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sexta-feira, janeiro 13, 2023

Em cada quatro brasileiros, um deles apoia o vandalismo em Brasília, acredite se quiser

Publicado em 13 de janeiro de 2023 por Tribuna da Internet

charge amazonia25 vandalismo - Blog de Rocha

Charge do J.Bosco (O Liberal)

Carlos Newton

É difícil de acreditar, mas são dois institutos de pesquisa que apresentam resultados praticamente semelhantes, que causam surpresa aos observadores políticos. Divulgada nesta terça-feira (dia 10), pesquisa do Atlas Intel, instituto que tem maior índice de acerto nos resultados das últimos duas eleições (municipais e gerais), aponta números inesperados.

Por exemplo: 18,4% dos brasileiros apoiam a ação dos vândalos que depredaram o Palácio do Planalto e os prédios do Congresso e do Supremo Tribunal Federal, na tarde do último domingo (dia 8).

O levantamento também mostra que apenas 50,2% dos entrevistados acreditam que Bolsonaro foi responsável pelo ataque contra o Estado Democrático de Direto. E outros 42,7% discordam desta tese, evidenciando que a violências das manifestações não conseguiu abalar o apoio popular ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

NÚMEROS SURPREENDENTES – Em comparação aos 75,8% dos entrevistados que são radicalmente contra a invasão dos Três Poderes e atos de vandalismo em Brasília, estes 18,4% parecem indicar apenas uma pequena minoria, protagonizadas por apoiadores de Bolsonaro, que não aceitam os resultados da eleição presidencial que elegeu o petista Lula da Silva (PT).

Mas a realidade dos números deve analisada por outro prisma, mais realista e compreensível. Ou seja, eliminando-se os 9,42% que não quiseram responder, esses 18,4% representam algo em torno de um em cada quatro brasileiros. Assim, a cada quatro pessoas que você encontrar na rua, pelo menos uma delas ficou satisfeita com a destruição do patrimônio público no coração da capital da República.

Esses resultados surpreendentes são confirmados pelo instituto Datafolha, cuja pesquisa indica que 56% acham que Bolsonaro “não foi responsável” pelos atos de vandalismo (39%) ou foi “pouco responsável” (17%), enquanto somente 38% responderam que o consideram responsável e 6% não quiseram responder.

FRAUDE E DITADURA – O Datafolha também perguntou aos entrevistados sobre o resultado das eleições de 2022, que legitimaram a vitória de Lula. Para 56,4%, o petista realmente foi o vencedor, enquanto 39,7% acreditam que houve fraude nas urnas.

Sendo assim, 36,8% dos entrevistados se posicionaram a favor de uma intervenção militar para invalidar o resultado das urnas. A maioria, no entanto, 54,1% é contra.

No final da pesquisa, um alívio. Em relação à possibilidade de instalação de uma ditadura militar no país, 73,5% dos entrevistados se manifestaram contra, ante 9,5% que são a favor e 17% que ficaram envergonhados e não quiseram responder.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – As duas pesquisas, que se confirmam e se completam, indicam uma realidade aterradora   tão cedo não nos livraremos dessa polarização que tanto prejudica o país. Portanto, bolsonaristas e petistas precisam refletir sobre essa realidade, para que seja possível evitar o caos institucional. Enquanto isso não ocorre, la nave va, cada vez mais fellinianamente. E não se esqueça, hoje é sexta-feira,13. (C.N.)

Leiam a denúncia do Professor Marcelo da cidade de Coronel João Sá

 

Nota da redação deste Blog - Segundo relatos do professor Marcelo nessa denúncia, há fortes evidências que o "virus corrupção" fabricado no (des)governo municipal de Jeremobo está contaminando outros municípios circunvizinhos que ainda não adquiriram a vacina.

Por analogia cito alguns casos denuncados pelos vereadores da oposição em Jeremoabo:

Pagamento através de medição de obra inacabada e abandonada da paviventação asfaltica da entrada da cidade de Jeremoavbo vindo do entroncamento.

