Publicado em 13 de outubro de 2022 por Tribuna da Internet
Deu no g1
A Polícia Civil e o Ministério Público do Pará (MPPA) pediram ao governo Bolsonaro provas sobre as alegações da ex-ministra Damares Alves sobre crimes na ilha de Marajó. Ela alega, sem provas, que crianças do Marajó são traficadas para o exterior e submetidas a mutilações corporais e a regimes alimentares que facilitam abusos sexuais.
O ofício foi enviado à atual ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Cristiane Britto, nesta terça-feira (11), “a fim de que os relatos sejam investigados e todas as providências cabíveis possam ser adotadas”, diz nota do MPPA.
SUPOSTOS CRIMES – A fala de Damares aconteceu durante um culto em uma Assembleia de Deus, em Goiânia (GO), no dia 8 de outubro. Na ocasião, a ex-ministra disse que os supostos crimes foram descobertos pela comitiva presidencial em uma visita ao Arquipélago do Marajó. Damares alegou ainda que o ministério tinha documentos sobre esses crimes.
“O Ministério Público do Estado do Pará solicita que seja encaminhada documentação existente nesse Ministério, no prazo de 05 dias, bem como eventuais esclarecimentos a respeito de medidas tomadas sobre os fatos alegados, a fim de que os relatos sejam investigados e todas as providências cabíveis adotadas”, diz o ofício do MP, e os promotores afirmam não ter nenhuma denúncia ou prova sobre os supostos crimes narrados no vídeo.
O delegado-geral da Polícia Civil do Pará, Walter Resende de Almeida, também remeteu ofício ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos pedindo “com máxima urgência” os documentos, mídias e “tudo o mais que possa subsidiar o desenvolvimento dos necessários procedimentos investigatórios”.
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O mais impressionante nisso tudo é que a população de Brasília, que tem o melhor padrão do país, tenha elegido para o Senado uma figura patética e caricata como Damares Alves, que agora passa a ter imunidade e impunidade para dizer qualquer maluquice que passe por sua cabeça, denegrindo a imagem do Brasil internamente e também no exterior, como ocorre nesse caso, que tem repercussão internacional. É deprimente e lamentável. (C.N.)