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sexta-feira, março 04, 2022

Russos invadem prefeitura de Kherson




Prefeito da cidade, Igor Kolychayev, apelou para que as tropas russas não atirassem em civis. Um porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia disse que a cidade está sob "controle total" de soldados russos.

    Rede de supermercados dos EUA deixa de vender todas as marcas de vodca russa
    Ataque a estação ferroviária de Kiev
    Mariupol relata ataques russos maciços na cidade
    Soldados russos invadem prédio da administração de Kherson
    ONU registra 752 civis mortos na Ucrânia
    Berlim pede ajuda a outros estados para receber refugiados
    Secretário de Estado afirma que EUA apoiarão esforços diplomáticos para cessar-fogo
    Macron diz que Europa vive "nova era" e precisa de novas estratégias de defesa
    Empresário russo Roman Abramovich coloca o Chelsea à venda
    Rússia divulga número de mortos e feridos pela primeira vez
    Rússia proíbe pagamentos de títulos e ações a investidores estrangeiros
    Assembleia Geral da ONU aprova resolução que exige fim da invasão da Ucrânia
    Exxon Mobil suspende operações na Rússia
    Número de refugiados ucranianos já é de quase 875 mil
    Pára-quedistas russos desembarcam em Kharkiv
    Ucrânia amanhece sob fortes ataques russos
    Ataque aéreo na cidade de Zhytomyr
    Biden anuncia fechamento do espaço aéreo americano para aeronaves russas
    Boeing suspende suporte para companhias aéreas russas
    Dezenas de japoneses se voluntariam para lutar na Ucrânia

As atualizações estão no horário de Brasília 

23.13 – Rede de supermercados dos EUA deixa de vender todas as marcas de vodca russa

A rede de supermercados Publix, com sede na Flórida, anunciou nesta quarta-feira a decisão de retirar de suas prateleiras as marcas de vodca de fabricação russa, em sinal de solidariedade com a Ucrânia.

"A Publix está com o povo da Ucrânia. Para mostrar nosso apoio, decidimos remover as marcas de vodca russa de nossas prateleiras. Isso inclui todas as nossas lojas de bebidas", disse a rede de supermercados de Lakeland em comunicado.

Por conta desta decisão, nenhuma vodca fabricada na Rússia estará disponível para venda em qualquer supermercado da Publix, rede fundada em 1930 e atualmente com cerca de 1.280 lojas em sete estados americanos.

A medida ocorre em meio à crescente pressão sobre as empresas americanas para proibir ou boicotar produtos vindos da Rússia, após a invasão da Ucrânia. (EFE)

22:22 – OSCE relata morte de membro em ataque a Kharkiv

A Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) informou que uma membro de sua missão especial de monitoramento, Maryna Fenina, foi morta durante o bombardeio russo a Kharkiv.

"Maryna foi morta enquanto buscava suprimentos para sua família em uma cidade que se tornou uma zona de guerra", disse a OSCE em comunicado.

"Em Kharkiv e outras cidades e vilas na Ucrânia, mísseis, bombas e foguetes estão atingindo prédios residenciais e centros urbanos, matando e ferindo civis inocentes - mulheres, homens e crianças", acrescentou o comunicado.

(DW)

21:56 – Caças entram no espaço aéreo sueco

De acordo com informações de Estocolmo, quatro caças russos entraram brevemente no espaço aéreo sueco. Segundo comunicado das forças armadas suecas, o incidente ocorreu nesta quarta-feira na ilha de Gotland, no Mar Báltico, e foi documentado por fotos. 

O chefe da Força Aérea, Carl-Johan Edstrom, falou de "ação pouco profissional e irresponsável por parte do lado russo". (DW)

21:51 – Ataque a estação ferroviária de Kiev

Pesados ​​ataques russos estão sendo novamente relatados na capital Kiev. De acordo com a empresa ferroviária estatal Ukrraisnytsia, um projétil atingiu o sul da estação principal da cidade e danificou levemente o prédio.

O conselheiro do Ministério do Interior, Anton Herashchenko, disse que os destroços eram de um míssil russo abatido pela Força Aérea Ucraniana. De acordo com Herashchenko, um gasoduto de aquecimento urbano também foi danificado. (DW)

21:19 – Mariupol relata ataques russos maciços na cidade

A estrategicamente importante cidade portuária ucraniana de Mariupol está sob constante fogo russo, disse o prefeito, Wadym Boitschenko.

Em uma entrevista nesta quarta-feira, ele afirmou que a cidade foi atacada continuamente por mais de 14 horas. Segundo as autoridades, além do porto, alvos civis também foram atacados, incluindo uma maternidade e uma escola, deixando 42 pessoas feridas.

Também há ataques em áreas onde não não existe "infraestrutura militar", disse o chefe da administração militar regional, Pavlo Kyrylenko.

Boichenko acusou o exército russo de tentar impedir a saída de civis da cidade. Mariupol é considerada estrategicamente importante porque está localizada entre a Península da Crimeia, anexada pela Rússia, e as chamadas Repúblicas Populares no Donbass, que a Rússia reconheceu como independentes e onde lutam separatistas pró-Moscou. Se estivesse sob controle russo, seria mais fácil para as tropas se unirem. 

O Ministério da Defesa britânico disse que Mariupol já estava cercada por tropas russas. A cidade é um grande reduto da minoria graga no país. (DW)

21:05 – Soldados russos invadem prédio da administração de Kherson

Soldados russos invadiram o prédio da administração pública da cidade de Kherson, no sul da Ucrânia, informou o prefeito, Igor Kolychayev. Ele apelou para que as tropas russas não atirassem em civis.

"Não temos forças armadas na cidade, apenas civis e pessoas que querem viver aqui", disse o prefeito.

Um porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia disse que a cidade está sob "controle total" de soldados russos. Anteriormente, o governo ucraniano minimizou os relatos de uma ocupação russa na cidade.

19:28 – ONU registra 752 civis mortos na Ucrânia

Conforme o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (OHCHR), a guerra na Ucrânia já matou 752 civis até esta quarta-feira (02/03). A invasão russa começou oficialmente no dia 24 de fevereiro, às 4h, no horário da Europa Central (0h no Brasil). Outros 525 civis foram feridos.

Em um comunicado, a missão de monitoramento da guerra na Ucrânia observou que o número "é mais do que o total de baixas civis registradas pelo OHCHR na zona de conflito no leste da Ucrânia entre 2018 e 2021", quando 136 pessoas foram mortas.