Pagamento de obras não efeutadas do Colégio São João Batista;

Supostos superfaturamentos de obras nas Escolas Rurais, a exemplo de Malhada Vermelha e outros povoados.

Irregularidas na Licitação da limpeza Pública e etc.

ENTREVISTA COM DR. IDALECIO E KAKA DE SONSO - 12/01/2023, entrevista essa que pelos fatos Jeremoabo se transfoemou na " capital da corrupção"

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Após essa reunião que o procurador da câmara de vereadores falou, ao término da assinatura da Ata, fiz uma matéria informando que a ATA assinada pelo prefeito e seus secretários e nada era a mesma coisa, isso porque se o prefito não cumpre a Constituição, mão cumpre as leis, irá cumprir uma simples ata?
Essa administração municipal de Jeremoabo não existe, não passa de uma piada, infelizmente o prefeito transformou Jeremoabo na capital da corrupção, tudo isso confiando na leniencia da justiça.
Há tempos atrás escutei um vereador da situação falando em sessão da câmara que o prefeito Deri iria terminar o mandato e nada seria julgado, outro dia o prefeito falando com outro prefeito da região falou que esse processos não dará nada.
Conforme denúncia dos vereadores da oposição e conforme processos em andamento, não existe qualquer secretária ou setor da prfeitura que não contenha supostos casos de improbidade.
A realidade nua e crua é que a administração municipal de Jeremoabo toi transformada numa ilha cercada de atos de corrupção por todos os lados.

"Triste constatação, todavia qualquer um, com um pouco de inteligência percebe que a corrupção mata.

Veja só a situação porque passa Jeremoabo há muito: crianças, idosos e até pessoas consideradas resistentes até morrendo  por falta de leitos, de médicos ou simplesmente de medicamentos, e por quê? Porque os que se dizem representantes do povo, ao invés de trabalhar e investir em favor do povo, “investe na própria vida” (comprando  fazendas,  e, outros desvios de dinheiro público com o que “sobra” do rombo que fazem nos cofres públicos, usando até laranjas, para tentar esconder o produto da “corrupção”.

Com um simples olhar, nada muito criterioso, poderia se dar um diagnóstico:

Abrir o cérebro para novos nomes na política, esquecer de vez os que estão no poder hoje, os que se tornaram políticos de profissão e nada fizeram de relevante para o município a não ser roubar dos cofres públicos e rir da nossa cara.

                                     ---)

,,,A meu ver a mudança já deveria ter sido feita e não é de hoje, infelizmente o povo brasileiro vem elegendo, ano após ano, as “ratazanas” que aí estão.

A Administração é “res pública”, não é coisa minha nem tua, traduzindo, é do povo e para o povo.

Um exemplo de como a corrupção mata

Ontem (11 de agosto), por volta das 00h:30 da madrugada um fiat pálio colidiu com um ônibus da empresa São Benedito, no Km 150, da BR 116, próximo ao Município de Russas, a 172 km da Capital Fortaleza-CE. (Fonte G1- CE).

Corrupo mata Buracos na pista provocando mortes de quem a responsabilidade

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o condutor do veículo de passeio teria se desviado de alguns buracos na pista e acabou provocando o acidente que ceifou, além da própria vida do motorista, a de todos os passageiros do veículo (5 mortes de uma mesma família)…, os passageiros do ônibus, alguns, sofreram pequenas escoriações ou ferimentos e estão bem.

“Um desvio para a morte”, esse deveria ser o nome dado aos buracos que se encontram em milhares de vias/estradas/ruas por todo Brasil. Infelizmente, quase nenhum dos casos de mortes são levados a justiça para responsabilizar o verdadeiro culpado por eles, qual seja, o Estado.

