Desconfiança de interferência política foi discutida em uma troca de mensagens entre os ministro do STF e em um debate sobre ações policiais às vésperas do segundo turno
Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam que a operação da Polícia Federal, deflagrada na terça-feira (11), que resultou no afastamento do governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), foi uma “clara tentativa de interferência no processo eleitoral”, destaca a coluna da jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo.
No primeiro turno, Dantas, que tem o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) obteve 46,64% dos votos válidos, enquanto seu adversário, Rodrigo Cunha (União Brasil), apoiado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), teve 26,74%.
Segundo a reportagem, a desconfiança de interferência política no processo eleitoral foi discutida em “uma troca de mensagens entre magistrados e um debate sobre ações policiais às vésperas do pleito que são feitas de forma espalhafatosa e podem influenciar na escolha do eleitor. O caso pode ser futuramente discutido no Supremo”.
Além dos mandados de busca e apreensão, a ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Laurita Vaz Dantas também determinou que Dantas fosse afastado do cargo por um período de 180 dias. A decisão, porém, deverá ser submetida ao escrutínio de outros membros da Corte.
Aliado do governador, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) disse que Laurita Vaz é bolsonarista e não possui competência legal para tomar a decisão que resultou na operação. senador Renan Calheiros
O parlamentar também acusou o deputado federal bolsonarista Arthur Lira (PP-AL) de promover uma armação contra Dantas e também também que a PF de Alagoas é hoje "a Gestapo" de Arthur Lira, e que, como a polícia secreta na Alemanha nazista, é uutilizada por ele para perseguir adversários políticos.
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