"A maioria dessas baixas foi causada pelo uso de armas explosivas, com ampla área de impacto, incluindo bombardeios de artilharia pesada e sistemas de mísseis de múltiplos disparos, além de ataques aéreos", informou o comissariado da ONU.

No comunicado, também foi anunciado que a ONU "acredita que os números reais são consideravelmente mais altos, especialmente nos últimos dias, em território controlado pelo governo, uma vez que o recebimento de informações de alguns locais onde têm ocorrido hostilidades intensas foi atrasado e muitos relatórios seguem pendentes de confirmação".

(DW)

18:23 – Berlim pede ajuda a outros estados para receber refugiados

A prefeita de Berlim, Franziska Giffey, pediu nesta quarta-feira (02/03) que outras regiões da Alemanha acolham refugiados vindos da guerra na Ucrânia.

"Há um foco muito grande em Berlim. Vamos administrar isso da melhor forma possível. Mas também precisamos do apoio dos outros estados", afirmou Giffey, que estima que a capital alemã deve receber pelo menos 20 mil ucranianos nos próximos dias.

Segundo a prefeita, Berlim - que é uma cidade-estado - já está em conversações com estados alemães próximos, como Brandemburgo, Saxônia-Anhalt e Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental.

A administração da cidade alemã também quer negociar com a empresa ferroviária Deutsche Bahn sobre a extensão de tickets que valiam somente até Berlim. A Deutsche Bahn tem oferecido viagens gratuitas de trem para ucranianos que se deslocam a partir da Polônia para a Alemanha.

Segundo a agência para refugiados da ONU, até o momento em torno de 875 mil pessoas já fugiram da Ucrânia desde a invasão russa, na quinta-feira da semana passada. O número, porém, segue "crescendo exponencialmente" e deve atingir 1 milhão entre esta quarta e quinta-feira.

(DW)

18:00 – Secretário de Estado afirma que EUA apoiarão esforços diplomáticos para cessar-fogo

O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que o custo humano da guerra na Ucrânia já é "alarmante".

O principal diplomata americano também afirmou que os EUA mantêm-se abertos para diálogos diplomáticos, mas deixou claro que a Rússia precisa parar com as agressões militares em solo ucraniano.

"Se a Rússia recuar e buscar a diplomacia, estamos prontos para fazer a mesma coisa", declarou Blinken.

Blinken deve viajar nos próximos dias para Bélgica, Polônia, Estônia, Letônia, Lituânia e Moldávia para discutir a situação na Ucrânia.

Ele disse que conversou com o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, assegurando apoio contínuo dos EUA.

"Se há medidas diplomáticas que podemos tomar que o governo ucraniano acredita que sejam úteis, estamos preparados para tomá-las, mesmo que continuemos a apoiar a Ucrânia para se defender", concluiu Blinken.

(DW)

17:15 – Macron diz que Europa vive "nova era" e precisa de novas estratégias de defesa

O presidente da França, Emmanuel Macron, disse nesta quarta-feira (02/03) que a Europa vive uma "nova era" após a invasão russa na Ucrânia. E repetiu o apelo de que o continente precisa se encarregar de sua própria segurança.

"A guerra na Ucrânia é uma profunda ruptura para nosso continente, para nossa geração. Ela significa que teremos de tomar decisões. Não podemos mais depender de outros para nos defender", afirmou Macron, em discurso televisivo.

Macron também elogiou os militares ucranianos, mas advertiu que "os próximos dias provavelmente serão cada vez mais difíceis".

Falando em frente à bandeira da Ucrânia e ao lado das bandeiras da Europa e da França, Macron disse que "Putin escolheu essa guerra sozinho".

O presidente francês, no entanto, prometeu que vai seguir conversando com Putin para tentar parar sua ofensiva militar.

As consequências da invasão russa devem prejudicar a economia da França, mas Macron disse que seu governo trabalha para proteger as famílias das pressões econômicas, como o aumento dos preços e a inflação.

(DW)

'Macron: "Guerra na Ucrânia é uma profunda ruptura para a Europa, para a nossa geração".

16:29 – Abramovich coloca o Chelsea à venda

O empresário russo Roman Abramovich, proprietário do Chelsea Footbal Club, de Londres, decidiu vender o clube e prometeu doar "todas as receitas líquidas do negócio" para ajudar as vítimas da guerra na Ucrânia.

Em um comunicado, Abramovich disse que sempre tomou decisões baseado "com o melhor interesse para o clube".

A venda não deve ocorrer imediatamente e seguirá uma série de processos e análises.

"Acredito que isso é o melhor para o clube, para os fãs, para os funcionários, assim como para os patrocinadores e parceiros", disse o empresário.

Abramovich informou que uma fundação beneficente vai ser criada "em benefício de todas as vítimas da guerra na Ucrânia".

"Isso inclui o fornecimento de fundos para necessidades urgentes e imediatas de vítimas, assim como o apoio ao trabalho de recuperação a longo prazo", acrescentou.

Ele também disse que não vai pedir reembolso de empréstimos que fez ao Chelsea: "Isso nunca foi sobre negócios, nem dinheiro para mim, mas sobre pura paixão pelo esporte e pelo clube".

Abramovich assumiu o Chelsea em 2003, época em que o clube não conquistava o título da primeira divisão inglesa de futebol desde 1955. Desde então, foram cinco títulos do Campeonato Inglês, duas Ligas dos Campeões e um Mundial de Clubes.

(DW)

15:33 – Rússia divulga número de mortos e feridos pela primeira vez

Pela primeira vez desde o início da invasão à Ucrânia, na quinta-feira da semana passada (24/02), o exército russo divulgou estatísticas de soldados mortos e feridos em combate.

Segundo o Ministério da Defesa, 498 militares russos morreram e 1.597 foram feridos.

Os números foram divulgados depois que o presidente da Ucrânia, Volodomir Zelenski, disse que em torno de 6 mil russos já haviam sido mortos.

O general russo Igor Konashenkov negou que ocorreram "perdas incalculáveis" e tratou os relatos do governo ucraniano como "desinformação".

Logo depois que a Rússia anunciou os números, Kiev informou que 7 mil russos já morreram.

(DW)

14:48 – Rússia proíbe pagamentos de títulos e ações a investidores estrangeiros

Investidores estrangeiros que detêm ações em rublo, a moeda russa, estão impossibilitados de receberem qualquer tipo de pagamento referente a esses títulos. O Banco Central russo anunciou a suspensão temporária do repasse desses valores, em uma retaliação direta no setor econômico devido às sanções impostas pelo Ocidente à Rússia.