Não fosse a falta de investimento nas estradas a contagem de mortos por acidentes seriam bem menores.

https://lanyy.jusbrasil.com.br/artigos/218639503/corrupcao-mata-buracos-na-pista-provocando-mortes-de-quem-e-a-responsabilidade



quinta-feira, janeiro 12, 2023

ENTREVISTA COM DR. IDALECIO E KAKA DE SONSO VEREADOR - 12/01/2023

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Nota da redaçao deste Blog - Hoje já escrevi e publiquei duas matérias a respeito desse assunto, quase nada tenho a acrsecentar  referente essa entrevista já que o Procurador da Câmara explicou de forma didadtica, com detalhes, já que ele é o autor de diversas ações na justiça.
Apenas serei curto e grosso respondendo as indagações do radialista Junior de Santinha.
Em primeiro lugar no meu entender, o prefeito ingressou com uma ação na justiça porque é aculturado, devido a impunidade que o ampara, procede como um imperador acreditando que está acima da lei e que pode tudo,por esse motivo pensa que através da justiça intimidará os vereadores da oposição.
Concernente aos vereadores da situação, se Jeremoabo fosse um municipio sério, todos eles já teriam perdido o mandato, estariam inelegivel pela constante prática de omissão e prevaricação.
Você pode enganar uma pessoa por muito tempo; algumas por algum tempo; mas não consegue enganar todas por todo o tempo. (Autor: Abraham Lincoln)


Amanhá comentarei o vídeo de número 2


Mais uma vez Jeremoabo continua regredindo, o prefeito substitui asfalto por cascalho tipo colorau

 

Costumo comentar com os amigos que a maldição dos capuchinhos de Jeremoabo é pior do que as 10 pragas do Egito, principalmente após o prefeito apoderar-se do poder através de um estelionarto eleitoral.

A carga total parece que iniciou e continua nesse  atual (des)governo; é Jeremoabo crescendo como rabo de cavalo para baixo.

So mesmo na mentalidade arcaica de um , aloprado sem noção que substitui o asfalto das ruas, avenidas, conjuntos e bairros por cascalho tipo colorau, prejudicando rtoda coletividade

Além da poeira e lama, põe em risco a integridade fisíca e a propria vida dos habitantes da " colônia Jeremoabo; como aconteceu na semana passada onde uma jovem trabalhadora derrapou no cascalho solto, por pouco não aconteceu o pior.

O pior de tudo é que Jeremoabo está entregues as baratas, ninguém toma providências, esse cidadão tornou-se um imperador, ou  entãoestão está blindado, porque pratica barbaridas e permanece impune.



Conforme revelou a TI, só continuará preso quem foi apanhado em “flagrante regular”


Alexandre de Moraes amplia multa e intima presidente do Facebook - Notícias - R7 Brasil

Moraes determinou que a lei seja cumprida sem exageros

André Borges
Estadão

Cerca de 700 golpistas bolsonaristas presos por envolvimento nos atos de invasão e depredação de prédios públicos na Praça dos Três Poderes, domingo, 8, começaram a ser levados para as celas. O Estadão conseguiu detalhes sobre o processo de triagem dos acusados.

Tantos os homens enviados para o Centro de Detenção Provisória da Papuda quanto as mulheres encaminhadas para a mesma estrutura da Colmeia receberam, ao chegar nos presídios, um colchão enrolado para dormirem. Além disso, receberam um uniforme e um kit de higiene contendo sabonete, creme dental e escova. No caso das mulheres, foi disponibilizado, ainda, absorventes.

CELAS COM BANHEIRO – As celas têm tamanhos diferentes. Por isso, cada um recebeu um número diferente de detentos. Dentro de cada uma das celas há banheiro disponível. As camas são de concreto, sem qualquer tipo de artefato que possa ser retirado. Os presos bolsonaristas estão separados dos demais detentos. Dentro da cadeia, nada de acesso a celular. Todos foram recolhidos.

