Deu em O Tempo
Após o governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema, dizer que já havia articulações para que o Novo se fundisse com outra legenda, o presidente nacional do partido, Eduardo Ribeiro, negou que exista esse tipo de negociação.
O partido não alcançou a cláusula de barreira e corre risco de extinção. Zema afirmou que tem conversado com os parlamentares agora eleitos sobre a situação da legenda. “Já estamos articulando uma possível fusão com outro partido para que nós tenhamos condições de atravessar esses próximos quatro anos, que sabemos que será um período difícil”, disse ao O Antagonista.
DIRIGENTE NEGA – No entanto, Ribeiro rebateu a posição do governador mineiro e disse que não há planos para fusão. O presidente nacional do partido afirmou que há apenas conversas para talvez a sigla fazer parte de blocos na Câmara Federal.
“O governador se equivocou com o termo (sobre a fusão). O que estamos estudando é participar de um bloco na Câmara. Mas fusão ou incorporação não estão nos planos do Novo”, afirmou Eduardo Ribeiro ao jornal “O Globo”.
O presidente nacional do Novo ainda acrescentou que não atingir a cláusula de barreira resulta não ter acesso ao fundo partidário, algo que o partido já não utiliza. Ele também afirmou que as negociações para compor bloco na Câmara Federal ainda estão no início e que não há decisão sobre com quais partidos o Novo formaria esses blocos.
DESIDRATAÇÃO – Conforme O Tempo mostrou nesta segunda-feira (dia 10), o Partido Novo vive um processo de desidratação por ter perdido espaço nas eleições deste ano e corre o risco de ser extinto. A legenda elegeu apenas três deputados federais e não atingiu a cláusula de barreira – 11 deputados ou 2% dos votos válidos.
Até em Minas Gerais, onde conseguiu reeleger o governador, o partido Novo também mingou. Perdeu as duas cadeiras na Câmara Federal e elegeu apenas dois deputados para a Assembleia Legislativa estadual.