O bloqueio atinge bilhões de dólares em investimentos de estrangeiros no país.

Nesta quarta-feira (02/03), o Banco Central da Rússia também proibiu o pagamento de dívidas de investidores estrangeiros em rublo. As empresas russas também foram proibidas de repassar valores a acionistas estrangeiros.

Moscou não especificou quanto tempo a medida, que não se aplica a investidores russos, permanecerá em vigor.

(Reuters) 

14:20 – Assembleia Geral da ONU aprova resolução que exige fim invasão da Ucrânia

A Assembleia-Geral da ONU adotou por ampla maioria uma resolução que exige o fim da ofensiva russa e a retirada imediata de suas tropas da Ucrânia, em uma poderosa demonstração de repúdio às agressões de Moscou.

Após mais de dois dias de debates, 141 dos 193 Estados-membros da Assembleia – entre estes, o Brasil – votaram a favor da resolução, que não tem efeito vinculativo, ou seja, não obriga a Rússia a segui-la.

A China foi um dos 35 países que se abstiveram, enquanto somente cinco votaram contra a resolução, entre eles Eritreia, Síria, Coreia do Norte e Belarus.

A resolução condena nos termos mais fortes a invasão da Ucrânia pela Rússia e rechaça a decisão do presidente Vladimir Putin de colocar em alerta suas forças nucleares. (AFP, AP)

13:49 – Ucrânia e Rússia retomam conversações sobre possível cessar-fogo

As negociações entre a Ucrânia e a Rússia serão retomadas nesta quinta-feira, informou o governo russo. Segundo o negociador-chefe de Moscou, um possível cessar-fogo também está na agenda.

De acordo com o governo em Kiev, a delegação ucraniana já estaria a caminho da fronteira com Belarus, onde ocorreu a primeira rodada das conversas.

13:05 – Exxon Mobil suspende operações na Rússia

A petrolífera Exxon Mobil anunciou a suspensão de suas operações de petróleo e gás na Rússia, de valor acumulado de mais de 4 bilhões de dólares (aproximadamente 20,7 bilhões de reais), e o cancelamento de novos investimentos no país, em razão das agressões russas à Ucrânia. (AFP)

12:43 – Número de refugiados ucranianos já é de quase 875 mil

O número de refugiados que deixaram a Ucrânia desde o início da invasão russa ao país já é de quase 875 mil, segundo dados da ONU. 

No total, 874.026 pessoas atravessaram as fronteiras da Ucrânia para as nações vizinhas. Muitos deles, porém, não desejam permanecer em países como Polônia ou Hungria. 

Segundo dados oficiais, em torno de 5 mil ucranianos prosseguiram até a Alemanha. As autoridades estimam que o número verdadeiro deva ser ainda maior, uma vez que não há restrições de viagem ou controles na fronteira entre a Polônia e a Alemanha.

Somente na noite de terça-feira, em torno de 1,3 mil refugiados ucranianos chegaram de trem à estação central de Berlim, vindos da Polônia. (AFP, dpa)

12:08 – Ucrânia convida mães de soldados russos capturados a buscarem seus filhos

A Ucrânia convidou as mães dos soldados russos capturados nos campos de batalha para irem ao país buscar seus filhos, em uma aparente tentativa de constranger Moscou.

"Tomamos a decisão de devolver os soldados russos capturados às suas mães, se elas vierem recolhê-los na Ucrânia, em Kiev", informou em nota o Ministério ucraniano da Defesa.

A Ucrânia afirma ter apreendido dezenas de soldados da Rússia. Vídeos feitos em telefones celulares, que circulam na internet, mostram imagens de jovens, supostamente russos, de uniforme e desarmados, com expressão de espanto.

Kiev abriu uma linha telefônica direta e divulgou um endereço de email para os pais russos averiguarem se seus filhos estão entre os mortos ou capturados.

"Vocês serão convidados a virem a Kiev, onde seus filhos lhes serão devolvidos", afirma a nota do Ministério. "Ao contrário dos fascistas de Putin, nós, ucranianos, não declaramos guerra às mães e seus filhos capturados." (AFP)

11:05 – Suspensão do Nord Stream 2 trará "danos irreparáveis" às relações com Alemanha, diz Rússia

O Ministério Russo do Exterior afirmou que a decisão alemã de congelar o processo de certificação do gasoduto Nord Stream 2 é inaceitável e causará damos irreparáveis às relações bilaterais. Segundo a pasta, a medida deve levar também a um inevitável aumento no preço do gás. 

O Nord Stream 2 é o gasoduto submarino mais longo do mundo, custou 9,5 bilhões de euros (R$ 54,5 bilhões) e foi concluído em setembro de 2021, mas não chegou a entrar em funcionamento devido à falta de aprovação de órgãos reguladores alemães. O projeto acabou travado por tempo indeterminado como parte dos pacotes de sanções da Alemanha e dos Estados Unidos à Rússia pela invasão da Ucrânia.

O gasoduto sob o Mar Báltico foi desenvolvido para ampliar o fornecimento de gás russo para a Alemanha. Durante a sua construção, Berlim argumentou que o projeto era necessário para atuar como uma ponte na transição para a energia limpa, a fim de substituir combustíveis fósseis e energia nuclear por fontes sustentáveis (como eólica e solar). O projeto demorou mais de uma década para sair do papel.

A empresa Nord Stream 2 AG, sediada na Suíça e responsável pelo planejamento, construção e operação do gasoduto homônimo, que conecta Rússia e Alemanha, estaria prestes a falir. (Reuters)

10:43 – Prefeito de Mariupol denuncia brutalidade das tropas russas no cerco à cidade

O prefeito de Mariupol, onde se localiza o principal porto do país, relatou múltiplas mortes nas últimas horas, enquanto a cidade enfrenta ataques ininterruptos por parte das forças russas que impõem um cerco ao local.

"As forças inimigas de ocupação da Federação Russa fazem de tudo para impedir a saída de civis, da cidade de meio milhão de pessoas", afirmou o prefeito, Vadym Boichenko. Ele denunciou que o abastecimento de água foi interrompido.

Mariupol, no Mar de Azov, é considerada de grande importante estratégica pelos russos. (Reuters)

08:17 – Opositor russo convoca protestos diários contra a guerra

Da prisão, o opositor russo Alexei Navalny convocou nesta quarta-feira protestos diários contra a invasão da Ucrânia e afirmou que seu país não pode ser "uma nação de covardes assustados".