Ao chegarem na prisão, os golpistas passaram ainda por um processo de triagem médica. Uma força-tarefa foi montada para fazer exames nas pessoas, vaciná-las contra doenças como a Covid-19, nos casos em que houve necessidade, e tomar nota daquelas que têm algum tipo de comorbidade ou tomam algum medicamento regulado. Todos terão direito a tomar “banho de sol” uma vez por dia.

Diariamente, eles passam a receber quatro alimentações por dia, incluindo café da manhã, almoço, café da tarde e jantar. As refeições são diferentes a cada dia e incluem itens como suco e achocolatados de caixinha. Por razões de segurança, cada detento recebeu apenas o colchão para dormir, sem cobertor e travesseiros, peças que podem ser usadas para atos de violência.

AUDIÊNCIAS DE CUSTÓDIA – A próxima fase da detenção é a tomada de audiências com cada detento. Esse trabalho será feito de forma virtual, reunindo, em cada sessão, um juiz, um promotor, um advogado de defesa e o acusado. As sessões desse tipo costumam levar cerca de 20 a 30 minutos.

A expectativa é de que cerca de 30 juízes atuem nas sessões, como forma de acelerar os depoimentos. Os detentos darão seus depoimentos em ambientes da prisão conhecidos como “parlatórios”. Esses locais, que possuem computador com câmeras e acesso à internet, foram preparados para funcionar durante a pandemia da covid-19, devido à necessidade de isolamento físico, e agora vão auxiliar a agilizar as audiências, dado o grande volume de pessoas a serem ouvidas.

O número mais recente de detentos divulgado pelo governo do Distrito Federal aponta que 763 foram presos, sendo 498 homens e 265 mulheres, mas este número pode crescer a qualquer momento.

EXPLICA A OAB – Newton Rubens de Oliveira, advogado e diretor de Prerrogativas da OAB-DF, disse ao Estadão que a orientação dada aos magistrados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes é que estes se atenham em analisar “a regularidade de flagrante”, e não os pedidos de liberação.

“É preciso ver como ficará isso. Essa foi a orientação dada, para que o juiz não avalie o pedido de liberação e que isso será competência do STF. Em sua decisão, o ministro Alexandre de Moraes pede que se avalie a regularidade de flagrante. Os pedidos de liberdade serão feitos diretamente ao gabinete do Supremo”, disse Oliveira.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Esse pessoal de Brasília é tão incompetente que não sabe nem dizer qual é o número de presos (com flagrante) e de detidos (sem flagrante). A Folha diz que 1159 foram levadas para a Penitenciária da Papuda, o Estadão e o Globo diminuíram para 763. Conforme assinalamos aqui na Tribuna, Alexandre de Moraes está preocupado com a pirotecnia do ministro da Justiça, Flávio Dino, que mandou a Polícia Federal prender todos os acampados que não pegaram ônibus, sem fazer a triagem dos que eram de Brasília, mulheres, crianças, idosos ou moradores de rua etc. O ministro Moraes mandou que seja constatado se houve flagrante. Segundo a Polícia Civil somente 209 foram presos domingo, e nem todos em flagrante. Com explicamos, somente podem continuar presos preventivamente os que foram apanhados em flagrante delito. Os demais serão todos liberados. Desculpem decepcionar quem deseja prisão perpétua para os “terroristas”, seguida de pena de morte, mas nem Moraes desta vez quer desrespeitar a lei. (C.N.)

Anderson Torres, o homem que sabia demais, como no filme de Hitchcock

Publicado em 12 de janeiro de 2023 por Tribuna da Internet

Torres viajou de férias para a Flórida logo após ser nomeado

Pedro do Coutto

O ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão do ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Anderson Torres, nomeado pelo governador Ibaneis Rocha como secretário de Segurança de Brasília, e que nomeado, num dia logo em seguida, entrou de férias e viajou para os Estados Unidos,  onde se encontra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Ao mesmo tempo, Moraes determinou a prisão do comandante da Polícia Militar do Distrito Federal por omissão total diante da movimentação de milhares de terroristas que invadiram os Três Poderes da República, cometendo depredações em série num episódio trágico de repercussão, inclusive mundial, em larga escala.

