Com 6%, Simone Tebet (MDB) ultrapassa Ciro Gomes (PDT), que agora tem 5%. Soraya Thronicke (União Brasil) manteve 1%.
No cálculo dos votos válidos, são excluídos da amostra os votos brancos, os nulos e os eleitores que se declaram indecisos. Esse método é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição.
Para vencer no primeiro turno, um candidato precisa de 50% dos votos válidos mais um voto.
Realizado na sexta (30) e neste sábado (1º), o levantamento tem margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. O instituto ouviu 12.800 eleitores em 310 municípios. A pesquisa, contratada pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo, está registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número BR-00245/2022.
Datafolha - Pesquisa para presidente: Mulheres e mais pobres
No levantamento de quinta-feira (29), o petista tinha 50% de intenções de voto no eleitorado feminino, ante 29% do mandatário. No novo, Lula tem 47%, e o rival, 32%.
Bolsonaro continua atrás entre eleitores mais pobres. Os índices da pesquisa anterior se mantiveram, com uma distância de 31 pontos percentuais. O atual presidente possui 26%, e o adversário, 57%.
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Mulheres reprovam governo Bolsonaro mais do que homens em todo Brasil
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As mulheres, maioria no eleitorado, totalizam 52% da amostra coletada no levantamento. Desde o início da série histórica, o segmento feminino está mais propenso a votar em Lula do que em Bolsonaro.
Entre os mais desvalidos, que também estão em maior peso com o petista, os 57% da pesquisa anterior permaneceram. O presidente manteve os 26%. A camada com renda familiar mensal de até dois salários mínimos, a mais pobre da população, corresponde a 48% da amostra.
Datafolha - Pesquisa para presidente: Sudeste
Apesar do quadro geral de estabilidade, há movimentações a serem acompanhadas nos maiores colégios eleitorais do Brasil.
Entre o eleitorado mineiro, Lula abriu vantagem em relação à pesquisa anterior, realizada de terça (27) a quinta (29). A diferença entre eles passou de 14 para 17 pontos nos votos totais, dentro da margem, mas com uma indicação de subida do petista, que marcou 50%, enquanto Bolsonaro se manteve parado em 33%.
São Paulo
A diferença, desta vez em favor de Bolsonaro, também foi de quatro pontos em São Paulo. Ali, Lula oscilou de 42% para 41%, enquanto o presidente foi de 35% para 37%.
Rio de Janeiro
Por fim, em sua base eleitoral no Rio, Bolsonaro manteve estável a diferença de Lula, após ter chegado a empatar. Agora, ambos oscilam dois pontos positivamente na reta final, com Lula indo a 44% e Bolsonaro, a 39%. Foram entrevistados 2.550 fluminenses.
A partir de maio do ano passado, com a volta do petista ao páreo após a recuperação de seus direitos políticos, o instituto nunca flagrou Bolsonaro com menos de 51% de rejeição. O número é visto por aliados e adversários como tóxico demais para o presidente chegar competitivo à disputa do segundo turno.
Veja as últimas pesquisas eleitorais para presidente:
Já a rejeição a Lula permaneceu estável, apesar do recrudescimento dos ataques contra si tanto por Bolsonaro como por outros candidatos na reta final da campanha. No debate final do primeiro turno, na TV Globo, o petista voltou a ser chamado de ladrão pelo presidente.
A estabilidade sugere que os agressivos embates do encontro não tiveram ressonância no eleitorado. Nem mesmo o maior escorregão de Lula, bater boca com o obscuro Padre Kelmon (PTB), linha auxiliar de Bolsonaro, não parece ter tido maior efeito.
Já Bolsonaro, que encarnou seu figurino mais radical e histriônico no encontro, manteve sua legião de "haters" eleitorais declarados.
Instável e imprevisível, Bolsonaro é seu maior inimigo na campanha | Deysi Cioccari
Jornalista com experiência de dez anos em Brasília, Deysi Cioccari é doutora em Ciência Política pela PUC-SP
Ipec: Pesquisa para presidente
Pesquisa Ipec divulgada neste sábado (1º), véspera do primeiro turno da eleição, apontou o ex-presidente Lula (PT) com 51% dos votos válidos e chance de vencer a disputa pelo Palácio do Planalto já no domingo, contra 37% do candidato à reeleição Bolsonaro (PL).
Segundo o Ipec, não é possível afirmar se haverá ou não segundo turno.
Lula oscilou 1 ponto para baixo em relação ao levantamento anterior do Ipec, divulgada dia 26, enquanto Bolsonaro variou 3 pontos para cima. A margem de erro do levantamento é de 2 pontos percentuais.
Ciro Gomes (PDT) registrou 5% dos votos válidos, contra 6% na pesquisa anterior, enquanto Simone Tebet (MDB) manteve os mesmos 5%. Soraya Thronicke (UB) e Felipe d´Avila apareceram com 1% de votos válidos cada, também repetindo os patamares da pesquisa passada.
Linha do tempo de votos válidos
Lula (PT)
12 a 14.ago: 52%
26 a 28.ago: 50%
2 a 4.set: 50%
9 a 11.set: 51%
17 e 18.set: 52%
25 e 26.set: 52%
30.set e 1º.out: 51%
Bolsonaro (PL)
12 a 14.ago: 37%
26 a 28.ago: 37%
2 a 4.set: 35%
9 a 11.set: 35%
17 e 18.set: 34%
25 e 26.set: 34%
30.set e 1º.out: 37%
Ipec - Pesquisa para presidente: Desdobramentos
Segundo turno
Em um eventual segundo turno entre Lula e Bolsonaro, o petista aparece com 52% dos votos contra 37% do atual presidente —na sondagem anterior o placar era de 54% a 35%.
Votos totais
Nos votos totais para o primeiro turno, Lula oscilou 1 ponto para baixo, passando a 47% ante 48%, enquanto Bolsonaro variou 3 pontos para baixo, para 31% ante 34%. Ciro passou a 5% (ante 6%) e Simone Tebet repetiu os 5% anteriores. Soraya e D´Avila repetiram os mesmos 1% cada.
Brancos e nulos se mantiveram em 4%, enquanto o percentual daqueles que não sabem ou não responderam oscilou para 3%, ante 4% na pesquisa anterior.
O Ipec ouviu 3.008 brasileiros na sexta-feira (30) e neste sábado (1º), em 183 municípios do país. A sondagem foi contratada pela TV Globo e o registro na Justiça Eleitoral é BR-00999/2022.
Por que o Sudeste irá definir a vitória na disputa entre Lula e Bolsonaro? | Deysi Cioccari
Jornalista com experiência de dez anos em Brasília, Deysi Cioccari é doutora em Ciência Política pela PUC-SP
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