÇÃO – Assim destaca-se uma contradição: para que a folha dos que estão em atividade diminua, é preciso reduzir o número de funcionários. Como não é possível demiti-los, a folha com o pagamento da aposentadorias deles vai aumentar. É, portanto, um claro enigma na visão da equipe de Paulo Guedes.
Para efeito do serviço público, tanto faz pagar aos ativos ou pagar aos aposentados. No cômputo geral, dá a mesma coisa. Maior gasto de um setor será compensado com a menor despesa de outro. Não faz sentido a visão parcial focalizada pela Esplanada dos Ministérios.
Como se constata é um equívoco separar despesas quando as fontes de pagamento são uma só.

Governo admite estar perdendo a guerra contra a dívida, a maior ameaça ao país


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Charge do Glauco (Arquivo Google)
Carlos Newton
É a notícia mais importante para os brasileiros. Deveria ser manchete em todos os jornais, mas isso não acontece nem acontecerá, porque se trata de uma informação que se tornou corriqueira, não traz a menor novidade, ninguém se interessa mais. E o governo se comporta com uma irresponsabilidade realmente extraordinária. Relega a segundo plano a questão da dívida pública e alardeia que a reforma da Previdência vai solucionar a crise do país, como se fosse uma solução Tabajara, tipo “seus problemas acabaram”, mas não é bem assim.
É preciso analisar e conduzir a política econômica de acordo com os interesses nacionais, mas isso não ocorre quando se delega essa atribuição a banqueiros ou economistas que operam no mercado financeiro. Mal comparando, é como colocar a raposa para tomar conta do galinheiro.
REINO DOS BANQUEIROS – As pessoas nem percebem, mas estamos vivendo no reino dos banqueiros. Em nenhum país do mundo os bancos obtêm tanto lucro, embora o Brasil esteja enfrentando a maior recessão de sua história. É claro que tem algo de errado nessa equação. Os primeiros a sofrer com a recessão deveriam ser os banqueiros, mas isso não acontece no Brasil, onde eles são blindados e banco não vai à falência.
Quando o PanAmericano ia soçobrar em 2009, Silvio Santos foi a Brasília, conversou com Lula, a Caixa Econômica Federal assumiu 35,5% do banco falido e ainda pagou R$ 740 milhões ao risonho Silvio Santos, que saiu dando gargalhadas, porque a falência iria levar de roldão outras empresas do grupo, inclusive a rede de televisão  SBT.
Por coincidência, Dilma Rousseff colocou um diretor do Bradesco à frente da economia, Joaquim Levy; depois Michel Temer chamou Henrique Meirelles, ex-presidente mundial do Banco de Boston, e agora temos Paulo Guedes, fundador do banco BTG, que é sócio da Caixa no PanAmericano. Três banqueiros consecutivos, não há país que aguente!!!
PLANO DE MEIRELLES – Na verdade, nenhum dos banqueiros que assume a economia se preocupa em enfrentar a questão da dívida pública. Meirelles, por exemplo, que é um grande enganador, inventou o teto de gastos, prometeu equacionar a dívida no prazo de vinte anos, que era uma Piada do Ano. Se formos esperar 20 anos para equilibrar a economia, o próprio Meirelles já terá passado desta para melhor, como se dizia antigamente, e estará prestando contas ao criador.
Seu plano vintenário não durou nem mesmo um ano. A dívida não parou de aumentar e agora em fevereiro, mês de 28 dias, subiu 1,71%, um absurdo completo, frente a uma inflação de 0,43%, que também foi alta, em plena crise.
O atual chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Fernando Rocha, admite que a dívida continuará a crescer, porque não há superávit primário. Fala como se isso fosse uma coisa normal, mas a conta de juros já é insuportável, inaceitável e impagável. Foram R$ 373,4 bilhões nos últimos 12 meses. E total aumenta ano a ano, sem que o governa faça nada, absolutamente nada. Aonde vamos parar? Que país é esse, Francelino Pereira?
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P.S.
 – A auditora brasileira Maria Lucia Fattorelli trabalhou na reavaliação da dívida do Equador, que foi reduzida em 70%, sem reclamação dos credores. Ela quer trabalhar (gratuitamente) na análise da dívida pública brasileira, mas a equipe econômica não permite. Por quê? Será que os banqueiros mandam também no capitão e nos generais que hoje comandam o governo? Com dizia o barão de Itararé, era só o que faltava. Amanhã voltaremos ao assunto com informações altamente explosivas. Bomba! Bomba!, como dizia o Ibrahim Sued. (C.N.)