ORGANIZAÇÃO – Está evidente que o ataque foi organizado com o conhecimento de Anderson Torres, inclusive como prova da organização, o jornal Estado de S. Paulo publicou na edição de ontem mensagens captadas entre integrantes da turma, comprovando a existência de orientações prévias e mesmo durante os ataques ao Planalto, ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal.

Torres anunciou que voltará ao país e se entregará às autoridades policiais. É claro, pois caso contrário seria preso pelo FBI e transportado até o Brasil. Mas essa é outra questão. A ação firme do ministro Alexandre de Moraes está destacada nas edições de ontem, nas reportagens excelentes de Aguirre Talento, Renan Monteiro, Patrik Camponês e  Jeniffer Gularte, O Globo, na reportagem Júlia Chaib, Camila Mattoso, Fabio Serapião e Constança Rezende, Folha de S. Paulo, e também na matéria de Felipe Frazão, Pepita Ortega e Rayssa Mota, Estado de S. Paulo.

O episódio de 8 de janeiro ingressou na história criminal da política brasileira e deixou nítida a intenção de fomentar um golpe de Estado, cuja consequência seria depor o governo Lula legitimamente eleito e implantar uma ditadura no país.  Os subversivos contavam com a adesão de parte das Forças Armadas que não aconteceu. Foi mais um ensaio alucinado de tentar violar a Constituição brasileira e as leis do país.

SUBVERSÃO – Tentativa semelhante havia acontecido no dia 19 de dezembro quando da diplomação de Lula da Silva pelo Tribunal Superior Eleitoral, data em que incendiaram automóveis em Brasília e tentaram explodir um caminhão nas proximidades do aeroporto. Posso adicionar a esses ensaios da subversão a resistência do ex-deputado Roberto Jefferson no ato de transferi-lo de prisão domiciliar em prisão comum determinada também pelo ministro Alexandre de Moraes.

Contavam com relações militares de porte que felizmente não se evidenciaram e com isso o desfecho das investidas foi o que se observa no momento no país. Sem dúvida, Ibaneis Rocha é culpado de omissão criminosa porque não atingiu a segurança da capital do país para conter a multidão que caminhava livremente pela via central de Brasília rumo à Praça dos Três Poderes. Pelo contrário, há filmes transmitidos pela GloboNews e pela TV Globo comprovando diálogos entre PMs e os invasores da democracia.

EXPOSIÇÃO – O governo federal ficou exposto e desguarnecido quando ele mais precisava da segurança e que o quase ex-governador Ibaneis Rocha tinha por obrigação assegurar. Não acredito que ele retorne ao governo de Brasília, inclusive porque o presidente Lula rejeitou o seu pedido de desculpas. A vice que o substituiu afirmou na reunião entre Lula e os governadores que Ibaneis Rocha foi mal informado.

Mal informado? Que governador é esse que assiste a destruição de patrimônio público com risco de vidas humanas e tenta se justificar que foi mal informado. O destino dos envolvidos será entregue ao Judiciário. Por pouco não aconteceu em Brasília uma tragédia ainda maior do que a que ocorreu. Um capítulo trágico e imundo que ficará registrado para sempre na história do Brasil.


Gabinete de Lula dispensou reforço de guarda no Planalto na véspera da invasão de golpistas

Publicado em 12 de janeiro de 2023 por Tribuna da Internet

Veja imagens dos estragos no Palácio do Planalto, após a invasão em  Brasília - Inteligência Financeira

Gabinete de Lula também falhou na segurança ao palácio

Marcelo Godoy
Estadão

Cerca de 20 horas antes da invasão do Palácio do Planalto, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) dispensou por escrito o pelotão de 36 homens do Batalhão da Guarda Presidencial. Atendendo a pedidos na sexta-feira, dia 7, o batalhão reforçou no sábado a segurança do prédio. O domingo, porém, amanheceu na Esplanada com a sede do governo federal apenas com o efetivo da guarda normal.