"Peço a todos que saiam às ruas e lutem por paz", disse Navalny num comunicado publicado no Facebook, acrescentando que os manifestantes não devem ter medo da prisão. "Tudo tem um preço e agora, na primavera de 2022, devemos pagar esse preço", destacou.

Navalny foi preso em janeiro de 2021 em Moscou, ao retornar da Alemanha, onde passou cinco meses se recuperando de um envenenamento por um agente nervoso desenvolvido na época da União Soviética. Ele acusa o Kremlin de tentar matá-lo. O governo russo nega.

No começo de fevereiro de 2021, um tribunal da Rússia sentenciou Navalny a dois anos e meio de prisão. A Justiça alegou que o ativista, em sua estada na Alemanha, tenha violado as condições de sua liberdade condicional relacionada a uma sentença proferida em 2014, ao não se apresentar regularmente para as autoridades.

A sentença original envolve um suposto caso de fraude, num processo que foi considerado politicamente motivado e declarado ilícito pelo Tribunal Europeu de Direitos Humanos. (AFP)

08:00 – Como as armas doadas pelo Ocidente chegarão à Ucrânia?

A União Europeia (EU) destinou 450 milhões de euros para a compra de armas letais para as Forças Armadas da Ucrânia, incluindo sistemas de defesa aérea, armas antitanque, munições e outros equipamentos militares. Outros 50 milhões de euros serão gastos no fornecimento de suprimentos não letais, como combustível, equipamentos de proteção, capacetes e kits de primeiros socorros.

Os EUA também reforçaram seus repasses e irão fornecer mais 350 milhões de dólares em assistência militar, incluindo mísseis antitanque Javelin, mísseis antiaéreos Stinger, armas de pequeno calibre e munição.

Embora a ajuda militar de países ocidentais dê um grande impulso para a Ucrânia em seu esforço para repelir as forças russas, há dúvidas sobre a logística e os possíveis obstáculos para a entrega deste equipamento.  

07:44 – Rússia teria assumido controle da região em torno da maior usina nuclear da Ucrânia

De acordo com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), a Rússia afirma ter assumido o controle da região em torno da maior usina nuclear da Ucrânia localizada em Zaporíjia, no sudeste do país. A informação foi relatada por Moscou ao órgão de controle nuclear da ONU através de uma carta.

A AIEA disse que a Rússia relatou que os funcionários da usina, que possui seis dos 15 reatores do país, continuam trabalhando normalmente e que os níveis de radiação permanecem normais.

A Rússia assumiu ainda o controle da usina nuclear de Chernobyl, que foi desativada após o maior acidente nuclear do mundo em 1986.

A agência da ONU informou ainda que recebeu um pedido da Ucrânia para fornecer assistência na coordenação das atividades para garantir a segurança em Chernobyl e em outras usinas nucleares. (AP)

07:10 – Rússia quer retomar em breve negociações com a Ucrânia

A Rússia afirmou que sua delegação estará pronta nesta quarta-feira para retomar as negociações com a Ucrânia para um cessar-fogo. Segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a equipe de Moscou estará a postos a voltar para a mesa de conversas no fim da tarde desta quarta-feira. Ele não indicou onde a segunda rodada deve acontecer.

Autoridades ucranianas ainda não se manifestaram sobre a declaração russa.

A primeira rodada de negociações para um cessar-fogo ocorreu na segunda-feira próximo a fronteira entre Belarus e Ucrânia e terminou sem avanços, apesar de ambos os lados concordarem em continuar as conversas. (AP)

06:22 – Dezenas de japoneses se voluntariam para lutar na Ucrânia

Ao menos 70 japoneses responderam ao chamado do presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, para se juntar as tropas ucranianas e lutar contra a invasão russa. No domingo, Zelenski pediu ajuda para formar uma "legião internacional" de combatentes voluntários, o que levou dezenas de canadenses e americanos a se voluntariar.

De acordo com o jornal Mainichi Shimbun, entre os voluntários estão 50 ex-integrantes das Forças de Autodefesa do Japão e dois veteranos da Legião Estrangeira.

A embaixada da Ucrânia no Japão afirmou que os voluntários precisam ter experiência nas Forças de Autodefesa do Japão ou terem recebido formação especializada.

A embaixada publicou ainda que a Ucrânia precisa de voluntários médicos, além de especialistas em informática, comunicação e em combate a incêndios.

06:00 – Rússia diz ter assumido controle de Kherson

Uma semana depois do início da guerra, a Rússia afirma ter mesmo assumido o controle da primeira grande cidade ucraniana, Kherson, com cerca de 250 mil habitantes. O governo ucraniano não confirmou a informação. A cidade fica no Mar Negro, perto da fronteira russa ao norte da Crimeia, a península ucraniana anexada pelos russos em 2014.

"As unidades do exército russo assumiram o controle total da capital regional de Kherson", disse o porta-voz das forças armadas russas, Igor Konashenkov, assegurando que as "infraestruturas civis" e os transportes públicos estavam funcionado normalmente.  

Após o exército dizer ter conquistado Kherson, os separatistas pró-russos anunciaram ter conseguido bloquear totalmente Mariupol, também no sul da Ucrânia. Outra informação não confirmada pelo lado ucraniano. Os separatistas estariam agora tentando convencer as forças ucranianas a depor as armas e a criar um corredor humanitário para que os civis possam deixar a cidade.

Em vídeo divulgado nesta quarta-feira, presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, afirmou que quase 6 mil soldados russos teriam morrido nos primeiros seis dias de guerra. Essa informação não foi confirmada por fontes independentes. (Reuters, Lusa)

05:30 – Como Putin está mudando a Europa

A guerra do presidente russo, Vladimir Putin, contra a Ucrânia desencadeou uma série de consequências não intencionais: uniu a Europa, pôs fim a bajulações econômicas e políticas de alguns países da União Europeia (UE), levou muitos de seus velhos amigos à clandestinidade e pôs um fim temporário às disputas mesquinhas.

O entusiasmo pela nova unidade pode ser temporário, pois o preço para as duras sanções ainda não foi pago. No entanto, a guerra de Putin é como um elixir da longa vida para a UE, vacas sagradas estão sendo abatidas e um novo vento sopra pelo bloco.