Impositivo não é o orçamento, mas a realidade do nosso presidencialismo


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O presidencialismo será mesmo o melhor regime para o Brasil?
Percival Puggina
 Que coisa, não? Quando você pensava que teríamos um parlamento de qualidade superior, graças à ampla renovação que a sociedade, responsavelmente, se encarregou de promover, nos deparamos com as mesmas velhas práticas. Recomeçou o corpo mole à espera do dá cá para o toma lá.
Estará o Congresso Nacional infectado por uma contaminação resistente à faxina, que permanece no ambiente alterando condutas, transformando discursos de campanha em papel picado? Não é isso, não. Não é bactéria. O Congresso que temos é o que podemos ter com o modelo que escolhemos para nossas instituições políticas.
QUEM JOGA? – Repetidas vezes tenho dito e escrito que, diferentemente dos demais jogos, em que a regra determina apenas o modo de jogar, quando se trata do “jogo” da política a regra também determina quem joga. Sob certas regras jogam uns, sob regras diferentes, jogam outros.
Uma das consequências mais funestas de um regramento impróprio, pouco ou nada racional, é o mau recrutamento de lideranças pelos partidos e o sumiço dos estadistas de que o Brasil tanto carece. Assim como um mau sistema de ensino sepulta talentos em seu nascedouro, instituições mal concebidas são cemitério de potenciais estadistas. As exceções rareiam.
Observe, leitor, a recente decisão da Câmara dos Deputados instalando o orçamento impositivo. Foi uma péssima decisão para o Brasil, tomada com fundamentos teóricos corretos. Votar o Orçamento é função essencial das casas legislativas. Elas nasceram para autorizar e fiscalizar o gasto público. O Orçamento, portanto, não pode ser mera sugestão de um poder aos outros dois, do Legislativo ao Executivo e ao Judiciário. Os parlamentares não o encaminham aos demais poderes acompanhado de uma cartinha dizendo: “Olha pessoal, é isso aí, ou algo parecido com isso aí”. Não, o Orçamento deveria, mesmo, ser impositivo.
SÓ QUE NÃO – Só que no nosso presidencialismo, com o recrutamento de lideranças proporcionado pelo sistema eleitoral e de governo que adotamos, retirar do Executivo, em meio a uma assustadora crise fiscal, seu poder de manobrar o gasto público conforme as imposições da realidade é uma imprudência grave. É carrinho por trás com o pé levantado.
Não se pode importar ao presidencialismo, acriticamente, práticas virtuosas do parlamentarismo. Na transposição, elas podem se tornar viciosas. No parlamentarismo, governo e maioria parlamentar são a mesma coisa. Há sintonia entre ambos. Votar, a maioria, contra o governo é dar tranco em si mesma. Governos caem quando isso acontece. Em casos de instabilidade política, novas eleições para o Legislativo podem ser convocadas (e isso ninguém quer).
Por essa razão e por muitas outras, o parlamentarismo é um sistema superior. No entanto e por enquanto nosso sistema é essa joça aí. Nele, maiorias eventuais – eventuais! – podem barrar o governo sem que nada altere o dia a dia do Congresso. As contas dos desacertos, das reformas não feitas, dos gastos inoportunos e das instabilidades são ônus do povo.

Em jantar fechado, Mourão disse que vai abrir processos contra Olavo de Carvalho


HAMILTON MOURÃOSonia RacyEstadão
Hamilton Mourão voltou a advertir seu desafeto Olavo de Carvalho, durante jantar fechado, na casa de Paulo Skaf, da Fiesp: da próxima vez que o ideólogo disser algo ofensivo contra sua pessoa, “terá que se haver com a Justiça”. A frase foi ouvida por parte dos convidados – cerca de 30 pessoas, entre elas Pedro Parente, Luiz Trabuco, Henrique Meirelles, Nelson Jobim e Flávio Rocha.
Mourão não fez nenhum pronunciamento, poupou-se de comentários políticos mais profundos mas não escondeu dos presentes sua irritação com o “guru” da Virgínia.
A rixa entre os dois começou logo após a posse de Bolsonaro, em janeiro, quando Carvalho “advertiu” Mourão com ironias do tipo “Ninguém votou em você”.
CHANCELER – No ataque mais recente, o “guru” da Virginia  refutou os comentários do vice, feitos na semana passada à revista Época, sobre o chanceler Ernesto Araújo.
“O general Mourão falar contra um colega de equipe de governo é atitude insana”, tuitou, completando: “Quem não compreende isso não merece cargo no governo”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Desde o final da eleição Olavo de Carvalho vem perseguindo e ofendendo Mourão pelas redes sociais. É ele que tem insuflado os filhos de Bolsonaro contra o vice-presidente, dizendo que estaria dedicado a derrubar o presidente para ficar no lugar dele. Bolsonaro chegou a escanteá-lo e não permitiu que Mourão ocupasse a Presidência durante o período em que esteve em recuperação após sofrer a terceira cirurgia. Bolsonaro ficou 17 dias internado, mas Mourão só ocupou a presidência nas 48 horas iniciais. Depois disso, Bolsonaro se recompôs com o vice, mas Olavo de Carvalho continuou a campanha, apoiado pelos filhos de Bolsonaro(C.N.)

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Lira: Nós temos um câncer no Brasil que se chama Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI)

  . Por POLÍTICA JB com Agência Estado redacao@jb.com.br Publicado em 27/04/2024 às 19:37 Alterado em 27/04/2024 às 19:37                   ...

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