A segurança estava quase desprovida de equipamentos de controle de distúrbios civis, como escudos, bombas de gás e balas de borracha. A maioria do efetivo dispunha somente de fuzis com munição letal.

JÁ ERA TARDE… – Foi só no início da tarde que o Comando Militar do Planalto (CMP), por iniciativa própria, entrou em contato com o GSI e reenviou o pelotão ao Planalto. Mas foi  uma tropa muito menor do que a mobilizada em outras situações, a pedido do gabinete.

Por exemplo, o contingente reunido em 24 de maio de 2017 para conter a ação de black blocks que pediam a saída do presidente Michel Temer (MDB), acusado de corrupção pelo empresário Joesley Batista, era 15 vezes maior.

No domingo, o Exército acompanhava a ação na Esplanada por meio de drones – às 14h30, ocorreu o primeiro confronto dos extremistas com a Polícia Militar, perto da catedral de Brasília. Às 15 horas, o general Geraldo Henrique Dutra Menezes, chefe do Comando Militar do Planalto, enviou uma companhia com 113 homens e equipamento de choque, do Setor Militar Urbano (SMU) para o Palácio.

PLANO ESCUDO – O general informou ao GSI o envio da tropa. Era a primeira de três levas despachadas para retomar o lugar das mãos dos vândalos que executaram o que chamaram de “tomada de poder”.

Só então o gabinete formalizou o pedido de reforço e ativou o Plano Escudo – que prevê a proteção do Planalto, da Alvorada, do Jaburu e da Granja do Torto sem que seja necessária decretação de operação de Garantia de Lei e Ordem (GLO). As duas levas seguintes de reforço – com 93 e 118 militares – foram enviadas após o pedido do GSI.

Todos os militares saíram do Setor Militar Utbano. Era ali que o Comando Militar do Planalto mantinha três subunidades do Exército. Se não fossem elas, não haveria tropa pronta para enfrentar os vândalos.

De acordo com os militares consultados pela reportagem, era do GSI a responsabilidade de pedir reforço para a guarda do Palácio do Planalto, assim como acionar o Plano Escudo.

DESCONFIANÇA NO GSI – O Estadão reconstruiu com fontes militares que trabalharam no Batalhão da Guarda Presidencial, no GSI e no CMP as 72 horas que antecederam os eventos de domingo, até a prisão dos extremistas que estavam acampados na frente do Quartel-General do Exército. Os fatos colocam o GSI no centro dos acontecimentos que levaram à invasão do Planalto.

Existe desconfiança de que ainda há pessoas ligadas às Forças Armadas, não identificadas, que participaram dos atos de domingo. O Gabinete foi povoado por oficiais ligados ao bolsonarismo na gestão do general Augusto Heleno. O fato levou o PT a desconfiar da lealdade dos integrantes do GSI. Quando tomou posse, Lula da Silva resolveu retirar sua segurança pessoal do gabinete para deixá-la com a Polícia Federal (PF).

Na semana passada, o general Marco Edson Gonçalves Dias, nomeado por Lula para chefiar gabinete, ainda não havia escolhido sua equipe. Foi esse momento de transição – onde o fluxo de informações da base para o comando fica comprometido – que foi aproveitado pelos extremistas para atacar.

ACAMPAMENTO – Desde o dia 2, o Comando Militar do Planalto tentava esvaziar o acampamento em frente ao QG paulatinamente, seguindo a estratégia defendida pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro Filho. Temia-se que uma ação violenta atingisse mulheres, idosos e crianças. O esvaziamento do lugar parecia indicar que tudo ia como planejado. Banheiros químicos e caixas d’água foram retiradas.