04:15 – Pára-quedistas russos desembarcam em Kharkiv

Militares da Ucrânia dizem que tropas russas desembarcaram na cidade oriental de Kharkiv. "Há uma luta em andamento entre os invasores e os ucranianos", disseram os militares em um comunicado no aplicativo de mensagens Telegram.

Anton Gerashchenko, conselheiro do ministro do Interior ucraniano, disse que um incêndio começou no quartel de uma escola de aviação nesta quarta-feira, após um ataque aéreo.

"Praticamente não há áreas em Kharkiv que não tenham sido atingidas por um projétil de artilharia", disse ele em um comunicado no Telegram. 

A segunda maior cidade do país abriga cerca de 1,4 milhão de pessoas e fica perto da fronteira com a Rússia. O local tem sido alvo das tropas russas desde o início da invasão.

A administração da cidade disse que pelo menos 21 pessoas foram mortas em bombardeios e 112 ficaram feridas.

O correspondente da DW Mathias Bölinger, que está no oeste da Ucrânia, disse que houve ataques contínuos a Kharkiv, à capital Kiev, e à cidade de Kherson, no sul.

"As tropas russas estão dentro da cidade de Kherson", disse ele. "Esta seria a primeira grande cidade na Ucrânia onde eles parecem ter tomado o controle, embora a luta ainda esteja acontecendo. Nada está decidido ainda", afirmou.

Bölinger também disse que não está claro o que o enorme comboio militar russo que avança em direção a Kiev fará a seguir.

03:28 – Ucrânia amanhece sob fortes ataques russos

A mídia ucraniana reportou no começo da manhã desta quarta-feira (horário local) sirenes de alerta em várias cidades, com moradores buscando refúgio em abrigos.

De acordo com o jornal The Kyiv Independent, o Estado-Maior Geral das Forças Armadas da Ucrânia disse que as forças russas estão tentando avançar em todas as direções, mas encontram resistência dos militares ucranianos em todos os lugares e estão sofrendo perdas.

02:22 – Bolsa de Valores de Moscou fechada

As negociações na Bolsa de Valores de Moscou permanecem suspensas nesta quarta-feira pelo terceiro dia seguido, mas o Banco Central da Rússia disse que permitirá uma gama limitada de operações pela primeira vez nesta semana.

As sanções ocidentais impostas pela invasão da Ucrânia levaram o rublo da Rússia a uma queda recorde. Em resposta, o Banco Central mais que dobrou as taxas de juros, para 20%.

01:58 – Tropas russas desembarcam em Kharkiv 

O exército ucraniano informou que tropas aerotransportadas russas desembarcaram na madrugada desta quarta-feira em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia. 

"Combates estão ocorrendo entre invasores e ucranianos", informou o exército pelo Telegram. 

A agência Unian informou que soldados russos atacaram um centro médico militar na cidade.

01:17 – Putin decreta que russos não podem sair com mais de US$ 10.000

O presidente russo, Vladimir Putin, assinou um decreto para impedir que os russos deixem o país com mais de 10.000 dólares em moeda estrangeira, informou a mídia estatal.

A medida é uma tentativa de "garantir a estabilidade financeira da Rússia", de acordo com um comunicado da assessoria de imprensa do Kremlin. 

01:13 – Moscou ameaça bloquear Wikipedia

As autoridades russas ameaçaram bloquear a oferta em russo da Wikipedia em razão de um artigo detalhando a invasão na Ucrânia.

A Wikipedia russa disse que o regulador estatal de comunicações enviou uma notificação da promotoria. O aviso reclama de "relatos sobre inúmeras baixas entre o pessoal de serviço da Federação Russa e também da população civil da Ucrânia, incluindo crianças".

01:04 – O perigo da invasão russa para a minoria grega na Ucrânia

Nos primeiros cinco dias da invasão russa na Ucrânia, 12 membros da minoria grega foram mortos na aldeia de Sartanas, perto da cidade de portuária ucraniana de Mariupol. 

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores da Grécia, eles foram vítimas de bombardeios das forças russas, o que levou a pasta a apresentar um "forte protesto" junto ao embaixador russo em Atenas.

Os gregos vivem nesta área há milhares de anos, e hoje são uma minoria calculada entre 100.000 e 150.000 pessoas. A invasão russa é perigo para eles. 

Leia mais. 

00:30 – Boeing suspende suporte para companhias aéreas russas

A fabricante americana de aeronaves Boeing informou que deixará de fornecer peças, manutenção e suporte técnico para companhias aéreas russas. 

"À medida que o conflito continua, nossas equipes estão focadas em manter nossos colegas seguros na região", disse um porta-voz da Boeing. 

A empresa já havia suspendido as operações de treinamento em Moscou e fechado temporariamente seu escritório em Kiev.

00:24 – Ataque aéreo na cidade de Zhytomyr

Um ataque aéreo foi relatado da cidade ucraniana de Zhytomyr. Mísseis de cruzeiro russos danificaram vários edifícios, incluindo um hospital, informou a agência de notícias Unian. Segundo as autoridades, duas pessoas morreram e dez ficaram feridas. Vídeos compartilhados nas redes sociais mostraram casas em chamas e equipes de resgate.

'Cidade de Zhytomyr foi atacada durante a madrugada'

"Não será uma noite tranquila", disse o prefeito, Serhiy Sukhomlyn. 

Zhytomyr fica a cerca de 140 quilômetros a oeste da capital Kiev.

00:03 – Biden anuncia fechamento do espaço aéreo americano para aeronaves russas

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta terça-feira a decisão de fechar o espaço aéreo do país às companhias aéreas da Rússia, seguindo o que já havia sido feito pela União Europeia (UE) e pelo Canadá.

"Esta noite, anuncio que nos uniremos aos nossos aliados e fecharemos o espaço aéreo americano a todos os voos russos, para isolar ainda mais a Rússia e asfixiar ainda mais a sua economia", declarou Biden, que recebeu aplausos de pé em seu primeiro discurso sobre o Estado da União, perante as duas câmaras do Congresso dos EUA.

A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse na segunda-feira passada que não era fácil para Washington tomar tal decisão, o que certamente provocaria uma medida recíproca de Moscou porque muitas das suas companhias aéreas "sobrevoam a Rússia para ir para a Ásia".

A Rússia fechou na segunda-feira o seu espaço aéreo a voos de 36 países, incluindo todos os países da União Europeia e o Canadá, em resposta à mesma medida tomada por estas nações após o início da invasão russa à Ucrânia, de acordo com a Agência Federal de Transportes Aéreos (Rosaviatsia).

