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sábado, dezembro 23, 2023

Um ano de investigações que explicam o Brasil

 

Olá, tudo bem? 

O ano de 2023 começou em festa, mas uma bastante estranha e com gente esquisita: em 8 de janeiro, bolsonaristas invadiram a Praça dos Três Poderes em Brasília para tentar impedir que o governo eleito de Lula seguisse em frente.

Nesse fatídico domingo, a Pública já dava a largada na sua cobertura investigativa. Naquele mesmo dia, corremos para vasculhar as redes bolsonaristas e descobrimos que a invasão havia sido combinada com o código "Festa da Selma" em grupos radicalizados que não descansaram após a virada do ano de 2022.

Não paramos por aí. Ao longo dos meses seguintes, revelamos imagens e fatos inéditos da desastrosa operação de segurança em Brasília, mostramos o papel dos militares e dos bolsonaristas que seguiam entocados no novo governo, e acompanhamos a CPMI do Congresso sobre a invasão.

Além disso, seguimos na cola do clã Bolsonaro e destrinchamos suas ligações com a extrema direita internacional, que se ramifica da Argentina aos Estados Unidos e incluiu apoiadores dos atos golpistas e mercenários digitais que insistem em mentir sobre urnas eletrônicas. 

Publicamos reportagens tristes, porém necessárias, sobre a catástrofe humanitária na Terra Indígena Yanomami. Investigamos a fundo e mostramos como a tragédia foi catalisada pela invasão de garimpeiros, pela cumplicidade do governo Bolsonaro, e pela inatividade de militares.

Recebemos o apoio massivo dos nossos Aliados para abrir a Caixa-Preta do governo Bolsonaro e revelar os segredos mantidos a sete chaves naquela gestão. Descobrimos novos episódios envolvendo o assassinato de Marielle Franco, abafados durante o governo de Bolsonaro. A partir das "atas secretas da Covid", documentamos a negligência do ex-presidente e seus Ministérios na pandemia, incluindo o empenho em encomendar cloroquina ao Exército e o atraso para providenciar vacinas para a população.

Em 2023, a Agência Pública publicou reportagens que reverberaram para além das telas e tiveram impactos no mundo concreto. A denúncia de símbolos nazistas na Secretaria de Educação de Dona Emma, em Santa Catarina, levou a uma investigação do Ministério Público. Nossa revelação das práticas antiéticas de propaganda do iFood foi parar na CPI dos Aplicativos, provocou o debate público e gerou um Termo de Ajustamento de Conduta em que a empresa se compromete a compensar danos, promover direitos dos entregadores e reforçar políticas de direitos humanos.

Já a série de reportagens sobre as denúncias de abuso do fundador das Casas Bahia culminou na aprovação na Câmara do "PL Caso Klein", um projeto de lei que aumenta o prazo para ações reparatórias de crimes sexuais contra crianças e adolescentes – o texto ainda precisa passar pelo Senado para virar lei. Além disso, em 2023 também conquistamos o apoio de mais de 1700 leitores para transformar o Caso Klein em um novo podcast. 
QUERO FAZER PARTE DISSO
Em um ano que bateu todos os recordes de calor, a nossa cobertura da emergência climática aprofundou o debate sobre essa crise, destacando a desigualdade social nos efeitos dos eventos extremos, a falta de políticas de adaptação e a insistência do Brasil na exploração de combustíveis fósseis, que podem por a perder os avanços no combate ao desmatamento da Amazônia. 

Fomos também até Dubai para cobrir a COP28, Conferência do Clima da ONU, na qual o Brasil foi homenageado com a framboesa de ouro das mudanças climáticas: o prêmio “Fóssil do Dia", que citou uma de nossas investigações. E graças ao apoio dos Aliados, a Pública ocupou Brasília com uma nova sucursal que agora expõe cotidianamente o que fica escondido nas entrelinhas do poder. 

Em 2024, a Agência Pública quer continuar te ajudando a entender tudo que está em jogo no Brasil e no mundo. Com jornalismo de qualidade, queremos seguir contribuindo para debates essenciais, antecipando questões urgentes e olhando para pautas que ninguém deveria deixar de lado. Mas não vamos conseguir fazer tudo isso sozinhos.


Muitas das conquistas que tivemos em 2023 foram graças ao apoio dos nossos Aliados, pessoas que doam todo mês para fazer o jornalismo da Pública chegar mais longe. Hoje te convido para fazer parte dessa aliança. Contamos com você para seguirmos juntos navegando as crises do Brasil e apontando caminhos em direção a um futuro mais justo.

 
VAMOS CONSTRUIR UM FUTURO MAIS JUSTO
Um abraço,

Bruno Fonseca
Chefe de redação da Agência Pública

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