Cerca de 200 bolsonaristas permaneciam no lugar. Rezavam e cantavam hinos militares. Oficiais ouvidos pelo Estadão afirmaram que os remanescentes demonstravam “fanatismo”. Um deles discursava dizendo que Bolsonaro deixara o País, mas assinara um decreto tornando o general Heleno presidente. Outro dizia que o Brasil se tornaria comunista em janeiro.

Para estrangular os acampados, desde o dia 6, o CMP decidiu que ninguém mais entraria na concentração. Nesse dia começaram a sair de todo o Brasil caravanas para a capital federal. Chegaram mais de cem ônibus a Brasília, com 4 mil extremistas.

INFORMAÇÃO ERRADA – No domingo de manhã, em uma reunião na Secretaria da Segurança do DF, os militares receberam informações de que o protesto seria pacifico. Nesse momento, porém, grupos de bolsonaristas não faziam mais segredo de suas intenções violentas. Integrantes do governo desconfiam que essas informações foram sonegadas para comprometer a segurança da Esplanada.

Quando a tropa do Batalhão da Guarda chegou ao Planalto, o comandante da unidade, coronel Paulo Jorge Fernandes, a levou até o quarto andar e, de cima para baixo, foi desocupando e detendo os vândalos. Neste momento PMs da tropa de choque chegaram ao prédio. Pelo Plano Escudo, eles deviam permanecer fora do prédio, mas o GSI os convocou.

Ali, na frente do palácio, um dos PMs em um cavalo havia acabado de ser agredido pelos invasores. Quando entraram no Planalto, os policiais soltaram bombas de gás e passaram – segundo militares do Exército – a agredir os detidos. UmA senhora rezando levou um tapa. Outra de pé foi derrubada com uma rasteira.

VÍDEO EDITADO – Foi quando, segundo relato dos militares do Exército, o coronel tentou conter os PMs e foi filmado. O vídeo foi distribuído em redes sociais. Militares do Exército afirmam que ele foi editado para dar a impressão de que o coronel queria dar fuga aos detidos.

Na versão do policial militar que fez o vídeo, o coronel queria livrar os bolsonarista. As imagens passaram a ser usadas por críticos da ação do Exército para pressionar por mudanças no Ministério da Defesa. E, assim, o oficial se tornou alvo da esquerda. Mas também da direita.

É que, no momento das prisões, uma das detidas, uma mulher que parecia ter 70 anos, acusou o coronel: “O senhor é um traidor”. Segundo relatos dos colegas, o coronel Fernandes ficou abalado. Entre os detidos havia parentes de militares. Todos foram presos e entregues pelo coronel à polícia.

REMOVER O ACAMPAMENTO – À noite, o comandante do Exército Júlio César de Arruda, o general Dutra, o ministro Múcio e os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Flávio Dino (Justiça) se reuniram por duas horas e decidiram desocupar o acampamento pela manhã. Os militares acreditavam que seria arriscado fazê-lo à noite.

Os militares localizaram ume mulher, que se apresentou como líder dos acampados e ela concordou em conversar com os demais. Ela explicou que quem quisesse permanecer deveria ficar à esquerda. Os demais embarcariam nos ônibus e sairiam dali.

Às 6h30, após serem informados de que seriam levados à PF, apenas 40 dos 1,2 mil acampados disseram que iam resistir. Quando viram que todos os demais se dirigiram aos ônibus, esse grupo também desistiu e se entregou. Terminava, assim, a chamada tentativa de “tomada do poder” dos extremistas.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– A reportagem do excelente Marcelo Godoy, a melhor até agora, contém uma contradição. Se todos os 1.200 acampados foram embora nos ônibus, onde é que a Polícia Federal encontrou outras 1.200 pessoas para prender? Os números não batem, as informações são desbaratadas, é uma esculhambação geral, bem típica do Brasil de hoje. (C.N.)

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