As medidas europeias de retaliação à operação militar da Rússia contra a Ucrânia forçaram a companhia aérea russa Aeroflot a suspender todos os voos para a Europa e países vizinhos.

Também foram cancelados voos para vários dos seus destinos nos Estados Unidos e na América Latina, uma vez que o fechamento do espaço aéreo europeu e canadense obriga os aviões a fazerem um longo desvio.

(EFE)

Deutsche Welle

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'O assessor presidencial Vladimir Medinsky esteve entre os negociadores russos'

Negociações ocorreram na Belarus

As negociações entre Rússia e Ucrânia seguem em um impasse após a segunda rodada de conversas, realizada em Belarus nesta quinta-feira (3/3), o oitavo dia do conflito.

O negociador ucraniano Mykhailo Podolyak disse antes do encontro que as principais questões discutidas seriam um cessar-fogo, um armistício e a criação de corredores humanitários,

Mas os dois lados só chegaram a um entendimento sobre a o último ponto e concordaram em criar rotas "para evacuar civis pacíficos, e também sobre o fornecimento de remédios e alimentos para os locais dos combates mais intensos", disse Podolyak ao fim da reunião.

Ele acrescentou que existe a possibilidade, "reforço, possibilidade de um cessar-fogo temporário para o período de evacuação em determinados setores".

Mas Podolyak disse que "com grande pesar" as últimas negociações entre a Rússia e a Ucrânia "não alcançaram os resultados que esperávamos".

Mas ele afirmou que os dois lados concordaram em continuar as negociações "no futuro próximo".

"A única coisa que posso dizer é que discutimos o aspecto humanitário em detalhes, porque muitas cidades estão cercadas agora", diz ele.

Do lado russo, o assessor presidencial e ex-ministro da Cultura Vladimir Medinsky disse ao canal de notícias Rossiya 24 que foi possível encontrar entendimento mútuo em alguns pontos de negociação.

"A principal questão que resolvemos hoje é a questão de salvar pessoas, civis que se encontraram na zona de confrontos militares."

Ele disse que os dois ministérios da Defesa acordaram um formato para a manutenção de corredores humanitários "para a saída da população civil [e] sobre a possível cessação temporária das hostilidades no setor do corredor humanitário para o período de saída da população civil".

"Acho que isso é um progresso significativo", acrescentou.

De acordo com a agência de notícias Reuters, a próxima rodada de negociações ocorrerá no início da próxima semana.

Mais cedo, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que uma conversa direta com Vladmir Putin é o único jeito de acabar com a guerra. "Sente-se (para conversar) comigo", disse Zelensky.

Ele voltou a fazer apelos para que outros países Europeus e membros da aliança militar Organização do Tratado do Atlântico Norte enviem aviões para a Ucrânia.

Veja a seguir os principais acontecimentos mais recentes na guerra.

Maior usina nuclear da Europa está em chamas, dizem autoridades locais

'Ucrânia tem quatro usinas nucleares ativas, incluindo Zaporizhzhia'

Um incêndio teria ocorrido na usina nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa.

O fogo parece ter sido causado por "contínuo bombardeio inimigo dos edifícios e unidades [da usina]", de acordo com o prefeito Dmytro Orlov, da vizinha Enerhodar.

Orlov havia relatado anteriormente intensos combates entre as forças ucranianas e russas nos arredores de sua cidade, que fica no sudeste do país.

Escrevendo no Facebook, ele disse que não havia abastecimento de água na cidade e não havia eletricidade em alguns bairros.

Tropas russas tentaram entrar na cidade em tanques e tomar a fábrica, mas moradores e trabalhadores foram vistos reunidos ao redor da fábrica e de suas estradas na quarta-feira (3/3).

Segundo uma parlamentar ucraniana, Inna Sovsun, centenas de pessoas fizeram uma 'barricada humana' no caminho para a cidade e para a usina.

A Ucrânia tem quatro usinas nucleares ativas, incluindo Zaporizhzhia. Também lida com resíduos nucleares em locais como Chernobyl, agora sob controle russo.

A Agência Internacional de Energia Atômica disse hoje cedo que está consultando a Ucrânia "e outros com o objetivo de fornecer o máximo de assistência possível ao país, pois busca manter a segurança nuclear nas atuais circunstâncias difíceis".

O diretor-geral da agência, Rafael Grossi, em um comunicado hoje, pediu a todas as forças militares que operam em torno de Enerhodar que se abstenham de violência perto da usina.

Na quarta-feira, ele disse que as usinas nucleares do país "devem poder continuar operando sem nenhuma ameaça à segurança. Qualquer acidente causado como resultado do conflito militar pode ter consequências extremamente graves para as pessoas e o meio ambiente, na Ucrânia e além". .

As forças russas tomaram o controle da usina nuclear fechada de Chernobyl há cerca de uma semana.

Autoridades ucranianas relataram que os níveis de radiação foram "excedidos" em vários lugares da área na época, mas a Rússia disse que isso não ocorrreu.

Drone registra destruição em Borodyanka após ataque russo

Imagens aéreas mostram a extensão da destruição de edifícios em Borodyanka. Veículos militares russos destruídos também aparecem nas imagens.

Os moradores afirmam que repeliram um ataque russo à cidade, que fica a 60 km de distância a noroeste da capital ucraniana, Kiev.

Explosões em Kiev

Na capital, que permanece sob controle da Ucrânia, quatro grandes explosões foram registradas em vídeo por testemunhas na madrugada de quinta-feira, mas ainda não está claro quais eram os alvos ou se houve vítimas.

Correspondentes da BBC dizem que as explosões puderam ser ouvidas de dois andares subterrâneos, no bunker em que estavam.

O enorme comboio de veículos militares russos, de 65 km de extensão, que segue lentamente em direção a Kiev está atualmente "parado", de acordo um oficial de defesa dos EUA.

Há relatos de que o atraso se deve a uma possível escassez de alimentos e combustível, a rodas atoladas na lama, falhas mecânicas e à resistência ucraniana.

Cerca de 15 mil pessoas estão abrigadas em estações de metrô em Kiev, informou o atual responsável pelo metrô da capital, Viktor Brahinsky, acrescentando que é possível acomodar até 100 mil pessoas se necessário.

Rússia conquista Kherson

As forças russas tomaram o controle da cidade portuária de Kherson, segundo autoridades locais.

É a primeira grande cidade ucraniana a ser capturada desde o início da invasão.

Estrategicamente, Kherson é uma base importante para os militares russos para avançarem mais para o interior e para oeste, ao longo da costa até a cidade portuária de Odesa.

Centenas de pessoas morreram em ataque a Maripuol, diz vice-prefeito

Na cidade portuária de Mariupol, há relatos de que centenas de pessoas morreram após horas de bombardeios contínuos, informou o vice-prefeito da cidade.

Militares da Ucrânia afirmam que a cidade continua nas mãos do país, mas o prefeito disse que as tropas russas cortaram a eletricidade, o aquecimento e o suprimento de água e comida da cidade.

Ele comparou o cerco russo à cidade ao mortífero cerco nazista de São Petersburgo na Segunda Guerra Mundial.

"Eles estão tentando criar um bloqueio aqui, assim como em Leningrado", disse Vadym Boichenko.

"Eles não conseguiram encontrar uma maneira de nos quebrar. Então, agora eles estão tentando nos impedir de reparar o fornecimento de eletricidade, água e aquecimento."

As forças russas destruíram uma conexão de trem para que não fosse possível evacuar civis, acrescentou o prefeito de Maripuol.

Se a Rússia capturar mais cidades do sul, as forças ucranianas podem perder o acesso ao mar.

'Maripuol, considerada estratégica, está sob forte ataque'

Vídeo mostra Chernihiv após bombardeio

A polícia da Ucrânia publicou o vídeo abaixo, que mostra as consequências do bombardeio na cidade de Chernihiv, no norte, com vários edifícios e veículos destruídos.

A cidade foi alvo de bombardeios russos pesados, mas permanece em mãos ucranianas, de acordo com a última atualização da inteligência militar do Reino Unido.

O serviço de estado de emergência da Ucrânia informou que ao menos 22 morreram após os ataques aéreos atingirem prédios residenciais.De acordo com o serviço ucraniano da BBC, vários arranha-céus também foram alvejados durante o bombardeio.

Ataques seguem em Kharkiv

Também houve bombardeios pesados em Kharkhiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, que vem sendo intensamente atacada nos últimos três dias.

Putin: 'Operação está indo conforme o planejado'

O presidente russo, Vladimir Putin, disse que sua "operação militar especial" - como ele se referiu à invasão da Ucrânia pela Rússia - está "indo conforme o planejado".

Sua afirmação vem apesar de muitos analistas sugerirem que a invasão não saiu conforme Moscou esperava.

Em um discurso televisionado, ele acusou as forças ucranianas de fazer "milhares de cidadãos estrangeiros reféns" e usar civis como "escudos humanos" - ele não forneceu evidências dessas alegações.

Ele acrescentou que russos e ucranianos são "um só povo" e disse que "destruiria essa 'anti-Rússia' criada pelo Ocidente".

Em seu discurso, ele elogiou as tropas russas por sua "bravura" na Ucrânia contra o que chamou de forças "neonazistas".

'Putin disse que seu objetivo é desmilitarizar a Ucrânia'

O presidente russo disse ainda ao presidente francês Emmanuel Macron que a Rússia desmilitarizará com sucesso a Ucrânia e a tornará neutra, que ele disse serem seus objetivos com a guerra.

Os dois se falaram por telefone durante 90 minutos na quinta-feira.

Putin também disse que qualquer tentativa de Kiev de adiar as negociações faria Moscou aumentar sua lista de exigências.

Mais oligarcas russos sofrem sanções

O governo dos Estados Unidos anunciou uma nova rodada de sanções contra os oligarcas russos.

As novas penalidades terão como alvo membros da elite russa, suas famílias e associados próximos, banindo-os do sistema financeiro americano.

'O bilionário Alisher Usmanov estará entre os sancionados pelos EUA'

A Casa Branca também disse que sancionará sete entidades russas e 26 indivíduos por seu papel na divulgação de "narrativas falsas que promovem objetivos estratégicos russos e justificam falsamente as atividades do Kremlin".

O presidente Joe Biden observou na quinta-feira que as sanções já em vigor "tiveram um impacto profundo".

Agora, disse ele, os aliados ocidentais estão caminhando para "a mais forte campanha unificada de impacto econômico sobre Putin em toda a história".

O Reino Unido também anunciou sanções a mais dois oligarcas: o bilionário russo nascido no Uzbequistão Alisher Usmanov, cujas ligações comerciais com o clube de futebol Everton foram suspensas, e o ex-vice-primeiro-ministro russo Igor Shuvalov.

Autoridades também apreenderam superiates de propriedade de oligarcas como parte das sanções contra a Rússia após a invasão da Ucrânia.

Um iate de propriedade de Igor Sechin, chefe da empresa estatal russa de energia Rosneft, foi capturado por funcionários da alfândega francesa perto de Marselha.

'Iate do oligarca Igor Sechin foi apreendido'

As autoridades alemãs apreenderam um navio de US$ 600 milhões de propriedade do magnata russo do metal Alisher Usmanov, segundo relatos.

A BBC apurou que alguns oligarcas sancionados pela UE ficaram "chocados" ao descobrir que seus cartões de débito não funcionam mais e agora estão confiando no uso de dinheiro em cofres.

Um deles, o banqueiro bilionário Mikhail Fridman, disse que impor sanções aos oligarcas não teria impacto na decisão de Moscou de iniciar uma guerra na Ucrânia.

Fridman, que é um dos homens mais ricos da Rússia, afirmou em uma coletiva de imprensa em Londres que a guerra foi uma tragédia para ambos os lados.

Mas ele não fez críticas diretas, dizendo que comentários pessoais podem ser um risco não apenas para ele, mas também para funcionários e colegas.

UE dará residência temporária a refugiados

A União Europeia (UE) concordou em conceder residência temporária aos ucranianos que fogem da guerra, por até três anos.

Os ministros da UE deram luz verde aos planos em uma reunião em Bruxelas na quinta-feira.

O bloco acionou um mecanismo - que nunca foi usado antes - para permitir aos cidadãos ucranianos e suas famílias o direito ao trabalho, educação e bem-estar.

A UE diz que aqueles que têm permissão de residência de longa duração ou status de refugiado na Ucrânia também estariam cobertos - seja pela diretiva ou pelas regras nacionais.

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E que trabalhadores temporários ou estudantes, que não são elegíveis, seriam ajudados a voltar para casa.

Relatos anteriores indicavam que o governo da Hungria não apoiaria os planos. No entanto, a Comissão qualificou a decisão de hoje como "unânime", após algumas modificações.

Mais detalhes devem ser divulgados na sexta-feira (4/3).

Ucranianos receberão 'proteção temporária' nos EUA

Cidadãos ucranianos que se encontram nos Estados Unidos desde a terça-feira passada (1/3) poderão permanecer no país sob uma categoria especial de não imigrantes.

O secretário de Segurança Interna do país, Alejandro Mayorkas, anunciou a mudança na noite de quinta-feira, dizendo que o governo estenderia o 'status de proteção temporária' (TPS) aos ucranianos.

Isso normalmente ocorre com cidadãos de países onde há conflitos armados em andamento, desastres naturais, epidemias ou "outras condições extraordinárias e temporárias" que impedem as pessoas de retornar com segurança aos seus países de origem.

Cidadãos de 12 países já estão protegidos desta forma, entre eles Birmânia, Haiti, Síria e Iêmen.

Mais de 1 milhão já fugiram da Ucrânia

Mais de um milhão de pessoas já fugiram da Ucrânia desde o início da invasão, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU) — e este número vem aumentando rapidamente.

Pelo Twitter, o alto comissário da ONU para refugiados, Filippo Grandi, fez um apelo para que "as armas silenciem, para que assistência humanitária capaz de salvar vidas possa ser fornecida" aos milhões de ucranianos que permanecem no país.

A agência prevê que a guerra possa deixar cerca de 12 milhões de pessoas desalojadas ou com necessidade de receber ajuda.

Ahmadinejad: 'Sr. Putin, pare com essa guerra satânica'

O ex-presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad fez um apelo e deu um alerta ao presidente russo em sua conta no Twitter.

Ele escreveu: "Sr. Putin, pare com essa guerra satânica. Senão você não terá conquistado nada além de remorso".

Tribunal Penal Internacional investiga a Rússia

Uma investigação sobre possíveis crimes de guerra na invasão russa da Ucrânia foi aberta pelo Tribunal Penal Internacional em Haia.

O procurador-geral do Tribunal Penal Internacional (TPI), Karim Khan, anunciou na noite de quarta (2/3) a abertura de um inquérito para apurar o possível envolvimento da Rússia em crimes de guerra durante a invasão ao território ucraniano.

"Meu escritório já encontrou base razoável para acreditar que crimes no âmbito da jurisdição do Tribunal tenham sido cometidos", escreveu o procurador-geral.

Mais cedo, a Corte, que fica localizada em Haia, na Holanda, havia recebido denúncia de 38 países contra Moscou, que supostamente estaria alvejando civis e destruindo edifícios residenciais em meio à ofensiva.

Embora a Rússia seja signatária da Convenção de Genebra, o tratado internacional que define crimes de guerra, ela se desligou do Tribunal de Haia em 2016, depois que a anexação da Península da Crimeia foi classificada como uma ocupação.

Os indivíduos condenados pelo tribunal têm que ser detidos em países que aceitam sua jurisdição. Assim, caso seja eventualmente considerado culpado ao fim do processo, Putin teria de ficar restrito à Rússia e a Estados aliados para que não fosse preso.

Rússia é banida dos Jogos Paralímpicos

O Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês) anunciou nesta quinta-feira (3/3)que atletas da Rússia e de Belarus estão proibidos de competir nos Jogos Paralímpicos de Inverno de 2022 em Pequim.

A decisão inicial do IPC de permitir que os atletas competissem como neutros, sob a bandeira paralímpica, foi fortemente criticada.

Um comunicado divulgado afirma que a "situação na vila dos atletas" se tornou "insustentável".

O presidente do IPC, Andrew Parsons, descreveu os atletas afetados como "vítimas das ações de seus governos".

Os Jogos Paralímpicos serão abertos nesta sexta-feira (4/2), e as competições começam de fato no sábado.

BBC Brasil

Bombardeio russo causa incêndio em central nuclear da Ucrânia




Um bombardeio russo atingiu nesta sexta-feira a central nuclear de Zaporizhia, a maior da Europa, localizada no centro da Ucrânia, provocando um incêndio e afetando uma de suas unidades, informou o porta-voz da usina.

"Após um bombardeio das forças russas à central nuclear de Zaporizhia, foi declarado um incêndio", disse Andrei Tuz em um vídeo publicado no perfil da usina no Telegram. "Os bombeiros não podem chegar ao local do incêndio. Os projéteis caem muito perto. A primeira unidade elétrica da central já foi afetada. Pare com isso!", exigiu.

No Twitter, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, pediu ao Exército russo que controle o fogo imediatamente. "O Exército russo dispara de todos os lados sobre a central nuclear de Zaporizhia, a maior da Europa. Já pegou fogo", tuitou.

"Se explodir, será 10 vezes maior do que Chernobyl! Os russos têm que conter o fogo IMEDIATAMENTE, permitir que os bombeiros estabeleçam um perímetro de segurança", alertou Kuleba.

A Ucrânia havia informado nesta quinta-feira à Agência Internacional da Energia Atômica (AIEA) que tanques e infantaria russos estavam muito próximos da cidade de Energodar, a poucos quilômetros da central. Inaugurada em 1985, no período da União Soviética, a usina de Zaporizhia possui seis reatores e fornece grande parte da energia do país.

Em comunicado divulgado nesta quinta-feira, o diretor geral da AIEA, Rafael Mariano Grossi, pediu a suspensão imediata do uso da força em Energodar e perto da central. Ele destacou que a agência continuava ajudando Kiev e outros atores para garantir a segurança das instalações nucleares da Ucrânia, que possui 15 reatores em quatro usinas.

Em 24 de fevereiro, combates eclodiram perto da antiga central de Chernobyl, local do pior acidente nuclear da História, que agora está sob o controle das tropas russas.

AIEA alerta para 'perigo sério' e pede fim do uso de força e...

AIEA alerta para 'perigo sério' e pede fim do uso de força em grande usina nuclear na Ucrânia

AFP / Estado de Minas

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Chanceler da Ucrânia pede à Rússia fim de combates em usina nuclear

O chanceler da Ucrânia, Dmytro Kuleba, pediu às tropas russas um cessar-fogo imediato na central nuclear de Zaporizhia, a maior da Europa, atingida nesta sexta-feira por um incêndio causado por bombardeios.

"Se explodir, será 10 vezes maior do que Chernobyl! Os russos têm que conter o fogo IMEDIATAMENTE, permitir que os bombeiros estabeleçam um perímetro de segurança", tuitou Kuleba.

AFP / Estado de Minas

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